sábado, outubro 26, 2013

Domenico Scarlatti nasceu há 328 anos

Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápoles26 de outubro de 1685 - Madrid23 de julho de 1757) foi um compositor italiano.
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, as suas maiores contribuições para a música foram as suas sonatas para teclado em um único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, suas composições, mais leves e homofónicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico.


O Rei D. Miguel nasce há 211 anos

D. Miguel I de Portugal (nome completo: Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon) (Queluz26 de outubro de 1802 - Bronnback, Grão-ducado de Baden14 de novembro de 1866) foi Rei de Portugal entre 1828 e 1834, tendo sido o terceiro filho do Rei Dom João VI e de D. Carlota Joaquina de Bourbon.
Foi detentor, sucessivamente, dos títulos de Infante de PortugalSenhor do Infantado e duque de BejaInfante de Portugalduque de Bragança e senhor de Samora Correia,Príncipe-regente de Portugal e, posteriormente, Rei de Portugal.

Milton Nascimento - 71 anos

Milton Nascimento (Rio de Janeiro26 de outubro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular BrasileiraMineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne ShorterPat MethenyPeter GabrielChico BuarqueGal CostaCaetano VelosoGilberto Gil e Elis Regina. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Foi nomeado novamente para o Grammy em 1991 e 1995.
Milton já se apresentou na América do SulAmérica do NorteEuropaÁsia e África. Também conhecido pelo apelido de Bituca, nasceu no Rio de Janeiro, filho de Maria Nascimento, uma empregada doméstica muito humilde, que foi mãe solteira. Tentou criar Milton, registou-o e levou-o para a casa dos patrões, mas foi demitida e viu que não poderia criá-lo, tamanha a miséria em que vivia. Sofrendo muito, entregou o filho para um casal rico criar. Milton, então, foi adotado. A sua mãe adotiva, Líliam Silva Campos, era professora de música. O pai adotivo, Josino Campos, era dono de uma estação de rádio. Mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais, antes dos dois anos e aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade.


sexta-feira, outubro 25, 2013

Há 30 anos a ilha-estado de Granada foi invadida pelos Estados Unidos

Rangers do Exército dos Estados Unidos saltam de para quedas em Granada durante a Operação Fúria Urgente

A Invasão de Granada (nome de código: Operação Fúria Urgente) foi uma invasão da nação insular de Granada por forças militares dos Estados Unidos e outros países, em resposta a um golpe de estado liderado pelo vice-primeiro-ministro Bernard Coard, que depôs o então primeiro-ministro granadino, Maurice Bishop, posteriormente executado.
Em 25 de Outubro de 1983, os Estados Unidos, Barbados, Jamaica e membros da Organização de Estados do Caribe Oriental desembarcaram navios em Granada, derrotaram a resistência granadina e derrubaram o governo de Coard. O dia 25 de outubro é um dia de festa nacional em Granada, chamada Dia de Acção de Graças, para comemorar este acontecimento.
 
Data 25 de outubro15 de dezembro de 1983
Local Granada
Resultado Vitória dos Estados Unidos e de seus aliados
Combatentes
 Estados Unidos
Aliados:
 Antígua e Barbuda
 Barbados
Dominica
 Jamaica
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
Organização dos Estados Americanos
Granada Governo Revolucionário de Granada
 Cuba
 União Soviética (conselheiro)
Comandantes
Estados Unidos Ronald Reagan
Estados Unidos Vice-almirante Joseph Metcalf III
Estados Unidos Major-general Norman Schwarzkopf
Granada Hudson Austin
Cuba Pedro Tórtolo
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Yuri Andropov
Forças
Estados Unidos 7 300 soldados
OEA: 353 combatentes
Granada ~1 500 soldados
Cuba 722 soldados
Baixas
Estados Unidos 19 mortos e 116 feridos Granada 45 mortos e 358 feridos
Cuba 25 mortos, 59 feridos e 638 capturados
 

O segundo Johann Strauss nasceu há 188 anos

Johann Strauss, dito II (nascido Johann Baptist Strauss ou Johann Sebastian Strauß; Viena, 25 de outubro de 1825 - Viena, 3 de junho de 1899) foi um grande compositor austríaco da Era Romântica famoso por ter escrito mais de 500 valsas, polkas, marchas, e quadrilhas. Filho de Johann Strauss I, e irmão dos compositores Josef Strauss e Eduard Strauss. Conhecido como "O Rei da Valsa", foi responsável pela popularidade da valsa em Viena durante o século XIX. Algumas das mais famosas obras incluem The Blue Danube (O Danúbio Azul), Wein Weib und Gesang, Tales from the Vienna Woods, Tritsch-Tratsch-Polka, o Kaiser-Walzer, e da opereta Die Fledermaus (O Morcego).


Glenn Tipton - 66 anos

Glenn Tipton (Blackheath, Inglaterra, 25 de outubro de 1947) é um dos guitarristas da lendária banda inglesa de heavy metal Judas Priest. É um dos membros do trio de compositores da banda (os outros dois são Robert Halford e K.K. Downing).
Glenn Tipton nasceu perto de Birmingham, na Inglaterra. O guitarrista, compositor e produtor ganhou aclamação mundial como membro dos Judas Priest por quase quarenta anos, e nesse tempo ele também lançou dois álbuns a solo. O seu nome é sinónimo de rock e heavy metal e ao longo dos anos a sua música tem sido pioneira no caminho musical e ajudou a inspirar muitos jovens músicos e guitarristas através dos seus primeiros anos e em carreiras de sucesso.


Chad Smith, o baterista dos Red Hot Chili Peppers, faz hoje 52 anos

Chadwick Gaylord Smith, ou como é mais conhecido Chad Smith (Saint Paul, 25 de Outubro de 1961), é um baterista americano, mais conhecido como membro de longa data da banda californiana de rock Red Hot Chili Peppers, com quem se juntou em 1988 e permanece até hoje. Smith se juntou ao supergrupo Chickenfoot em 2008, quando os Chili Peppers estavam em hiato.
Chad Smith também trabalhou com Glenn Hughes e também em seu proprio projeto de rock instrumental Chad Smith's Bombastic Meatbats. Além de bandas de Smith, ele também grava com muitos outros músicos, incluindo Dixie Chicks, Kid Rock e George Clinton. Smith ficou em # 87 na lista dos "100 melhores bateristas de todos os tempos" da revista Rolling Stone. Ele entrou para o Guinnes Book após tocar na maior bateria do mundo, constituída por 308 peças.
Em 2012 foi introduzido no Hall da Fama do Rock como membro do Red Hot Chili Peppers.


Katy Perry - 29 anos

Katheryn Elizabeth Hudson (Santa Bárbara, 25 de outubro de 1984), conhecida pelo nome artístico Katy Perry, é uma cantora e compositora dos Estados Unidos da América de música pop e dance.
Filha de um casal de pastores evangélicos, começou a sua carreira cantando em igrejas e chegou a lançar um álbum de estúdio de música gospel, em 2001, intitulado Katy Hudson (mesmo nome artístico usado por ela na época), mas que teve suas vendas canceladas devido ao fechamento da Red Hill Records, gravadora responsável pela produção do álbum. Após mudar seu nome artístico para Katy Perry e o seu estilo musical para o pop-rock, ela conheceu o produtor Glen Ballard e assinou com a Island Def Jam Records em 2004, gravando um álbum chamado (A) Katy Perry (também conhecido como Diamonds), mas que foi cancelado antes de seu lançamento. Em 2005, ela assinou contrato com a Columbia Records e gravou com o grupo The Matrix um álbum com o mesmo nome; alguns dias antes de seu lançamento, o álbum também foi cancelado.
A cantora assinou com a Capitol Records em 2007 e, no ano seguinte, finalmente lançou o seu primeiro álbum de estúdio de música pop e pop rock, One of the Boys. O primeiro single do álbum, "I Kissed a Girl", ficou na primeira posição das paradas musicais da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Reino Unido, tornando-o o primeiro hit de sua carreira, apesar de se tornar mundialmente polémica. O segundo single do disco, "Hot n Cold", também obteve um bom desempenho nas paradas musicais de diversos países, ficando no pódio das paradas americana e irlandesa. Com mais de 6.000.000 de cópias vendidas mundialmente, One of the Boys foi classificado como Disco de Platina nos Estados Unidos pela Associação da Indústria de Gravação da América,com mais de 1.000.000 de cópias vendidas. Ainda desse mesmo álbum, Perry lançou sua terceira canção de trabalho, intitulada "Thinking of You", e também o quarto e último single, chamado "Waking Up in Vegas".
Em 2010, seu segundo disco, intitulado Teenage Dream, foi lançado. O CD gerou seis singles até ao momento - "California Gurls", a faixa-título, "Firework", "E.T.", "Last Friday Night (T.G.I.F.)" e "The One That Got Away". As cinco primeiras alcançaram o topo da parada Hot 100 da Billboard, tornando Teenage Dream o segundo álbum da história a conseguir tal feito e convertendo Perry na única mulher em 53 anos da parada musical a alcançar tal marca - e a segunda artista, após Michael Jackson, o primeiro e até então único cantor a colocar cinco canções do seu álbum Bad no primeiro lugar, em 1987. Além disso, quando "E.T." permaneceu no primeiro lugar do gráfico em 12 de abril de 2011, Perry se tornou a primeira artista da História a passar um ano inteiro - 52 semanas consecutivas - no top 10 da principal parada da Billboard.
Perry já vendeu aproximadamente 74,6 milhões de singles e 9,1 milhões de álbuns mundialmente e atualmente é a sexta artista que mais vendeu canções digitais nos Estados Unidos com mais 37,6 milhões de canções vendidas. Ela já foi diversas vezes indicada em prémios da indústria da música, como o Grammy Award, MTV Video Music Awards, MTV Europe Music Awards, People's Choice Awards, Teen Choice Awards e Kids Choice Awards. Considerada uma sex symbol, a cantora foi eleita a "Mulher Mais Sexy do Mundo de 2010" pelos leitores da revista Maxim.
Está confirmado que seu nome ocupará a nova estrela da Calçada da Fama em 2014.

Georges Bizet nasceu há 175 anos!

Georges Bizet, nascido Alexandre César Léopold Bizet, (Paris, 25 de outubro de 1838 - Bougival, 3 de junho de 1875) foi um compositor francês, principalmente de óperas. Numa curta carreira devido à sua prematura morte, ele atingiu poucos sucessos antes do seu trabalho final, Carmen, que se viria a tornar uma das mais populares e frequentemente interpretadas óperas no repertório operístico.
Durante uma brilhante carreira como estudante no Conservatório de Paris, Bizet venceu muitas competições, incluindo o prestigiado Prix de Roma em 1857. Ele foi reconhecido como um excelente pianista, embora ele optou por não aproveitar essa habilidade e raramente tocava em público. Retornando a Paris, após quase três anos na Itália, ele descobriu que os principais teatros de ópera parisiense preferia o repertório clássico, estabelecido pelas obras recém-compostas. As suas composições orquestrais e para piano foram igualmente ignoradas e, como resultado disto, a sua carreira paralisou e ele ganhava a vida organizando e transcrevendo a música dos outros. Começou muitos projetos teatrais durante a década de 1860, a maioria das quais foram abandonadas. Duas óperas suas dominaram os palcos - Les pêcheurs de perles e La jolie fille de Perth - foram sucessos imediatos.
Após a Guerra Franco-Prussiana de 1870 até 1871, onde Bizet serviu na Guarda Nacional, ele teve pequenos sucessos com a ópera em um ato Djamileh e uma suíte orquestral derivada de sua música incidental tornou-se instantaneamente popular, L'Arlésienne. A produção da última ópera de Bizet, Carmen, foi adiada por temor de que os seus temas de traição e assassinato ofenderiam o público. Após a première, em 3 de março de 1875, Bizet ficou convencido de que o trabalho era um falhanço, morrendo de ataque cardíaco três meses depois, sem saber de que se tornaria um sucesso espetacular e duradouro.
O casamento de Bizet com Geneviève Halévy foi intermitentemente feliz e produziu um filho. Após a sua morte, os seus trabalhos, exceto Carmen, foram geralmente negligenciados. Manuscritos foram doados ou perdidos e versões de seus trabalhos foram frequentemente revistos e adaptadas por outras mãos. Ele não fundou nenhuma escola e não deixou nenhum discípulo ou sucessor. Após anos de negligência, os seus trabalhos começaram a ser interpretados com mais frequência no século XX. Mais tarde, comentários aclamando o compositor como brilhante e génio começaram a surgir, dizendo que a morte prematura foi uma perda significativa para o teatro musical francês.




Amadeo de Souza-Cardoso morreu há 95 anos

Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses, Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo". A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea.
A morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em plena maturidade e de uma carreira internacional promissora mas ainda em fase de afirmação. Amadeo ficaria longamente esquecido, dentro e, sobretudo, fora de Portugal: "O silêncio que durante longos anos cobriu com um espesso manto a visibilidade interpretativa da sua obra […], e que foi também o silêncio de Portugal como país, não permitiu a atualização histórica internacional do artista"; e "só muito recentemente Amadeo de Souza-Cardoso começou o seu caminho de reconhecimento historiográfico".
Amadeo no seu ateliê, Rue Ernest Cresson, 20, Paris, 1912
Biografia
Filho de Emília Cândida Ferreira Cardoso e José Emygdio de Sousa Cardoso, Amadeo de Souza-Cardoso nasce em Manhufe, Amarante, "numa família de boa burguesia rural, poderosa e de muita religião, entre nove irmãos […]. Seu pai era uma espécie de «gentleman farmer», vinhateiro rico, de espírito prático, desejando educar eficientemente os filhos".
Estuda no Liceu Nacional de Amarante e mais tarde em Coimbra. Em 1905 ingressa no curso preparatório de desenho na Academia Real de Belas-Artes, em Lisboa; e em Novembro do ano seguinte (no dia em que celebra o seu 19º aniversário), parte para Paris, instalando-se no bairro de Montparnasse, famoso ponto de encontro de intelectuais e artistas, onde irá viver todos os anos de permanência nessa cidade (1907 – 1914). Ao longo desses 8 anos regressará, no entanto, diversas vezes a Portugal para estadias mais ou menos breves.
Estabelece contacto com outros artistas portugueses a residir em Paris, entre os quais Francisco Smith, Eduardo Viana e Emmerico Nunes. Frequenta os ateliês de Godefroy e Freynet com o intuito de preparar a admissão ao curso de arquitetura, projeto que abraça, em parte para responder às expectativas familiares, mas que acaba por abandonar. Publica caricaturas em periódicos portugueses como O Primeiro de Janeiro (1907) e a Ilustração Popular (1908 – 1909).
O início da sua atividade como pintor data provavelmente de 1907. No ano seguinte conhece Lucie Meynardi Pecetto, com quem viria a casar-se sete anos mais tarde. Em 1909 frequenta as aulas do pintor Anglada-Camarasa na Académie Vitti e mais tarde as Academias Livres.
Em 1910 estabelece uma forte e duradoura ralação de amizade com Amedeo Modigliani, Constantin Brancusi e Alexander Archipenko. Na correspondência para Portugal Amadeo refere-se à sua fascinação por aquilo que denomina por "pintores primitivos" (e pela escultura e arquitetura da cristandade); por outro lado, revela um sentimento artístico já amadurecido, manifestando a sua oposição ao naturalismo em favor de opções plásticas exigentes, distanciadas de pressupostos académicos.
No dia 5 de março de 1911 Modigliani e Amadeo inauguram uma exposição no ateliê do pintor português, perto do Quai d'Orsay, cujo livro de honra é assinado por Picasso, Apollinaire, Max Jacob e Derain; e no mês seguinte Amadeo participa pela primeira vez numa grande mostra internacional, o XXVII Salon des Independents, exposição determinante e que dá grande visibilidade ao cubismo. Nesse mesmo ano conhece Sonia e Robert Delaunay e, através deles, Apollinaire, Picabia, Chagall, Boccioni, Klee, Franz Marc e Auguste Macke.
Em 1912 publica o álbum XX Dessins, onde reúne desenhos desse ano e do anterior que terão grande divulgação na imprensa francesa e portuguesa; participa no X Salon d’Automne (Grand Palais), encerrando o seu curto ciclo expositivo em Paris. É um dos artistas representados no famoso Armory Show (International Exhibition of Modern Art), Nova Iorque, 1913, exposição que marca a grande viragem modernista no meio artístico norte-americano: atento ao panorama artístico alemão, expõe também em Berlim, no Erster Deutscher Herbstsalon (Primeiro Salão de Outono Alemão), organizado pela Galeria Der Sturm, em conjunto com artistas maioritariamente associados à "novíssima pintura", dos futuristas italianos ao grupo do Blaue Reiter e ao casal Delaunay. Em 1914 tem trabalhos expostos em Londres e nos Estados Unidos da América (Exhibition of Painting and Sculpture in the "Modern Spirit", Milwaukee Art Society). O seu espírito instável fá-lo passar por "momentos torturantes de ansiedade".
Durante uma viagem a Barcelona toma conhecimento do início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Regressa a Portugal e a 26 de setembro casa-se com Lucie Pecetto, fixando residência na Casa do Ribeiro, em Manhufe, que o seu pai mandara construir. No ano seguinte reencontra Sonia e Robert Delaunay, que entretanto haviam fixado residência em Vila do Conde. Amadeo ocupa o seu tempo entre a pintura, a caça, os passeios a cavalo, mas o seu isolamento começa a tornar-se difícil de suportar e faz planos para regressar a Paris. 1916 fica marcado por várias tentativas falhadas de participação em exposições internacionais; nesse mesmo ano publica o álbum 12 Reproductions e realiza exposições individuais no Porto (Salão de Festas do Jardim Passos Manuel) e em Lisboa (Liga Naval, Palácio do Calhariz). O acolhimento crítico, "num país pouco acostumado a exposições deste género, em que o modelo dos salons ainda vigorava, foi sobretudo marcado pela surpresa"; a articulação da montagem, "as obras exibidas e a internacionalização do artista português causaram espanto generalizado". Durante a estadia em Lisboa convive com Almada Negreiros e com membros do grupo Orpheu.
Em 1917 envolve-se em projetos editoriais com Almada Negreiros, publica dois trabalhos na revista Portugal Futurista (Farol; Cabeça Negra), mas acima de tudo trabalha intensamente, aprofundando o seu universo pictórico, que expande em novas direções. Anseia no entanto pelo regresso a Paris, o que não viria a acontecer. No ano seguinte contrai uma doença de pele que lhe afeta o rosto e as mãos e o impede de trabalhar. Abandona Manhufe e refugia-se em Espinho, na tentativa vã de escapar à epidemia de Gripe Espanhola que se espalha rapidamente e à qual viria a sucumbir em 25 de outubro desse mesmo ano.
De personalidade algo paradoxal, Amadeo era "convictamente monárquico" e poderá ter pertencido – este facto não é mencionado nas publicações mais importantes sobre Amadeo –, a um movimento conhecido por Grupo do Tavares, que incluiria, entre outros, Eduardo Viana, Almada Negreiros e Santa Rita.
Obra
O ano seguinte à sua partida para Paris "terá sido um ano de choque", um ano de revelação, marcando o início da sua atividade como pintor, embora as suas primeiras pinturas conhecidas datem dos anos imediatos; trata-se ainda de exercícios, de escala reduzida, "pequenas «pochades» de impressão, como toda a gente fazia", onde representa interiores de cafés ou paisagens de forma mais ou menos convencional. Se muitas destas obras revelam hesitação, a lição de Cézanne informa já algumas das paisagens mais bem-sucedidas.
Maturidade
Em 1910 Amadeo estuda com Anglada Camarasa, "pintor espanhol de colorido vibrante mas também de algum simbolismo estilizado", que impulsiona esse momento de crescimento; no ano seguinte a sua obra começa a revelar verdadeiros sinais de maturidade, num "estilo precioso e mundano […], algo decorativo no seu grafismo estilizado e no seu colorido espetacular, onde se revela a influência […] do orientalismo luxuoso dos Ballets Russes de Diaghilev", esse "verdadeiro fenómeno pluridisciplinar que, com as suas danças exóticas e exuberantes […] transfigurou a paisagem mental de todos os artistas".
Marcado por uma multiplicidade de referências – da longa tradição erudita da arte Europeia à intensidade hierática da arte primitiva Africana; da linearidade sofisticada das gravuras e aguarelas japonesas às ruturas formais e concetuais do cubismo e do futurismo –, para Amadeo, neste momento de consolidação de ideias é igualmente determinante a amizade e conivência de artistas como Modigliani ou Brancusi. É neste quadro de referências que surgem pinturas como Saut du Lapin (Salto do Coelho) ou Os galgos, 1911, e o álbum de 20 desenhos que irá publicar no ano seguinte, com o seu pendor marcadamente decorativo "em que assomam ainda ecos do Jugenstil muniquense", e onde procura afirmar a sua identidade, gráfica e pessoal, revendo-se em memórias ou fantasias e projetando a "construção de alguns cenários mais adequados à sua mitologia pessoal. […] Amadeo é um cavaleiro veloz, um caçador com galgos e falcões, que atravessa a galope as suas montanhas em Manhufe […] até chegar a sua casa, que se perspetiva como um castelo no cimo de uma hierarquia de colinas" (ver, por exemplo, Les Faucons, 1912).
Em 1912 participa no Salon de Independents e no Salon d’Automne com um "conjunto de obras, sedutoras no tempo pelo uso de uma moderada técnica cubista, temperada com os arabescos decorativos de um imaginário singular, visualmente muito apelativo" (e onde se sente uma vontade de representar o movimento que poderá talvez relacionar-se com os princípios do manifesto futurista). Em obras como Avant la Corrida, 1912 – exposto no Salon d’Automne e no Armory Show –, Amadeo procura um caminho singular através de aspetos temáticos menos comuns e de soluções formais algo híbridas que o associam a movimentos artísticos díspares, "aproximando-se deliberadamente das margens alternativas dos respetivos programas". A sua participação com trabalhos deste tipo no Armory Show, 1913, irá ser um sucesso do ponto de vista comercial. Das 8 pinturas expostas, são vendidas 7, três das quais – Saut du Lapin, 1911; Chateau Fort, c. 1912; Paysage, 1912 -, a Jerome Eddy, autor do primeiro livro em inglês sobre o cubismo. A opinião deste importante colecionador fixará, por muitos anos, a análise interpretativa da obra de Amadeo "nesse período, brilhante e sofisticado, mas ainda distante de futuros desenvolvimentos".
Paralelamente, vemo-lo trabalhar a paisagem em obras onde o sentido predominantemente linear cede o lugar a um outro tipo de plasticidade, numa reaproximação à sensibilidade impressionista que evolui rapidamente para obras totalmente abstratas: "Entre um jogo geométrico de relevos (de lembranças cézanianas) e um ritmo colorido de massas de arvoredo, Amadeo avança para soluções de progressiva indiferenciação, como se essas massas densas perdessem a sua referência à realidade, para se transformarem em exclusivas soluções formais". Irá radicalizar a sua abordagem, aproximando-se de forma mais explícita da decomposição cubista (como na famosa Cozinha da Casa de Manhufe, 1913), que noutras pinturas será tratada através de um cromatismo aberto mais próximo de Delaunay (veja-se, por exemplo, Título desconhecido – Les Cavaliers, c. 1913); e tematicamente oscila entre caminhos diversos, com as alusões figurativas – à figura humana, à natureza-morta ou à paisagem –, a alternar com obras estritamente abstratas como, por exemplo, Sem título, 1913.
Em 1914 expõe trabalhos em Londres e Berlim, o que indicia um desejo de encontrar novas vias de internacionalização. A participação no 1º Salão de Outono (Herbstsalon) organizado pela Galeria Der Sturm, é particularmente significativa da sua ligação ao polo de difusão berlinense. "O dramatismo e a intensa espiritualidade que forma a personalidade do artista, não podem ser excluídos do seu envolvimento com o movimento expressionista e com as sensibilidades estéticas que com ele se cruzaram […]. Coincidindo sensivelmente com a cronologia da sua passagem expositiva pela Alemanha, Amadeo desenvolveu várias séries de trabalhos […] de intenso diálogo com os conteúdos, formais e teóricos, dos expressionismos do seu tempo" (é o que acontece de forma explícita com um conjunto de cabeças, ou máscaras, datado de 1914, que remete, também, para as explorações pioneiras de Picasso em torno das máscaras africanas). E será esta, afinal, uma das principais linhas unificadoras da sua obra plurifacetada. Mesmo quando os caminhos formais apontam noutras direções, "a sua alma de expressionista, esquiva a classificações e a modelos rígidos, individualista, inquieta e dissonante […] sustenta o desenvolvimento do seu trabalho", atravessando todas as fases, desde as primeiras paisagens até ao seu modo final.
O diálogo com as vanguardas do início do Século XX será o grande motor por detrás da obra de Amadeo, mas há fatores determinantes de outra de outra ordem e que se prendem com um universo temático marcado por referentes pessoais. Numa carta dirigida à sua mãe em 1908, o pintor lamentava a ausência de "um forte meio da arte" na sua terra natal, mas queixava-se igualmente da "atmosfera parda" ou o "sol anémico" de Paris, que contrapunha ao seu "Portugal prodigioso, país supremo para artistas". Segundo Helena Freitas, "o alimento espiritual de Amadeo é também a iconografia da sua terra e das suas tipologias". Na sua pintura encontramos alusões a essa luz diferente; ao sol, às montanhas, às azenhas e moinhos; aos alvos das barracas de feira; às canções, bonecos e figuras populares… (veja-se, por exemplo, Canção Popular - a Russa e o Figaro, c. 1916).
Obras finais
Regressa a Portugal após tomar conhecimento da eclosão da 1ª Guerra Mundial (1914-1918): "este virar de página vai transtornar definitivamente os seus projetos e fechar para sempre o seu livro de viagens". Isolado no norte do país, remetido para uma zona periférica de um país já de si periférico, esse isolamento é apenas mitigado pelo intercâmbio com Eduardo Viana, com Sonia e Robert Delaunay (então a residir em Portugal), e por brevíssimos contactos com elementos do chamado grupo futurista português. Vive esses últimos anos – o seu período de "maior energia e criatividade individual" –, num frenesim criativo, sonhando com a participação em mostras internacionais (que nunca se concretizam) e com o regresso, sempre adiado, a Paris. "Neste trabalho, sabiamente manipulador de uma memória seletiva, estão presentes os sinais de maturidade do artista na escolha do seu caminho. Mas é um caminho solitário e desamparado". E essas obras notáveis, onde desenvolve pesquisas consonantes com a de autores máximos das vanguardas da época – dos cubistas aos membros da vanguarda russa –, ficarão praticamente esquecidas da historiografia internacional da arte.
Os últimos trabalhos de Amadeo, datáveis de 1917, "são o núcleo mais consistente e poderoso da sua afirmação como artista". Nestas obras reforçam-se as associações inesperadas, alógicas, "ao mesmo tempo que se adensam e complexificam os processos técnicos, na espessura e materialidade das tintas misturadas com areias e outros agregantes, nas colagens, nos trompe-l’oeils e suas simulações". Partindo de um princípio gerador baseado na fragmentação cubista, irá integrar na pintura elementos iconográficos típicos desse movimento (dos instrumentos musicais à palavra escrita), fragmentos apropriados da vida real (madeira, espelhos, ganchos de cabelo, etc.), representações de partes do corpo ou de produtos contemporâneos produzidos industrialmente (como uma máquina registadora), e formas totalmente abstratas… Essa diversidade aparentemente incongruente é gerida de forma magistral, "num jogo combinatório poderoso e de uma energia plástica rara" que coloca essas obras a par das pinturas mais notáveis suas contemporâneas.
Embora a "notoriedade do seu percurso expositivo e […] integração no contexto internacional dos diálogos de vanguarda" o coloquem no centro da revolução que atravessou o mundo das artes nas primeiras décadas do século XX, a origem de Amadeo num país pequeno e periférico, a sua morte prematura e inconstância estilística, "camaleónica", criaram sérias dificuldades ao seu reconhecimento. Mesmo em Portugal, depois da sua morte, ocorreu um longo hiato até que a sua obra merecesse a devida atenção; e apenas em 1983, com a inauguração do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, se tornou finalmente possível um acesso real e permanente a obras de referência como Título desconhecido (Entrada), ou Título desconhecido (Coty), 1917.

Título desconhecido (Entrada), circa 1917

O Príncipe Perfeito, El-Rei D. João II, morreu há 518 anos

D. João II de Portugal (Lisboa, 3 de maio de 1455Alvor, 25 de outubro de 1495) foi o décimo-terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila. Enquanto D. Afonso V enfrentava os castelhanos, o príncipe assumiu a direcção da expansão marítima portuguesa iniciada pelo seu tio-avô Infante D. Henrique.
D. João II de Portugal sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em 1481. Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, D. João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a Índia. Após ordenar as viagens de Bartolomeu Dias e de Pêro da Covilhã, foi D. João II que delineou o projecto da primeira viagem.
O seu único herdeiro, o príncipe Afonso de Portugal estava prometido desde a infância a Isabel de Aragão e Castela, ameaçando herdar os tronos de Castela e Aragão. Contudo o jovem príncipe morreu numa misteriosa queda em 1491 e durante o resto da sua vida D. João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo Jorge de Lancastre. Em 1494, na sequência da viagem de Cristóvão Colombo, que recusara, D. João II negociou o Tratado de Tordesilhas com os reis católicos. Morreu no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, seu primo direito e cunhado, que viria a ascender ao trono como D. Manuel I de Portugal.

Brasão Real de D. João II
(...)

João II morreu em 1495, sem herdeiros legítimos. Dado o ódio que a nobreza portuguesa sempre lhe teve, a hipótese de envenenamento por um copo de água que tomou não é de excluir. Antes de morrer, João II escolheu Manuel de Viseu, duque de Beja, seu primo direito e cunhado (era irmão da rainha Leonor) para sucessor.
A rainha Isabel, a Católica, de Castela, por ocasião da sua morte, terá afirmado «Murió el Hombre!», referindo-se ao monarca português como o Homem por antonomásia, devido às posições de força que assumira durante o seu reinado.
Foi-lhe atribuído o cognome o Príncipe Perfeito pois foi graças às medidas por ele implantadas que emergiu triunfante o valor da sua obra, ou seja, a época de ouro de Portugal.


quinta-feira, outubro 24, 2013

O astrónomo Tycho Brahe morreu há 412 anos

Tycho Brahe (Skåne, Dinamarca, 14 de dezembro de 1546 - Praga, 24 de outubro de 1601) nascido Tyge Ottesen Brahe, foi um astrónomo dinamarquês. Teve um observatório chamado Uranienborg na ilha de Ven, no Öresund, entre a Dinamarca e a Suécia.
Tycho esteve ao serviço de Frederico II da Dinamarca e, mais tarde, do imperador Rodolfo II da Germânia, tendo sido um dos representantes mais prestigiosos da ciência nova - a ciência renascentista, que abrira uma brecha no sólido edifício construído na Idade Média, baseado na síntese da tradição bíblica e da ciência de Aristóteles. Continuando o trabalho iniciado por Copérnico, foi acolhido pelos sábios ocidentais com alguma relutância. Estudou detalhadamente as fases da lua e compilou muitos dados que serviriam, mais tarde, para Johannes Kepler descobrir uma harmonia celestial existente no movimento dos planetas, padrão esse conhecido como leis de Kepler.
A adesão de Tycho à ciência nova levou-o a abandonar a tradição ptolomaica, a fim de chegar a novas conclusões pela observação directa. Baseando-se nesta, construiu um sistema no qual, sem pretender descobrir os mistérios do cosmos, chega a uma síntese eclética entre os sistemas que poderíamos chamar de tradicionais e o de Copérnico.
Tycho foi um astrónomo observacional da era que precedeu a invenção do telescópio, e as suas observações da posição das estrelas e dos planetas alcançaram uma precisão sem paralelo para a sua época. Após a sua morte, os seus registos dos movimentos de Marte permitiram a Johannes Kepler descobrir as leis dos movimentos dos planetas, que deram suporte à teoria heliocêntrica de Copérnico. Tycho não defendia o sistema de Copérnico mas propôs um sistema em que os planetas giram à volta do Sol e este orbitava em torno da Terra.
Em 1599, por discordar do novo rei do seu país, mudou-se para Praga e construiu um novo observatório, onde trabalhou, até morrer, em 1601.

O músico Charles Lecocq morreu há 95 anos

Nascido numa família pobre, sofreu de uma enfermidade que o obrigou a usar muletas em toda a vida. Estudou no Conservatório de Paris, ao mesmo tempo que Georges Bizet. Começa a compor operetas graças a um concurso organizado, em 1856, por Offenbach, onde divide o primeiro prémio com Bizet. Isso determinará a sua carreira, sendo este o seu principal nicho de composições.
Obteve o seu grande sucesso em 1872 com La Fille de Madame Angot (A Filha da Senhora Angot) que é considerada, hoje em dia, como umas das melhoras obras que representam o reportório lírico.