sábado, maio 08, 2010

Colóquio sobre Alterações Climáticas na Marinha Grande



A OikosAssociação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, vai realizar, no dia 27 de Maio de 2010 (quinta-feira), às 21.00 horas, na Biblioteca Municipal da Marinha Grande, um colóquio subordinado ao tema "Alterações Climáticas".

Divulga o evento e comparece...

O Affair Ricardo Rodrigues explicado pelo Antero





Limpar Leiria - celebrar o Dia Mundial do Ambiente com trabalho


Porque a participação e empenho de todos se revelam como cruciais ao sucesso da iniciativa, o Município de Leiria convida todos os cidadãos interessados a participarem na Campanha “Limpar Leiria”, a desenvolver no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, no próximo dia 5 de Junho.

A Câmara Municipal de Leiria, apela à participação de todos os cidadãos para a possibilidade de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, através de uma nova campanha - “Limpar Leiria”, a desenvolver em estreita colaboração com as freguesias do Concelho.

Poderá inscrever-se:
  • Site da Câmara Municipal de Leiria;
  • Sedes das Juntas de Freguesia aderentes;
  • Feira de Maio;
  • Centro de Interpretação Ambiental de Leiria

Visite-nos no Facebook.

Informações adicionais em www.cm-leiria.pt

Algo vai bem no Reino da Dinamarca - já na República Portuguesa...

Entrevista
"Sinto mesmo muitas saudades”

Mikkel Solnado, filho de Raul Solnado, vive na Dinamarca e está a conhecer o êxito com a canção ‘We Can do Anything’, tema que começou por ser um anúncio para a TV.


Correio da Manhã – Como é que o filho de Raul Solnado acaba a fazer música na Dinamarca?

Mikkel Solnado – Nasci na Dinamarca e fui para Portugal aos seis meses. Vivi aí com o meu pai e a minha mãe (Anne Louise, dinamarquesa), mas quando tinha 19 anos ela quis regressar às raízes e eu tinha vontade de viver uma vida mais solta. Em Portugal era muito difícil trabalhar com música, não havia uma ‘cena’ cultural como na Dinamarca.

– Já fazia música em Portugal?

– Tocava bateria, compunha e tinha uma banda, os Husk, que em dinamarquês quer dizer ‘lembra-te’.

– Com ‘We Can do Anything’ saltou para as bocas do Mundo. Como reagiu?

– Não estava nada à espera, foi mesmo muito surreal. Estava de férias em Portugal, o meu pai doente, depois morreu, o funeral, tudo isso... Andava triste e, de repente, a canção passou na rádio. A partir daí...

– O tema começou por ser um anúncio para uma marca de automóveis, certo?

– Eram só 20 segundos para a Volkswagen, mas depois pediram--nos que acabássemos a canção. Tinha havido pedidos para isso, mas nunca tive planos para formar uma banda. Na altura apaixonei-me por uma rapariga, tive um encontro espectacular, fui para o estúdio e acabei o tema em menos de meia hora. A letra tem a ver com o viver agora.

– Não tinha intenções de formar uma banda, mas agora é uma estrela. Como está a lidar com isso?

– Aqui não sinto muito, as pessoas gostam do tema mas não tem o mesmo êxito que em Portugal. Não temos experiência de palco, portanto vai ser a estreia absoluta em Lisboa. Estamos muito ansiosos.

– Há planos para um disco?

– A ideia é essa, tenho tido reuniões com editoras portuguesas e o disco deverá sair em Março de 2010.

– Serão canções em português, inglês... ou dinamarquês?

– Na maioria serão em inglês, tenho uma em português, feita com o Nanu Figueiredo, dos Mola Dudle, mas em principio serão mais em inglês porque a ideia é divulgar o disco no resto do Mundo.

– Sente saudades de Portugal?

– Sinto muitas saudades. Sempre que posso vou a Portugal, vou todos os Verões e fico para aí umas três semanas, mas quando tenho de voltar fico triste. Gosto dos dois países e o meu plano é, um dia, viver um pouco aqui, um pouco em Portugal.

PERFIL

Mikkel Solnado nasceu em Copenhaga em 1979, filho de Raul Solnado e da dinamarquesa Anne Louise. Viveu em Portugal até aos 19 anos, quando partiu para a Dinamarca. Hoje trabalha numa agência que produz música para anúncios, TV e outros. Com a canção ‘We Can Do Anything’ saltou do anonimato e fará a sua estreia em palco a 4 de Dezembro, no Festival Super Bock em Stock, em Lisboa.

in CM - ler entrevista

 

Eyjafallajoekull strikes again

Vulcão islandês está a obrigar desde a última quinta-feira a alterações de rotas
Nuvem de cinzas vulcânicas cancela 104 voos em Portugal

A densidade da nuvem de cinzas levou à definição de uma "zona de interdição de voo" no espaço aéreo português

A nuvem de cinzas vulcânicas levou ao cancelamento de 104 voos previstos para hoje nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, avançou a ANA - Aeroportos de Portugal. As cinzas do vulcão islandês Eyjafjallajokull levaram ainda ao encerramento de 16 aeroportos em Espanha, pelo menos até às 14.0 horas locais (13.00 horas em Lisboa).


"Foram cancelados 104 voos em Portugal continental", dos quais 50 no aeroporto de Faro, 36 no Porto e 18 em Lisboa, adiantou à Lusa o porta-voz da ANA, Rui Oliveira, sublinhando que os cancelamentos dividem-se igualmente entre partidas e chegadas.

A nuvem de cinzas do vulcão islandês está a obrigar desde a última quinta-feira a alterações de rotas que, por sua vez, levam a "ligeiros atrasos" nos horários, referiu ainda o porta-voz.

Um comunicado da Navegação Aérea de Portugal (Nav Portugal) refere que a nuvem de cinzas está na zona norte da Região de Informação de Voo de Lisboa e a sua densidade levou à definição de uma "zona de interdição de voo" até aos 35 mil pés (cerca de 10 quilómetros). Assim, a zona dentro do território nacional acima dos 20 mil pés (cerca de seis quilómetros) mantém-se aberta ao tráfego.

Estas condições permitem que o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, mantenha a operação, embora "com algumas limitações" que deverão ser levantadas a partir das 13.00 horas.

Nas próximas horas, "haverá um movimento desta nuvem para leste e para o final do dia ligeiramente para norte", segundo o mesmo comunicado.

A Nav Portugal prevê que a partir das 19.00 horas o continente fique livre desta situação mantendo-se ainda a "zona de interdição de voo" no limite noroeste da Região de Informação de Voo de Lisboa, mas já totalmente fora do território nacional.

O avanço da nuvem de cinzas vulcânicas da Islândia já levou à decisão de encerrar 16 aeroportos em Espanha. As unidades afetadas são as de Bilbao, São Sebastião, Vitória, Saragoça, Pamplona, La Rioja e Lérida, de acordo com um comunicado da AENA, organismo que gere os aeroportos espanhóis.

Durante a madrugada tinham sido já fechados os aeroportos de Santiago de Compostela, Corunha, Vigo, Astúrias, Santander, Burgos, León, Valladolid e Salamanca. O encerramento das 16 unidades vai manter-se “pelo menos” até às 18.00 horas locais (17.00 horas em Lisboa).

Depois dessa hora, os condicionamentos da navegação aérea dependerá da evolução da nuvem de cinzas, que chegou ao espaço aéreo espanhol cerca das 02.00 horas em Madrid (01.00 horas em Lisboa).

Uma pena, estes azares

roubar gravadores

Ricardo Rodrigues, confrontado por repórteres da revista Sábado com acontecimentos de um passado pouco glorioso do deputado, então nos Açores, não arranjou melhor explicação do que mencionar os seus azares. "Eu já tive os meus azares."

E que azares são esses, afinal?

Boatos de pedofilia. Boatos de burlas agravadas, sem investigação. E sem condenação dos boateiros...


De facto, são azares a mais. Quantos deputados terão, nas suas vidas, públicas ou particulares, tamanhos azares, sem reparação devida?

in Blog portadaloja - post de José

sexta-feira, maio 07, 2010

Provas de Aferição ou Exames a Fingir de Português e Matemática para Totós?

Concluíram-se hoje as Provas de Aferição, que os nossos alunos de 4º e 6º todos os anos fazem em Maio, aquele que na minha zona chamam do mês dos burros. Tive a honra de vigiar a prova de Português do 6º Ano e, quando o li, apeteceu-me vomitar - era tão fácil que o meu filho, que está no 2º Ano num Jardim Escola João de Deus, tenho a certeza que tirava pelo menos 80% e ainda lhe sobrava tempo...

Hoje foi a vez da Matemática e - surpresa...! - ainda era mais fácil...

Quem é que os burocratas do Ministério da Educação querem enganar ou insultar? Os professores, que querem que os seus alunos aprendam o máximo possível, os alunos, pois provam-lhes que não vale a pena estudar, ou a opinião pública, que tentam que coma as valorosas classificações dos nossos alunos?

Lá porque o nosso PM tirou um pseudo-curso na Universidade da Farinha Amparo, a um domingo e por fax, lá porque alguns não precisaram de trabalhar nada para chegar onde chegaram para ganharem milhões, lá porque alguns acham natural roubar ou mentir, não há motivo para se propor generalizar estas situações aos nossos miúdos de 4º ou 6º Ano.

Para que não pensem que vos estou a aldrabar, aqui vos deixo um pequeno extracto da Prova de 6º Ano, roubada ao Blog A Educação do meu Umbigo:



Como diz o Paulo Guinote, "isto é de uma violência psicológica intolerável…"

NOTA: aplauda-se a posição da Sociedade Portuguesa de Matemática - ler AQUI.

O Efeito Milu é como as célebres pilhas - e dura.. e dura... e dura...


NOTA: na minha Escola houve, nos últimos dezoito meses, duas agressões a docentes. Muitos calam, por vergonha e impotência - até quando?

Tchaikovsky nasceu há 160 anos

Google Doodle do dia - 07.052010

Piotr Ilitch Tchaikovsky (em russo: Пётр Ильи́ч Чайко́вский, por vezes, transliterado Pyotr Ilyich Tchaikowsky); (Kamsko-Wotkinski Sawod, actual Tchaikovsky, 7 de maio de 1840São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo.
Embora faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, sua música se tornou conhecida e admirada por seu carácter distintamente russo, bem como por suas ricas harmonias e vivas melodias. Suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas de seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionalistas russas.








Queima das Fitas 2010: Monumental Serenata

Para os que amam o Fado de Coimbra, a sua cidade e a sua Universidade, para quem ama o espírito académico e outros saudosistas, entre os quais em me conto, aqui fica a hipótese de ver e ouvir a Serenata da Queima de 2010:

Watch live streaming video from tvaac at livestream.com


NOTA: os nossos parabéns a TV da AAC - http://tv.aac.uc.pt/?g=home - pela transmissão e colocação na Internet da Serenata... Sugere-se ainda que comecem a ver a partir dos 11'50''...

Ditosa pátria amada que tem um deputado que os jornais já tratam como... "ladrão profissional"...


24horas, 07.05.2010

Digo-vos: se mantiver o jeito de mãos, Ricardo Rodrigues ainda poderá aspirar a protagonizar, no cinema, o mais romântico e simpático de todos os ladrões da literatura: Arsène Lupin...


quinta-feira, maio 06, 2010

Música para uma amiga

Aqui fica uma musiquinha para a colega geopedrada Flor, com um beijinho de parabéns...



NOTA: a música colocada no filme é retirada do filme Life of Brian, dos Monty Python...

Corvus sapiens sapiens



Este fantástico vídeo acompanha o recente artigo "Complex cognition and behavioural innovation in New Caledonian crows" publicado na Proc. R. Soc. B, por uma equipa da Universidade de Auckland e também disponível aqui.

in Blog GeoLeiria - post de Octávio Mateus

Almoço de Queima para geopedrados resistentes

A Téu, essa Grande Líder dos Geopedrados, enviou um convite por e-mail aos colegas Geopedrados para se fazer um almoço de Queima este domingo, em Coimbra. Como sabem agora o Cortejo Académico é ao domingo e assim dava para arejar a capa e as fitas...

Eu e a Lai lá estaremos - e muitos que não podem estarão em espírito, tenho a certeza...

Paródia musical



quarta-feira, maio 05, 2010

Saída de Campo em Leiria

GEOLOGIA DE LEIRIA: Um percurso pela cidade

8 de Maio de 2010 (Sábado: 09.30 – 16.00 horas)

Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo

Os professores do Grupo 520 (Biologia e Geologia) da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo (ESFRL) convidam os colegas interessados a participar na visita Geologia de Leiria: um percurso pela cidade, orientada pelo Doutor Jorge Dinis (Universidade de Coimbra).


PROGRAMA

09.30 – encontro junto à Ponte dos Caniços
pausa para almoçopicnic no Castelo de Leiria (à responsabilidade de cada um)
16.00 – hora prevista de terminus


Inscrições – através do e-mail gr520esfrl@gmail.com

LINKS:

NOTA: para os desconhecedores do local de partida, ele aqui fica:


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São azares a mais, senhor deputado - e parem com os eufemismos...

Durante uma entrevista
Ricardo Rodrigues apropriou-se de dois gravadores de jornalistas da Sábado

Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada do PS, explica que “tomou posse”, de forma “irreflectida”, de dois gravadores da revista Sábado, durante uma entrevista, porque foi exercida sobre ele uma “violência psicológica insuportável”.

Numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, o deputado do PS Ricardo Rodrigues anunciou que, na passada segunda-feira, apresentou no Tribunal Cível de Lisboa uma providência cautelar contra a revista Sábado e dois jornalistas da mesma publicação.

A entrevista, realizada a 30 de Abril, acabou por ser interrompida por Rodrigues, que, antes de abandonar a sala, furtou os dois gravadores digitais dos jornalistas, como se pode verificar no vídeo já disponível no site da revista (ver link).

Assis ao lado de Rodrigues

Na Assembleia da República, o deputado socialista, acompanhado pelo líder parlamentar, Francisco Assis, e por um outro membro da direcção do grupo, Sérgio Sousa Pinto, justificou a sua acção pelo “tom inaceitavelmente persecutório” das perguntas e pelos “temas e factos suscitados, falsos e mesmo injuriosos”.

Em causa, apontou, estavam perguntas relacionadas com a sua “alegada cumplicidade” com clientes que “patrocinou” enquanto advogado e que “foram condenados relativamente a factos de 1997”. E ainda “injúrias e difamações que estão a ser julgadas no Tribunal de Oeiras”, em que são réus a SIC, a SIC/Notícias e o jornalista Estevão Gago da Câmara.

“Porque a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu bom nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital, os quais hoje são documentos apensos à providência cautelar”, justificou.


NOTA: O filme do apropriamento é este:


ADENDA: para quê títulos de jornal politicamente correctos e factualmente (e criminalmente...) incorrectos? O que o senhor deputado fez foi ROUBAR e a uma pessoa que faz o que ele efectivamente fez chama-se LADRÃO.

Carta aberta ao PM Sócrates


PS - pretendo ser o segundo subscritor da carta aberta:

Fernando Martins

terça-feira, maio 04, 2010

As obras socraónicas e a bancarrota do Estado


No 28 de Abril de 2010, quarta-feira cinzenta, dia da iminência do estouro, o primeiro-ministro José Sócrates veio dizer que o País faria tudo o que fosse necessário para satisfazer os mercados financeiros internacionais, de modo a que estes confiassem no pagamento da dívida portuguesa e dos juros. Para tanto, até fez uma declaração conjunta com o líder do PSD, dr. Pedro Passos Coelho, que garantiu apoio ao Governo. Faltou a afirmação da suspensão das obras públicas socraónicas, mas ninguém pensou que se tratasse de outra coisa, para além do aperto no subsídio de desemprego e no rendimento social de inserção.

No dia seguinte, quinta-feira, acalmou o pânico nos mercados financeiros por informação, em círculo fechado, de que o Governo grego, liderado por Papandreou Junior, actual presidente da Internacional Socialista, asfixiado pelos juros brutais da dívida pública grega, que chegou no dia anterior a ter comprador apenas a 23,9%, tinha aceite finalmente o pacote de austeridade na despesa pública que o FMI e a União Europeia lhe impunham como contrapartida de um empréstimo de três anos. Desceu o juro da dívida pública grega e também da portuguesa, que vai agora, segunda-feira, 3-5-2010, à tarde, nos 5,33% (obrigações a 10 anos).

Sucedeu aquilo que ninguém julgava que Sócrates ousasse: que depois da pausa de quarta-feira, desafiasse os mercados financeiros, mantendo o mesmo PEC e o mesmo Orçamento, e, temerário, afirmasse a continuação da sua política de grandes obras públicas, dignas do faraó que se julga. Da pressa da assinatura à socapa da concessão da auto-estrada do Pinhal Interior ao consórcio Ascendi da Mota-Engil e do grupo Espírito Santo, no valor de 1,2 mil milhões de euros, nesse mesmo dia crítico do 28 de Abril, - num movimento típico de fim de regime (distribuição do tesouro, antes que venham os alemães...) -, passou à confirmação da ostentação do TGV, do novo aeroporto de Lisboa, das auto-estradas. E nos apertos das prestações sociais, ninguém mais  ninguém ouviu falar o Governo. E se Teixeira dos Santos sugere a contenção, logo manda falar António Mendonça, ou ele próprio se pronuncia, em sentido contrário, desautorizando o seu ministro das Finanças, o que equivale a deitar gasolina no fogo dos mercados...

É natural que o Presidente da República, que foi professor de finanças públicas, ficasse muito preocupado com o drama da crise da dívida e a incapacidade do Governo fazer face ao descrédito dos mercados financeiros no pasmo e passividade do Governo. Num acto que passou relativamente despercebido, Cavaco Silva antecipou a audiência semanal com o primeiro-ministro para quarta-feira, 28-5-2010, com o primeiro-ministro, e convocou para a mesma o ministro Teixeira dos Santos, dando um sinal de que não confia na capacidade de Sócrates aplacar a crise e, ao mesmo tempo, de apoio à reserva do ministro das Finanças. O problema é que Teixeira dos Santos é fraco e não é capaz de dar um murro na mesa do despesismo...

Preocupado com esta irresponsabilidade do desafio socratino aos mercados financeiros de, mesmo em face do pânico no crédito, da descida do rating da República e do crescimento dos juros, o prof. Cavaco Silva, que já tinha prevenido em 23-5-2003, numa intervenção premonitória do drama que o País hoje sofre, que foi publicada no Jornal de Negócios sob o título «Dores de cabeça», da insustentatibilidade do crescimento da despesa, sem aumento de competitividade, e do perigo da indisciplina orçamental, veio alertar, em 30-4-2010, sexta-feira, para a necessidade de serem repensados os grandes investimentos, particularmente aqueles com menor incorporação nacional. Disse o Presidente da República:
«faz sentido reponderar todos os investimentos públicos e privados na área dos bens não transaccionáveis que tenham uma grande componente importada, que tenham capital intensivo, ou seja, que utilizem pouca mão-de-obra portuguesa»

Isto é, janela quebrada por janela quebrada é melhor aquela que é reparada com vidraça e marceneiro portugueses. E logo se levantou o protesto, pelo poeta Manuel Alegre, de interpretar as palavras do Presidente como «uma interferência nas escolhas do Executivo» (sic).

Portanto, aqui fica o meu comentário: o Presidente não se opôs, recomendou a reponderação dos grandes investimentos, devido à situação actual. Mas, eu creio que, enquanto o Governo não atingir o objectivo dos 3% de défice, a que se comprometeu no PEC,  o Presidente da República deveria vetar qualquer contrato de construção e concessão de grandes obras públicas que aumentem significativamente a despesa do Estado, e explicar ao País o motivo. Certamente que todos os patriotas querem evitar que Portugal se transforme num protectorado do FMI/União Europeia (Alemanha...) e que o povo seja sujeito a um pacote de austeridade, semelhante ao grego, muito mais grave do que aquele que seria agora posto em prática, simplesmente por se não querer abdicar das comissões.

in Blog Do Portugal Profundo - post de António Balbino Caldeira

O País do Faz de Conta

A FRASE DO DIA

Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, citado pelo jornal "Público", sobre as provas de aferição de Matemática dos 4.º e 6º anos, da responsabilidade do Ministério da Educação:

"Seria óptimo se nas provas houvesse perguntas de Matemática".


NOTA: aplicavam-se aqui as sábias palavras de Salgueiro Maia aos soldados formados na parada, antes de sair, com todos eles, para Lisboa, acabar com um regime moribundo, na madrugada de 25 de Abril de 1974:

"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"