terça-feira, julho 07, 2009
O Blog Geopedrados faz 4 anos!
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segunda-feira, julho 06, 2009
Saíram as Listas...
Outra tourada...
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções...
domingo, julho 05, 2009
Música para a ocasião
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Há cultura e tradição no Parlamento...!
Ciência na Rua 09 - Evento Científico-Cultural nas ruas de Estremoz
11 e 12 de Julho de 2009
A Teoria da Evolução, sem dúvida, faz já parte do nosso imaginário. No entanto, muitos de nós desconhecemos alguns dos princípios básicos que lhe estão associados.
O Centro Ciência Viva de Estremoz em colaboração com a Câmara Municipal de Estremoz, propõem-se reviver algumas das principais etapas da evolução da Vida no nosso Planeta. A ideia base da Ciência na Rua 2009 consiste na recriação, durante duas noites consecutivas, de 7 grandes etapas evolutivas que serão levadas a efeito em 7 locais públicos da cidade de Estremoz. Nestas recriações, o teatro, a música e a dança serão formas de expressão privilegiadas.
Associado a cada momento haverá um "quiosque da ciência" onde experiências, ao dispor do visitante, permitem que este se aperceba da explicação científica do fenómeno.
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sábado, julho 04, 2009
Maria Teresa de Noronha
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Paleontologia australiana - novidades
Dois herbívoros gigantes e um carnívoro vieram renovar a paleontologia da Austrália
03.07.2009 - 21h10 Nicolau Ferreira
O hino não oficial australiano Waltzing Matilda alastrou a sua influência para a paleontologia, depois de dar nome a dois dinossauros que morreram num billabong – o nome nativo para lagos em forma de U formados a partir de antigos meandros de rio – há 98 milhões de anos. Na Austrália, o billabong está associado a fantasmas e monstros e é uma peça importante no poema de Banjo Patterson. A partir de agora os répteis gigantes fazem parte deste imaginário.
Os paleontólogos que fizeram esta associação pertencem à Australian Age of Dinosaurs Museum e ao Queensland Museum, e descobriram três novos dinossauros entre outras espécies animais do Cretácico médio, em dois lugares da formação geológica de Winton, no Estado de Queensland, no Nordeste da Austrália. O artigo sobre a descoberta foi publicado na “Public Library of Science One”.
As três novas espécies de dinossauros têm 98 milhões de anos, e caminhavam na Terra numa altura em que a Austrália ainda não se tinha separado completamente da Antárctida. Os paleontólogos descobriram ossadas de dois saurópodes – dinossauros gigantes herbívoros, com pescoços longos – e de um terópode, um carnívoro bípede que Scott Hocknull, o primeiro autor do artigo, definiu como “a chita do seu tempo”.
O Australovenator wintonensis, apelidado de Banjo, era ágil, leve e “a reposta australiana ao velociraptor, mas maior e mais aterrador”, disse em comunicado o paleontólogo do museu de Queensland. “Ele podia ir atrás das presas facilmente em campo aberto. A sua característica mais distintiva eram três grandes garras em cada mão, os seus braços eram a sua arma principal.” O fóssil encontrado é o esqueleto mais completo de dinossauros carnívoros que se conhece na Austrália e lança luz para o grupo ancestral que evoluiu nos maiores carnívoros de sempre, como o Carcharodontosaurus.
Os dois herbívoros pertencem ao grupo dos titanossauros, os maiores saurópodes de sempre. Witonotitan wattsi, também conhecido como Clancy, seria um animal maior e mais grácil que estaria num nicho ecológico equivalente ao da girafa, já Matilda, Diamantinasaurus matildae, representaria uma espécie mais parecida com um hipopótamo.
Matilda foi encontrada junto de Banjo, provavelmente morreram os dois dentro de um billabong. “É fenomenal encontrar dois dinossauros no mesmo local”, disse ao “Times” Hocknull. “Há uma ponta de mistério para a causa dos dois estarem ali. Talvez se tenham afogado ou o herbívoro pode ter ficado preso na lama, o que atraiu o carnívoro para a sua própria morte.” Nunca se saberá o que aconteceu, mas ainda hoje há gado a cair em lagos como este.
Os paleontólogos apelidaram-nos com estes nomes em memória do poeta australiano Banjo Patterson que compôs em 1885 Waltzing Matilda, uma canção famosa na Austrália que foi feita em Winton, a região onde se descobriram os fósseis. A canção conta a história de um vagabundo de trouxa às costas que descansava à beira de um billabong e caçou uma ovelha selvagem que estava a beber água no lago. Quando aparece um grupo de polícias, o vagabundo esconde-se no lago com a sua ovelha e acaba por morrer. “Os billabong fazem parte do imaginário da Austrália porque associamos ao mistério, aos fantasmas e monstros”, disse Hocknull.
Esta história ficou contada, mas a região guarda ainda muitos fósseis, abrindo uma nova etapa para a paleontologia na Austrália. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, refere o autor.
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Maria Teresa de Noronha - 16 anos de saudade
Morreu faz hoje 16 anos - aqui fica a sua voz para matar a saudade:
FADO DAS HORAS - MARIA TERESA DE NORONHA
Chorava por te não ver...
Por te ver eu choro agora,
Mas choro só por querer,
Querer ver-te a toda a hora!
Deixa-te estar a meu lado
E não mais te vás embora
P´ra o meu coração, coitado,
Viver na vida uma hora!
Passa o tempo de corrida;
Quando falas eu te escuto.
Nas horas da nossa vida
Cada hora é um minuto!
Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dona do Mundo,
Mas o tempo é tão ruim...
Tem cada hora um segundo!
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sexta-feira, julho 03, 2009
Música para a ocasião
The Pogues - Fiesta
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quinta-feira, julho 02, 2009
Saudades de Sophia
Regressarei
Eu regressarei ao poema como à pátria à casa
Como à antiga infância que perdi por descuido
Para buscar obstinada a substância de tudo
E gritar de paixão sob mil luzes acesas
in O nome das coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Pega de cernelha político-poética
"Ai, flores, ai, flores do verde pinho,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
(...)
E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?"
Prisão de Coimbra acolhe Exposição de Astronomia
O Estabelecimento Prisional de Coimbra (EPC) acolhe "Da Terra ao Universo" ("From Earth To The Universe" - FETTU), uma exposição fora de comum, que apresenta alguns dos mais belos elementos do nosso Universo.
Encontro invulgar com a ciência promovido pelo Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), "Da Terra ao Universo" não tem lugar marcado. Com o apoio das câmaras municipais e de diversas instituições, mostra, durante todo o ano, de Norte a Sul de Portugal (nas paragens de autocarros, nos jardins, museus, centros comerciais, nas estações de metro, nos parques públicos e desde Maio nas prisões), a estonteante beleza do Universo.
O conjunto de 10 imagens astronómicas de grandes dimensões que compõe a exposição dá a conhecer, entre outros, a Nebulosa da Cabeça de Cavalo, a Galáxia Whirlpool, o relevo da Lua, as protuberâncias solares e o remanescente de Supernova da Vela.
O projecto "From Earth To The Universe" (FETTU) foi apresentado na sede da UNESCO em Paris, em Janeiro passado. Perto de 50 países estão neste momento envolvidos na exposição que pretende, de uma maneira inesperada mas, contudo, acessível, fazer chegar a astronomia ao público em geral.
O Ano Internacional de Astronomia desafiou por outro lado todos os amadores de fotografia a sair para a rua e a "imortalizar" a presença inédita dessas imagens astronómicas no quotidiano das nossas cidades. As mais belas fotografias do certame estão publicadas online (aqui).
O AIA 2009 é coordenado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da Agência Nacional Ciência Viva, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da Fundação Calouste Gulbenkian.
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Fanhais canta Sophia
Cantata da Paz - Francisco Fanhais
Cantata de paz
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
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Sophia - 5 anos de saudade
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Por que os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
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AQUI POSTO DE COMANDO...
Por não querer aquilo que me é dado
Por não querer nem governo nem estado
Por não ter nada e por tudo querer
Esquadrão da morte faz-me correr
Por não querer aquilo que me é dado
Por não querer nem governo nem estado
Por não ter nada e por tudo querer
Esquadrão da morte faz-me correr
Eles ai ai estão, já lhes sinto o bafo
Dobro uma esquina a ver se me safo
Por aí não que não tem saída
Muito cuidado que arriscas a vida
A noite é dia, e o dia é de noite
Não tenho sítio onde me acoite
Esquadrão da morte avança no escuro
E sigo em frente a sombra do muro
E sigo o cheiro na escuridão
Que me conduz onde está a razão
E sigo o cheiro da escuridão
Que me conduz onde está a razão
Sangue na boca da queda de há pouco
Tento falar só sai um grito rouco
Num beco sujo, num vão de escada
Dois tiros secos e não resta nada
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
Por isso eu ponho, eu ponho a questão
Onde mas onde se esconde a razão
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quarta-feira, julho 01, 2009
Música para conhecedores
Longa se torna a espera - Sétima Legião
E quando eu descobrir o segredo
Da neblina cinzenta
O que torna a agua barrenta
E sem perdão me esmaga o peito
E quando se levanta de repente
A névoa que cobre o rio
Que gela tudo de frio
E escurece a corrente
Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...
E quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim
Terei, terei mais uma vez a forca
Para enfrentar tudo de novo
Como a galinha e o ovo
Num repetir de desgraças
Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...
PS - para os puristas, a versão (quase) original dos Xutos, de 1996 (a primeira é de 84...):
Haja névoa
Haja névoa!
Dancem os véus na minha alma
(E externos nas luzes próximas,
Que se recusam como estrelas na distância).
Haja névoa!
Paire nela a memória dos maníacos
Sonhando na penumbra dos portais
Assassínios brutais.
Haja, haja névoa!
Aqui e além no mar.
No mar, nos mares, para que todas as viagens,
Para que todos os barcos em todas as paragens,
Na iminência dos naufrágios improváveis
- Improváveis, possíveis -,
Se gastem nos avisos aflitos
Das luzes, dos rádios, dos radares,
Dos gritos
Dos apitos.
Haja, haja névoa...
Desgastem-se os contornos
Das coisas excessivamente conhecidas.
Não haja céu sequer.
Névoa, só névoa!
E eu, nas ruas distorcidas,
Livre e tão leve
Como se fosse eu próprio a névoa
Da noite longa duma existência breve.
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domingo, junho 28, 2009
sexta-feira, junho 26, 2009
Dia Mundial de Luta Contra a Droga
I don't wanna be the girl who laughs the loudest
Or the girl who never wants to be alone
I don't wanna be that call at four o'clock in the morning
'Cause I'm the only one you know in the world that won't be home
Aahh, the sun is blinding
I stayed up again
Oohh, I am finding
That's not the way I want my story to end
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're my protection
But how do I feel this good sober?
I don't wanna be the girl who has to fill the silence...
The quiet scares me 'cause it screams the truth
Please don't tell me that we had that conversation
When I won't remember, save your breath, 'cause what's the use?
Aahh, the night is calling
And it whispers to me softly, "come and play"
Aahh, I am falling
And if I let myself go, I'm the only one to blame
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're like perfection
But how do I feel this good sober?
Comin' down
Comin' down
Comin' down
Spinnin' round
Spinnin' round
Spinnin' round
Looking for myself... Sober
When it's good, then it's good, it's so good, 'till it goes bad
Till you're trying to find the you that you once had
I have heard myself cry
Never again
Broken down in agony
And just trying to find a friend
I'm safe
Up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain
Inside
You're like perfection
But how do I feel this good sober?
How do I feel this good sober?
In memoriam - Michal Jackson
Morreu o Rei da Música Pop...
Postado por Fernando Martins às 16:21 0 bocas
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