NOITE
Encontraram-no caído
ao fundo daquela rua;
chamaram-no pelo nome, e era eu!
- O Poeta andava à lua
e adormeceu...
Foi o que disse e jurou
pela sua salvação
a Perdida
que viu tudo da janela...
E o guarda soube por Ela,
pelo pranto que chorava,
quem era na minha vida
o Guarda que me guardava...
- Andar à lua é proibido...
Mas Ela pagou a lei
por um beijo que lhe dei
antes ou depois de ter caído,
nem eu sei...
in O Outro Livro de Job (1936) - Miguel Torga
domingo, julho 19, 2009
Poesia
Postado por Fernando Martins às 00:37
Marcadores: Lua, Miguel Torga, poesia
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