Campo de Manzanar, Califórnia
Nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, campos de concentração alojaram cerca de 120 000 pessoas, a maioria delas de etnia japonesa, com cidadania norteamericana.
Crystal City, no Texas
notabilizou-se por abrigar um desses campos e para lá foram deportados
não apenas cidadãos de origem japonesa como também alemã. O governo dos EUA
tirou proveito da situação, trocando os prisioneiros alemães por
prisioneiros judeus norteamericanos que se encontravam em campos de
concentração europeus.
Os campos eram situados em locais remotos do interior do país e foram projetados especialmente para este fim, entre 1942 e 1948.
As pessoas foram retiradas à força de suas casas, quase sempre situadas
na costa oeste, e enviadas para instalações de segurança máxima. Os
campos eram cercados com arame farpado e vigiados por guardas armados. Aqueles que tentavam fugir eram abatidos.
O confinamento de japoneses étnicos foi principalmente uma resposta ao ataque a Pearl Harbor. Durante a guerra, os organismos de defesa dos Direitos Humanos contestaram o direito do governo de aprisionar pessoas por razões étnicas e apelaram à Supremo Tribunal dos Estados Unidos, porém o apelo foi recusado.
Posteriormente, em 1951, o governo dos EUA ofereceu compensações financeiras às vítimas mas só em 1988, quando ofereceu também 20 000 dólares como ressarcimento às vítimas, através da Public Law 100-383,
houve uma retratação pública e o governo norte-americano admitiu que a
concentração de prisioneiros deveu-se a "preconceitos raciais, à
histeria bélica e à deficiência da liderança política". A ordem de
concentração partira do presidente Franklin Delano Roosevelt,
através do decreto 9066, que autorizava ao chefes das guarnições
militares a designar "áreas de exclusão". A "área de exclusão militar
número um", que correspondia a toda a costa do Pacífico, foi declarada
fora dos limites para qualquer pessoa de ascendência japonesa.
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