terça-feira, dezembro 29, 2009
Geologia no YouTube
Poema de Torga para alguém muito especial...
ANIVERSÁRIO
Mãe:
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.
in Diário IV, Miguel Torga
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segunda-feira, dezembro 28, 2009
Canção de Natal - III
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domingo, dezembro 27, 2009
Olhó Magalhães fresquinho!
5 euros é quanto vale um computador Magalhães no mercado paraleloHá computadores Magalhães a ser vendidos por esse preço na Ilha de São Miguel, Açores, por crianças, ou em troca de brinquedos.
As crianças que os receberam nas suas escolas, muitas delas oriundas de bairros carenciados, fazem negócio, trocando o computador por dinheiro ou por brinquedos.
A troca pode ser efectuada por uma bicicleta ou por um carro-de-esferas - disseram algumas crianças à Antena 1 / Açores.
Quanto ao dinheiro, a venda pode ser concretizada entre os 5 e os 30 euros, porque, disse uma criança " é para a Mãe fazer a sua vida, para comer ou até mesmo para brincar.
O Governo pagou por cada computador um preço que ronda os 200 euros, com vista a implementar o uso da informática no ensino, distribuindo essa nova ferramenta de estudo e de trabalho pelas escolas do País e das Regiões Autónomas.
Solicitada a pronunciar-se sobre esta questão, a secretária regional da Educação, Maria Lina Mendes disse à Antena 1 / Açores "que, a partir do momento em que os pais pagam o computador, essa responsabilidade passa a ser deles e não da tutela".
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sábado, dezembro 26, 2009
O Sismo de Natal de Sumatra foi há 5 anos
Faz hoje 5 anos que ocorreu o último grande sismo, com uma magnitude superior a 9,0 (mais exactamente 9,1, segundo os últimos dados, na escala de Richter). Passou a ser conhecido como sismo de Natal pelo facto de ter ocorrido no dia a seguir a esta festividade cristã, quando ainda era Natal nalgumas partes da terra, e matou mais de 225.000 pessoas, directamente ou por causa do tsunami que causou...
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Poema alusivo à época natalícia - IX
História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981
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A música do meu filho
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sexta-feira, dezembro 25, 2009
O filme de Natal do Blog Geopedrados
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Os Magalhães desmascarados
Visão, 23 de Dezembro de 2009
Um esclarecimento cabal sobre o processo financeiro através do qual o Magalhães se tornou uma arma de propaganda ao serviço do Governo mais do que uma ferramenta pedagógica.
Conhecido o financiamento através das verbas da Acção Social Escolar percebem-se duas coisas: os investimento não foi feito por verbas específicas para o efeito, mas sim cortando nos outros apoios aos alunos carenciados, pelo que o anúncio do reforço de verbas na ASE para os últimos anos apenas servia para encobrir o financiamento da JP Sá Couto, desculpem, da aquisição e distribuição dos Magalhães.
Claro que numa perspectiva isaltina ou valentina, ou mesmo avelino ou felgueirista da coisa, os fins justificam os meios. Só que neste caso os fiuns foram a propaganda eleitoralista do PS e os meios foram o dinheiro para o apoio aos alunos carenciados que, por causa disso, ficaram muitas vezes sujeitos a escrutínios às finanças familiares (sendo mais prejudicados aqueles que menos sabem como fazer cosmética com as finanças) e a atrasos imensos na distribuição de materiais de trabalho diários, como os manuais escolares.
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O meu Natal de antigamente
Um poema "temperado com música" enviado por quem tem a mestria de combinar as duas artes. Obrigada Paulo Rato.
O poema: O meu Natal de Antigamente, de Teresa Rita Lopes
O MEU NATAL DE ANTIGAMENTE
Quando era menina
não havia Pai Natal nem Árvore de Natal.
Armava-se o presépio com chão de musgo
rochas de cortiça virgem ervas a valer
pedrinhas de verdade
e searinhas que se semeavam em pires e latas vazias
no dia 8 de Dezembro
e eram o pequeno milagre o primeiro
a despontar dos grãos de trigo e a crescer todos os dias.
As criaturas do presépio eram de compra
mas também moldei algumas em barro fresco.
Uma vez uma das minhas tias fez casas e igrejinhas de papel
e acendemos velas lá dentro.
Foi um deslumbramento a luz a sair pelas janelinhas!
Mas ardeu tudo de repente.
Desde então só a lamparina de azeite continuou a alumiar
esse parco mundo pobre.
No meu Natal de antigamente havia menos presentes.
Os meninos não exigiam esses brinquedos extrabíblicos:
computadores, jogos de computadores, cêdêroms, sei lá.
Nem o Menino Jesus podia com tanto peso!
Sim, porque no meu Natal de antigamente era o Menino Jesus
quem dava as prendas.
Púnhamos, na véspera, o sapatinho na chaminé
mas tínhamos que ir para a cama esperar pela manhã
porque Ele só descia pela calada da noite
se ninguém estivesse à espreita
(hoje o Pai Natal não tem esses pudores).
Eu imaginava-O a saltar das palhinhas
nuzinho em pêlo
e a Nossa Senhora a agasalhá-Lo logo com a sua capa.
E lá ia Ele
Como um menino pobre enrolado no casaco do pai
a contentar todas as crianças do mundo.
O Pai Natal, esse, foi encarregado (não sei por quem)
de dar presentes a pequenos e grandes.
Com o Menino Jesus tudo ficava entre meninos.
e se a prenda não agradava
a gente fazia-lhe uma careta
e até, à socapa, chamava-lhe um nome feio.
O Pai Natal é um palhaço cheio de postiços:
barba bigode cabeleira
até a barriga é uma almofadinha.
E vai à televisão convencer-nos a comprar coisas.
Agora o Natal antecipa o Carnaval.
O Menino Jesus, esse não! nunca ia à televisão
(que para dizer a verdade não existia ainda.)
Mas que menino de hoje trocaria o seu Pai Natal
(gerente de um supermercado de prendas)
pelo meu Menino Jesus
a tiritar nas palhas?Teresa Rita Lopes
A música: Um pastor vindo de longe, de Fernando Valente, sobre uma melodia tradicional portuguesa, numa interpretação de: Sílvia Correia Mateus, soprano; Coro da Sé Catedral do Porto; Octeto de Flautas de Bisel; Orquestra Sinfónica da Póvoa De Varzim; direcção de Osvaldo Ferreira.
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Quando as empresas dos aeroportos fazem isto...
Ontem, a TAP Portugal e a ANA desejaram as Boas Festas aos passageiros no Aeroporto de Lisboa de uma forma muito original.
Eu assustava-me. Pensava que era ameaça de bomba!
E agora um filme com anjas...
Natal dos Simples
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte
Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra
Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura
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O nosso Poema de Natal
Nossa Senhora dos Caminhos
Tenho que confessar o meu pecado:
- Roubei a mãe ao Menino Jesus!...
(Ele já nem pequenino é,
e fica muito bem com S. José.)
....Fugi com Ela debaixo do braço
....e, a arfar de cansaço,
....pu-lA num pedestal de granito
...........bem bonito,
....à beira da avenida,
....presa com pedra e cal,
....p'ra ninguém ma roubar...
...Mas {há sempre um mas...}
o Natal aproximou-se,
o Menino volta ser pequenino
......e faz beicinho,
a chamar pela Mãe,
e a dizer que não tem ninguém...
....S. José bem O consola:
....- Deixa lá, meu Amor...
....porém Ele
....chora...chora...chora...
Então Deus-Pai,
que tudo vê
e tudo pode,
prestes acode
e desce, na Sua Majestade!
....- Ouve, Meu Filho,
....não chores mais.
....Ora vê: aqui tens A do Céu,
....a verdadeira,
....a Tua Mãe,
....a de Belém.
O Menino já não chora...
......ri...ri...ri...
numa gargalhada feliz e doirada,
e dorme descansadinho,
abraçado a Ela,
uma soneca abençoada!
....{Se Deus Pai
....não viesse do Céu,
....que remédio tinha eu
....se não dar-Lhe a minha,
....a tal que eu furtei.}
... E foi assim que eu levantei do chão
mais um sonho de menina;
e ganhei
a minha Nossa Senhora dos Caminhos.
........E é Ela
........que, neste Natal,
........vem comigo,
........num abraço sentido,
........trazer-vos muito Amor
........e Carinho
.....................da
........................MariAlice
.....................e do
........................Agostinho
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Canção de Natal
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Poema alusivo à época natalícia - VIII
Em a noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.
Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.
Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.
– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.
Mário de Sá Carneiro
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quarta-feira, dezembro 23, 2009
Poema alusivo à época natalícia - VII
OS PASTORES
Guardavam certos pastores
seus rebanhos, ao relento,
sobre os céus consoladores
pondo a vista e o pensamento.
Quando viram que descia,
cheio de glória fulgente,
um anjo do céu do Oriente,
que era mais claro que o dia.
Jamais os cegara assim
luz do meio-dia ou manhã.
Dir-se-ia o audaz Serafim,
que um dia venceu Satã.
Cheios de assombro e terror,
rolaram na erva rasteira.
– Mas ele, com voz fagueira,
lhes diz, com suave amor:
«Erguei-vos, simples, daí,
humildes peitos da aldeia!
Nasceu o vosso Rabi,
que é Cristo – na Galileia!
Num berço, o filho real,
não o vereis reclinado.
Vê-lo-eis pobre e enfaixado,
sobre as palhas de um curral!
Segui dos astros a esteira.
Levai pombas, ramos, palmas,
ao que traz uma joeira
das estrelas e das almas!»
Foi-se o anjo: e nas neblinas,
então celestes legiões
soltam místicas canções,
sobre violas divinas.
Erguem-se, enfim, os pastores
e vão caminhos dalém,
com palmas, rolas, e flores,
cordeiros, até Belém.
E exclamavam indo a andar:
– «Vamos ver o vinhateiro!
Ver o que sabe lavrar
nas nuvens, ver o Ceifeiro!
Vamos beijar os pés nus
do que semeia nos céus.
Ver esse pastor que é Deus
– e traz cajado de luz!»
Chegando ao presépio, enfim,
caem, de rojo, os pastores,
vendo o herdeiro d’Eloim
que veste os lírios e as flores.
Dão-lhe pombas gloriosas,
meigos, tenros animais.
– Mas, vendo coisas radiosas,
casos vindouros, fatais…
Abria o deus das crianças
uns olhos profundos, graves,
no meio das pombas mansas
– nas palpitações das aves.
Gomes Leal
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Filme apropriado à época natalícia - XVII
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terça-feira, dezembro 22, 2009
Hoje é dia de recordar José Régio
Postado por Fernando Martins às 14:15 0 bocas
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