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segunda-feira, outubro 04, 2021

Violeta Parra nasceu há 104 anos

     
Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.
   

 


sexta-feira, março 05, 2021

Poema de Pedro Homem de Melo cantado por Amália...

 

Prece

Talvez que eu morra na praia,
Cercado, em pérfido banho,
Por toda a espuma da praia,
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho…

Talvez que eu morra na rua
- Ínvia por mim de repente –
Em noite fria, sem Lua,
Irmão das pedras da rua
Pisadas por toda a gente!

Talvez que eu morra entre grades,
No meio duma prisão
E que o mundo, além das grades,
Venha esquecer as saudades
Que roem o meu coração.

Talvez que eu morra dum tiro,
Castigo de algum desejo.
E que, à mercê desse tiro,
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo…

Talvez que eu morra no leito,
Onde a morte é natural,
As mãos em cruz sobre o peito…
Das mãos de Deus tudo aceito.
- Mas que eu morra em Portugal!



Pedro Homem de Melo

O poeta, professor e folclorista Pedro Homem de Melo morreu há 37 anos

 

(imagem daqui)

Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.

Biografia
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura (1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
   
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
  

 

 



Deixa que te cante um fado 

 

Deixa que te cante um fado, 

Ao menos de vez em quando!

Deixa que te cante um fado

Como quem reza chorando!



Deixa que te cante um fado 

Que me fale sempre em ti!

Cantarei de olhos cerrados,

Os olhos com que te vi.

  

Deixa que te cante um fado,

Mesmo sem fé ou sem arte!

Se nunca pude esquecer-te

É que não posso deixar-te.

  

Deixa que te cante um fado!

Todo o meu sonho está nisto:

Que depois de o ter cantado

Te lembres que ainda existo.

   

  

Pedro Homem de Melo

terça-feira, dezembro 22, 2020

Grande Júlio Pereira - música adequada à data...!


  


 

   

Júlio Pereira faz hoje sessenta e sete anos!

       
Júlio Pereira (Lisboa, 22 de dezembro de 1953), de seu nome completo Júlio Fernando de Jesus Pereira, é um músico, compositor, multi-instrumentista e produtor português.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga, mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
A 9 de junho de 2015, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
 
    
   

domingo, outubro 04, 2020

Violeta Parra nasceu há 103 anos

 

   
Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.
   

   


quinta-feira, março 05, 2020

Pedro Homem de Melo morreu há 36 anos

(imagem daqui)
  
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.
   
   


Prece

Talvez que eu morra na praia,
Cercado, em pérfido banho,
Por toda a espuma da praia,
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho…

Talvez que eu morra na rua
- Ínvia por mim de repente –
Em noite fria, sem Lua,
Irmão das pedras da rua
Pisadas por toda a gente!

Talvez que eu morra entre grades,
No meio duma prisão
E que o mundo, além das grades,
Venha esquecer as saudades
Que roem o meu coração.

Talvez que eu morra dum tiro,
Castigo de algum desejo.
E que, à mercê desse tiro,
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo…

Talvez que eu morra no leito,
Onde a morte é natural,
As mãos em cruz sobre o peito…
Das mãos de Deus tudo aceito.
- Mas que eu morra em Portugal!



Pedro Homem de Melo

domingo, dezembro 22, 2019

Júlio Pereira - 66 anos!

   
Júlio Pereira (Lisboa, 22 de dezembro de 1953), de seu nome completo Júlio Fernando de Jesus Pereira, é um músico, compositor, multi-instrumentista e produtor português.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga, mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
A 9 de junho de 2015, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
  
      
 


sexta-feira, outubro 04, 2019

Violeta Parra nasceu há 102 anos

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.
 
 

quarta-feira, março 06, 2019

Pedro Homem de Melo morreu há 35 anos

(imagem daqui)
 
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.
  
Biografia
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura (1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.

Obra
  • Danças De Portugal
  • Jardins Suspensos (1937)
  • Segredo (1939)
  • A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
  • Pecado (1943)
  • Príncipe Perfeito (1944)
  • Bodas Vermelhas (1947)
  • Miserere (1948)
  • Os Amigos Infelizes (1952)
  • Grande, Grande Era A Cidade (1955)
  • Poemas Escolhidos (1957)
  • Ecce Homo (1974)
  • Poesias Escolhidas (1987)
  • E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (seleção de poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
  • Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (seleção e prefácio de Vasco da Graça Moura)
  • Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007

Casamento e descendência
Embora vivendo num regime que dizia que não havia homossexuais, várias fontes identificam Homem de Melo como homossexual assumido. Ainda assim, Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.


Prece

Talvez que eu morra na praia,
Cercado, em pérfido banho,
Por toda a espuma da praia,
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho…

Talvez que eu morra na rua
- Ínvia por mim de repente –
Em noite fria, sem Lua,
Irmão das pedras da rua
Pisadas por toda a gente!

Talvez que eu morra entre grades,
No meio duma prisão
E que o mundo, além das grades,
Venha esquecer as saudades
Que roem o meu coração.

Talvez que eu morra dum tiro,
Castigo de algum desejo.
E que, à mercê desse tiro,
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo…

Talvez que eu morra no leito,
Onde a morte é natural,
As mãos em cruz sobre o peito…
Das mãos de Deus tudo aceito.
- Mas que eu morra em Portugal!



Pedro Homem de Melo

sexta-feira, dezembro 22, 2017

Júlio Pereira - 64 anos!

Júlio Pereira (Lisboa, 22 de dezembro de 1953), de seu nome completo Júlio Fernando de Jesus Pereira, é um músico, compositor, multi-instrumentista e produtor português.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga, mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
A 9 de junho de 2015, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

quarta-feira, outubro 04, 2017

Violeta Parra nasceu há um século

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.


domingo, novembro 27, 2016

Roberto Leal - 65 anos!

Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes (Vale da Porca, 27 de novembro de 1951), é um cantor, compositor e ator português radicado no Brasil.
Devido a seu sucesso alcançado na década de 70 apresenta-se como um embaixador da cultura portuguesa no Brasil.
Roberto Leal já vendeu mais de 17 milhões de discos e ganhou cerca de 30 discos de ouro e 5 de platina.
  
Biografia
Emigrou para o Brasil aos onze anos de idade em 1962 juntamente com os pais e nove irmãos, em cinco viagens. Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, iniciou a carreira de cantor de fados e músicas românticas. 
 
Carreira
Em 1971 obtém o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita", após aparição no Programa do Chacrinha. Logo após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos programas de auditório no Brasil.
Em 1978 participou do filme Milagre - O Poder da Fé, que contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador Chacrinha, Elke Maravilha e a atriz Lolita Rodrigues. Lançado em 1979 o filme aborda a história de sua vida. Dirigido por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na terra natal do cantor.
Além do reportório romântico-popular, nos seus discos costuma trabalhar a mistura de ritmos lusitanos aos brasileiros, além de gravar em estilos tipicamente brasileiros como o forró. Quase todo seu reportório é composto de faixas da sua autoria e em parceria com a esposa, Márcia Lúcia, com quem é casado e tem três filhos brasileiros. A canção "Arrebita" serviu de inspiração para a música Vira-Vira, sucesso da banda Mamonas Assassinas na década de 90. 

Atualmente
Lançou no ano de 2007 o CD Canto da Terra e Raiç/Raízes em 2009. Nesses discos gravou músicas em mirandês, para divulgar a segunda língua oficial de Portugal, o mirandês. Estes discos lhe conferiram prémios e condecorações da crítica de música portuguesa pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música mirandesa, como a gaitas de fole.
Em sua carreira vendeu cerca de dezessete milhões de discos e tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino da Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Ele é também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo, localizado na região de Alphaville.
Em 2011 entrou como ator no sitcom Último a Sair, um falso reality-show da autoria de Bruno Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal português RTP1, programa do qual saiu vencedor.
Em 2014 fez uma participação em Chiquititas, atuando como ele mesmo, Roberto Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música. Nesse mesmo ano, lançou o CD Obrigado Brasil! onde gravou sambas de Jorge Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair Rodrigues, Alcione, Jairzinho e Luciana Mello.
Também em 2011 publicou a sua autobiografia num livro intitulado Minhas Montanhas, sendo lançado tanto no Brasil como em Portugal.
Roberto Leal vive entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América do Sul e Europa divulgando a cultura portuguesa.
 
in Wikipédia
 

quinta-feira, março 05, 2015

Pedro Homem de Melo morreu há 31 anos

(imagem daqui)
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.



Prece

Talvez que eu morra na praia,
Cercado, em pérfido banho,
Por toda a espuma da praia,
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho…

Talvez que eu morra na rua
- Ínvia por mim de repente –
Em noite fria, sem Lua,
Irmão das pedras da rua
Pisadas por toda a gente!

Talvez que eu morra entre grades,
No meio duma prisão
E que o mundo, além das grades,
Venha esquecer as saudades
Que roem o meu coração.

Talvez que eu morra dum tiro,
Castigo de algum desejo.
E que, à mercê desse tiro,
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo…

Talvez que eu morra no leito,
Onde a morte é natural,
As mãos em cruz sobre o peito…
Das mãos de Deus tudo aceito.
- Mas que eu morra em Portugal!



Pedro Homem de Melo

sábado, outubro 04, 2014

Violeta Parra nasceu há 97 anos

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.


quinta-feira, março 06, 2014

O poeta Pedro Homem de Melo morreu há 30 anos

(imagem daqui)

Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.

Biografia
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura (1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.

Obra
  • Danças De Portugal
  • Jardins Suspensos (1937)
  • Segredo (1939)
  • A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
  • Pecado (1943)
  • Príncipe Perfeito (1944)
  • Bodas Vermelhas (1947)
  • Miserere (1948)
  • Os Amigos Infelizes (1952)
  • Grande, Grande Era A Cidade (1955)
  • Poemas Escolhidos (1957)
  • Ecce Homo (1974)
  • Poesias Escolhidas (1987)
  • E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (seleção de poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
  • Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (seleção e prefácio de Vasco da Graça Moura)
  • Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007

Casamento e descendência
Embora vivendo num regime que dizia que não havia homossexuais, várias fontes identificam Homem de Melo como homossexual assumido. Ainda assim, Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.



Canção à Ausente 

Para te amar ensaiei os meus lábios...
Deixei de pronunciar palavras duras.
Para te amar ensaiei os meus lábios!

Para tocar-te ensaiei os meus dedos...
Banhei-os na água límpida das fontes.
Para tocar-te ensaiei os meus dedos!

Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!

E a vida foi passando, foi passando...
E, à força de esperar a tua vinda,
De cada braço fiz mudo cipreste.

A vida foi passando, foi passando...
E nunca mais vieste!


in Segredo (1939) - Pedro Homem de Mello

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Atahualpa Yupanqui nasceu há 105 anos

Atahualpa Yupanqui, pseudónimo de Héctor Roberto Chavero (Pergamino, Buenos Aires, 31 de janeiro de 1908 - Paris, 23 de maio de 1992), foi um compositor, cantor, guitarrista e escritor argentino. É considerado um dos mais importantes divulgadores de música folclórica daquele país. As suas composições foram cantadas por reconhecidos intérpretes, como Mercedes Sosa, Alfredo Zitarrosa, Víctor Jara, Ángel Parra, Marie Laforêt e Elis Regina entre outros, continuando a fazer parte do repertório de vários artistas na Argentina e em diferentes partes do mundo.
Filho de pai quéchua e mãe basca, mudou-se ainda criança com a família para Agustín Roca, em cuja ferrovia seu pai trabalhava.
Na adolescência, começa a ter aulas de violão com o concertista Bautista Almirón, viajando diariamente os 15 quilómetros que o separavam da casa do mestre. É dessa época o pseudónimo Atahualpa Yupanqui, em homenagem a Atahualpa e Tupac Yupanqui, os últimos governantes incas.


quinta-feira, outubro 04, 2012

Violeta Parra nasceu há 95 anos

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.

Nasceu em San Carlos, província de Ñuble. Realizou os seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidata, a partir dos 9 anos.
Em 1938, casou-se pela primeira vez e dessa união, teve dois filhos, Isabel e Ángel, que também viriam a se tornar compositores e intérpretes importantes.
Viveu em Valparaíso entre 1943 e 1945, e voltou a Santiago, para cantar juntamente com seus filhos. Em 1949 voltou a casar e teve duas filhas dessa nova união. Em 1952 começou a pesquisar as raízes folclóricas chilenas e compôs os primeiros temas musicais que a fariam famosa. Em 1954, quando já tinha o seu próprio programa de rádio, começou um rigoroso estudo das manifestações artísticas populares. Durante o ano de 1955 visitou a União Soviética, Londres e Paris, cidade onde residiu por dois anos. Realizou gravações para a BBC e os selos Odeón e "Chant du Monde". Em 1957 radicou-se em Concepción, voltando a Santiago no ano seguinte para começar sua produção plástica. Percorreu todo o país, recompilando e difundindo informações sobre o folclore. Em 1961, mudou-se para a Argentina, onde fez grande sucesso com suas apresentações. Voltou a Paris e ali permaneceu por três anos, percorrendo várias cidades da Europa, destacando-se suas visitas a Genebra. Em 1965 voltou ao Chile, viajou para a Bolívia e, ao regressar a seu país, instalou uma grande tenda na comuna de La Reina, com o plano de convertê-la em um centro de referência para a cultura folclórica do Chile, juntamente com os filhos, Ángel e Isabel, e os folcloristas Patricio Manns, Rolando Alarcón e Víctor Jara, entre outros. No entanto, a iniciativa não obteve sucesso.
Emocionalmente abatida pelo fracasso do empreendimento e pelo dramático final de um relacionamento amoroso, Violeta Parra suicidou-se em 5 de fevereiro de 1967, na tenda de La Reina.


segunda-feira, março 05, 2012

Pedro Homem de Melo morreu há 28 anos

(imagem daqui)

Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos: Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva de quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.


Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

in Ecce Homo
- Pedro Homem de Melo