quinta-feira, julho 09, 2009

Pesquisa de petróleo em Portugal


Informação recebida da Fábrica Ciência Viva de Aveiro - via Blog De Rerum Natura:

Espaço Ciência – Café de Ciência

«O petróleo e a pesquisa em Portugal» é tema de conversa com o geólogo Rui Alves Vieira. No dia 15 de Julho, quarta-feira, pelas 21h30, acontece mais um Espaço Ciência – Café de Ciência. O geólogo Rui Alves Vieira é o convidado deste encontro e conversará sobre o petróleo e a sua pesquisa em Portugal. A organização está a cargo da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e da Câmara Municipal de Estarreja. A sessão terá lugar na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca.

Petróleo (do latim petrus, pedra e oleum, óleo) significa "óleo de rocha" e conhece-se desde a mais remota antiguidade. A primeira menção à sua utilização, figura na Bíblia, que nos diz que Noé, antes de navegar, impermeabilizou a arca com betume, o que nos levaria a cerca de 6000 anos antes de Cristo. Os chineses, egípcios e assírios usaram-no para diversas finalidades – na medicina, na construção, no embalsamamento, etc. – e, em França, a exploração do petróleo de Péchelbronn, começou em 1498. Quando no dia 27 de Agosto de 1859, o Coronel Drake (que não era Coronel) encontrou petróleo numa sondagem realizada a 23 metros de profundidade e iniciou uma produção diária de 25 barris em Titusville, na Pennsylvania (Estados Unidos), certamente não imaginaria que iria moldar para sempre a história da humanidade com o nascimento da indústria petrolífera. Estava finalmente feita a prova de que o petróleo, tão procurado para a iluminação, podia ser encontrado em grandes quantidades.

Rui Alves Vieira tem 30 anos de experiência na pesquisa de hidrocarbonetos em vários países do mundo, nomeadamente em Portugal, onde, durante os últimos 13 anos, tem colaborado com a empresa americana Mohave Oil and Gas Corporation e vem à Casa Museu Egas Moniz conversar sobre petróleo e a sua pesquisa em Portugal, que remonta a 1844 com a descoberta da mina de asfalto denominada Canto de Azeche, situada numa falésia próximo da Praia da Vitória (concelho de Alcobaça). Para além da pavimentação de estradas, o asfalto retirado dessa mina terá sido usado para pavimentar as estações de caminho-de-ferro construídas no final do século XIX e início do século XX.

O Espaço Ciência acontece na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, integrado nas comemorações do 60º aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Medicina ao Prof. Egas Moniz. A entrada é livre. Contamos consigo!

Almoço do Agrupamento...

The Clash - Should I stay or should I go




Darling you got to let me know
Should I stay or should I go?
If you say that you are mine
I’ll be here ’til the end of time
So you got to let me know
Should I stay or should I go?

Always tease tease tease
You’re happy when I’m on my knees
One day is fine, next day is black
So if you want me off your back
Well come on and let me know
Should I stay or should I go?

Should I stay or should I go now?
Should I stay or should I go now?
If I go there will be trouble
An’ if I stay it will be double
So come on and let me know!

This indecision’s bugging me
Esta indecision me molesta
If you don’t want me, set me free
Si no me quieres, librame
Exactly who’m I’m supposed to be
Dime que tengo que ser
Don’t you know which clothes even fit me?
¿sabes que ropas me quedan?
Come on and let me know
Me tienes que decir
Should I cool it or should I blow?
¿me debo ir o quedarme?

Split!
Yo me enfrio o lo sufro

Should I stay or should I go now?
yo me enfrio o lo sufro
Should I stay or should I go now?
yo me enfrio o lo sufro
If I go there will be trouble
Si me voy - va a haber peligro
And if I stay it will be double
Si me quedo es doble
So you gotta let me know
Pero me tienes que decir
Should I cool it or should I go?
yo me enfrio o lo sufro

Should I stay or should I go now?
yo me enfrio o lo sufro
If I go there will be trouble
Si me voy - va a haber peligro
And if I stay it will be double
Si me quedo es doble
So you gotta let me know
Pero me tienes que decir
Should I stay or should I go?

Bué...

Para complementar o post anterior, roubado ao Blog De Rerum Natura publicamos outro post, também de Helena Damião:

“Bué da bem”

"Foi fácil. Para mim foi fácil.
Correu bem, espero ter uma nota como deve ser
Correu.
Correu “bué da bem”.
Muito bem.
Muito bem.
O exame correu muito bem, era muito fácil.
Era difícil.
Não, eu acho que era bastante acessível.
Foi acessível, foi relativamente fácil.
Era muito fácil, era para atrasados mentais.
Era facílimo.
Era básico, completamente.
Completamente
Exactamente."


Não, não se trata de um poema experimental, pós-moderno. É, na óptica da Senhora Ministra da Educação e de um Senhor Secretário de Estado, o resultado da "campanha de facilitismo" de jornalistas, comentadores, associações científicas e outros.

Pode o leitor ver aqui o filme de onde foram extraídas as palavras de alunos, acima transcritas.

A Ministra da Educação e o facilitismo

Do Blog De Rerum Natura publicamos o seguinte post, da pedagoga Helena Damião:

A propósito da publicação dos primeiros resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário li hoje coisas extraordinárias que, a esta hora, já devem ser do conhecimento dos leitores.

Uma delas foi o facto de, quando confrontada com as baixas classificações obtidas num dos exames, a Senhora Ministra da Educação ter percebido o que muita gente minimamente atenta ao estado da educação, com destaque para os professores, tem vindo a sugerir: os alunos demonstram progressivamente “menos investimento, menos trabalho e menos estudo”.

É evidente que tal afirmação e tal conjectura são impossíveis de provar de modo inequívoco, pois os exames não têm mantido grande estabilidade de ano para ano, tanto em termos de estrutura como de grau de dificuldade. Porém, ao levantarem uma forte suspeita de existência de um problema, seria razoável que a responsável máxima pela educação nacional dissesse ou pensasse algo do género: “é preciso percebermos o significado deste abaixamento do rendimento escolar. De onde é que ele decorre? Quais são as suas consequências? O que poderemos fazer para o superar?”.

Provavelmente ficaríamos um pouco admirados, pois já nos habituámos a que a Senhora Ministra nos diga estar tudo a correr na perfeição, mas creio que aceitaríamos que, por fim, partilhasse um sentimento aparentemente transversal na nossa sociedade.

Não foi isso, no entanto, que sucedeu. O que sucedeu foi ainda mais extraordinário: a Senhora Ministra afirmou que a responsabilidade pelo abaixamento de resultados académicos dos alunos é da… comunicação social. E porquê? Porque tem dado a ideia de que os exames são fáceis!

É claro que não se esperava que a Senhora Ministra imputasse esta responsabilidade ao seu próprio Ministério, e bem podia tê-lo feito, pois os currículos e os programas têm a sua chancela, os exames e as respectivas grelhas de correcção são construídos lá, isto para não falar das sinuosidades da formação de professores, da impraticabilidade do modelo de avaliação do desempenho docente, do muito polémico estatuto do aluno, da caixa de Pandora que é as "Novas Oportunidades".

Mas sempre podia ter imputado a responsabilidade aos professores (já é comum, ninguém estranharia, a menos que neste momento não seja conveniente); aos pais e encarregados de educação (por eventualmente não cuidarem que seus educandos estudem, mas talvez isso quebrasse a paz instalada); ou aos próprios alunos (pois são eles, afinal, que, como se diz, "constroem a sua própria aprendizagem")…

Não: a Senhora Ministra responsabilizou quem menos se esperava: os jornalistas, que vão dando conta do que acontece, daquilo que as pessoas fazem e dizem. Para mim é impensável a medida que, adoptando uma lógica básica, ela pode querer tomar para que os alunos voltem a ter sucesso...

Ainda mais extraordinário foi o eco ampliado que as palavras da Senhora Ministra tiveram nas de um Secretário de Estado da Educação, que, além desses responsáveis, encontrou outros, a saber: comentadores, partidos, pessoas com encargos políticos e, pasme-se, a Sociedade Portuguesa de Matemática, que tem efectuado um trabalho muito meritório de observação sistemática e atempada dos exames e das condições em que eles decorrem.

Nas palavras da Senhora Ministra e do Senhor Secretário de Estado são estes e não outros os grandes culpados das classificações que os nossos estudantes obtêm. Pois estão, certamente, todos concertados, numa "campanha de facilitismo", "preconceituosa", reveladora de "ignorância", induzindo os alunos e as suas famílias em erro quanto à facilidade dos exames. São estes e não outros os que promovem “um desincentivo ao estudo e ao trabalho”...

Asas Velhas

Do Blog Ciência Ao Natural, do paleontólogo Luís Azevedo Rodrigues, com a devida vénia, roubámos o seguinte post:

Megatypus schucherti_wing (Small).jpgDe um tempo em que não eram aves ou mamíferos os voadores.

Outros cavalgavam os ventos, em florestas cerradas.
Com alas imensas.
Ventos passados, outras asas.


"The largest insect to have ever lived was Meganeuropsis permiana, from the Early Permian of Elmo, Kansas, and Midco, Oklahoma (...). This magnificent griffenfly attained wingspans of approximately 710 mm, which dwarfs the largest odonates found today. Protodonatans were almost certainly predaceous, as all nymphal and adult odonates are today.
Most fossils of these insects consist only of wings, but among the few preserved body parts are large, toothed mandibles, enormous compound eyes, and stout legs with spines, thrust forward in a similar manner to Odonata - all indicative of their being aerial predators."

Evolution of Insects, pp. 175-176


Referrências:
David Grimaldi and Michael S. Engel. Evolution of the Insects. Cambridge University Press 2005

Imagem:
Megatypus schucherti (Meganeuridae: Protodonata), Evolution of the Insects.

Mais uma bonita música




And now, the end is near,
And so I face the final curtain.
My friends, I'll say it clear;
I'll state my case of which I'm certain.

I've lived a life that's full -
I've travelled each and every highway.
And more, much more than this,
I did it my way.

Regrets? I've had a few,
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.

I planned each charted course -
Each careful step along the byway,
And more, much more than this,
I did it my way.

Yes, there were times, I'm sure you knew,
When I bit off more than I could chew,
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall
And did it my way.

I've loved, I've laughed and cried,
I've had my fill - my share of losing.
But now, as tears subside,
I find it all so amusing.

To think I did all that,
And may I say, not in a shy way -
Oh no. Oh no, not me.
I did it my way.

For what is a man? What has he got?
If not himself - Then he has naught.
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows
And did it my way.

quarta-feira, julho 08, 2009

terça-feira, julho 07, 2009

Música adequada ao dia

Como hoje tive de usar gravata, ao dar posse ao novo Director da minha Escola, uma música sempre actual para disfarçar...





Homem do leme - Xutos & Pontapés

Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

O Blog Geopedrados faz 4 anos!

O Blog Geopedrados faz hoje 4 aninhos...!

Aos nossos leitores, colaboradores e afins os nossos agradecimentos - sem vocês há muito que tínhamos desistido...!




segunda-feira, julho 06, 2009

Saíram as Listas...

Para os colegas cujo longo calvário de andar com a trouxa às costas, de Escola em Escola, ainda perdura, aqui fica a informação - AS LISTAS DE DGRHE SAÍRAM...!

Página das Listas - AQUI:

Pagina das Colocações/Não colocações - AQUI:

Outra tourada...

Fernando Tordo - Tourada



Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.

E diz o inteligente
que acabaram as canções...

domingo, julho 05, 2009

Música para a ocasião


Há cultura e tradição no Parlamento...!

(Clicar para aumentar - os nossos agradecimentos ao Blog Arrastão, pela execução, e ao António Maduro, pelo envio...)

Ciência na Rua 09 - Evento Científico-Cultural nas ruas de Estremoz


Artes e Ciências unidas em Estremoz, em torno do tema "Evolução"

11 e 12 de Julho de 2009

Passados 200 anos do nascimento de Darwin e 150 anos de Darwin ter escrito "A origem das espécies", matemáticos, químicos, físicos, geólogos e biólogos juntam-se a 9 companhias artísticas, nacionais e estrangeiras, criando e interpretando, à sua maneira, algumas das etapas mais significativas da Evolução da Vida no Nosso Planeta.

(clicar para aumentar)

A Teoria da Evolução, sem dúvida, faz já parte do nosso imaginário. No entanto, muitos de nós desconhecemos alguns dos princípios básicos que lhe estão associados.

O Centro Ciência Viva de Estremoz em colaboração com a Câmara Municipal de Estremoz, propõem-se reviver algumas das principais etapas da evolução da Vida no nosso Planeta. A ideia base da Ciência na Rua 2009 consiste na recriação, durante duas noites consecutivas, de 7 grandes etapas evolutivas que serão levadas a efeito em 7 locais públicos da cidade de Estremoz. Nestas recriações, o teatro, a música e a dança serão formas de expressão privilegiadas.

Associado a cada momento haverá um "quiosque da ciência" onde experiências, ao dispor do visitante, permitem que este se aperceba da explicação científica do fenómeno.



sábado, julho 04, 2009

Maria Teresa de Noronha


Caminhos sem fim - Maria Teresa de Noronha

Paleontologia australiana - novidades

Dois herbívoros gigantes e um carnívoro vieram renovar a paleontologia da Austrália

Canção Waltzing Matilda dá nome a dinossauros australianos
03.07.2009 - 21h10 Nicolau Ferreira


O investigador australiano Hocknull defende que ainda há muitos fósseis por descobrir

O hino não oficial australiano Waltzing Matilda alastrou a sua influência para a paleontologia, depois de dar nome a dois dinossauros que morreram num billabong – o nome nativo para lagos em forma de U formados a partir de antigos meandros de rio – há 98 milhões de anos. Na Austrália, o billabong está associado a fantasmas e monstros e é uma peça importante no poema de Banjo Patterson. A partir de agora os répteis gigantes fazem parte deste imaginário.

Os paleontólogos que fizeram esta associação pertencem à Australian Age of Dinosaurs Museum e ao Queensland Museum, e descobriram três novos dinossauros entre outras espécies animais do Cretácico médio, em dois lugares da formação geológica de Winton, no Estado de Queensland, no Nordeste da Austrália. O artigo sobre a descoberta foi publicado na “Public Library of Science One”.

As três novas espécies de dinossauros têm 98 milhões de anos, e caminhavam na Terra numa altura em que a Austrália ainda não se tinha separado completamente da Antárctida. Os paleontólogos descobriram ossadas de dois saurópodes – dinossauros gigantes herbívoros, com pescoços longos – e de um terópode, um carnívoro bípede que Scott Hocknull, o primeiro autor do artigo, definiu como “a chita do seu tempo”.

O Australovenator wintonensis, apelidado de Banjo, era ágil, leve e “a reposta australiana ao velociraptor, mas maior e mais aterrador”, disse em comunicado o paleontólogo do museu de Queensland. “Ele podia ir atrás das presas facilmente em campo aberto. A sua característica mais distintiva eram três grandes garras em cada mão, os seus braços eram a sua arma principal.” O fóssil encontrado é o esqueleto mais completo de dinossauros carnívoros que se conhece na Austrália e lança luz para o grupo ancestral que evoluiu nos maiores carnívoros de sempre, como o Carcharodontosaurus.

Os dois herbívoros pertencem ao grupo dos titanossauros, os maiores saurópodes de sempre. Witonotitan wattsi, também conhecido como Clancy, seria um animal maior e mais grácil que estaria num nicho ecológico equivalente ao da girafa, já Matilda, Diamantinasaurus matildae, representaria uma espécie mais parecida com um hipopótamo.

Matilda foi encontrada junto de Banjo, provavelmente morreram os dois dentro de um billabong. “É fenomenal encontrar dois dinossauros no mesmo local”, disse ao “TimesHocknull. “Há uma ponta de mistério para a causa dos dois estarem ali. Talvez se tenham afogado ou o herbívoro pode ter ficado preso na lama, o que atraiu o carnívoro para a sua própria morte.” Nunca se saberá o que aconteceu, mas ainda hoje há gado a cair em lagos como este.

Os paleontólogos apelidaram-nos com estes nomes em memória do poeta australiano Banjo Patterson que compôs em 1885 Waltzing Matilda, uma canção famosa na Austrália que foi feita em Winton, a região onde se descobriram os fósseis. A canção conta a história de um vagabundo de trouxa às costas que descansava à beira de um billabong e caçou uma ovelha selvagem que estava a beber água no lago. Quando aparece um grupo de polícias, o vagabundo esconde-se no lago com a sua ovelha e acaba por morrer. “Os billabong fazem parte do imaginário da Austrália porque associamos ao mistério, aos fantasmas e monstros”, disse Hocknull.

Esta história ficou contada, mas a região guarda ainda muitos fósseis, abrindo uma nova etapa para a paleontologia na Austrália. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, refere o autor.



NOTA: o tal hino não oficial do continente-ilha, referido na notícia, é este, aqui em duas versões (eu prefiro a da voz rouca de Tom Waits):




Maria Teresa de Noronha - 16 anos de saudade


A outra Amália do século XX, a aristocrática cantora de fado que muitos ainda recordam, tem nome e muitos ainda a reconhecem: Maria Teresa de Noronha.

Morreu faz hoje 16 anos - aqui fica a sua voz para matar a saudade:


FADO DAS HORAS - MARIA TERESA DE NORONHA


Chorava por te não ver...

Por te ver eu choro agora,

Mas choro só por querer,

Querer ver-te a toda a hora!



Deixa-te estar a meu lado

E não mais te vás embora

P´ra o meu coração, coitado,

Viver na vida uma hora!



Passa o tempo de corrida;

Quando falas eu te escuto.

Nas horas da nossa vida

Cada hora é um minuto!



Quando estás ao pé de mim

Sinto-me dona do Mundo,

Mas o tempo é tão ruim...

Tem cada hora um segundo!

sexta-feira, julho 03, 2009

Música para a ocasião

The Pogues - Fiesta

quinta-feira, julho 02, 2009

Saudades de Sophia

Regressarei

Eu regressarei ao poema como à pátria à casa
Como à antiga infância que perdi por descuido
Para buscar obstinada a substância de tudo
E gritar de paixão sob mil luzes acesas

in O nome das coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Pega de cernelha político-poética

"Ai, flores, ai, flores do verde pinho,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?

(...)

E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?"


in Blog 31 da Armada