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segunda-feira, novembro 01, 2010

Deus nos ajude


(imagem daqui)


A pouca-vergonha está de pedra e cal


SOL e sem comentários:

Só no ano passado, os gastos (salários e despesas) com 46 administradores de nove companhias tuteladas pelo Estado - ANA, STCP, EP, CTT, REFER, CP, ML, CARRIS E TAP - ascenderam aos 7,46 milhões de euros, ou seja, uma média de 162,2 mil euros mensais por gestor, segundo cálculos do SOL baseados nas contas anuais das empresas. Contas feiras, os gestores receberam seis vezes mais do que os trabalhadores das suas empresas, que auferiram 28 mil euros anuais.
(...)
Os CTT, a segunda no ranking das administrações que mais gastaram em 2009, distribuiu um prémio de gestão de 213,8 mil euros aos seus cinco administradores. O presidente, Estanislau Costa - que circula num veículo de 84 mil euros adquirido pela empresa em 2004 - pagou, no ano passado, 42,5 mil euros para alugar quatro automóveis para os seus colegas de conselho.

As quatro linhas do metropolitano de Lisboa parecem não ser suficientemente utilizadas pelos administradores da empresa, que bateram o recorde de gastos com o aluguer de carros. A antigo administração de Joaquim Reis - agora presidente da Parpública - despendeu 85 mil euros no renting de carros, entre os quais se contam 40,3 mil euros para a viatura do vogal Miguel Roquette, durante nove meses.

Antes de abandonar a empresa, Joaquim Reis decidiu deixar ao seu sucessor um carro novo no valor de 30 mil euros.

Também o presidente da Carris, José Silva Rodrigues gastou 4.142 euros em combustível, no espaço de um ano.

E os administradores da empresa pública com o maior passivo de todas (15,8 mil milhões de euros), a Estradas de Portugal, não se coibiram de gastar 48 mil euros no aluguer de carros e combustível.

in portadaloja - post de José

Plano de austeridade para professores - Protesto Gráfico

Austeridade Do Professor

domingo, outubro 31, 2010

... e amanhã é dia de todos-os-santos...

só não vê quem não quer ver




o Orçamento tá aparovado o Nani marca um golo bizarro a chuva parou o éfeémeí nomeou o Borges o meu vizinho do quinto esquerdo não teve nenhum acidente de automóvel esta semana istu está tudo ligado ....
in anårca cønštipadö - post de José Manuel Fonseca

Habemos orçamentus

OE - 2011...



quinta-feira, outubro 28, 2010

quarta-feira, outubro 27, 2010

Sugestão para um novo local para futuras negociações do orçamento (do leite achocolatado...)

Aqui:


PS - e assim:


Acabou o tango - viva a margarina com 23% de IVA!

Acabou a negociação do orçamento do leite (achocolatado...)


Mad World

All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
And their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
'Cos I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very
Mad World
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
Made to feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me 

NOTA - para os puristas, a versão original, dos anos oitenta, dos Tears for Fears:

Música adequada às negociações de amanhã sobre o IVA da margarina e do leite (achocolatado...)


O orçamento do leite achocolatado - a visão de Mário Soares



segunda-feira, outubro 25, 2010

Apagada e vil tristeza

Pior que Portugal? (quase) Só o Haiti.


digitalizar0003.jpg
Pessoa afirmava que Jesus Cristo não percebia nada de finanças.
De mim, posso dizer o mesmo.
E de Sócrates, de mão dada com o Teixeira ministro.
Da leitura matinal e soalheira do periódico El País aprendi hoje bastante.
Nos últimos dez anos, e em 180 países, apenas Itália (179º) e Haiti (180º) fizeram pior do que Portugal em crescimento económico.
Sim, lugar 178º em crescimento económico.
Tudo bem, não serão as Finanças de que Sócrates parece nada saber, mas sim a Economia.
Mas desta, e já lá vão mais de 5 anos de navegação cheia de tretas, também o governo parece desorientado.
10 anos a nada crescer.
Porque não deixa o país em paz, sr. Engenheiro?
Pode ser que o país cresça mais sem a navegação tão entendida quanto a sua.
Ou mesmo sem qualquer navegação.
Citando o El País, sr. Engenheiro, foi uma época perdida.

(clicar na imagem para aumentar)
CRESCIMENTO_ECONOMICO_PORTUGAL_2000_2010 (Large).jpg(clicar para aumentar)

Imagens - jornal El País, 24 de Outubro de 2010, a partir de dados do FMI.

in Ciência ao Natural - post de Luis Azevedo Rodrigues

E depois admirem-se de haver deputados a passar fome ou a roubar...

image

domingo, outubro 24, 2010

No comments

(imagem daqui)



NOTA: a mesma mulher que usou de iguais subterfúgios para combater (ou era mascarar?) o deficit, no tempo em que era Ministra, agora põe a boca no trombone. Depois, com a mesma coerência, aconselha que se compactue com a vigarice (na minha terra diz-se que é tão ladrão o que vai a vinha como o que fica à porta...).

(imagem daqui)

Sete palmos de abrigo?!?

Abrigo

Orçamento abrigo de tempestades

sexta-feira, outubro 22, 2010

Explicação ecológica para a situação de quatro países


NOTA: na base, naturalmente, os PIGS (acrónimo baseado nos nomes de quatro países: Portugal, Italy, Grece & Spain).

quinta-feira, outubro 21, 2010

O país das aldrabices

(imagem daqui)
Mais aldrabices

Segundo o Público de hoje, o Secretário de Estado Emanuel dos Santos anunciou ontem que o valor orçamentado este ano para despesas de "consultadoria" elaboradas por entidades externas desceu muito em relação ao ano anterior. Este ano não vai chegar sequer a 30 milhões de euros e o ano passado rondou os 50 milhões. Aqui fala-se em mais de 90 milhões. Ou seja, cheira a aldrabice. Com esta gente estamos frequentemente no campo da aldrabice e das meias-verdades, porque as coisas nunca são claras e os esclarecimentos não aparecem quando pedidos.

E ainda tem a distinta desfaçatez em dizer que "seria mais oneroso para os contribuintes dispor de especialistas em todas as matérias a tempo inteiro".
Ai seria? Então para que servem os gabinetes jurídicos dos ministérios? E para que serviam as auditorias nesses mesmos ministérios, lugares por onde passou o tempo todo, o ex-vice-PGR Gomes Dias e que segundo consta deu um parecer verbal num caso mediático?

Mais: só os advogados da Sérvulo e outros que tais ( as três grandes, como dizia o Júdice) é que sabem de direito administrativo, de ambiente, comercial e assim?
Então se é assim, poderiam recrutar especialistas na magistratura e pagá-los a uma fracção do custo dos pareceres. A tempo inteiro e com maior proveito profissional. Porque quem sabe dessas matérias é quem lida com elas todos os dias, como profissão.
Aliás, para que serve um tribunal de Contas?

Portanto, para ver a aldrabice bem patente, basta ver o que o Governo gastou em pareceres no tal exercício de "consultadoria" apenas com um único escritório de advogados- a Sérvulo & Associados. Só em quatro contratos em 2009 foram mais de um milhão de euros. A firma desmente. E diz que é nada disso. Mas não diz quanto é e quanto recebeu ao certo e no total...

No entanto, parece que há mais e muito mais.

Este tipo de coisas está muito bem explicado aqui. É pena que os jornalistas não leiam destas coisas e as aproveitem.
Poderiam perceber melhor tudo isto se entendessem isto que ali se escreve:

O problema é óbvio para quem trabalha com o CCP: o Estado é apenas mais um cliente, as empreiteiras de obras públicas, fornecedores e prestadores também são clientes. E o Estado tem recorrido aos serviços de quem igualmente defende outros clientes.
Quando o Estado escolhe quem os seus oponentes escolhem, os conflitos de interesses vir a ser intransponíveis. E, desconhecendo-se que estes existam, é certo que, às vezes, coexiste alguma promiscuidade mal explicada.
Os quase 500 artigos do CCP são uma Torre de Babel para quem trabalha com contratos públicos.
É, porém, verdade o que diz SC: todos tiveram 6 meses para estudar o Código. Pela minha parte, chamei a atenção, por escrito, ainda como auditora do TC, para esta complexidade.
Não vi grandes preocupações por parte do Estado em formar técnicos nestes 6 meses.
Tudo continuou diletante, apático e alheado. Desde 2008 que o CCP é a minha Caixa de Pandora. Foi a arma para investir numa actividade livre e privada e abdicar do meu vínculo ao Estado.
A exoneração foi a minha libertação. Se o Código fosse uma amálgama reduzida à agregação do DL 59/99 e do 197/99, isso não seria possível.
A complexidade da obra obriga a requalificações profissionais e quem exerce funções públicas não está motivado nem disposto a isso.
A estrutura da Administração Pública é deficitária para manusear um monumento jurídico desta ordem. E a debandada das reformas não ajuda. Ficam os menos experientes. Vão-se os que têm mais traquejo e expediente.
Numa máquina que obstaculou a que os seus funcionários licenciados em Direito tirassem o estágio para exercer advocacia e inibiu a sua vocação para dirimir litígios, o problema é hoje evidente: não há predisposição nem há aptidão. Contratam-se advogados, juristas, investigadores, consultores e peritos.
O Estado não tem mão-de-obra qualificada para ter mão neste Código. E isto dá a mão aos que abdicaram do Estado em prol do estudo do CCP. Numa coisa dou razão ao Sérvulo Correia: não há aqui filhos e enteados. Há, talvez, digo eu, filhos legítimos e bastardos.

in portadaloja - post de José

The end is near... - como sair de um beco

(imagem daqui)

Helena Matos no Público:
O homem que todos querem ver pelas costas. Mas na verdade o homem de quem todos dependem. Falo de José Sócrates naturalmente. O PS vive na esperança que o PSD ou o PR façam aquilo que em devido tempo o PS não fez: criar uma situação que leva à saída de Sócrates de cena. Infelizmente para o PS agora é tarde: as alternativas à liderança de José Sócrates foram empalidecendo de cada vez que o PS se tornou cúmplice do indefensável e disse sim ao que bem sabe que devia ter dito não.

Sócrates é ignorantíssimo, fútil, não tem sentido de Estado e tomou decisões na sua vida académica, profissional e política que a maior parte dos portugueses, até o conhecerem como primeiro-ministro, repudiariam liminarmente. Mas tem uma noção agudíssima do poder. Enquanto o exerceu de facto transformou o aparelho de Estado na sua máquina e fez de cada português um dependente do Estado.

Continua a fazê-lo agora, quando já não se pode dizer que exerce o poder porque neste momento trata sim ou de arranjar uma situação que lhe permita sair condignamente ou de conseguir uma legitimidade reforçada no cargo de primeiro-ministro.

The end is near...

Vórtice de desespero engole o regime



Depois da reacção que o meu texto de ontem gerou - deixo, antes de mais, um sentido agradecimento ao Sapo, pelo destaque -, a sucessão vertiginosa de acontecimentos deixa as perspectivas quanto ao futuro do país cada vez mais incertas.

O ex-economista chefe do FMI, Kenneth Rogoff, afirmou que o FMI poderá vir a intervir em Portugal, quer o Orçamento do Estado seja aprovado ou não, afirmando também que a intervenção da organização não é necessariamente melhor do que entrar em incumprimento de dívida. Precisamente no seguimento do que dissemos ontem, tal como já havia sido apontado pelo LR no Blasfémias.

Depois da distinta lata de Jorge "Lacaio", no Prós e Contras de ontem, dizendo que este orçamento defende o Estado Social, e que a pobreza está a diminuir (quando o Presidente da Cáritas havia dito precisamente o contrário, e quando está à vista de todos aquilo que se passa), veio agora outro comensal do orçamento, do lado do PSD, Paulo Rangel, dizer que o PSD se deve abster por motivos patrióticos. Mas como é que esta gente tem a lata de falar em patriotismo? Esta gente deste regime que acabou com qualquer sentido de patriotismo e de comunidade, através do qual tantos têm servido os próprios bolsos à custa dos contribuintes?

Valha-nos, para já, Passos Coelho, que contra tantas pressões lá tem demonstrado nervos de aço, e que já esta noite impõs as suas condições para aprovar o orçamento: aumentar o IVA em apenas 1%, suspender todas as Parcerias Público-Privadas (PPP), nada de cortes nos sectores principais do Estado Social - saúde e educação - aceitar reembolsos fiscais por entrega de dívida pública, recusa de algumas mexidas nas tabelas do IVA e que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) passe a ser uma agência independente de fiscalização da despesa e dívida pública que inclui o Estado, entidades públicas e privados que recebam subsídios públicos.

Contudo, não deve faltar muito para o governo cair. Depois dos trabalhadores da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos se recusarem a trabalhar horas extra, ameaçando ainda com uma greve, agora é a vez dos juízes assumirem o seu poder de fiscalização. Não tenho dúvida alguma que, se forem para a frente com esta medida, muitas e diversas atitudes despesistas irão ser encontradas, e mais vale tarde que nunca: A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) requereu acesso aos documentos que autorizaram e atestam os montantes gastos pelos membros dos gabinetes dos 16 ministérios e dos secretários de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e do adjunto do primeiro-ministro. O pedido solicita informação sobre “a atribuição e utilização de cartões de crédito e uso pessoal de telefones, móveis ou fixos”, e também “cópia dos documentos de processamento e pagamento das despesas de representação aos membros do actual Governo”, bem como “de subsídios de residência”.

Esta é a hora da verdade para Sócrates. O PSD está aberto a negociar, agora sim sobre  um documento que já se conhece. E tanto PSD como CDS já sugeriram onde cortar quase 600 milhões de euros, em várias despesas supérfluas. Será José Sócrates capaz de, ao menos uma vez na vida, ter sentido de Estado e de responsabilidade, ter percepção do que se passa realmente e capacidade de verdadeiramente negociar a viabilização de um OE mais equilibrado, menos despesista e que estimule a economia?

Seja como for, este é um governo a prazo. Tem os dias contados. Falta apenas saber se o regime também. E se este tiver os dias contados, como muitos já receiam, há um real perigo: o do poder cair na rua. E é preciso evitar isto. O que acontecerá com uma de duas situações: tal como escrevi ontem, com uma ditadura do FMI em nossas casas, ou se decidirmos tomar em mãos a responsabilidade de tratar dos nossos assuntos. Portugal não é uma democracia liberal madura, responsável, e não vai ser com este enquadramento democrático, perpassado por uma imensa rede de sombrios interesses clientelares, que alguém vai ser capaz de reformar o Estado português. Das suas quase 14 mil entidades, aposto que a esmagadora maioria nada mais faz do que ser um sorvedouro de dinheiro dos contribuintes. Este é um sistema caduco, que está a tentar preservar-se por todas as formas, colocando uma brutal pressão sobre os seus contribuintes liquídos, de tal forma que este não é um Orçamento de Estado mas um Orçamento de Extorsão. Não seria melhor sermos nós a tratar dos nossos assuntos, a arrumar a casa de forma a que possamos ter uma democracia liberal digna dessa qualificação (que não temos agora)?

Mas, quantos estão dispostos a sair para a rua? E, ao contrário do que alguns julgam, não estou aqui a fazer nenhuma apelo às armas. O que é preciso é mostrar, o quanto antes, o descontentamento dos portugueses, que não apenas os que se associam à greve da CGTP. Protestos pacíficos mas incisivos, que demonstrem que os portugueses estão vigilantes em relação às trapalhadas deste governo, e que não mais vão aturar bovinamente os devaneios socretinos.

in Blog Estado Sentido - post de Samuel de Paiva Pires