Mostrar mensagens com a etiqueta samba. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta samba. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, novembro 02, 2023

Jovelina Pérola Negra deixou-nos há vinte e cinco anos...

  
Jovelina Pérola Negra (Rio de Janeiro, 21 de julho de 1944 - Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1998), cujo nome de batismo era Jovelina Farias Delford, foi uma cantora brasileira e uma das grandes damas do samba e do pagode. Voz rouca, forte, amarfanhada, de tom popular e força batente. Herdeira do estilo de Clementina de Jesus, foi, como ela, empregada doméstica, antes de fazer sucesso no mundo artístico.

Nascida em Botafogo (zona sul do Rio de Janeiro), Jovelina logo fincou pé na Baixada Fluminense. Apareceu para o grande público do Raça Brasileira. Pastora do Império Serrano, ajudou a consolidar o pagode.

Verdadeira tiete do partideiro Bezerra da Silva, Jovelina começou a dizer seus pagodinhos no Vegas Sport Clube, em Coelho Neto, levada pelo amigo Dejalmir, que também lançou o nome Jovelina Pérola Negra, homenagem à sua cor reluzente.

Gravou cinco discos individuais conquistando um Disco de Platina. Atualmente são encontradas apenas as coletâneas com os grandes sucessos como "Feirinha da Pavuna", "Bagaço da Laranja" (gravada com Zeca Pagodinho), "Luz do Repente", "No Mesmo Manto" e "Garota Zona Sul", entre outros. O sucesso chegou tardiamente e ela não realizou o sonho de "ganhar muito dinheiro e dar aos filhos tudo o que não teve".

Faleceu no dia 2 de novembro de 1998, aos 54 anos, de enfarte, no bairro do Pechincha. Deixou três filhos - José Renato (30), Cassiana (25) e Cleyton (10) -, que teve com Nilton dos Santos, de quem era separada. O enterro foi realizado no Cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá.

Houve em 2012 uma homenagem a Jovelina Pérola Negra, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, o show "Viva Jovelina - Pérola Negra do Samba" com várias participações de artistas entre os quais: Aloísio Machado, Aninha Portal, grupo Batuque Novo, Cassiana Belfort (filha de Jovelina), Juninho, Ircéia Pagodinho, Sombrinha, Tantinho da Mangueira, Thybau, Renatinho Partideiro, Rose Guará e Zé Luís do Império.

      

 


sábado, outubro 28, 2023

Zélia Duncan - 59 anos

  
Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira (Niterói, 28 de outubro de 1964) é uma cantora e compositora brasileira.
     

 


Nora Ney faleceu há vinte anos...

Nora Ney com Ciro Monteiro e Clementina de Jesus em 1968

   

Nora Ney, nome artístico de Iracema de Sousa Ferreira, (Rio de Janeiro, 20 de março de 1922 - Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2003) foi uma cantora brasileira.

  

 


quarta-feira, outubro 25, 2023

Roberto Menescal, um dos criadores da Bossa Nova, celebra hoje 86 anos

 
Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores do movimento bossa nova.

 


quinta-feira, outubro 19, 2023

Hoje é dia de recordar a Poesia de Vinicius de Moraes...

 

Vinicius de Moraes, 1973

 

Sei lá... a vida tem sempre razão

       
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
    
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
     
A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
    
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão. 
 
 

Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes nasceu há cento e dez anos...

  
Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 - Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia a alcunha "poetinha", que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boémio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
A sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Ainda assim, sempre considerou que a poesia foi a sua primeira e maior vocação, e que toda sua atividade artística deriva do facto de ser poeta. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
   

 

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
 
  
  
Vinicius de Moraes

quarta-feira, outubro 11, 2023

Saudades de Cartola...

Cartola nasceu há 115 anos...

     
Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 - Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980), foi um cantor, compositor, poeta e guitarrista brasileiro. Tendo como maiores sucessos, as músicas As Rosas Não Falam e O Mundo É um Moinho, é considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira.
     

 


terça-feira, outubro 03, 2023

Adriana Calcanhotto nasceu há 58 anos

       
Adriana da Cunha Calcanhotto (Porto Alegre, 3 de outubro de 1965) é uma cantora, compositora, intérprete, instrumentista,produtora musical, arranjadora, escritora e ilustradora brasileira, além de atuar como professora e embaixadora da Universidade de Coimbra, em Portugal.

A artista iniciou a trajetória artística em meados dos anos 1980, com apresentações em bares e casas noturnas de Porto Alegre. Em 1990, lançou seu primemiro álbum de estúdio, Enguiço, que lhe rendeu o Prêmio Sharp de Revelação Feminina. O álbum seguinte, Senhas (1992), foi o primeiro concebido e produzido totalmente pela cantora. O seu trabalho de estúdio posterior, “A Fábrica do Poema” (1994), que foi considerado pela imprensa “o disco do ano”.

Em seu primeiro disco ao vivo, Adriana se voltou para o formato de voz e violão, presente no início da carreira. “Público” (2000) deu origem a um DVD e centenas de shows pelo Brasil em uma turnê que durou dois anos. “Cantada” (2002) foi o novo álbum de estúdio e estabeleceu parcerias com músicos da nova geração.

Em 2004, surge o heterónimo infantil Adriana Partimpim, que estreou em disco homônimo e rendeu um show teatral registado em DVD. Com o projeto recebeu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil. Partimpim voltaria a aparecer em outros dois trabalhos de estúdio: “Dois” (2009) e “Tlês” (2012). E rendeu mais um DVD ao vivo Partimpim Dois é Show.

O sexto álbum de estúdio, “Maré” (2008), o segundo da trilogia marítima. Durante a excursão portuguesa de lançamento do disco escreve “Saga Lusa – O Relato de Uma Viagem”, lançado nesse ano ainda. Em 2011, produz o seu primeiro disco inteiramente autoral: “O Micróbio do Samba”, cujo título faz alusão a uma expressão do conterrâneo Lupicínio Rodrigues. A safra de composições era contaminada pelo ritmo e rendeu um aclamado show, eternizado em DVD no ano seguinte.

“Loucura”, lançado em julho de 2015, ganhou no ano seguinte o Prémio da Música Brasileira na categoria Melhor DVD. Em dezembro de 2015 faz recital de poesia portuguesa e brasileira na Biblioteca Joanina, em Coimbra, com o violonista Arthur Nestrovski como convidado, ocasião em que foi nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra. Em 2017 fez residência artística e deu aulas na Universidade de Coimbra sobre poesia portuguesa e brasileira, trovadores provençais e galegos, sobre a invenção da língua portuguesa e a canção popular do Brasil. Nos anos 2018 e 2019 ministrou o curso de composição “Como escrever canções” a convite da Universidade de Coimbra. Em 2019 lançou o terceiro álbum da sua trilogia marítima, Margem, com turnê de shows no Brasil, Europa e EUA. Em 2020 a turnê Margem seguiria por Portugal e Europa no primeiro semestre. 

    

(...)   

    

Adriana Calcanhoto teve como cônjuge a cineasta Suzana de Moraes (falecida em 2015), filha do poeta e compositor Vinícius de Moraes, por mais de 25 anos. O casal, que já morava junto há muitos anos, declarou a união civil na Justiça (já que na época o casamento homossexual não era permitido, e só veio a ser regulamentado pelo STF em 2011) e depois comemorou a decisão com cerimónia e uma festa íntima apenas para amigos e familiares, oficializando a união em 2010, levando a uma grande divulgação nos media de sua relação por diversos meios de comunicação, tanto brasileiros como portugueses.

Embaixadora da Universidade de Coimbra, em Portugal, desde 2015, a brasileira foi professora da Faculdade de Letras dessa mesma universidade nos dois últimos anos, tendo ministrado o curso "Como Escrever Canções" e também cursado Arqueologia.

Em novembro de 2021, foi revelado que Calcanhotto estava namorando a atriz e escritora Maitê Proença. O término ocorreu no ano seguinte devido a declarações de Maitê sobre o relacionamento.
   

 


terça-feira, setembro 26, 2023

Canto de Ossanha...

O seu nome é Gal...!

Canto de Xangô...

Baden Powell de Aquino morreu há vinte e três anos...

   
Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 - Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000), mais conhecido simplesmente por Baden Powell, foi um guitarrista brasileiro. É considerado um dos maiores músicos brasileiros de sua época e um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

 


Gal Costa nasceu há 78 anos

       
Maria da Graça Costa Penna Burgos, mais conhecida como Gal Costa, (Salvador, 26 de setembro de 1945) é uma cantora brasileira.
Em 2012, Gal Costa foi eleita a 7ª maior voz da música brasileira de todos os tempos, pela revista Rolling Stone.
   

 

 


sábado, setembro 09, 2023

Maria Rita nasceu há 46 anos

   
Maria Rita Camargo Mariano (São Paulo, 9 de setembro de 1977) é uma cantora e produtora musical brasileira, filha da cantora Elis Regina e do arranjador e pianista César Camargo Mariano, irmã do cantor Pedro Mariano, meia-irmã do produtor João Marcelo Bôscoli, do instrumentista Marcelo Mariano e da produtora Luísa Camargo Mariano.

 


sexta-feira, setembro 08, 2023

Fernanda Abreu faz hoje sessenta e dois anos

 
Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu (Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1961) é uma cantora e compositora brasileira. Iniciou a carreira fazendo vocal de apoio (coros) na banda Blitz, com Evandro Mesquita e, posteriormente, seguiu carreira a solo, influenciada pelo samba, sambalanço, disco music, rap, funk e funk carioca - estilo musical que ajudou a popularizar - e abandonando o pop rock dos Blitz. A sua canção mais famosa é "Rio 40 Graus", de autoria de Fausto Fawcett, Fernanda Abreu e Laufer. É uma ilustre torcedora do Vasco, tendo lançado na festa de 113 anos do clube a canção "Vou Subir a Colina", e do Sporting Clube de Portugal, pelo que depois de o assumir em direto num programa da televisão pública portuguesa (RTP), 5 Para a Meia-Noite, foi recebida pelo presidente do Clube, tendo sido agraciada com uma camisola do equipa.


Filha de pai português e de mãe carioca, Fernanda lançou-se numa carreira a solo em 1990, com o álbum, Sla Radical Dance Disco Club, produzido por Herbert Vianna e Fábio Fonseca. A primeira canção executada nas rádios foi A Noite, também presente na banda sonora da novela Mico Preto, da Rede Globo. Com forte inspiração disco, a faixa é uma das mais dançantes do álbum. De seguida Fernanda alcançou o topo das paradas com a balada Você pra Mim, que embalava o romance dos personagens de José Mayer e Adriana Esteves na novela Meu Bem Meu Mal. O álbum conta ainda com uma versão de Got to Be Real, de Cheryl Lynn, transformada em Luxo Pesado. Dele saiu ainda o videoclipe de Speed Racer, veiculado nos primórdios da MTV Brasil.
Em 1992, a disco foi substituída por ritmos mais brasileiros em Sla 2 Be Sample, o seu segundo álbum. A faixa principal do mesmo foi Jorge da Capadócia, mas foi Rio 40 Graus, de autoria de Fausto Fawcett, Fernanda Abreu e Laufer, a canção que marcaria a carreira da cantora. Exaltando e ao mesmo tempo criticando a sua cidade natal, Fernanda compôs um mosaico dos "tipos cariocas", da sua música, dos seus hábitos e preferências. É com essa canção que Fernanda se aproximava pela primeira vez do funk, género ao qual ficaria bastante associada futuramente.
Do álbum seguinte, Da Lata (1995) sairiam Garota Sangue Bom, Brasil É o País do Suingue e Veneno da Lata, o maior sucesso do CD. Em "É Hoje", Fernanda expõe o seu gosto pelo samba, regravando um famoso samba-enredo da Escola de Samba União da Ilha, sucesso nos anos 80 na voz de Caetano Veloso. Uma outra regravação de Fernanda faria ainda mais sucesso em 1997, lançada em seu álbum X, uma coletânea com seus maiores sucessos: Kátia Flávia, a Godiva do Irajá. Contando a história de uma contraventora de parar, literalmente, o trânsito, o cantor Fausto Fawcett (autor da música junto com Laufer) já havia entrado nas paradas de sucesso em 1987. Com uma reprodução bastante grande na MTV Brasil, o clipe fez sucesso com Fernanda colocando-se na pele de Kátia Flávia.
Entidade Urbana (2000) foi o seu quarto álbum de músicas inéditas e, aqui, ela combina o sambalanço dos álbuns anteriores com uma necessidade de falar das metrópoles, do universo asfixiante, dinâmico e apaixonante das grandes cidades. Os títulos das canções traduzem a homogeneidade do álbum: "Sou da Cidade", "São Paulo-SP", "Meu CEP É o Seu", "Urbano Capital", "Megalópole-Cidade".
A canção "Eu Vou Torcer" de Jorge Benjor foi a única do álbum "Na Paz" (2004) a ter certa aceitação nas rádios.
Em 2006, Fernanda gravou o CD MTV ao Vivo, dando nova roupagem aos seus sucessos a solo e fazendo uma releitura de A Dois Passos do Paraíso, sucesso de 1983 de sua ex-banda, Blitz.
A cantora foi casada com Luiz Stein, com quem tem duas filhas chamadas Sofia e Alice.
       

   


terça-feira, agosto 29, 2023

Mallu Magalhães faz hoje trinta e um anos

 
Maria Luiza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães (São Paulo, 29 de agosto de 1992), mais conhecida pelo nome artístico de Mallu Magalhães, é uma cantora, compositora, instrumentista e produtora musical brasileira. Com cinco álbuns e um DVD lançados, alguns de seus maiores sucessos são "Velha e Louca", "Você Não Presta", "Tchubaruba" e "Sambinha Bom", além de "Mais Ninguém", com a Banda do Mar.
   

 


sábado, agosto 26, 2023

Cláudia Telles nasceu há 66 anos...

(imagem daqui)

Claudia Telles de Mello Mattos (Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1957ibidem, 21 de fevereiro de 2020) foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira, de ascendência portuguesa e francesa, intérprete de canções românticas, entre as quais "Fim de Tarde" e "Eu Preciso Te Esquecer". Morreu no fim da noite de 21 de fevereiro de 2020, sexta-feira, aos 62 anos, de insuficiência cardíaca e disfunção da válvula aórtica, causadas por endocardite.

 


sábado, agosto 05, 2023

Carmen Miranda morreu há 68 anos...

      
Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo considerada um ícone e símbolo internacional do país no exterior.
O primeiro grande sucesso veio com Ta-hí, de Joubert de Carvalho lançada em 1930 e que foi record de vendas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias, a música alcançou uma popularidade tão grande que, em menos de seis meses, Carmen Miranda já era a cantora mais famosa do Brasil. No ano seguinte, ela fez sua primeira turnê internacional, já como uma artista renomada, quando foi para a Argentina com os cantores Francisco Alves, Mário Reis e com o bandolinista Luperce Miranda. Ela retornou à Argentina mais oito vezes, entre os anos de 1933 e 1938. Carmen se tornou a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.
Em 1939, na comédia musical Banana da Terra, Carmen Miranda apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente. O filme apresentava clássicos como O que é que a baiana tem, que lançou Dorival Caymmi no cinema. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".
Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada. No mesmo ano, foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e as frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça.
Em junho de 1946, o Tesouro americano divulgou as suas coletas do ano fiscal de 1945, referentes aos ganhos dos contribuintes em 1944. Com os $201.458 dólares que lhe tinham sido pagos pela Fox “em salários, bónus e outras compensações”, Carmen Miranda era a mulher mais bem paga dos Estados Unidos - talvez no mundo - aquele ano. A sua fortuna foi estimada como algo equivalente a cerca de $2 milhões de dólares pelo Los Angeles Times.
Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, a sua popularidade diminuiu até ao final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico das suas apresentações. Carmen tentou reconstruir a sua identidade e fugir do enquadramento que os seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De facto, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, as  suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.
Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. Carmen é considerada a precursora do tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 60.
Em 20 anos de carreira deixou a sua voz registada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, uma intersecção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.