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domingo, setembro 17, 2023

O conde Folke Bernadotte foi assassinado há 75 anos...

   
Folke Bernadotte, conde de Wisborg (Estocolmo, 2 de janeiro de 1895 - Jerusalém, 17 de setembro de 1948), mais conhecido como Conde Bernadotte, foi um nobre e diplomata sueco,  conhecido pela negociação da libertação de cerca de 31.000 prisioneiros de campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo 423 judeus dinamarqueses de Theresienstadt, que foram libertados em 14 de abril de 1945
  
Vida

O conde era membro da Casa de Bernadotte, a família real sueca. Era filho do príncipe Óscar Bernadotte, duque de Götland e conde de Wisborg (que depois perderia o título de duque de Götland por não ter se casado com alguém pertencente à realeza ou alta nobreza - como dita a tradição nobiliárquica sueca -, mas permaneceria com o título nobiliárquico de conde de Wisborg, por este título ser do Luxemburgo) e da princesa Ebba (nascida Ebba Henrietta Munck af Fulkila, sendo filha do nobre e militar, coronel Carl Jacob Munck af Fulkila, e da baronesa Henrica Cederström). Era neto da rainha Sofia (nascida princesa de Nassau) e do rei Óscar II da Suécia e Noruega, rei dos dois países até 7 de junho de 1905; e depois somente Rei da Suécia até à data da sua morte, em decorrência da separação dos dois países na data supracitada.

O conde casou com a americana Estelle Manville, então titulada Estelle Bernadotte, condessa de Wisborg, tendo sido o primeiro membro da realeza europeia a casar-se em território americano.

Após a aprovação do Plano de Partição da Palestina, em 29 de novembro de 1947, agravaram-se os confrontos entre judeus e árabes na Palestina, então sob mandato britânico.

Em 20 de junho de 1948, o conde foi escolhido pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre as partes em conflito, fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão, em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde tornar-se-ia primeiro-ministro de Israel.

 
  
Brasão do conde de Wisborg  
   

Os Acordos de Paz de Camp David foram assinados há 45 anos

 Begin, Carter e Sadat em Camp David
          

Os dois Acordos de Paz de Camp David, foram dois acordos políticos assinados pelo presidente egípcio Anwar Sadat e pelo primeiro-ministro israelita Menachem Begin em 17 de setembro de 1978, após doze dias de negociações secretas, em Camp David, o retiro do Presidente dos Estados Unidos em Maryland. Os dois acordos-quadro foram assinados na Casa Branca e testemunhados pelo presidente Jimmy Carter. O segundo dessas acordos (Uma Estrutura para a Conclusão de um Tratado de Paz entre o Egito e Israel) levou diretamente ao tratado de paz Egito-Israel de 1979. Devido ao acordo, Sadat e Begin receberam o Prémio Nobel da Paz de 1978, compartilhado. O primeiro acordo (Um Marco para a Paz no Oriente Médio), que tratava dos territórios palestinianos, foi escrito sem a participação dos palestinianos e foi condenado pelas Nações Unidas

 

quarta-feira, setembro 13, 2023

Os acordos de Oslo foram assinados há trinta anos...

   
Os acordos de Oslo foram uma série de acordos na cidade de Oslo na Noruega entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Assinaram acordos em que se comprometiam a unir esforços para a obtenção da paz entre os dois povos. Estes acordos, assinados a 13 de setembro de 1993, previam o final dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a resolução da questão do status de Jerusalém.
   

terça-feira, setembro 05, 2023

O Massacre de Munique foi há cinquenta e um anos...

  Memorial - a inscrição, em alemão e hebraico, diz:  
 A equipa do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto a 5 setembro de 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra à sua memória.
    
O Massacre de Munique também conhecido como Tragédia de Munique teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de setembro, 11 membros da equipa olímpica de Israel foram tomados como reféns pelo grupo terrorista palestiniano denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipa de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da primeira ministra de Israel, Golda Meir.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados, em vários momentos do sequestro. 
   
          
Operação policial
Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu ao seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã. Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planeada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.
A ideia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos polícias colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.
Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilam os atletas israelitas que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros, os atletas morrem fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pelos media internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.
A 29 de outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso voo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e mataram os sequestradores.
    
Consequências
Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade é hoje um  exemplo mundial no combate ao terrorismo.
Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Ira de Deus.
Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de julho de 2010, em Damasco, capital da Síria, de falência renal.
Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido nomeado para cinco Óscares, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelita lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.
      

quarta-feira, agosto 02, 2023

Shimon Peres nasceu há um século...

  
Shimon Peres (Wiszniew, 2 de agosto de 1923Ramat Gan, 28 de setembro de 2016) foi um político israelita. Recebeu o Nobel da Paz de 1994, juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat. Foi Presidente de Israel entre 2007 e 2014.
Peres foi primeiro-ministro de Israel nos períodos de 1984 a 1986 e de 1995 a 1996, e co-fundador do Partido Trabalhista israelita (1968).
Foi eleito a 13 de junho de 2007 para exercer o cargo de presidente de Israel, tomando posse a 15 de julho de 2007, para um mandato de sete anos.

domingo, julho 30, 2023

Israel declarou, unilateralmente, a cidade de Jerusalém como a sua capital há 43 anos...

       
A Lei de Jerusalém é o nome comum da Lei Básica: Jerusalém, Capital de Israel, aprovada pelo Knesset israelita a 30 de julho de 1980 (17 de Av de 5.740, no calendário hebraico).
A lei ratifica a "reunificação" da cidade, termo usado pelos israelitas para a anexação de facto da parte árabe da cidade (Jerusalém Oriental), em junho de 1967, por ocasião da Guerra dos Seis Dias.
A lei teve origem num projeto apresentado por Geula Cohen, cujo texto original declarava que "a integridade e unidade da grande Jerusalém (Yerushalayim rabati) em suas fronteiras após a Guerra dos Seis Dias não deve ser violada." Contudo, esta cláusula foi retirada após a primeira leitura no Knesset israelita.
Como o Knesset então rejeitou especificar limites e não usou as palavras "anexação" ou "soberania", Ian Lustick escreve que "o consenso de académicos do Direito é que esta ação não acrescentou nada à circunstância legal ou administrativa da cidade, apesar de que, especialmente nesse momento, a sua aprovação foi considerada de importância política e desencadeou uma reação de protestos vigorosos da comunidade internacional."
Segundo a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, no Capítulo VII da Carta, a lei "deve ser revogada". 
   

terça-feira, julho 25, 2023

A paz entre Israel e a Jordânia começou há vinte e nove anos


O tratado de paz Israel-Jordânia (formalmente o "Tratado de Paz entre o Estado de Israel e o Reino Hachemita da Jordânia"), às vezes referido como o Tratado de Wadi Araba, é um acordo que encerrou o estado da guerra que existiu entre os dois países desde a guerra árabe-israelita de 1948 e estabeleceu relações diplomáticas mútuas. Além de estabelecer a paz entre os dois países, o tratado também resolveu disputas de terra e água, proporcionou ampla cooperação em turismo e comércio, e obrigou os dois países a evitar que seu território fosse usado como palco para ataques militares de um terceiro país.

A cerimónia de assinatura ocorreu no cruzamento da fronteira sul de Arabah, em 26 de outubro de 1994. A Jordânia foi o segundo país árabe, depois do Egito, a assinar um acordo de paz com Israel.
   
(...)
   

Em 1987, o ministro israelita das Relações Exteriores, Shimon Peres, e o rei Hussein tentaram secretamente arranjar um acordo de paz no qual Israel concederia a Cisjordânia à Jordânia. Os dois assinaram um acordo que define uma estrutura para uma conferência de paz no Oriente Médio. A proposta não foi consumada devido à objeção do primeiro-ministro israelita Yitzhak Shamir. No ano seguinte, a Jordânia abandonou a sua reivindicação à Cisjordânia em favor de uma resolução pacífica entre Israel e a OLP.

As discussões começaram em 1994. O primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin e o ministro das Relações Exteriores Shimon Peres informaram ao rei Hussein que, após os acordos de Oslo com a OLP, a Jordânia poderia ser "deixada de fora do grande jogo". Hussein consultou o presidente egípcio Hosni Mubarak e o presidente sírio Hafez al-Assad. Mubarak o encorajou, mas Assad disse-lhe apenas para "falar" e não assinar nenhum acordo. O presidente dos EUA Bill Clinton pressionou Hussein para iniciar negociações de paz e assinar um tratado de paz com Israel e prometeu-lhe que as dívidas da Jordânia seriam perdoadas. Os esforços tiveram sucesso e a Jordânia assinou um acordo de não beligerância com Israel. Rabin, Hussein e Clinton assinaram a Declaração de Washington em Washington, D.C., em 25 de julho de 1994. A Declaração diz que Israel e Jordânia acabaram com o estado oficial de inimizade e iniciariam negociações para alcançar o "fim do derramamento de sangue e tristeza "e uma paz justa e duradoura. 

terça-feira, julho 04, 2023

A Operação Entebbe foi há 47 anos

Operation Thunderbolt. IV.jpg

Comandos israelitas do Sayeret Matkal após a operação

  

A Operação Entebbe foi uma missão de resgate contraterrorista levada a cabo pelas Forças de Defesa de Israel no Aeroporto Internacional de Entebbe em Uganda no dia 4 de julho de 1976. Uma semana antes, em 27 de junho, um avião da companhia aérea Air France com 248 passageiros havia sido sequestrada por membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina e das Células Revolucionárias da Alemanha e desviada para Entebbe, o principal aeroporto de Uganda. O governo local apoiou os sequestradores, que receberam as boas-vindas do ditador Idi Amin. Os sequestradores separaram os israelitas e judeus dos outros passageiros e tripulação, forçando-os a entrar noutra sala Naquela tarde, 47 reféns não-israelitas foram libertados. No dia seguinte, 101 reféns não-israelitas foram libertados e partiram a bordo da aeronave da Air France. Mais de cem passageiros israelitas e judeus, juntamente com o piloto Michel Bacos (não-judeu), permaneceram reféns e foram ameaçados de morte.

A missão foi originariamente denominada de "Operação Thunderbolt", depois, foi rebatizada como "Operação Yonatan", em homenagem ao comandante do contingente militar, o tenente-coronel Yonatan Netanyahu (irmão do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu), único militar israelita morto em combate. Porém, ficou mundialmente conhecida como "Operação Entebbe", nome do aeroporto onde se sucederam os factos, e já foi tema de inúmeros filmes e livros. É considerada por muitos especialistas como a missão de resgate mais complexa e perfeita de todos os tempos.

Essa foi a missão mais famosa da unidade de forças especiais de elite, Sayeret Matkal, cujas atividades consiste em tempos de paz, em desenvolver constantemente táticas, formação e treinamento para outras forças especiais antiterroristas estrangeiras, como o SAS (Reino Unido), GSG 9 (Alemanha), entre outros. Foi a primeira vez que Israel se mostrou ao mundo, no que toca a uma intervenção antiterrorista, longe da pátria. Dessa forma Israel mostrou que estava no topo no combate contra o terrorismo, na vertente militar. 


sexta-feira, junho 30, 2023

Yitzhak Shamir morreu há onze anos...

 
Yitzhak Shamir, nascido Icchak Jeziernicky (Ruzhany, 22 de outubro de 1915 - Tel Aviv, 30 de junho de 2012) foi um político israelita, membro do partido conservador Likud, tendo sido primeiro-ministro de Israel em duas legislaturas.
Ex-integrante do Lehi, grupo armado sionista que operava clandestinamente na Palestina Mandatária, entre 1940 e 1948, Shamir foi um dos autores morais do assassinato do diplomata conde Folke Bernadotte, nomeado pelas Nações Unidas para mediar o conflito entre árabes e judeus em 1948, no final do Mandato Britânico da Palestina.
   

sábado, junho 10, 2023

A Guerra dos Seis Dias terminou há 56 anos...

Os movimentos militares de Israel durante a guerra e, em azul claro, os territórios anexados como consequência do conflito

 

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma coligação de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. O crescimento da tensão entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. O conflito de facto iniciou-se quando a força aérea israelita lançou uma grande ofensiva contra as bases da força aérea egípcia no Sinai. Israel alegou que o Egito preparava-se para fazer guerra contra si e que o ataque era uma ação preventiva. Se os países árabes realmente estavam se mobilizando para avançar contra os israelitas ou se a sua preparação era meras medidas defensivas, ainda é assunto de debates e controvérsia até aos nossos dias.

 

segunda-feira, junho 05, 2023

A Guerra dos Seis Dias começou há 56 anos

Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias
       
A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. A Força Aérea Israelita lançou um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia. Segundo Menahem Begin, "em junho de 1967, tivemos novamente uma alternativa. As concentrações do exército egípcio nas proximidades do Sinai não provam que Nasser estivesse realmente a ponto de atacar-nos. Temos que ser honestos. Nós decidimos atacá-lo." Yitzhak Rabin, chefe do Estado Maior de Israel em 1967, declarou: "Não penso que Nasser buscava uma guerra. As duas divisões que enviou ao Sinai não seriam suficientes para lançar uma guerra ofensiva. Ele sabia e nós o sabíamos."
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 07.45 horas da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza, o sul da Síria, os Montes Golã e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém, e a Síria interveio no conflito depois de ser atacada.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs sua superioridade militar, ocupando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e os Montes Golã, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.
   
Situação geoestratégia prévia
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas havia aumentado perigosamente. Contribuíram para isso vários fatores, entre os quais:
1. A instalação de governos nacionalistas em países árabes (Síria e Iraque), em substituição à dominação colonial europeia. Era uma época em que o pan-arabismo (união de todos os países árabes) estava em ascensão. O Egito e a Síria uniram-se na República Árabe Unida (R.A.U.), e o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser tentava usar a luta comum contra Israel como um fator de aglutinação dos povos árabes sob o seu comando.
2. A formação de movimentos de resistência palestinianos como a Organização de Libertação da Palestina (OLP), chefiada por Ahmed Shukairi e posteriormente por Yasser Arafat, que passaram a atuar de forma cada vez mais agressiva contra o estado judeu. A contínua repetição de episódios de confronto, principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, criaram uma situação de atrito constante.
3. A Faixa de Gaza era administrada pelo Egito (R.A.U.), e a Cisjordânia era parte do território do Reino Hachemita da Jordânia, cujos governos faziam vistas grossas às ações de guerrilha da OLP e grupos menores. O Egito formalizou pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque. Egito e Síria estabelecem, em 1966, um Pacto de Defesa - uma aliança militar que os comprometia reciprocamente em caso de guerra que implicasse um dos dois países.
4. Em 18 de maio de 1967, o presidente egípcio Nasser exigiu do secretário-geral das Nações Unidas, o birmanês U Thant, a retirada das Forças de Paz da ONU que faziam a separação entre os israelitas e egípcios na fronteira. O secretário-geral aceitou as exigências e determinou a retirada dos "capacetes azuis", o que possibilitou a concentração de tropas egípcias frente às tropas israelitas na fronteira.
5. Na sequência, em 22 de maio, Nasser ordenou o encerramento do Estreito de Tiran para os navios israelitas e para todos os que tivessem Israel como destino ou origem, interrompendo o fluxo comercial de Israel pelo Mar Vermelho em uma estratégia de asfixia económica.
O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de abril de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia árabe e bases de resistência nos Montes Golã. Durante a operação seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças Mirage de Israel, que voavam baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre árabes e israelitas.
A União Soviética teria passado, através dos seus serviços secretos, informações ao governo sírio, que alertariam para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, tais informações teriam ajudado a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra.
Contudo, o General e Presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel e tomou decisões que levavam a uma guerra fechada - um bloqueio para prevenir um provável ataque israelita.
Em maio de 1967, exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo Nasser ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. Enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.
Em resposta a esta ação e ao apoio soviético, o exército israelita foi mobilizado. Egito, Síria e Jordânia declararam estado de emergência. Em 22 de maio Nasser fechou o estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eilat. Três dias mais tarde o exército do Egito moveu-se para junto das fronteiras com Israel. Em 30 de maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egito-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e rádios passavam constantemente propaganda contra Israel.
Em 4 de junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas e seu plano de invasão parecia condenado ao fracasso, até o Mossad pensar numa solução, a guerra era iminente.
   
Militares israelitas ao lado de uma aeronave árabe destruída, 1967
    
Os seis dias de guerra
Diante da ação árabe iminente, antes da invasão começar, o governo e os líderes militares de Israel implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar imposto pelos árabes. Logo depois das 08.45 horas do dia 5 de junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked', foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egito enquanto estava no solo. Em três horas, a maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelitas operavam continuamente apenas voltando para se reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. Neste primeiro dia, os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 20. Esses ataques aéreos deram a Israel a hipótese de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes. A ideia inicial era somente deixar inoperante a base aérea egípcia, inviabilizando qualquer descolagem de aviões militares, onde obtiveram êxito.
De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.
A guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levi Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: "Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein, encorajando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egito tinha saído vitorioso no combate da manhã - um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.
No mesmo dia, às 11.00 horas, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém, com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelitas em terra estavam livres para invadir o Egito e a Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu que os israelitas tomassem grande parte da cidade dos jordanos em apenas 24 horas.
No terceiro dia da guerra, 7 de junho, as forças jordanas foram empurradas para a Cisjordânia, atravessando o rio Jordão. Israel tinha anexada toda a Cisjordânia e Jerusalém, entrando e reunificando a cidade.
A ONU, sob pressão americana, inicia apelo e negociações com os países árabes envolvidos já prevendo um super re-armamento desses países pelos soviéticos, face as perdas havidas, além da possível entrada de mais países muçulmanos nessa guerra, podendo a situação ficar desproporcional e incontrolável. Felizmente conseguiu-se de inicio um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entra em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente de tropas e tanques de Israel foi dirigido contra as forças do Egito no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel atacaram com três divisões de tanques, páraquedistas e infantaria.
Conscientes de que a guerra somente poderia durar poucos dias face aos apelos da ONU, onde era essencial uma vitória rápida e domínio de territórios limítrofes, apesar de poder haver uma reação, os israelitas concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai.
Em 8 de junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e, sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e em seguida o Egito, por intervenção da ONU, aceitou um cessar-fogo com Israel.
Às primeiras horas do mesmo dia 8 de junho, Israel bombardeou acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas árabes. 34 americanos morreram. Isso obrigou Israel a anteceder a sua aceitação dos acordos de cessar fogo pela ONU que resultaria em poucos dias.
Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nos Montes Golã, no dia 9 de junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas, hoje divididas com tropas sírias e da ONU.
Às 18.30 horas do dia 10 de junho, a Síria retirou-se da ofensiva face ao apelo da ONU e foi assinado o armistício, apesar dos soviéticos iniciarem um re-armamento ao estado sírio.
Era o fim da guerra nos campos de batalha e início da guerra burocrática nas dependências da ONU, como tais países o assinaram. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.
   

Os movimentos militares de Israel durante a guerra e, em azul claro, os territórios anexados como consequência do conflito
   
Consequências
A Guerra dos Seis Dias foi uma derrota para os Estados Árabes, que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.
No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou do cargo, por causa da derrota (embora depois voltasse atrás na sua decisão). Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel. Em agosto de 1967, líderes árabes reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo. Tal guerra amplificou muito a aversão do mundo islâmico relativamente ao estado israelita, até em países que nunca tiveram atrito com ele, que acabaram por cortar relações em definitivo com este, como praticamente todos os países árabes (tal como Irão e Iraque), além do uso da religião islâmica na luta contra Israel.
Quanto a Israel, teve resultados consideráveis como consequência da guerra. As fronteiras sob controle eram agora maiores e incluíam os Montes Golã (com controle dividido com os sírios), a Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai com controle dividido com os egípcios. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu, por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até há quase 2000 anos atrás, quando os romanos expulsaram os judeus. Depois, com o passar dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas após a guerra, voltaria totalmente ao controle de um estado judeu.
Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas. Como resultado, aumentou o número de refugiados na Jordânia, EAU e demais países fronteiriços, principalmente o Líbano. O conflito criou 350.000 refugiados, que foram rejeitados por alguns estados árabes vizinhos. Tais refugiados tem constantemente atacado isoladamente e de forma localizada o estado de Israel, desde a Cisjordânia, Faixa de Gaza e ate do sul do Líbano.
          

quinta-feira, junho 01, 2023

Israel enforcou o nazi Adolf Eichmann há sessenta e um anos...

No julgamento em 1961
 
Otto Adolf Eichmann (Solingen, 19 de março de 1906 – Ramla, 1 de junho de 1962) foi um SS-Obersturmbannführer (tenente-coronel) nazi e um dos principais organizadores do Holocausto. Eichmann foi designado pelo SS-Obergruppenführer (general/tenente-general) Reinhard Heydrich para gerir a logística das deportações em massa dos judeus para os guetos e campos de extermínio das zonas ocupadas pelos alemães na Europa de Leste durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1960, foi raptado na Argentina pela Mossad, os serviços secretos de Israel. No seguimento dum muito publicitado julgamento em Israel, foi considerado culpado de crimes de guerra e enforcado em 1962.

Depois de frequentar a escola, onde foi um aluno mediano, Eichmann trabalhou na empresa de mineração do seu pai na Áustria, para onde a família foi viver em 1914. A partir de 1927, trabalhou como técnico comercial da área do petróleo, juntando-se ao Partido Nazi e às SS em 1932. Após regressar à Alemanha em 1933, entrou para o Sicherheitsdienst (SD; Serviço de Segurança), onde foi nomeado para chefe do departamento responsável pelas questões judaicas — em particular a emigração, a qual os nazis forçaram através da violência e pressão económica. No início da guerra, em setembro de 1939, Eichmann e o seu pessoal concentraram os judeus em guetos nas grandes cidades, esperando que fossem transportados para o leste e para territórios ultramarinos. Eichmann elaborou planos para colocar os judeus em reservas, primeiramente em Nisko no sudeste da Polónia e, mais tarde, em Madagáscar, mas nenhum deles seguiu em frente.

Quando os nazis deram início à invasão da União Soviética em 1941, a política em relação aos judeus foi alterada passando de emigração para extermínio. Para coordenar o planeamento do genocídio, Heydrich recebeu os responsáveis administrativos do regime na Conferência de Wannsee em 20 de Janeiro de 1942. Eichmann reuniu informação para Heydrich, esteve presente na reunião e preparou as minutas. Eichmann e o seu pessoal ficaram responsáveis pela deportação dos judeus para os campos de extermínio, onde as vítimas foram gaseadas. Depois da invasão alemã da Hungria em março de 1944, Eichmann supervisionou a deportação de grande parte da população judia daquele país. Muitas das vítimas foram enviadas para Auschwitz, onde entre 75 e 90 por cento foi executada à chegada. Quando os transportes cessaram, em julho de 1944, 437.000 dos 725.000 judeus húngaros tinham sido mortos. O historiador Richard J. Evans estima que entre 5,5 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazis. Eichmann afirmou no final da guerra que "daria saltos na sua sepultura de tanto rir porque, sentir que tinha cinco milhões de pessoas na sua consciência, seria para ele uma fonte de extraordinária satisfação."

Depois da derrota da Alemanha em 1945, Eichmann fugiu para a Áustria. Ali viveu até 1950, mudando-se para a Argentina, usando documentos falsos. As informações recolhidas pela Mossad possibilitaram confirmar a localização de Eichmann, em 1960. Uma equipa da Mossad e agentes da Shin Bet sequestraram Eichmann e levaram-no para Israel para ser julgado por 15 crimes, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes contra o povo judeu. Considerado culpado de muitas das acusações, foi condenado à morte e executado a 1 de junho de 1962. O julgamento foi seguido pelos meios de comunicação e serviu de inspiração para vários livros, incluindo o de Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém, no qual Arendt descreve Eichmann com a frase "a banalidade do mal".
 

sábado, maio 20, 2023

Moshe Dayan nasceu há 108 anos

   

Moshe Dayan (Kibbutz Degania Alef, 20 de maio de 1915 - Tel Aviv, 16 de outubro de 1981), foi responsável pelas mais importantes vitórias de Israel nas guerras contra seus vizinhos árabes, Dayan foi também um dos principais arquitetos dos acordos de paz de Camp David, os primeiros que se firmaram entre o governo de Israel e um país árabe (Egito).
Moshe Dayan nasceu em 20 de maio de 1915, em Deganya, na então Palestina. Com 14 anos iniciou a carreira militar na Haganá (guerrilha sionista) que combatia os árabes. Quando esta organização foi declarada ilegal pelos britânicos, em 1939, Dayan e outros elementos judeus foram presos, durante dois anos, pelas autoridades britânicas, liderando depois as forças judaicas da Palestina que combateram a França na Síria e no Líbano. Durante combate junto aos ingleses na Síria, contra os franceses de Vichy, em 1941, perdeu o olho esquerdo, atingido por uma bala inimiga e passou a usar uma pala, que o tornava inconfundível.
Em 1948, na luta pela independência, comandou a região militar de Jerusalém. Na chefia das forças armadas desde 1953 por cinco anos, planeou e liderou a invasão da península do Sinai, em 1956, o que lhe valeu a reputação de grande comandante militar. Dayan foi eleito para o Knesset (Parlamento) em 1959 e designado Ministro da Agricultura no governo de David Ben-Gurion.
Em junho de 1967, já como Ministro da Defesa, comandou a vitoriosa guerra dos seis dias e passou a exercer crescente influência na política externa. O seu prestígio declinou em outubro de 1973, quando o Egito e a Síria atacaram Israel de surpresa e desencadearam a guerra do Yom Kippur.
Em 1978, sendo Ministro das Relações Exteriores do governo de Menachem Begin, tornou-se um dos arquitetos dos acordos de Camp David, assinados no ano seguinte pelo Egito e Israel. Faleceu em Tel Aviv, em 16 de outubro de 1981. A sua filha, Yael Dayan é escritora. Dayan também foi arqueólogo amador e escritor e entre os livros publicados em português está “Guerra do Sinai” (Bloch Editores).
    

domingo, maio 14, 2023

Israel faz hoje 75 anos

 

Israel, oficialmente Estado de Israel, é uma república parlamentar localizada no Médio Oriente, ao longo da costa oriental do Mar Mediterrâneo. O país faz fronteira com o Líbano ao norte, com a Síria a nordeste, com a Jordânia e a Cisjordânia a leste, com o Egito e a Faixa de Gaza ao sudoeste, e com o Golfo de Aqaba, no Mar Vermelho, ao sul. Geograficamente, contém diversas características dentro de seu território relativamente pequeno. Israel é definido como um "estado judeu e democrático" nas suas Leis Básicas e é o único Estado de maioria judaica do mundo.
Após a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, recomendando a adesão e implementação do Plano de Partilha da Palestina para substituir o Mandato Britânico, em 14 maio de 1948, David Ben-Gurion, o chefe-executivo da Organização Sionista Mundial e presidente da Agência Judaica para a Palestina, declarou o estabelecimento de um Estado Judeu em Eretz Israel, a ser conhecido como o Estado de Israel, uma entidade independente do controle britânico. As nações árabes vizinhas invadiram o recém-criado país no dia seguinte, em apoio aos árabes palestinianos. Israel, desde então, travou várias guerras com os Estados árabes circundantes, no decurso das quais ocupou os territórios da Cisjordânia, Península do Sinai, Faixa de Gaza e Montes Golã. Partes dessas áreas ocupadas, incluindo Jerusalém Oriental, foram anexadas por Israel, mas a fronteira com a vizinha Cisjordânia ainda não foi definida de forma permanente. Israel assinou tratados de paz com Egito e Jordânia, porém os esforços para solucionar o conflito israelo-palestiniano até agora não resultaram em paz.
    

 

quarta-feira, maio 03, 2023

Golda Meir nasceu há 125 anos

   
Golda Meir, nascida Golda Mabovitch, (Kiev, 3 de maio de 1898 - Jerusalém, 8 de dezembro de 1978) foi uma fundadora do Estado de Israel. Emigrou para a Palestina no ano de 1921, onde militou no sindicato Histadrut e no partido trabalhista Mapai. Além de primeira embaixadora israelita na extinta URSS, em 1948, foi ministra do Bem-Estar Social, ministra do Exterior, secretária-geral do Mapai e foi o quarto primeiro-ministro de Israel, entre 1969 e 1974. Conhecida pela firmeza de suas convicções, estava à frente do Estado de Israel no seu momento mais dramático: a Guerra do Yom Kippur, na qual tropas egípcias e sírias atacaram Israel, cuja população estava ocupada com as comemorações do Yom Kippur, o Dia do Perdão judaico.
   

domingo, abril 09, 2023

O massacre de Deir Yassin começou há 75 anos...

Comunicado do Irgun sobre o ataque
  
O massacre de Deir Yassin se refere ao assassinato de entre 107 e 120 civis palestinianos desarmados (estimativa geralmente aceite pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da Palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Stern Gang) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948. Ocorreu quando as forças judaicas do Yishuv conseguiram romper o cerco a Jerusalém, durante a guerra civil que antecedeu o fim do Mandato Britânico, em maio.
Relatos contemporâneos, aparentemente originários de um dos oficiais que comandaram desde Jerusalém uma das forças irregulares envolvidas (o Irgun), Mordechai Ra'anan, davam uma estimativa inicial de 254 mortos. O número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito, que já ocorria na região, ao criar pânico e se tornar uma das principais causas do êxodo palestiniano de 1948.
O massacre foi condenado universalmente na época, inclusive pelo comando do Haganá e pela Agência Judaica.
       
Selo egípcio de memória do massacre
   

terça-feira, março 14, 2023

Israel invadiu o Líbano há 45 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
(...)
  
A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.