terça-feira, julho 04, 2023
Música adequada à data...
Postado por Fernando Martins às 00:00 0 bocas
Marcadores: clarissas, D. Dinis, Fado da Rainha Santa, Fado de Coimbra, Igreja Católica, Isabel de Aragão, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, música, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Santos, Secção de fado
segunda-feira, junho 26, 2023
A boda do casamento de D. Dinis com a Rainha Santa Isabel foi há 741 anos
Isabel viajou em direção ao Vale do Ebro pela antiga Via Augusta, depois Teruel, Daroca, Calatayud seguindo pelo corredor do vale do Rio Douro até Samora. Entrou em Portugal por Bragança, tendo sido a boda celebrada em Trancoso, a 26 de junho de 1282. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa). Os festejos prolongaram-se por vários dias, tendo os reis permanecido na cidade até finais de julho, altura em que se mudaram para a Guarda. Em finais de setembro encontravam-se em Viseu, entrando em Coimbra a 15 de outubro, para se estabelecerem no Paço Real da Alcáçova (hoje ocupado pelo Paço das Escolas da Universidade de Coimbra).
Do seu casamento com o El-Rei D. Dinis teve dois filhos:
- Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela;
- D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
Postado por Fernando Martins às 07:41 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, Monarquia, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Trancoso
terça-feira, abril 04, 2023
O avô de El-Rei D. Dinis, Afonso X, o Sábio, morreu há 739 anos
Afonso X (em espanhol: Alfonso X), o Sábio (Toledo, 23 de novembro de 1221 – Sevilha, 4 de abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 até à sua morte, em 1284.
(...)
Também colaborou no El Libro del Saber de Astronomia, obra baseada no sistema ptolomaico. Esta obra teve a participação de vários cientistas que o rei congregara, e aos quais proporcionava meios de estudo e investigação, tendo mesmo mandado instalar um observatório astronómico em Toledo. Compôs as tabelas afonsinas sobre as posições astronómicas dos planetas, baseadas nos cálculos de cientistas árabes. Como tributo à sua influência para o conhecimento da astronomia, o seu nome foi atribuído à cratera lunar Alfonsus.
Outras obras com o seu contributo são o Lapidario, um tratado sobre as propriedades das pedras em relação com a astronomia e o Libro de los juegos, sobre temas lúdicos (xadrez, dados e tabelas - uma família de jogos a que pertence o gamão), praticados pela nobreza da época.
Postado por Fernando Martins às 07:39 0 bocas
Marcadores: Afonso X, astronomia, Cantigas de Santa Maria, Castela e Leão, D. Dinis, música, poesia, Xadrez
quinta-feira, fevereiro 16, 2023
El-Rei D. Afonso III morreu há 744 anos...
Guerra civil e deposição de D. Sancho II
Postado por Fernando Martins às 07:44 0 bocas
Marcadores: Algarve, D. Afonso III, D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, O Bolonhês, reconquista
sábado, fevereiro 11, 2023
A Rainha Santa Isabel nasceu há 752 anos
Postado por Fernando Martins às 07:52 0 bocas
Marcadores: clarissas, D. Dinis, dinastia de Borgonha, Igreja Católica, Isabel de Aragão, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Santos
sábado, janeiro 07, 2023
Canção para recordar um Rei poeta e músico...
Ai flores, ai flores do verde pino
Se sabedes novas do meu amigo?
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado?
Ai Deus, e u é?
Aquel que mentiu do que pôs conmigo?
Ai Deus, e u é?
Aquel que mentiu do que mi há jurado?
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é san'e vivo
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é viv'e sano
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E será vosco ant'o prazo saído
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E será voscant'o prazo passado
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
Postado por Fernando Martins às 22:22 0 bocas
Marcadores: Ai flores do verde pino, D. Dinis, música, poesia, poesia trovadoresca
Poema para um Rei inesquecível...
(imagem daqui)
D. DINIS
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
9-2-1934
in Mensagem, Fernando Pessoa
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, Fernando Pessoa, Mensagem, poesia
El-Rei D. Dinis morreu há 698 anos...
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.
in Diário XIV (1987) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
Marcadores: agricultura, D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, literatura, Miguel Torga, Monarquia, poesia, Universidade de Coimbra
quarta-feira, novembro 23, 2022
O Rei Alfonso X de Castela e Leão nasceu há 801 anos
Bem sabia eu, mia senhor
(Cantiga de Amor)
Bem sabia eu, mia senhor,
que pois m'eu de vós partisse
que nunca veria sabor
de rem, pois vos eu nom visse,
porque vós sodes a melhor
dona de que nunca oísse
homem falar;
ca o vosso bom semelhar
sei que par
nunca lh'homem pod'achar.
E pois que o Deus assi quis,
que eu som tam alongado
de vós, mui bem seede fiz
que nunca eu sem cuidado
en viverei, ca já Paris
d'amor nom foi tam coitado
[e] nem Tristam;
nunca sofrerom tal afã,
nen'[o] ham
quantos som, nem seeram.
Que farei eu, pois que nom vir
o mui bom parecer vosso?
Ca o mal que vos foi ferir
aquel é [meu] x'est o vosso;
e por ende per rem partir
de vos muit'amar nom posso;
nen'[o] farei,
ante bem sei ca morrerei,
se nom hei
vós que sempre i amei.
Afonso X
Postado por Fernando Martins às 08:01 0 bocas
Marcadores: Afonso X, Alfonso X, astronomia, Cantigas de Santa Maria, Castela e Leão, castelhano, D. Dinis, galaico-português, galego, poesia, Português, Xadrez
domingo, outubro 09, 2022
Poema para recordar o Rei-Lavrador...
(imagem daqui)
D. DINIS
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
9-2-1934
in Mensagem, Fernando Pessoa
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, Fernando Pessoa, Mensagem, poesia
El-Rei D. Dinis nasceu há 761 anos
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.
in Diário XIV (1987) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 07:06 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, Miguel Torga, poesia
Cantiga de amigo, para recordar um grande Rei...
O que vos nunca cuidei a dizer
O que vos nunca cuidei a dizer,
com gram coita, senhor, vo-lo direi,
porque me vejo já por vós morrer;
ca sabedes que nunca vos falei
de como me matava voss'amor;
ca sabe Deus bem que doutra senhor,
que eu nom havia, mi vos chamei.
E tod[o] aquesto mi fez fazer
o mui gram medo que eu de vós hei
e des i por vos dar a entender
que por outra morria - de que hei,
bem sabedes, mui pequeno pavor;
e des oimais, fremosa mia senhor,
se me matardes, bem vo-lo busquei.
E creede que haverei prazer
de me matardes, pois eu certo sei
que esso pouco que hei de viver
que nẽum prazer nunca veerei;
e porque sõo desto sabedor,
se mi quiserdes dar morte, senhor,
por gram mercee vo-lo [eu] terrei.
D. Dinis
segunda-feira, setembro 12, 2022
segunda-feira, julho 04, 2022
Música adequada à data...
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: clarissas, D. Dinis, Fado da Rainha Santa, Fado de Coimbra, Igreja Católica, Isabel de Aragão, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, música, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Santos
A Rainha Santa Isabel morreu há 686 anos
Isabel de Aragão (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Yzabel; Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.
Casamento
- Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
- D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
Falecimento e legado
Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à trasladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da trasladação para Santa Clara-a-Nova.
No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz.
Atualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de julho). Alfredo Marceneiro dedicou-lhe o fado Rainha Santa, com letra de Henrique Rego.
O seu túmulo, bem como o Mosteiro Novo de Santa Clara (Santa Clara-a-Nova), está confiado à guarda da Confraria da Rainha Santa Isabel.
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, Igreja Católica, Isabel de Aragão, larissas, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Santos