domingo, abril 25, 2021
A Revolução de 25 de Abril foi há 47 anos
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segunda-feira, março 29, 2021
Há 47 anos um espetáculo no Coliseu dos Recreios mostrou que o Estado Novo estava moribundo
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terça-feira, fevereiro 23, 2021
Música para um dia triste...
Quanto é doce - Zeca Afonso
Quanto é doce quanto é bom
no mundo encontrar alguém
que nos junte contra o peito
e a quem nós chamemos mãe.
Vai-se a tristeza o desgosto,
põe-se a um ponto na tormenta
quando a mãe nos dá um beijo,
quando a mãe nos acalenta.
E embora seja ladrão,
aquele que tenha mãe
lá tem no meio da luta
ternos afagos de alguém.
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Saudades do Zeca...
Fui à beira do mar - José Afonso
Ver a que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao longe me dizia
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
No meu peito a Alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo
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Hoje é dia de ouvir José Afonso...
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Saudades do Zeca...
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Zeca Afonso morreu há 34 anos...
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sábado, fevereiro 13, 2021
Catarina Eufémia nasceu há 93 anos
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sábado, janeiro 30, 2021
Música para estes tempos complicados em que (sobre)vivemos...
Passos da noite
Ao romper do dia
Quantos se ouviram
Marchando a par
Batem à porta
Da hospedaria
Se for o vento
Manda-o entrar
Vejo uma espada
De sombra esguia
Se for o vento
Que venha só
Quem está lá fora
Traz companhia
Botas cardadas
Levantam pó
Venho de longe
Sem luz nem guia
Sou estrangeiro
Não sou ninguém
Na flor queimada
Na cinza fria
Nunca se passa
Uma noite bem
Foge estrangeiro
Da morte escura
Pega nas armas
Vem batalhar
E enquanto a lua
Não se habitua
Dorme ao relento
Até eu voltar
Há muito tempo
Que te não via
(Um anjo negro
Me vem tentar)
Batem a porta
Da hospedaria
É aqui mesmo
Que eu vou ficar
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sexta-feira, janeiro 29, 2021
Zeca Afonso despediu-se do seu público há 38 anos
Foi no dia 29 de janeiro de 1983 - passam hoje 38 anos sobre o último grande concerto de Zeca Afonso, já fortemente debilitado pela doença degenerativa que o matou, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Com todos os amigos a ajudar (os manos Salomé, Fausto, Júlio Pereira, Sérgio Godinho e muitos outros...) fez história nessa noite.
Balada do Outono - José Afonso
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
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segunda-feira, novembro 30, 2020
Zeca Afonso canta Fernando Pessoa...
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segunda-feira, novembro 02, 2020
Hoje é dia de escutar a poesia de Jorge de Sena...
Epígrafe para a arte de furtar
Roubam-me Deus
outros o Diabo
– quem cantarei?
roubam-me a Pátria;
e a Humanidade
outros ma roubam
– quem cantarei?
sempre há quem roube
quem eu deseje;
e de mim mesmo
todos me roubam
– quem cantarei?
roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
– aqui del rei!
Jorge de Sena
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terça-feira, setembro 22, 2020
Música para celebrar a chegada do outono
Balada do Outono - Zeca Afonso
Letra e música - José Afonso
Águas passadas do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'rás bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
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domingo, agosto 02, 2020
Vejam Bem... - hoje é dia de ouvir Zeca afonso
(Cantares de Andarilho - 1968)
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
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Zeca Afonso nasceu há 91 anos
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quarta-feira, junho 10, 2020
Na fonte está Lianor - Zeca canta Camões...
Na fonte está Lianor
Mote
Na fonte está Lianor
Lavando a talha e chorando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?
Voltas
Posto o pensamento nele,
Porque a tudo o amor obriga,
Cantava, mas a cantiga
Eram suspiros por ele.
Nisto estava Lianor
O seu desejo enganando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?
O rosto sobre ua mão,
Os olhos no chão pregados,
Que, do chorar já cansados,
Algum descanso lhe dão.
Desta sorte Lianor
Suspende de quando em quando
Sua dor; e, em si tornando,
Mais pesada sente a dor.
Não deita dos olhos água,
Que não quer que a dor se abrande
Amor, porque, em mágoa grande,
Seca as lágrimas a mágoa.
Despois que de seu amor
Soube novas perguntando,
De improviso a vi chorando.
Olhai que extremos de dor!
Luís de Camões
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Hoje é dia de ouvir poesia e música portuguesas...
Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.
Ua graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.
Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E pois nela vivo,
É força que viva.
Luís de Camões
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terça-feira, maio 19, 2020
Chamava-se Catarina...
Cantar Alentejano - Zeca Afonso
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manha fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
O Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
O Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
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sábado, abril 25, 2020
A Revolução de 25 de Abril foi há 46 anos
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quarta-feira, março 18, 2020
Hoje é dia de recordar Anto e a sua Torre...
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
- "O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
- Por isso a Torre esguia o nome veio d'Anto
- Legenda d'Alma Só e coração tristonho
- Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
- "Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do Só, que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e da Coimbra amada."
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