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sábado, novembro 09, 2019

A infame Noite dos Cristais foi há 81 anos

Uma loja judaica saqueada durante a Noite dos Cristais
   
A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos atos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de Pogroms, de destruição de sinagogas, de lojas, de habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP (Partido Nazi) e os SA a atacarem os judeus. Heydrich organiza as violências que deviam visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. Cerca de 7.500 lojas judaicas e 267 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de mil milhões de marcos, pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.
 
   

quarta-feira, junho 12, 2019

Anne Frank, autora do Diário mais famoso do século passado, nasceu há noventa anos

Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de junho de 1929 - Bergen-Belsen, março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto, que morreu aos quinze anos de idade, num campo de concentração. Tornou-se mundialmente famosa com a publicação póstuma do seu Diário, no qual escrevia as experiências do período em que a sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amesterdão, nos Países Baixos. A sua família mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazis ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território holandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne escondeu-se, em julho de 1942, abrigando-se num sótão secreto de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário a sua intimidade e também o quotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido revelou o esconderijo às autoridades nazis. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e a sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amesterdão depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Os seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne como prenda de aniversário aos 13 anos, narra a sua vida de 12 de junho de 1942 até 1 de agosto de 1944. É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.
 

terça-feira, janeiro 08, 2019

Maximiliano Kolbe nasceu há 125 anos

São Maximiliano Maria Kolbe, nascido Rajmund Kolbe, (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia que foi voluntário para morrer de fome no lugar de um pai de família no campo de concentração nazi de Auschwitz, como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Podemos pensar dele como uma figura-símbolo no panorama do século XX. O próprio Santo Padre, o Papa João Paulo II, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil”.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, o homem cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da acção cristã, pelo seu intenso apostolado, é considerado o patrono da imprensa. É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontral da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.

segunda-feira, dezembro 31, 2018

Simon Wiesenthal, o mais famoso caçador de nazis, nasceu há 110 anos

Simon Wiesenthal (Buczacz, 31 de dezembro de 1908 - Viena, 20 de setembro de 2005) foi um sobrevivente de campos de concentração nazis da Segunda Guerra Mundial. Após passar cerca de quatro anos de sua vida nos campos de Janowska, Plaszow e Mauthausen, durante a Segunda Guerra Mundial, dedicou sua vida a localizar, identificar e levar à justiça criminosos nazis.
Wiesenthal morreu durante o sono, aos 96 anos, em Viena, em 20 de setembro de 2005, e foi sepultado na cidade de Herzliya, em Israel, a 23 de setembro. Deixou uma filha, Paulinka Kriesberg, e três netos. O Centro Simon Wiesenthal, localizado em Los Angeles, foi assim nomeado em sua honra.

Vida
Wiesenthal nasceu em 1908, em Buczacz, cidade pertencente à Galícia, no Império Austro-Húngaro (hoje na Ucrânia). Formou-se em Arquitetura na Universidade de Praga em 1932. Em 1936 casou com Cyla Müller. Fixa residência em Lvov, cidade da Polónia que viria a ser ocupada pela União Soviética (e atualmente pertence à Ucrânia).
Quando a Alemanha nazi invadiu a União Soviética, em junho de 1941, Wiesenthal e a sua família foram detidos. Passou quatro anos e meio em vários campos de concentração, como o de Mauthausen, onde foi libertado pelas tropas americanas em maio de 1945. Reencontra a sua esposa, com a qual teve uma filha em 1946, passando a viver em Linz, na Áustria.
Criador de um centro de documentação sobre as vítimas do Holocausto em 1947, Wiesenthal foi responsável pela prisão de mais de 1.100 criminosos. Em suas memórias, Justiça, não Vingança (1989), afirmou que “os nazis não escaparão sem punição pelo assassinato de milhões de seres humanos”. Wiesenthal investigou o paradeiro de Adolf Eichmann, alto oficial nazi que organizava o transporte de judeus para os campos de extermínio na Europa. Encontrado por ele, Eichmann foi capturado na Argentina pelo Mossad (serviço secreto israelita) e levado para ser julgado em Israel, sendo condenado à morte, no ano de 1962.
Depois de seis décadas de trabalho anunciou a sua retirada em 2003. Em 19 de fevereiro de 2004 foi feito cavaleiro (KBE) pela rainha Isabel II da Inglaterra, em função dos seus contributos para a humanidade. Foi quatro vezes nomeado para o Prémio Nobel da Paz, mas nunca foi o seu vencedor.
 

quarta-feira, abril 19, 2017

Adenauer morreu há 50 anos

Konrad Adenauer (Colónia, 5 de janeiro de 1876 - Bad Honnef, 19 de abril de 1967) foi um político alemão cristão-democrata, advogado, presidente de câmara em Colónia e também um dos arquitectos da economia social de mercado. Foi ainda Chanceler da República Federal da Alemanha (1949 - 1963) e Presidente da União Democrata-Cristã (CDU), o partido democrata-cristão.
Primeiro chanceler da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) entre 1949 e 1963, logo depois do país ter sido formado, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Nascido em 5 de janeiro de 1876 em Colónia, Adenauer estudou em várias universidades até se graduar em direito, foi prefeito de Colónia entre 1917 e 1933 (presidente de câmara) e membro do poder legislativo. Como católico, fez oposição ao nazismo e, com o advento de Adolf Hitler ao poder, foi expulso de seu cargo político e obrigado a se retirar.
Com a iminência do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adenauer foi mandado para um campo de concentração e foi libertado quando as tropas aliadas invadiram a Alemanha.
Em 1945, participou na fundação da União Democrata-Cristã (CDU) e assumiu a presidência da liga na zona de ocupação britânica. Com o estabelecimento da Alemanha ocidental, em 1949, Adenauer assumiu o cargo de primeiro chanceler. Por 14 anos, liderou a coligação entre a União Democrata-Cristã (CDU), o seu partido-irmão da Baviera, União Social Cristã (CSU), e os Democratas Livres, o partido liberal alemão (FDP). Entre 1951 e 1955 também serviu como ministro para assuntos exteriores da Alemanha Ocidental.
Adenauer tinha um grande objetivo: estabelecer a Alemanha Ocidental como uma proteção para conter a expansão dos soviéticos na Europa. Assim, ele promoveu um estreitamento nas relações com os Estados Unidos e se reconciliou com a França. Foi durante o mandato de Adenauer que a Alemanha Ocidental passou a integrar o Organização do Tratado do Atlântico Norte e passou a ser reconhecida como uma nação independente.
Adenauer retirou-se do governo em 1963, após concluir um tratado - que havia perseguido durante anos - de cooperação com a França e continuou no parlamento até à sua morte, a 19 de abril de 1967.

domingo, fevereiro 19, 2017

A lei que criou campos de concentração para nipo-americanos foi assinada há 75 anos

Os campos de concentração nos Estados Unidos alojaram cerca de 120.000 pessoas, na sua maior parte de etnia japonesa, e sendo mais da metade delas cidadãos norte-americanos. Os campos, situados no interior do país, foram desenhados para esse fim e estiveram ocupados de 1942 até 1948.

O objetivo foi deslocá-los da sua residência habitual, maioritariamente na Costa Oeste, para instalações construídas sob medidas extremas de segurança; os campos estavam fechados com arame farpado, e vigiados por guardas armados, e situados em paragens afastadas dos centro populacional. As tentativas de abandono do campo resultaram ocasionalmente no abatimento dos reclusos.

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A 19 de fevereiro, Roosevelt assinou a ordem executiva Nº 9066, autorizando o Departamento de Guerra a delimitar áreas militares onde a permanência das pessoas seria decidida pelo Secretário da Guerra, Henry Stimson. Este último aclarou a DeWitt que os descendentes de italianos não deveriam ser molestados, e que somente alguns refugiados alemães deviam ser considerados.


domingo, novembro 09, 2014

A Noite dos Cristais foi há 76 anos

A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos atos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de pogroms, com a destruição de sinagogas, lojas, habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP (Partido Nazi) e os SA a atacarem os judeus. Heydrich organiza a violência que devia visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. 7.500 lojas judaicas e 267 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de mil milhõesde marcos pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.

quinta-feira, junho 12, 2014

Anne Frank, a autora do Diário mais famoso do século XX, nasceu há 85 anos

Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de junho de 1929 - Bergen-Belsen, março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela tornou-se mundialmente famosa com a publicação póstuma do seu Diário, no qual escrevia as experiências do período em que a sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amesterdão, nos Países Baixos. A sua família mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazis ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território holandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne escondeu-se, em julho de 1942, abrigando-se num sótão secreto de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário a sua intimidade e também o quotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido revelou o esconderijo às autoridades nazis. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e a sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amesterdão depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Os seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne como prenda de aniversário aos 13 anos, narra a sua vida de 12 de junho de 1942 até 1 de agosto de 1944. É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.
 

quarta-feira, janeiro 08, 2014

São Maximiliano Kolbe nasceu há 120 anos

São Maximiliano Maria Kolbe, nascido Rajmund Kolbe, (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia que foi voluntário para morrer de fome no lugar de um pai de família no campo de concentração nazi de Auschwitz, como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Podemos pensar dele como uma figura-símbolo no panorama do século XX. O próprio Santo Padre, o Papa João Paulo II, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil”.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, o homem cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da acção cristã, pelo seu intenso apostolado, é considerado o patrono da imprensa. É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontral da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.

terça-feira, dezembro 31, 2013

Simon Wiesenthal, o caçador dos assassinos e criminosos nazis, nasceu há 105 anos

Simon Wiesenthal (Buczacz, 31 de dezembro de 1908 - Viena, 20 de setembro de 2005) foi um sobrevivente de campos de concentração nazis da Segunda Guerra Mundial. Após passar cerca de quatro anos de sua vida nos campos de Janowska, Plaszow e Mauthausen, durante a Segunda Guerra Mundial, dedicou sua vida a localizar, identificar e levar à justiça criminosos nazis.
Wiesenthal morreu durante o sono, aos 96 anos, em Viena, em 20 de setembro de 2005, e foi sepultado na cidade de Herzliya, em Israel, a 23 de setembro. Deixou uma filha, Paulinka Kriesberg, e três netos. O Centro Simon Wiesenthal, localizado em Los Angeles, foi assim nomeado em sua honra.

Vida
Wiesenthal nasceu em 1908, em Buczacz, cidade pertencente à Galícia, no Império Austro-Húngaro (hoje na Ucrânia). Formou-se em Arquitetura na Universidade de Praga em 1932. Em 1936 casou com Cyla Müller. Fixa residência em Lvov, cidade da Polónia que viria a ser ocupada pela União Soviética (e atualmente pertence à Ucrânia).
Quando a Alemanha nazi invadiu a União Soviética, em junho de 1941, Wiesenthal e a sua família foram detidos. Passou quatro anos e meio em vários campos de concentração, como o de Mauthausen, onde foi libertado pelas tropas americanas em maio de 1945. Reencontra a sua esposa, com a qual teve uma filha em 1946, passando a viver em Linz, na Áustria.
Criador de um centro de documentação sobre as vítimas do Holocausto em 1947, Wiesenthal foi responsável pela prisão de mais de 1.100 criminosos. Em suas memórias, Justiça, não Vingança (1989), afirmou que “os nazis não escaparão sem punição pelo assassinato de milhões de seres humanos”. Wiesenthal investigou o paradeiro de Adolf Eichmann, alto oficial nazi que organizava o transporte de judeus para os campos de extermínio na Europa. Encontrado por ele, Eichmann foi capturado na Argentina pelo Mossad (serviço secreto israelita) e levado para ser julgado em Israel, sendo condenado à morte, no ano de 1962.
Depois de seis décadas de trabalho anunciou a sua retirada em 2003. Em 19 de fevereiro de 2004 foi feito cavaleiro (KBE) pela rainha Elizabeth II da Inglaterra, em função dos seus contributos para a humanidade. Foi nomeado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz, mas nunca se consagrou como vencedor.


domingo, julho 22, 2012

Um bom exemplo da França - recordar o passado para prevenir e melhorar no futuro

Nos 70 anos de Vel d’Hiv Rafle
Hollande assume responsabilidades francesas no Holocausto

François Hollande depositou uma coroa de flores no sítio do antigo "velodrome"

Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, 13.152 judeus de Paris foram reunidos e deportados para campos de concentração alemães. A operação, conhecida como “Vel d’Hiv Rafle”, faz neste domingo 70 anos. Dia em que o Presidente François Hollande, contrariando antecessores como François Mitterrand, assumiu a responsabilidade francesa nesse crime.

“A verdade é dura, cruel. A verdade é que a polícia francesa deteve milhares de crianças e famílias. Nem um único alemão foi mobilizado para esta operação. A verdade é que este foi um crime cometido em França, pela França”, afirmou Hollande, após depositar uma coroa de flores no lugar do antigo "velodrome" (demolido em 1959), onde os judeus foram reunidos.

Esta é uma interpretação da História que difere da que, desde então, tem sido propagada pelos altos responsáveis políticos franceses. Incluindo François Mitterrand, o mentor político de Hollande, que dizia que o governo colaboracionista de Vichy, liderado por Philippe Pétain, não representava a República francesa. Só o conservador Jacques Chirac admitiu, em 1995, a participação de França nos crimes perpetrados pelos nazis durante o Holocausto.

Aliás, Hollande e Chirac ter-se-ão mesmo encontrado este sábado para discutir Vel d’Hiv Rafle. Este domingo, num texto distribuído na cerimónia, o actual Chefe de Estado francês escreve que “o reconhecimento desta falha foi expresso pela primeira vez, com lucidez e coragem, por Jacques Chirac a 16 de Julho de 1995”, reconhecendo assim a importância da tomada de posição do seu antecessor.

Perante alguns dos poucos sobreviventes (apenas 811 dos cerca de 42 mil judeus franceses regressaram dos campos de concentração alemães), François Hollande sublinhou o dever de lembrar o passado: “Não haverá esquecimento na República”. E prometeu combater o anti-semitismo “com a maior determinação”: “Onde quer que se encontre, tem de ser descoberto e punido. Todas as ideologias de exclusão, todas as formas de intolerância, todos os fanatismos, a xenofobia que tenta fazer crescer a lógica do ódio, terão a República no seu caminho.”

Voltando à culpa francesa em Vel d’Hiv Rafle, Hollande sublinhou que, apesar de reconhecer as responsabilidades francesas naquele crime, “a verdade é que este foi também um crime contra a França, uma traição dos seus valores”.

in Público - ler notícia

NOTA: é bonito ver um chefe de estado recordar os erros do passado, mesmo de um regime (a França de Vichy) que muitos não reconhecem com estado francês. É pena que outros países, negacionistas e revisionistas, como o Irão e a Turquia, não aprendam com este caso - porque só a verdade liberta...

segunda-feira, abril 23, 2012

O Decreto-Lei que criou o Campo de Concentração do Tarrafal foi publicado há 76 anos

Muro exterior do Campo do Tarrafal

A Colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de abril de 1936.
Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de setembro daquele ano de 1936.
O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.
O Estado Novo, sob a capa da reorganização dos estabelecimentos prisionais, ao criar este campo pretende atingir dois objectivos ligados entre si: afastar da metrópole presos problemáticos, e, através das deliberadas más condições de encarceramento, enviar um sinal de que a repressão dos contestatários será levada ao extremo.
Esta visão está claramente definida nos primeiros parágrafos do Decreto-Lei n.º 26 539, ao afirmar que serve para receber os presos políticos e sociais, sobre quem recai o dever de cumprir o desterro, aqueles que internados em outros estabelecimentos prisionais se mostram refractários à disciplina e ainda os elementos perniciosos para outros reclusos. Este diploma abrange também os condenados a pena maior por crimes praticados com fins políticos, os presos preventivos, e, por fim, os presos por crime de rebelião.
Foram 37 os prisioneiros políticos que morreram no Tarrafal; os seus corpos só depois do 25 de abril puderam voltar à pátria.

sábado, março 31, 2012

Anne Frank morreu (provavelmente) há 67 anos

 Sepultura simbólica de Margot e Anne Frank, vítimas de Bergen-Belsen

Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de junho de 1929 - Bergen-Belsen, 31 de março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela se tornou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amesterdão, nos Países Baixos. A sua família mudou-se para lá em 1933, ano da ascensão dos nazis ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território neerlandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne escondeu-se em julho de 1942, abrigando-se num sótão secreto de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário suas intimidades e também o quotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido, revelou o esconderijo às autoridades nazis. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amesterdão depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne em seu aniversário de 13 anos, narra sua vida de 12 de junho de 1942 até 1 de agosto de 1944. É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.

terça-feira, março 06, 2012

O pastor Martin Niemoller morreu há 28 anos

Martin Niemöller (Lippstadt, 14 de janeiro de 1892 - Wiesbaden, 6 de março de 1984) foi um pastor luterano alemão. Em 1966 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Desde a década de 1980 tornou-se conhecido pelo poema "Quando os nazis vieram atrás dos comunistas".

Biografia
Filho de um pastor luterano, foi educado para a fidelidade ao imperador e com sentimento patriótico alemão. Depois de concluir o curso colegial, ele ingressou na Marinha como soldado de carreira. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como comandante de submarino, vindo a ser condecorado com a Cruz de Ferro. Após a guerra, viveu durante algum tempo em Freikorps e estudou Teologia. Em 1931, foi ordenado pastor da Igreja de Santa Ana em Dahlen, subúrbio de Berlim.
Mesmo depois de formar-se em Teologia, ele permaneceu fiel à sua ideologia patriótica e conservadora. Porém, após a subida dos nazis ao poder, em 1933, Niemöller – então pároco em Berlim-Dahlem – entrou num conflito crescente com o novo governo. Inicialmente, ele concordava com o antagonismo dos Nazis ao Comunismo e à República de Weimar, mas ficou alarmado com a tentativa de Hitler em dominar a Igreja Evangélica (Luterana ou Reformada) impondo-lhe o movimento neopagão dos "Cristãos Germânicos" da Igreja do Reich e de seu bispo Ludwig Müller. Sendo ele nacionalista e não estando inteiramente livre de preconceitos anti-semitas, Niemöller protesta decididamente contra a aplicação do "parágrafo ariano" na Igreja e a falsificação da doutrina bíblica pelos cristãos alemães de ideologia nazista. Para impedir a segregação de cristãos de origem judaica, ele criou no outono de 1933, com Dietrich Bonhöffer, a Pfarrernotbund ("Liga Pastoral de Emergência") para apoiar os pastores não-arianos ou casados com não-arianas, que foi transformada na Bekennende Kirche (Igreja Engajada) em 1934. A Igreja Engajada recusou obediência à direção oficial da Igreja Evangélica, tornando-se um importante centro de resistência alemã protestante ao regime Nazi.
Em 1934, Niemöller acreditava ainda que poderia discutir com os novos donos do poder. Numa recepção na Chancelaria em Berlim, ele contestou Hitler, que queria eximir a Igreja de toda responsabilidade pelas questões "terrenas" do povo alemão:
"Ele me estendeu a mão e eu aproveitei a oportunidade. Segurei a sua mão fortemente e disse: 'Sr. Chanceler, o senhor disse que devemos deixar em suas mãos o povo alemão, mas a responsabilidade pelo nosso povo foi posta na nossa consciência por alguém inteiramente diferente'. Então, ele puxou a sua mão, dirigindo-se ao próximo e não disse mais nenhuma palavra."

Perseguição nazi
A partir deste incidente, Niemöller fica cada vez mais na mira do regime. É observado pela Gestapo e proibido de fazer pregações, o que ele não aceita. Em 1935, é preso pela primeira vez e logo libertado. Martin Niemöller já era tido nessa época como o mais importante porta-voz da resistência protestante. No verão de 1937, ele pregava:
"E quem como eu, que não viu nada a seu lado no ofício religioso vespertino de anteontem, a não ser três jovens policiais da Gestapo – três jovens que certamente foram batizados um dia em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e que certamente juraram fidelidade ao seu Salvador na cerimônia de crisma, e agora são enviados para armar ciladas à comunidade de Jesus Cristo –, não esquece facilmente o ultraje à Igreja e deseja clamar 'Senhor, tende piedade' de forma bem profunda."
Em julho de 1937, Niemöller foi preso novamente. Passados cerca de sete meses, no dia 7 de fevereiro de 1938, começou então o seu processo diante do Tribunal Especial II em Berlim-Moabit. Segundo a acusação, Martin Niemöller teria criticado as medidas do governo nas suas pregações "de maneira ameaçadora para a paz pública", teria feito "declarações hostis e provocadores" sobre alguns ministros do Reich e, com isto, transgredido o "parágrafo do Chanceler" e a "lei da perfídia". A sentença: sete meses de prisão, bem como dois mil marcos de multa.
Os juízes consideraram a pena como cumprida, em função do longo tempo de prisão preventiva. Niemöller deveria assim ter deixado a sala do tribunal como homem livre. Para Hitler, no entanto, a sentença pareceu muito suave. Ele enviou o pastor como seu "prisioneiro pessoal" para um campo de concentração. Até o fim da guerra, durante mais de sete anos, Martin Niemöller permaneceu preso – inicialmente, no campo de concentração de Sachsenhausen, depois no de Dachau.


E Não Sobrou Ninguém

Quando os nazis levaram os comunistas, 
eu calei-me, porque, afinal, 
eu não era comunista. 

Quando eles prenderam os sociais-democratas, 
eu calei-me, porque, afinal, 
eu não era social-democrata. 

Quando eles levaram os sindicalistas, 
eu não protestei, porque, afinal, 
eu não era sindicalista. 

Quando levaram os judeus, 
eu não protestei, porque, afinal, 
eu não era judeu. 

Quando eles me levaram, 
não havia mais quem protestasse.

Martin Niemöller

domingo, fevereiro 19, 2012

Há 70 anos os Estados Unidos da América começaram a colocar cidadão seus em campos de concentração


Nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, campos de concentração alojaram cerca de 120 000 pessoas, a maioria delas de etnia japonesa, com cidadania norteamericana.
Crystal City, no Texas notabilizou-se por abrigar um desses campos e para lá foram deportados não apenas cidadãos de origem japonesa como também alemã. O governo dos EUA tirou proveito da situação, trocando os prisioneiros alemães por prisioneiros judeus norteamericanos que se encontravam em campos de concentração europeus.
Os campos eram situados em locais remotos do interior do país e foram projetados especialmente para este fim, entre 1942 e 1948. As pessoas foram retiradas à força de suas casas, quase sempre situadas na costa oeste, e enviadas para instalações de segurança máxima. Os campos eram cercados com arame farpado e vigiados por guardas armados. Aqueles que tentavam fugir eram abatidos.
O confinamento de japoneses étnicos foi principalmente uma resposta ao ataque a Pearl Harbor. Durante a guerra, os organismos de defesa dos Direitos Humanos contestaram o direito do governo de aprisionar pessoas por razões étnicas e apelaram à Supremo Tribunal dos Estados Unidos, porém o apelo foi recusado.
Posteriormente, em 1951, o governo dos EUA ofereceu compensações financeiras às vítimas mas só em 1988, quando ofereceu também 20 000 dólares como ressarcimento às vítimas, através da Public Law 100-383, houve uma retratação pública e o governo norte-americano admitiu que a concentração de prisioneiros deveu-se a "preconceitos raciais, à histeria bélica e à deficiência da liderança política". A ordem de concentração partira do presidente Franklin Delano Roosevelt, através do decreto 9066, que autorizava ao chefes das guarnições militares a designar "áreas de exclusão". A "área de exclusão militar número um", que correspondia a toda a costa do Pacífico, foi declarada fora dos limites para qualquer pessoa de ascendência japonesa.
 

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Konrad Adenauer nasceu há 136 anos

Face de Konrad Adenauer num Marco alemão de 1969

Konrad Adenauer (Colónia, 5 de Janeiro de 1876 - Bad Honnef, 19 de abril de 1967) foi um político alemão cristão-democrata, advogado, prefeito de Colónia e também um dos arquitectos da economia social de mercado. Foi ainda Chanceler da República Federal da Alemanha (1949 - 1963) e Presidente da União Democrata-Cristã (CDU), o partido democrata-cristão.
Primeiro chanceler da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) entre 1949 e 1963, logo depois que o país havia sido formado, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Nascido em 5 de Janeiro em Colónia, Adenauer estudou em várias universidades até se graduar em direito, foi prefeito de Colônia entre 1917 e 1933 e membro do poder legislativo. Como católico da época, fez oposição ao nazismo e, com o advento de Adolf Hitler ao poder, foi expulso de seu cargo político e obrigado a se aposentar.
Com a iminência do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adenauer foi mandado para um campo de concentração e foi libertado quando as tropas aliadas invadiram a Alemanha.
Em 1945, participou na fundação da União Democrata-Cristã (CDU) e assumiu a presidência da liga na zona de ocupação britânica. Com o estabelecimento da Alemanha ocidental, em 1949, Adenauer assumiu o cargo de primeiro chanceler. Por 14 anos, liderou a coligação entre a União Democrata-Cristã (CDU), o seu partido-irmão da Baviera, União Social Cristã (CSU), e os Democratas Livres, o partido liberal alemão (FDP). Entre 1951 e 1955 também serviu como ministro para assuntos exteriores da Alemanha Ocidental.
Adenauer tinha um grande objetivo: estabelecer a Alemanha Ocidental como uma proteção para conter a expansão dos soviéticos na Europa. Assim, ele promoveu um estreitamento nas relações com os Estados Unidos e se reconciliou com a França. Foi durante o mandato de Adenauer que a Alemanha Ocidental passou a integrar o Organização do Tratado do Atlântico Norte e passou a ser reconhecida como uma nação independente.
Adenauer aposentou-se em 1963, após concluir um tratado - que havia perseguido durante anos - de cooperação com a França e continuou no parlamento até sua morte em 19 de abril de 1967.