segunda-feira, fevereiro 12, 2018

O cantor Martinho da Vila faz hoje 80 anos!

Martinho José Ferreira (Duas Barras, 12 de fevereiro de 1938) é um cantor, compositor e músico brasileiro.
 
Biografia
Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas quatro anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de meu off-Rio. Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos-Forros, a primeira profissão foi como Auxiliar de Químico Industrial, função aprendida no curso intensivo do SENAI. Mais tarde, enquanto servia o exército como Sargento Burocrata, cursou a Escola de Instrução Especializada, tornando-se escrevente e contador, profissões que abandonou em 1970, quando saiu do exército para se tornar cantor profissional.
A carreira artística surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com a música "Menina Moça". O sucesso veio no ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançando a canção "Casa de Bamba", um dos clássicos de Martinho. O primeiro álbum, lançado em 1969, intitulado Martinho da Vila, já demonstrava a extensão de seu talento como compositor e músico, incluindo, além de "Casa de Bamba", obras-primas como "O Pequeno Burguês", "Quem é Do Mar Não Enjoa" e "Prá Que Dinheiro" entre outras menos populares como "Brasil Mulato", "Amor Pra que Nasceu" e "Tom Maior". Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de discos no Brasil, sendo o segundo sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias, com o CD Tá Delícia, Tá Gostoso, lançado em 1995 (o primeiro foi Agepê, que em 1984 vendeu um milhão e meio de cópias com seu disco Mistura Brasileira).
 
Estilo
Embora seja internacionalmente reconhecido como sambista, com várias composições gravadas no exterior, Martinho da Vila é um legítimo representante da MPB e compositor eclético, tendo trabalhado com o folclore e criado músicas dos mais variados ritmos brasileiros, tais como ciranda, frevo, samba de roda, capoeira, bossa nova, calango, samba-enredo, toada e sambas africanos. O espírito de pesquisador incansável, viaja desde o disco O Canto das Lavadeiras, baseado no folclore brasileiro, lançado em 1989, até o mais recente trabalho Lusofonia, lançado no início de 2000, reunindo canções de todos os países de língua portuguesa. Em setembro de 2000 concretizou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos projetos por si mais acarinhados: a apresentação do Concerto Negro. Idealizado por Martinho e pelo maestro Leonardo Bruno, o espetáculo dá realce à participação da cultura negra na música erudita. Para cuidar de diversas atividades, criou o Grupo Empresarial ZFM, abrindo as portas para sambistas com um selo musical e inaugurando a sua própria editora, com o primeiro romance Joana e Joanes.

Francisco Rolão Preto nasceu há 125 anos

(imagem daqui)
 
Francisco de Barcelos Rolão Preto (Gavião, Gavião, 12 de fevereiro de 1893 - Lisboa, 18 de dezembro de 1977), foi um dos fundadores do Integralismo Lusitano e líder dos Nacional-Sindicalistas. Estaria mais tarde ligado à Oposição Democrática ao Estado Novo.
  
Estudante e Integralista
Ainda estudante do liceu abandonou Portugal para se juntar a Paiva Couceiro, oficial monárquico que a partir da Galiza, nos anos de 1911 e 1912, tentou derrubar o regime republicano instaurado em Portugal.
Estabeleceu-se na Bélgica onde se tornou secretário da revista Alma Portuguesa, o primeiro órgão do Integralismo Lusitano.
Após ter terminado o curso liceal, no Liceu português de Lovaina, ingressou na Universidade Católica da mesma cidade, mas com o começo da primeira guerra mundial foi para França onde se licenciou em Direito, na Universidade de Toulouse.
Regressado a Portugal começa a escrever para o jornal integralista A Monarquia, tornando-se seu director quando Hipólito Raposo é preso. Também colabora no jornal Acção realista (1924-1926).
 
O Nacional-Sindicalismo
A partir de 1922 torna-se membro da Junta Central de Integralismo Lusitano.
Com o Começo do movimento militar de 1926, que instaurou a ditadura militar, começa a colaborar com Gomes da Costa, sendo o redactor dos 12 pontos do documento distribuído em Braga.
Em 1930 dirigiu com David Neto, e outros sidonistas, a Liga Nacional 28 de Maio, um grupo de origem universitária que se auto proclamara defensora da Revolução Nacional, mas quando Rolão Preto lança publicamente o Movimento Nacional-Sindicalista torna-se uma figura nacional, em fevereiro de 1933. Anunciara-o através de vários comícios que comemoravam o primeiro ano de publicação do jornal Revolução, Diário Académico Nacionalista da Tarde, que aparecera em 15 de fevereiro de 1932 e, que, em 27 de agosto, desse mesmo ano, tinha adoptado o subtítulo Diário Nacional-Sindicalista da Tarde.
O Movimento Nacional-Sindicalista era conhecido pela designação camisas azuis, que usavam como uniforme. Sendo um movimento de inspiração cristã, usavam uma braçadeira com a Cruz de Cristo, o seu símbolo máximo. Fizeram comícios uniformizados, durante os quais utilizavam a saudação romana em voga nas organizações nacionalistas da época, conseguindo forte apoio nas universidades e na oficialidade mais jovem do Exército português. Era um movimento influenciado pela Doutrina Social da Igreja e pelo personalismo cristão. Fortemente sindicalista, queria corporativizar a representação política em Portugal, opondo-se ao comunismo e ao capitalismo.
Rolão Preto realizou um discurso anti-salazarista, em 16 de junho de 1933, numa sessão no São Carlos. Criticou o Estado Novo nascente por ter estabelecido o partido único, e por acreditar que não fez o suficiente pelo sindicalismo. Devido a esse acontecimento o jornal nacional-sindicalista Revolução acabou por ser suspenso em 24 de julho de 1933.
Mas em novembro, no mesmo ano em que o jornal Revolução fora suspenso, os nacionais-sindicalistas sofreram uma cisão interna. Um grupo numeroso de jovens decidiu apoiar Salazar e integrar-se na União Nacional, abandonando assim as ideias de independência perante o novo regime defendidas por Rolão Preto e Alberto Monsaraz.
Em 10 de julho de 1934 Rolão Preto é detido, após uma última representação ao Presidente da República, general Carmona, em defesa de um governo nacional com a participação de todas as tendências políticas nacionalistas, é exilado quatro dias, residindo durante um tempo em Valência de Alcântara, em Espanha, frente a Castelo de Vide. Em 29 de julho o nacional-sindicalismo é proibido por meio de uma nota oficiosa de Salazar, que afirma que o movimento se inspirava «em certos modelos estrangeiros», nomeadamente o fascismo italiano.
Em Madrid hospedou-se em casa de José António Primo de Rivera, filho do ditador espanhol, com quem terá colaborado na redacção do programa da Falange espanhola.
Regressou a Portugal em fevereiro de 1935, mas foi detido numa tentativa de revolta contra o regime salazarista (a tentativa de revolta do navio Bartolomeu Dias e do destacamento militar do Quartel da Penha de França). É obrigado a novo exílio - residindo em Espanha, acompanhará a Guerra Civil ao lado dos falangistas.
 
Regresso a Portugal
De volta a Portugal junta-se ao MUD - Movimento de Unidade Democrática, criado no outono de 1945 para participar nas eleições de novembro seguinte, as primeiras eleições do Estado Novo, onde se admitiram listas alternativas, tendo nesse ano publicado o seu livro A Traição Burguesa.
Mais tarde apoiou a candidatura de Quintão Meireles, para Presidente da República de 1951, discursando na única sessão política da campanha. Em 1958 apoiará Humberto Delgado (o candidato opositor), participando activamente na campanha eleitoral, sendo responsável pelos serviços de imprensa da candidatura.
Em 1970, com outras personalidades monárquicas, constitui a Biblioteca do Pensamento Político, Convergência Monárquica, organização a favor da monarquia que tenta reunir o Movimento Popular Monárquico chefiado por Gonçalo Ribeiro Teles, uma fração da Liga Popular Monárquica de João Vaz de Serra e Moura e a Renovação Portuguesa de Henrique Barrilaro Ruas.
Nas eleições de 1969, as primeiras eleições legislativas durante o período de governo de Marcelo Caetano, participa na lista da Comissão Eleitoral Monárquica.
Após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 assume a Presidência do Directório e do Congresso do Partido Popular Monárquico (PPM), fundado em 23 de maio.
Acaba por falecer em Lisboa, no Hospital do Desterro, a 18 de dezembro de 1977. É condecorado por Mário Soares (enquanto Presidente da República), em 10 de fevereiro de 1994, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo, pelo seu «entranhado amor pela liberdade».
 

Há vinte anos foi aprovada uma interessante lei de crimes ambientais no Brasil

 (imagem daqui)


 
Leis da natureza, ou Lei de crimes ambientais, é o título de uma lei brasileira (Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), sancionada pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.


Destaques
Entre os diversos crimes ambientais, destacam-se:
  • Matar animais "silvestres, nativos ou em rota migratória" (art.29) continua sendo crime. Entre esses animais encontram-se as espécies ameaçadas de extinção, tais como a ararinha-azul, o mico-leão-dourado e o boto cor de rosa. O facto não é considerado crime, se o abate for para saciar a fome da pessoa ou da sua família;
  • O comércio, o aprisionamento e o transporte destes mesmos animais também constitui crime (art.29, §1°, III), sendo a pena em ambos os casos de 6 meses a 1 ano de prisão, além de multa;
  • Passa a ser crime, além dos maus tratos, o abuso contra animais, assim como ferir ou mutilar um animal (art.17). Este artigo se refere não apenas aos animais silvestres, nativos e exóticos, mas também aos "animais domésticos ou domesticados" e sua pena é multa de 200 reais por animal, ou, se for uma espécie ameaçada de extinção, multa que varia entre 5 mil e 10 mil reais;
  • As experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que seja para fins didáticos ou científicos (como cobaia por exemplo), são consideradas crimes "quando existirem recursos alternativos" (art.17, § único) e o infrator incorre nas mesmas penas (multa) referentes aos maus tratos.
  • A exportação não autorizada de "peles e couros de anfíbios e répteis em [estado] bruto" (art.13) sujeita o infrator à multa de 2 mil reais, mais um acréscimo de 200 a 5 mil reais por espécie apreendida, conforme o grau de raridade do animal;
  • A caça às baleias, golfinhos e outros cetáceos é considerada crime ambiental (art.22) dentro do limite de 200 milhas do mar territorial brasileiro. O simples ato de "molestar de forma intencional" o cetáceo já se enquadra neste artigo, cuja pena é multa de 2.500 reais;
  • A prática de pichar, grafitar ou de qualquer forma sujar edificação ou monumento urbano, sujeita o infrator a até um ano de detenção;
  • Fabricar, vender, transportar ou soltar balões, é punido com prisão e multa.
  • Destruir, causar danos, lesionar ou maltratar plantas ornamentais é crime, punido por até um ano.
  • Quem dificultar ou impedir o uso público das praias estará sujeito a até cinco anos de prisão.

domingo, fevereiro 11, 2018

O fenómeno de Lourdes começou há 160 anos

Marie-Bernard Soubirous, ou Maria Bernada Sobeirons em occitano (Lourdes, 7 de janeiro de 1844 - Nevers, 16 de abril de 1879), foi uma religiosa francesa canonizada pela Igreja Católica.
Biografia
Filha de um pobre moleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na sua infância trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.
Durante os dez primeiros anos viveu no moinho de Boly (onde nasceu). Depois, passando por graves dificuldades financeiras, a família muda-se para Lourdes, onde vive em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal que fora abandonado pouco tempo antes. Apesar de parecer insalubre, moravam no andar superior do edifício, o do primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette, junto à sua mulher e seus filhos. Era um buraco infecto e sombrio, a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade.
Desde pequena, Bernadete teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pelo cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida. Em seguida, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma aos dez anos. Tinha dificuldades de aprendizagem e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola e até os quatorze anos manteve-se absolutamente analfabeta.
Em Lourdes, uma cidade com população em torno de quatro mil habitantes, no dia 11 de fevereiro de 1858, Bernadete disse ter visto uma aparição de Nossa Senhora numa gruta denominada "massabielle", o que significa, no dialeto birgudão local - "pedra velha" ou "rocha velha" - junto à margem do rio Gave, aparição que de outra vez se lhe apresentou como sendo a "Imaculada Conceição", segundo o seu relato.
Enquanto o assunto era submetido ao exame da hierarquia eclesiástica que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, por ocasião de uma das suas visões, surgiu sob as mãos de Bernadete uma fonte que jorra água até os dias de hoje no volume de cinco mil litros por dia.
De acordo com o pároco da cidade, padre Dominique, que bem a conhecia, era impossível que Bernadete soubesse ou pudesse ter o conhecimento do que significava o dogma da "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa. Afirmou ter tido dezoito visões da Virgem Maria no mesmo local entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858.
Afirmou e defendeu a autenticidade das aparições com um denodo e uma firmeza incomuns para uma adolescente da sua idade com o seu temperamento humilde e obediente, nível de instrução e nível sócio-económico, contra a opinião geral de todos na localidade: sua família, o clero e autoridades públicas. Pelas autoridades civis foi submetida a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações que seriam inadmissíveis nos dias de hoje. Não obstante, nunca vacilou em afirmar com toda a convicção a autenticidade das aparições, o que fez até à sua morte.
Para fugir à curiosidade geral, Bernadete refugiou-se como "pensionista indigente" no hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes (1860). Ali recebe instrução e, em 1861, faz do próprio punho o primeiro relato escrito das aparições. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconhece pública e oficialmente a realidade do facto das aparições.
Em julho de 1866 Bernadette inicia o seu noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte.
Uma imensa multidão assistiu ao seu funeral, no dia 19 de abril de 1879 que foi necessário ser adiado por causa da grande afluência de gente, totalmente inesperada. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constitui um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".
Local de peregrinações
Em virtude das supostas manifestações divinas nos arredores da cidade, uma relativamente grande massa de peregrinos vai à gruta, estimulados pelos rumores de curas miraculosas por intermédio da água de uma certa fonte que brotara há pouco, no exato local onde a "Senhora de Lourdes" teria aparecido. A pedido do comissário Jacomet da polícia de Lourdes, o prefeito da cidade Alexis Lacadé toma a decisão de proibir, a partir de 8 de junho de 1858, o acesso à gruta. No mês de setembro de 1858 o Imperador Napoleão III e a Imperatriz Eugénia estão em Biarritz. A imperatriz está bem informada dos acontecimentos ocorridos em Lourdes e o Imperador decide pedir explicações ao arcebispo de Auch, metropolitano de Tarbes e Lourdes. Depois, determina ao ministro de Cultos que "deseja que o acesso à gruta fique livre, como também o uso da água do manancial." No dia 2 de outubro levanta-se a proibição de acesso à Gruta de Massabielle. Lourdes, rapidamente, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade.
 
Impacto de suas visões
Assim como qualquer local onde houve ou há manifestações de uma força sobrenatural, Lourdes é hoje um grande centro de peregrinação católica, com cerca de 6 milhões de visitantes anuais, interessados não somente no turismo religioso, mas também na história, arquitetura e belezas naturais singulares da pequena cidade. Tal massa turística injeta dezenas de milhões de dólares no comércio geral, o que transforma Lourdes numa parte importante do PIB francês. Além disso, as visões de Bernadette, com as de Fátima em Portugal, foram as mais famosas de uma série de manifestações Marianas que fortaleceram ainda mais o culto a Nossa Senhora como mãe de Deus. Houve também a confirmação do dogma da Imaculada Conceição, que fora declarado pelo Papa pouco tempo antes.
  
Canonização
Foi canonizada em 8 de Dezembro de 1933, festa da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio XI como Santa Bernadete de Lourdes, depois de terem sido reconhecidas pela Santa Sé a heroicidade das suas virtudes pessoais e curas milagrosas a ela atribuídas após a sua morte. A sua festa litúrgica é celebrada na Igreja Católica no dia 16 de abril. Na França, é celebrada no dia 18 de fevereiro. A ela tem sido atribuídos vários milagres. Em 1983 o Papa João Paulo II esteve em Lourdes em peregrinação e ali retornou em agosto de 2004.
 

Simone de Oliveira nasceu há oitenta anos!

(imagem daqui)

Simone de Macedo e Oliveira (Lisboa, 11 de fevereiro de 1938) é uma cantora, actriz de teatro e de televisão portuguesa.

Filha de Guy de Macedo de Oliveira, falecido em Lisboa em 1970, e da sua mulher Maria do Carmo Tavares Lopes da Silva, neta paterna de Egídio de Macedo de Oliveira, nascido em São Tomé e falecido em Lisboa, de ascendência portuguesa e são-tomense (descendente do primeiro e único proclamado Rei de São Tomé e Príncipe), e de sua mulher Jeanette Prado Pluvier, nascida em Bruxelas e falecida em Lisboa em 1948, de ascendência belga e portuguesa, cresceu em Lisboa com sua irmã Olga Maria de Macedo de Oliveira. Na sequência de uma depressão, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas de Motta Pereira.
Casou primeira vez com o eng.º António José Coimbra Mano, nascido na Figueira da Foz, a 13 de janeiro de 1930, de quem teve uma filha e um filho.
A estreia da cantora em público ocorreu, em janeiro de 1958, no primeiro Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.
Em 1959, a editora Alvorada lança um EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).
Estreia-se no teatro de revista em 1962. Vence também, nesse ano, o Festival da Canção da Figueira da Foz.
Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.
Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".
Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.
António Calvário e Simone gravam um EP com versões do filme "My Fair Lady".
Em março de 1965 recebe o Prémio de Imprensa de 1964 para melhor cançonetista. Vence o Festival RTP da Canção de 1965 com o tema "Sol de Inverno", de Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, enquanto "Silhuetas Ao Luar" fica em 4º lugar. Representa Portugal no Festival da Eurovisão realizado em Nápoles. É eleita Rainha da Rádio.
É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Eu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo Thilo's Combo e pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" (Edelweiss), "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".
Participa com "Começar de Novo", de David Mourão Ferreira e Nóbrega e Sousa, no primeiro Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, realizado em 1966. Amália Rodrigues fez parte do júri e escolheu Simone de Oliveira como representante de Portugal.
Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no Teatro Monumental.
Lança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz e os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos Beatles, entre outros temas.
Amália Rodrigues inicia uma temporada no Olympia, em França, como primeira figura do espectáculo Grand Gala du Music-Hall Portugais, inteiramente composto por um elenco português. Simone de Oliveira é um dos nomes convidados ao lado do Duo Ouro Negro, Carlos Paredes, entre outros.
Concorre ao Grande Prémio TV da Canção de 1968 com os temas "Canção Ao Meu Piano Velho" e "Dentro de Outro Mundo".
É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".
Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".
É em 1969 que Simone vence o Festival RTP da Canção, com o maior êxito da sua carreira - "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, com orquestração do maestro Joaquim Luís Gomes e direcção de orquestra por Ferrer Trindade.
Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso Miss Portugal e de espectáculos no casino da Figueira da Foz. Recupera do problema que lhe tinha afectado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar.
Grava um EP com temas de José Cid. O tema principal é "Glória, Glória Aleluia" que Tonicha levou ao 1º Festival da OTI.
Participa no Festival RTP da Canção de 1973 com "Apenas O Meu Povo", onde recebe o Prémio de Interpretação.
A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles antifascistas. Isso ajuda a que, após o 25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".
Em 1977 é convidada para participar no espectáculo do Jubileu de Isabel II do Reino Unido.
Vence o 1º prémio de interpretação do Festival da Nova Canção de Lisboa, de 1979, com "Sempre Que Tu Vens É Primavera".
Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires, com "À Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
O álbum Simone é editado em 1981. Para este disco grava "À Tua Espera" e "Quero-te Agradecer", da dupla Tozé Brito e Pedro Brito, e temas de António Sala ("Auto-retrato"), Paulo de Carvalho ("Canção") e Varela Silva ("Espectáculo"). Outros temas são as versões de "Pela Luz Dos Olhos Teus" de Vinícius de Morais e Tom Jobim e "Il S'en Va Mon Garçon" de Gilbert Bécaud. Anteriormente já gravara temas como "Reste" e "C'est Triste Venice".
No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP, onde contracena com nomes como Nicolau Breyner e Amélia Rey Colaço.
Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".
O disco Simone, Mulher, Guitarra, editado em 1984, é uma incursão da cantora no fado, com produção de Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"), Fernando Pessoa ("Quadras"), Cecília Meireles ("Canção"), Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e Miguel Torga ("Prece").
Em 1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da RTP.
Em 1988 ainda, Simone venceu um cancro de mama, passando a ser reconhecida também por tal, dado a ser uma doença ainda bastante dizimatória nesse tempo. É a viúva do actor Varela Silva.
Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (1991).
Em 1992 é editado o álbum Algumas Canções do Meu Caminho. Apresenta este espectáculo ao vivo no Teatro Nacional São João, TEC e no Funchal.
Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de 1993.
Em 1997 celebra os seus 40 anos de carreira com um espectáculo na Aula Magna, de Lisboa. É lançado o duplo CD Simone Me Confesso. O espectáculo "Simone Me Confesso" é apresentado na Expo-98.
O álbum Mátria de Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.
Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.
"Kantigamente" é o nome do espectáculo apresentado no São Luiz, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos Simone e Simone, Mulher, Guitarra foram reeditados, em abril de 2003, pela Universal. Em julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.
Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publicações D. Quixote) onde relata a sua luta contra o cancro da mama.
Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome Intimidades, que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Auditório do Fórum Cultural da Cidade do Seixal, acompanhada por José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).
No ano 2008 Simone integra o elenco da nova versão de Vila Faia na RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela actriz Mariana Rey Monteiro. No dia 25 de fevereiro Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no Coliseu de Lisboa.
Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Casou segunda vez com o ator Varela Silva. Recebeu vários prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 7 de Março de 1997.
Em 2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em 2008, com o espectáculo "Um País chamado Simone".
É editada a compilação Perfil com os seus maiores sucessos.
No Festival da Canção de 2010 subiu ao palco do Campo Pequeno onde interpretou a sua Desfolhada, vestindo inclusive o mesmo vestido que vestira 40 anos antes quando venceu o Festival da Canção de 1969, um momento único que emocionou a todos os que assistiram.
Em 2011, na XVI edição dos Globos de Ouro (Portugal), recebeu das mãos do Dr. Pinto Balsemão o Globo de Ouro Mérito e Excelência. Simone, visivelmente surpresa e emocionada, foi aplaudida de pé por todo o Coliseu de Lisboa durante vários minutos, toda uma carreira dedicada a cultura e ao seu país era assim de novo agraciada e reconhecida.
  
Atriz
A nível do teatro, Simone estreou-se nos anos 60 ainda como atracção de revista, posteriormente no início dos anos 70 deu início, na peça "O Contrato" (dirigida por Ribeirinho), ao desenvolvimento das suas características de actriz, tendo na peça A Tragédia da Rua das Flores, atingido um enorme sucesso de público e de crítica, revelando as suas potencialidades de actriz dramática. Participou no Teatro Nacional D. Maria II na peça "Passa por mim no Rossio" e no Teatro Politeama em Maldita Cocaína. Já nos primeiros anos do século XXI encarnou as personagens de Marlene Dietrich e Alma Mahler-Werfel (2003, Convento dos Inglesinhos, Lisboa). Actualmente, encontra-se com o seu espectáculo em digressão, "Conversas de Camarim", espectáculo de homenagem a poetas e a gente do teatro na companhia de Vítor de Sousa e Nuno Feist.
Em homenagem às cantoras da década de 1960 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Simone de Oliveira participou em pelo menos seis filmes, mas num só como voz.Simone de Oliveira tem participação em várias telenovelas e em séries televisivas.
Na televisão apresentou nos anos oitenta do século XX o programa Piano Bar e fez vários programas da RTP Internacional. Foi ainda membro do júri da 1ª edição do concurso Chuva de Estrelas da SIC. Participou em 2009 no programa Fátima como comentadora e na SIC ao vivo como entrevistadora. No ano de 2011 participou na sitcom da RTP "A Sagrada Família".
Em homenagem às cantoras da década de 1960 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Em setembro de 2017 estreou o espetáculo Simone, o musical que conta com a própria Simone e outras cantoras e atrizes que fazem dela própria.


Joselito faz hoje 75 anos

(imagem daqui)
  
José Jiménez Fernández, más conocido como "Joselito" (Beas de Segura, Jaén, 11 de febrero de 1943), es un cantante y actor español, que alcanzó el éxito como niño prodigio bajo apodos como "El niño ruiseñor", "El niño de la voz de oro" y "El pequeño ruiseñor".
Nació el 11 de febrero de 1943 en Beas de Segura (Jaén), siendo el séptimo y último hijo de Baldomero Jiménez y Petra Fernández. Actualmente vive y reside apartado del mundo artístico en Utiel (Valencia).
En algunas fuentes se cita 1947 como el año de su nacimiento debido al aspecto que presentaba en su primer filme, El pequeño ruiseñor (1956), más propio de un niño de nueve años que de trece. Su crecimiento había sufrido un considerable retraso y los estudios cinematográficos que producían sus películas quisieron hacer que pareciese un niño más pequeño de lo que realmente era.
  
  

Eisenstein morreu há setenta anos

Serguei Mikhailovitch Eisenstein (Riga, 23 de janeiro de 1898 - Moscovo, 11 de fevereiro de 1948) foi um dos mais importantes cineastas soviéticos. Foi também um filmólogo, relacionado com o movimento de arte de vanguarda russa, participando ativamente na Revolução de 1917 e da consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Notabilizou-se pelos seus filmes mudos A Greve, O Couraçado Potemkin e Outubro, assim como os épicos históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. A sua obra influenciou fortemente os primeiros cineastas devido ao seu uso inovador de textos sobre a montagem.
 
Eisenstein nasceu em Riga, na Letónia, mas sua família mudava-se com frequência nos seus primeiros anos, como Eisenstein continuou a fazer ao longo de sua vida. O pai de Eisenstein, Mikhail Ossipovitch Eisenstein, era descendente de judeus-alemães e suecos e sua mãe, Iulia Ivanovna Konetskaya, era de uma família russa ortodoxa. Ele nasceu em uma família de classe média. O seu pai era um arquiteto e a sua mãe era filha de um próspero comerciante. Iulia deixou Riga no ano da Revolução de 1905, levando Serguei com ela para São Petersburgo. Serguei voltaria às vezes para ver o seu pai, que mais tarde, se mudou para se juntar a eles, por volta de 1910. O divórcio seguiu-se a esse tempo de separação, com Iulia abandonando a família para morar na França.
No Instituto de Engenharia Civil de Petrogrado, Serguei estudou arquitetura e engenharia, a profissão do seu pai. No entanto, na escola, juntamente com os seus colegas, Serguei juntar-se-ia aos militares para servir a revolução, o que o separaria de seu pai. Em 1918 Serguei juntou-se ao Exército Vermelho, enquanto seu pai Mikhail apoiava o lado oposto. Isso levou o seu pai para a Alemanha após a derrota, enquanto Serguei foi para Petrogrado, Vologda e Dvinsk. Em 1920, Serguei foi transferido para uma posição de comando em Minsk, após ter êxito na propaganda da Revolução de Outubro. Nesta época, Serguei estudou japonês, aprendeu cerca de trezentos caracteres kanji que ele citava como uma influência no seu desenvolvimento pictórico, e ganhou uma exposição no teatro Kabuki; esses estudos levaram-no a viajar para o Japão.Em 1920 Eisenstein mudou-se para Moscovo e começou sua carreira no teatro trabalhando em Proletkult. As suas produções receberam os títulos Máscaras de Gás, Ouça Moscovo e Estupidez Suficiente em cada Homem Sábio, Eisenstein trabalharia então como designer de Vsevolod Meyerhold. Em 1923, Eisenstein começou a sua carreira como um teórico, escrevendo A Montagem das Atrações para o jornal LEF. O primeiro filme de Eisenstein, O Diário de Glumov, também foi feito no mesmo ano com Dziga Vertov contratado inicialmente como um "instrutor". O filme fez parte da sua produção teatral O Homem Sábio.
Eisenstein teve constantes atritos com o regime de Estaline, devido à sua visão do comunismo e à sua defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes, posição que era perseguida num país no qual a indústria cinematográfica sofria com a falta de recursos para se nacionalizar.
Criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica.
Com 26 anos fez “A Greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Couraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "Citizen Kane (O Mundo a Seus Pés)", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.
Graças ao sucesso extraordinário do “O Couraçado Potemkin”, foi chamado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que seus projetos não avançavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros.
Desolado, o cineasta voltou para seu país, mas a imprensa não o perdoava pelo seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Quando sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu a ordem de filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. E, assim como já fizera no “Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, Eisenstein começou “Ivã, o Terrível”, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou. O cineasta morreu de ataque cardíaco em 1948. Encontra-se sepultado no Cemitério Novodevichy, Moscovo, na Rússia.

A poetisa, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath morreu há 55 anos

Reconhecida principalmente pela sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, A Campânula de Vidro ("The Bell Jar"), sob o pseudónimo Victoria Lucas, com detalhes do histórico da sua luta contra a depressão. Assim como Anne Sexton, Sylvia Plath é creditada por dar continuidade ao género de poesia confessional, iniciado por Robert Lowell e W.D. Snodgrass.

A rainha Isabel de Iorque morreu há 515 anos

Isabel de Iorque (em inglês: Elizabeth; Londres, 11 de fevereiro de 1466 – Londres, 11 de fevereiro de 1503), foi a esposa do rei Henrique VII e rainha consorte do Reino da Inglaterra de 1486 até à sua morte. Além de esposa de um rei, Isabel também era filha do rei Eduardo IV, irmã de Eduardo V, sobrinha de Ricardo III, mãe de Henrique VIII e avó de Eduardo VI, Maria I, Isabel I, Jaime V e bisavó de Maria da Escócia.

Isabel nasceu Westminster, como filha primogénita da casal real. Depois da morte do marido Eduardo e do desaparecimento dos filhos – os Príncipes na Torre – Isabel Woodville apostou na sua filha mais velha para salvaguardar posição da família. Aparentemente, o primeiro noivo de Isabel foi o próprio tio, o rei Ricardo III, então casado com Ana Neville, sem interesse político e de saúde frágil. Depois da derrota de Ricardo III e do fim da Guerra das Rosas a favor de Henrique Tudor (um Lencastre, fundador da Casa de Tudor), Isabel foi prometida ao novo rei, como herdeira da Casa de Iorque. A união iria reunir as duas famílias e trazer paz à Inglaterra.
Henrique VII comprometeu-se publicamente a casar com Isabel, mas foi adiando a data do casamento. Foi preciso uma intervenção do Parlamento a lembrar o rei da promessa feita à filha do popular Eduardo IV, para o convencer. O casamento foi celebrado em 18 de janeiro de 1486, mas Henrique insistiu em esperar o nascimento do primeiro filho, Artur Tudor, para coroar Isabel como rainha de Inglaterra. Isabel foi uma rainha feliz e querida na corte e, em menos de 5 anos de casamento, Isabel já tinha dado 5 filhos perfeitos e saudáveis ao seu marido. Isabel e Henrique se davam muito bem e gostavam de estar juntos.
Isabel não desempenhou nenhum papel político importante e morreu,na sequência do seu último parto, no dia do seu 37º aniversário, em 1503. Está sepultada na Abadia de Westminster.
  

O papa Bento XVI anunciou a sua abdicação há cinco anos

A renúncia do papa Bento XVI foi anunciada na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, quando o Vaticano confirmou que renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, às 20.00 horas. A decisão de Bento XVI em renunciar ao cargo de líder da Igreja Católica tornou-o o primeiro papa a abdicar desde o papa Gregório XII, em 1415, que o fizera durante a Grande Cisma do Ocidente, e o primeiro a renunciar sem pressão externa desde o papa Celestino V, em 1294. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até à morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que a sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. O Conclave de 2013 elegeu seu sucessor, Francisco.

Foucault morreu há 150 anos

Jean Bernard Léon Foucault (Paris, 18 de setembro de 1819 - Paris, 11 de fevereiro de 1868) foi um físico e astrónomo francês.
É mais conhecido pela invenção do pêndulo de Foucault, um dispositivo que demonstra o efeito da rotação da Terra. Também fez uma medição inicial da velocidade da luz, descobriu as correntes de Foucault e, embora não o tenha inventado, é creditado por nomear o giroscópio. A cratera Foucault na Lua e o asteróide 5668 Foucault são assim chamados em sua homenagem.
Animação do Pêndulo de Foucault exibindo o sentido de rotação no hemisfério sul