terça-feira, dezembro 24, 2013

Dom Vasco da Gama morreu há 489 anos

Vasco da Gama (Sines, circa 1460 ou 1469 - Cochim, Índia, 24 de dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-Rei da Índia.

Juventude
Nasceu provavelmente entre 1460 e 1469, em Sines, na costa sudoeste de Portugal, possivelmente numa casa perto da Igreja de Nossa Senhora das Salvas de Sines. Sines, um dos poucos portos da costa alentejana, era então uma pequena povoação habitada por pescadores.
Era filho legítimo de Estêvão da Gama, que em 1460 era cavaleiro da casa de D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. D. Fernando nomeara-o alcaide-mor de Sines e permitira-lhe receber uma pequena receita de impostos sobre a fabricação de sabão em Estremoz. Estêvão da Gama era casado com Dona Isabel Sodré, filha de João Sodré (também conhecido como João de Resende). Sodré, que era de ascendência Inglesa, tinha ligações à casa de D. Diogo, Duque de Viseu, filho de Fernando de Portugal, Duque de Viseu.
Pouco se sabe do início da vida deste navegador. Foi sugerido pelo médico e historiador português Augusto Carlos Teixeira de Aragão, que terá estudado em Évora, onde poderá ter aprendido matemática e navegação. É evidente que conhecia bem a astronomia, e é possível que tenha estudado com o astrónomo Abraão Zacuto.
Em 1492, João II de Portugal enviou-o ao porto de Setúbal, a sul de Lisboa, e ao Algarve para capturar navios franceses em retaliação por depredações feitas em tempo de paz contra a navegação portuguesa – uma tarefa que Vasco da Gama executou rápida e eficazmente.

Descoberta do caminho marítimo da Índia

Antecedentes
Desde o início do século XV, impulsionados pelo Infante D. Henrique, os portugueses vinham aprofundando o conhecimento sobre o litoral Africano. A partir da década de 1460, a meta tornara-se conseguir contornar a extremidade sul do continente africano para assim aceder às riquezas da Índia – pimenta preta e outras especiarias – estabelecendo uma rota marítima de confiança. A República de Veneza dominava grande parte das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia, e desde a tomada de Constantinopla pelos otomanos limitara o comércio e aumentara os custos. Portugal pretendia usar a rota iniciada por Bartolomeu Dias para quebrar o monopólio do comércio mediterrânico.
Quando Vasco da Gama tinha cerca de dez anos, esses planos de longo prazo estavam perto de ser concretizados: Bartolomeu Dias tinha retornado de dobrar o Cabo da Boa Esperança, depois de explorar o "Rio do Infante" (Great Fish River, na actual África do Sul) e após ter verificado que a costa desconhecida se estendia para o nordeste.
Em simultâneo foram feitas explorações por terra durante o reinado de D. João II de Portugal, suportando a teoria de que a Índia era acessível por mar a partir do Oceano Atlântico. Pero da Covilhã e Afonso de Paiva foram enviados via Barcelona, Nápoles e Rodes até Alexandria, porta para Aden, Ormuz e Índia.
Faltava apenas um navegador comprovar a ligação entre os achados de Bartolomeu Dias e os de Pero da Covilhã e Afonso de Paiva, para inaugurar uma rota de comércio potencialmente lucrativa para o Oceano Índico. A tarefa fora inicialmente atribuída por D. João II a Estevão da Gama, pai de Vasco da Gama. Contudo, dada a morte de ambos, em julho de 1497 o comando da expedição foi delegado pelo novo rei D. Manuel I de Portugal a Vasco da Gama, possivelmente tendo em conta o seu desempenho ao proteger os interesses comerciais portugueses de depredações pelos franceses ao longo da Costa do Ouro Africana.
A chamada Primeira Armada da Índia seria financiada em parte pelo banqueiro florentino Girolamo Sernige.

A viagem
El-Rei Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado, dia 8 de julho de 1497, zarpou de Belém, em demanda da Índia.
Era uma expedição essencialmente exploratória, que levava cartas do rei D. Manuel I para os reinos a visitar, padrões para colocar, e que fora equipada por Bartolomeu Dias com alguns produtos que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local. O único testemunho presencial da viagem é consta num diário de bordo anónimo, atribuído a Álvaro Velho.
Contava com cerca de cento e setenta homens, entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro embarcações:
  • São Gabriel, uma nau de 27 metros de comprimento e 178 toneladas, construída especialmente para esta viagem, comandada pelo próprio Vasco da Gama;
  • São Rafael, de dimensões semelhantes à São Gabriel, também construída especialmente para esta viagem, comandada por Paulo da Gama, seu irmão; no regresso, com a tripulação diminuída, foi abatida em Melinde, prosseguindo na Bérrio e São Gabriel.
  • Bérrio, uma nau ligeiramente menor que as anteriores, oferecida por D. Manuel de Bérrio, seu proprietário, sob o comando de Nicolau Coelho;
  • São Miguel, uma nau para transporte de mantimentos, sob o comando de Gonçalo Nunes, que viria a ser queimada na ida, perto da baía de São Brás, na costa oriental africana.
A expedição partiu de Lisboa, acompanhada por Bartolomeu Dias que seguia numa caravela rumo à Mina, seguindo a rota já experimentada pelos anteriores exploradores ao longo da costa de África, através de Tenerife e do Arquipélago de Cabo Verde. Após atingir a costa da atual Serra Leoa, Vasco da Gama desviou-se para o sul, em mar aberto, cruzando a linha do Equador, em demanda dos ventos vindos do oeste do Atlântico Sul, que Bartolomeu Dias já havia identificado desde 1487. Esta manobra de "volta do mar" foi bem sucedida e, a 4 de novembro de 1497, a expedição atingiu novamente o litoral Africano. Após mais de três meses, os navios tinham navegado mais de 6.000 quilómetros de mar aberto, a viagem mais longa até então realizada em alto mar.A 16 de dezembro, a frota já tinha ultrapassado o chamado "rio do Infante" ("Great Fish River", na atual África do Sul) – de onde Bartolomeu Dias havia retornado anteriormente – e navegou em águas até então desconhecidas para os europeus. No dia de Natal, Gama e sua tripulação batizaram a costa em que navegavam o nome de Natal (actual província KwaZulu-Natal da África do Sul).
A 2 de março de 1498, completando o contorno da costa africana, a armada chegou à costa de Moçambique, após haver sofrido fortes temporais e de Vasco da Gama ter sufocado com mão de ferro uma revolta da marinhagem. Na costa Leste Africana, os territórios controlados por muçulmanos integravam a rede de comércio no Oceano Índico. Em Moçambique encontram os primeiros mercadores indianos. Inicialmente são bem recebidos pelo sultão, que os confunde com muçulmanos e disponibiliza dois pilotos. Temendo que a população fosse hostil aos cristãos, tentam manter o equívoco mas, após uma série de mal entendidos, foram forçados por uma multidão hostil a fugir de Moçambique, e zarparam do porto disparando os seus canhões contra a cidade.
O piloto que o sultão da ilha de Moçambique ofereceu para os conduzir à Índia havia sido secretamente incumbido de entregar os navios portugueses aos mouros em Mombaça. Um acaso fez descobrir a cilada e Vasco da Gama pôde continuar.
Na costa do actual Quénia a expedição saqueou navios mercantes árabes desarmados. Os portugueses tornaram-se conhecidos como os primeiros europeus a visitar o porto de Mombaça, mas foram recebidos com hostilidade e logo partiram.
Em fevereiro de 1498, Vasco da Gama seguiu para norte, desembarcando no amistoso porto de Melinde – rival de Mombaça – onde foi bem recebido pelo sultão que lhe forneceu um piloto árabe, conhecedor do Oceano Índico, cujo conhecimento dos ventos de monções permitiu guiar a expedição até Calecute, na costa sudoeste da Índia. As fontes divergem quanto à identidade do piloto, identificando-o por vezes como um cristão, um muçulmano e um guzerate. Uma história tradicional descreve o piloto como o famoso navegador árabe Ibn Majid, mas relatos contemporâneos posicionam Majid noutro local naquele momento.

Viagem de Vasco da Gama (a preto) e as viagens anteriores de Pero da Covilhã (laranja) e Afonso de Paiva (azul), com o caminho percorrido antes de se separarem (a verde)

Chegada à Índia
Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima de Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a Rota do Cabo e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
No dia seguinte à chegada, entre a multidão reunida na praia, foram saudados por dois mouros de Tunes (Tunísia), um dos quais dirigiu-se em castelhano «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.», conforme relatado por Álvaro Velho. Ao ver as imagens de deuses hindus, Gama e os seus homens pensaram tratar-se de santos cristãos, por contraste com os muçulmanos que não tinham imagens. A crença nos "cristãos da Índia", como então lhes chamaram, perdurou algum tempo mesmo depois do regresso.
Contudo, as negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, Samorim de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor de suas mercadorias, com os representantes do Samorim a escarnecerem das suas ofertas, e os mercadores árabes aí estabelecidos a resistir à possibilidade de concorrência indesejada. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o Samorim, em comparação com os bens de alto valor ali comerciados, o que gerou alguma desconfiança. Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias por baixo preço para poderem comprar pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino.
Por fim o samorim mostrou-se agradado com as cartas de D. Manuel I e Vasco da Gama conseguiu obter uma carta ambígua de concessão de direitos para comerciar, mas acabou por partir sem aviso após o Samorim e o seu chefe da Marinha Kunjali Marakkar insistirem para que deixasse todos os seus bens como garantia. Vasco da Gama manteve os seus bens, mas deixou alguns portugueses com ordens para iniciar uma feitoria.

Regresso a Portugal
Vasco da Gama iniciou a viagem de regresso a 29 de agosto de 1498. Na ânsia de partir, ignorou o conhecimento local sobre os padrões da monção que lhe permitiria velejar. Na Ilha de Angediva foram abordados por um homem que se afirmava cristão mas que se fingia de muçulmano ao serviço de Hidalcão, o sultão de Bijapur. Suspeitando que era um espião, açoitaram-no até que ele confessou ser um aventureiro judeu polaco no Oriente. Vasco da Gama apadrinhou-o, nomeando-o Gaspar da Gama.
Na viagem de ida, cruzar o Índico até à Índia com o auxílio dos ventos de monção demorara apenas 23 dias. A de regresso, navegando contra o vento, consumiu 132 dias, tendo as embarcações aportado em Melinde a 7 de janeiro de 1499. Nesta viagem cerca de metade da tripulação sobrevivente pereceu, e muitos dos restantes foram severamente atingidos pelo escorbuto, por isso dos 148 homens que integravam a armada, só 55 regressaram a Portugal. Apenas duas das embarcações que partiram do Tejo conseguiram voltar a Portugal, chegando, respectivamente em julho e agosto de 1499. A caravela Bérrio, sendo a mais leve e rápida da frota, foi a primeira a regressar a Lisboa, onde aportou a 10 de julho de 1499, sob o comando de Nicolau Coelho e tendo como piloto Pêro Escobar, que mais tarde acompanhariam a frota de Pedro Álvares Cabral na viagem em que se registou o descobrimento do Brasil em Abril de 1500.
Vasco da Gama regressou a Portugal em Setembro de 1499, um mês depois de seus companheiros, pois teve de sepultar o irmão mais velho Paulo da Gama, que adoecera e acabara por falecer na ilha Terceira, nos Açores. No seu regresso, foi recompensado como o homem que finalizara um plano que levara oitenta anos a cumprir. Recebeu o título de "almirante-mor dos Mares das Índia", sendo-lhe concedida uma renda de trezentos mil réis anuais, que passaria para os filhos que tivesse. Recebeu ainda, conjuntamente com os irmãos, o título perpétuo de Dom e duas vilas, Sines e Vila Nova de Milfontes.
Segunda viagem à Índia (1502)
A 12 de fevereiro de 1502, Vasco da Gama comandou nova expedição com uma frota de vinte navios de guerra, com o objetivo de fazer cumprir os interesses portugueses no Oriente. Fora convidado após a recusa de Pedro Álvares Cabral, que se desentendera com o monarca acerca do comando da expedição. Esta viagem ocorreu depois da segunda armada à Índia, comandada por Pedro Álvares Cabral em 1500, que, ao desviar-se da rota, descobrira o Brasil. Quando chegou à Índia, Cabral soube que os portugueses que haviam sido aí deixados por Vasco da Gama na primeira viagem para estabelecer um posto comercial haviam sido mortos. Após bombardear Calecute, rumou para o sul até Cochim, um pequeno reino rival, onde foi calorosamente recebido pelo Rajá, regressando à Europa com seda e ouro.
Gama tomou e exigiu um tributo à ilha de Quíloa na África Oriental, um dos portos de domínio árabe que haviam combatido os portugueses, tornando-a tributária de Portugal. Com ouro proveniente de 500 moedas trazidas por Vasco da Gama do régulo de Quíloa (actual Kilwa Kisiwani, na Tanzânia), como tributo de vassalagem ao rei de Portugal, foi mandada criar, pelo rei D. Manuel I para o Mosteiro dos Jerónimos, a Custódia de Belém.
Nesta viagem ocorreu o primeiro registo europeu conhecido do avistamento das ilhas Seychelles, que Vasco da Gama nomeou Ilhas Amirante (ilhas do Almirante) em sua própria honra.
Vasco da Gama partira com o objectivo de instalar o centro português e uma feitoria em Cochim, após esforços consecutivos de Pedro Álvares Cabral e João da Nova. Bombardeou Calecute e destruiu postos de comércio árabes.
Depois de chegar ao norte do Oceano Índico, Vasco da Gama aguardou até capturar um navio que retornava de Meca, o Mîrî, com importantes mercadores muçulmanos, apreendendo todas as mercadorias e incendiando-o. Ao chegar a Calecute, a 30 de outubro 1502, o Samorim estava disposto a assinar um tratado, num acto de ferocidade que chocou até os cronistas contemporâneos, que o consideraram um acto e vingança pelos portugueses mortos em Calecute da sua primeira viagem.
Em 1 de março de 1503 inicia-se a guerra entre o Samorim de Calecute e o Rajá de Cochim. Os seus navios assaltaram navios mercantes árabes, destruindo também uma frota de 29 navios de Calecute. Após essa batalha, obteve então concessões comerciais favoráveis do Samorim. Vasco da Gama fundou a colónia portuguesa de Cochim, na Índia, regressando a Portugal em Setembro de 1503. Vasco da Gama voltou a pátria em 1513 e levou vida retirada, em Évora, apesar da consideração de que gozava junto de El-Rei.

Armas de D. Vasco da Gama, Almirante da Índia, in Livro do Armeiro-Mor 
(armas dos condes da Vidigueira e marqueses de Nisa)
Terceira viagem à Índia (1524) Em 1519 foi feito primeiro Conde da Vidigueira pelo rei D. Manuel I, com sede num terreno comprado a D. Jaime I, Duque de Bragança, que a 4 de novembro cedera as vilas da Vidigueira e Vila de Frades a Vasco da Gama, seus herdeiros e sucessores, bem como todos os rendimentos e privilégios relacionados, sendo o primeiro Conde português sem sangue real.
Tendo adquirido uma reputação de temível "solucionador" de problemas na Índia, Vasco da Gama foi enviado de novo para o subcontinente indiano em 1524. O objectivo era o de que ele substituísse Duarte de Meneses, cujo governo se revelava desastroso, mas Vasco da Gama contraiu malária pouco depois de chegar a Goa. Como vice-rei atuou com rigidez e conseguiu impor a ordem, mas veio a falecer na cidade de Cochim, na véspera de Natal em 1524.Foi sepultado na Igreja de São Francisco (Cochim). Em 1539 os seus restos mortais foram transladados para Portugal, mais concretamente para a Igreja de um convento carmelita, conhecido actualmente como Quinta do Carmo (hoje propriedade privada), próximo da vila alentejana da Vidigueira, como conde da Vidigueira de juro e herdade (ou seja, a si e aos seus descendentes) desde 1519.
Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos, que foram construídos logo após a sua viagem, com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões. Há quem defenda, porém, que os ossos de Vasco da Gama ainda se encontram na vila alentejana. Como testemunho da trasladação das ossadas, em frente à estátua do navegador na Vidigueira, existe a antiga Escola Primária Vasco da Gama (cuja construção serviu de moeda de troca para obter permissão para efectuar a trasladação à época), onde se encontra instalado o Museu Municipal de Vidigueira.

Túmulo de D. Vasco da Gama, Almirante da Índia e 1.º conde da Vidigueira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Chet Baker nasceu há 84 anos

Chesney Henry "Chet" Baker, Jr. (Yale, Oklahoma, 23 de dezembro de 1929Amesterdão, 13 de maio de 1988) foi um trompetista e cantor de jazz norte-americano.
Criado até aos dez anos numa fazenda de Oklahoma, partiu para Los Angeles no final dos anos 30, quando começou a estudar teoria musical. Chet Baker sempre foi influenciado por seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem ganhou, aos 10 anos de idade, um trombone. Amante do jazz, não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do género logo no seu primeiro disco.
Ainda bem jovem, passou a integrar grupos de renome da música americana da época. Os seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso's Band e com Stan Getz, porém Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird), em 1951, para uma série de apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos. Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, por causa dos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou tendo vida curta, sustentando-se por menos de um ano. Mas o talento de Chet logo o transformaria em ídolo, por toda a América e pela Europa.
Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas etapas: a fase cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico, e a outra, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente.
Avesso a partituras, Chet não deixou, entretanto, de integrar as big bands americanas. Era dotado de extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. Possivelmente, exerceu grande influência em alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto e Carlos Lyra, embora alguns, como o contrabaixista Sizão Machado, por exemplo, acreditem que a bossa nova é que teria influenciado os músicos americanos - e não o contrário.
Para tocar as músicas, Chet apenas pedia o tom. Económico nas notas (ao contrário de outros trompetistas, como Dizzy Gillespie, que preferiam o virtuosismo), improvisava com sentimento. Certo dia, deram-lhe o tom errado de uma música de propósito, e mesmo assim Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmónico. Valorizava as frases melódicas com notas longas e encorpadas, o que acabou lhe valendo o rótulo de cool.
No começo dos anos 1960, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, instrumento de timbre macio e aveludado.
No entanto, sua gloriosa trajetória na música não lhe rendeu uma vida segura, afastada de problemas. Por causa do seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína (durante as suas crises de abstinência, que eram monitorizadas por médicos, usava metadona), Chet foi preso muitas vezes. Conta-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas. Este episódio provocou-lhe a perda de vários dentes.
Para alguns especialistas, as falhas em sua arcada dentária teriam contribuído para prejudicar sua performance. Contudo, para outros, contraditoriamente, tal facto teria obrigado o músico a enveredar pelas nuances do instrumento, alcançando, deste modo, sonoridades ímpares e inconfundíveis.
Em maio de 1983, durante uma de suas inúmeras viagens à Holanda, produziu gravações com o pianista Michael Graillier e com o baixista italiano Ricardo Del Fra, parceiro do baterista brasileiro Afonso Vieira.
Em 1985, Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações, na primeira edição do Free Jazz Festival. A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja (com quem Chet já havia gravado um disco no início dos anos 1980 - Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), pelo baixista Sizão Machado, pelo baterista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. A primeira apresentação, no Hotel Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, foi considerada magnífica por muitos e decepcionante por alguns, mas a apresentação em São Paulo, igualmente tida por alguns como um sucesso e por outros como decepcionante, quase entra para a história do jazz pelo pior motivo: depois do espetáculo, já no seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet roubou a mala do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam sendo administradas para controlar as crises de abstinência. Chet teve uma overdose e quase morreu.
Naquele mesmo ano, em Roma, o trompetista iniciou, com Rique Pantoja, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker (WEA, Musiquim), que terminariam em São Paulo, no ano de 1987. O LP foi um sucesso de crítica.
Chet Baker morreria aos 58 anos, em Amesterdão, de forma trágica e misteriosa: na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do hotel. Ainda hoje há controvérsia sobre a causa da sua morte - acidente ou suicídio.
Foi sepultado no Inglewood Park Cemetery, em Los Angeles.


A Rainha Sílvia da Suécia faz hoje 70 anos!

Rainha Sílvia da Suécia, nascida Silvia Renate Sommerlath (Heidelberg, 23 de dezembro de 1943) é a rainha consorte do rei Carlos XVI Gustavo da Suécia. Chamada de Sua Majestade A Rainha, Silvia é a mãe da herdeira ao trono da Suécia, Princesa Herdeira, Vitória.

Silvia Renate Sommerlath nasceu em Heidelberg, Alemanha, no dia 23 de dezembro de 1943. É a mais nova de três crianças, filha do empresário alemão Walther Sommerlath (que tornou-se presidente da subsidiária brasileira da metalúrgica Uddeholm) e da brasileira Alice Soares de Toledo. O seu avô materno foi Artur Floriano de Toledo (1873-1935), um descendente do Rei Afonso III de Portugal e sua amante, Maria Peres de Enxara. A rainha tem dois irmãos: Ralf e Walther Sommerlath e o seu terceiro irmão, Jörg Sommerlath, faleceu em 2006. A família Sommerlath viveu em São Paulo, Brasil, entre 1947 e 1957, onde Silvia estudou no tradicional colégio alemão do Visconde de Porto Seguro. A família regressou à Alemanha Ocidental em 1957.

Em 1963 completou seus estudos secundários em Düsseldorf. Em 1969 graduou-se em interpretação em Munique, especializada em língua espanhola.
No início dos anos 1970 trabalhou no consulado argentino em Munique, durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972. Trabalhou como diretora de protocolo dos Jogos de Inverno em Innsbruck, na Áustria, e, brevemente, como comissária de bordo.
Intérprete, Sílvia fala seis línguas: sueco, alemão, francês, espanhol, português e inglês. Além disso, é fluente na língua de sinais para deficientes auditivos.

Durante os Jogos Olímpicos de Munique em 1972, Sílvia Sommerlath conheceu o então Príncipe Herdeiro, Carlos Gustavo da Suécia. Numa entrevista seguinte, o futuro rei lhe disse que eles combinavam bem.

Com a morte do rei Gustavo VI Adolfo da Suécia em 14 de setembro de 1973, Carlos Gustavo foi coroado Rei, cinco dias depois. Ele e Sílvia anunciaram o seu noivado em 12 de março de 1976.

Casaram-se três meses mais tarde, em 19 de junho, na Catedral Storkyrkan, Estocolmo. Foi o primeiro casamento de um monarca sueco reinante desde 1797. Se eles tivessem casado durante o reinado do Rei Gustavo VI Adolfo da Suécia, ele perderia o direito ao trono sueco.

Em celebração ao casamento, foi realizado um baile de gala no dia 18 de junho de 1976, com a presença do rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, a futura rainha Sílvia e seus pais, Walther e Alice. O famoso grupo pop ABBA executou a música Dancing Queen na televisão sueca uma noite antes da cerimónia. A música não foi composta em homenagem à futura rainha, segundo os integrantes, mas foi um dos pontos altos da festa.

Descendência
O Rei e a Rainha da Suécia têm três filhos:
O Príncipe Carlos Filipe nasceu Príncipe Herdeiro, mas, com a reforma constitucional, a sua irmã mais velha passou a ser a primeira na linha de sucessão.
Segundo Sílvia, os filhos foram educados como crianças comuns, apesar dos títulos de Alteza Real e dos compromissos com o trono sueco. Até a educação secundária, os príncipes estudaram em escolas públicas. A educação da Princesa Victoria foi mais intensa, em função da responsabilidade que terá como futura monarca, mas a base psicológica repassada por Sílvia a todos os filhos foi fundamental para a princesa herdeira.
Por ter morado aproximadamente dez anos no interior de São Paulo, Brasil, a Rainha Sílvia e o Rei Carlos Gustavo promoveram aos filhos uma vida mais próxima ao campo. Assim, deram-lhes o respeito à natureza e à vida simples.

Culta, elegante, educada e reconhecida pela simplicidade e simpatia, a Rainha Sílvia é admirada não apenas pelo cumprimento das suas atribuições, mas também pelo empenhamento em projetos sociais importantes. Em 1999, Sílvia da Suécia fundou a World Childhood Foundation, com o objetivo de promover melhores condições de vida e de defesa do direito das crianças contra a pobreza e o abuso sexual. A instituição está presente em quatorze países e realiza mais de cem programas.
A 13 de janeiro de 1987 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e a 2 de maio de 2008 recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Brasão da Rainha Sílvia

O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 40 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de pouso na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em sua homenagem.


Known objects in the Kuiper belt, derived from data from the Minor Planet Center. Objects in the main belt are colored green, whereas scattered objects are colored orange. The four outer planets are blue. Neptune's few known trojans are yellow, whereas Jupiter's are pink. The scattered objects between Jupiter's orbit and the Kuiper belt are known as centaurs. The scale is in astronomical units. The pronounced gap at the bottom is due to difficulties in detection against the background of the plane of the Milky Way.

A Cintura de Kuiper, também chamada Cintura de Edgeworth ou Cintura de Edgeworth-Kuiper, é uma área do sistema solar que se estende desde a órbita de Neptuno (a 30 UA do Sol) até 50 UA do Sol. Os objetos do cinturão de Kuiper são comumente chamados de KBO (Kuiper Belt Object).
A sua existência foi sugerida por Gerard Kuiper (1905-1973) em 1951. Em 1993, Miles Standish reanalisou os dados, e descobriu que a anomalia era menor. No entanto, desde a descoberta de 1992 QB1 - o primeiro objeto nesta região -, já foram catalogados mais de mil outros pequenos objetos transneptunianos. Acredita-se que nesta região existam mais de 100 mil pequenos corpos celestes.
Este cinturão possui milhares de pequenos corpos, estes com formação semelhante à dos cometas. A diferença é que estes pequenos corpos nunca volatizaram os seus gelos, de maneira que não possuem nem coma nem cauda, isso se dá por eles estarem orbitando longe do calor do Sol.
Destes, são conhecidos doze com diâmetro de quase ou mais de 1000 km inclusive um que é definitivamente maior que Plutão (embora haja incertezas de 10-15%):
Natureza dos KBO's
A origem da cintura de Kuiper é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa protossolar que deu origem aos planetas. Os KBO's são rochas congeladas contendo metano, amónia e água, com tamanhos que podem variar de 100 a 1000 km, com alguns maiores que isto. Estima-se que no passado eram maiores e mais numerosos, mas interacções com os planetas (principalmente Neptuno) e colisões mútuas acabaram por expulsar boa parte deles, seja em direção ao Sol ou planetas internos, como Júpiter, seja para regiões externas do Sistema Solar, para região da nuvem de Oort.

Classificação dos KBO's
Existem 3 categorias de KBO's:
  • Clássicos: cerca de 2/3 do total de KBO's. Possuem órbitas mais estáveis com baixa excentricidade orbital e localizados entre 42 e 47 u.a.
  • Plutinos: cerca de 1/3 do total. Apresentam ressonância 3:2 com o planeta Neptuno
  • Espalhados: apresentam órbitas altamente inclinadas e excêntricas e são a possível origem dos cometas de curto período
Representação artística da Nuvem de Oort e da cintura de Kuiper
 

Tim Hardin morreu há 33 anos

Tim Hardin (23 de dezembro de 1941 - 29 de dezembro de 1980) foi um compositor e cantor de música folk que fez parte da cena musical de Greenwich Village nos anos 60.

Hardin nasceu em Eugene, Oregon. Aos 18 anos de idade saiu da escola para se alistar na marinha norte-americana. Depois de dispensado, mudou-se para Nova Iorque, em 1961, onde frequentou brevemente a Academia Americana de Artes Dramáticas, de onde saiu por não ser bom ator, passando a focar a sua carreira na música, ao começar a apresentar-se em Greenwich Village, tocando blues.
Depois de se mudar para Massachusetts, Boston, em 1962, Hardin foi descoberto pelo produtor Erik Jacobson, que arranjou uma reunião com a Columbia Records. Em 1964 ele volta à Greenwich para gravar o seu primeiro disco. A Columbia não gostou do resultado final, e só lançaria o disco depois da aparição de Hardin no Festival de Woodstock, em 1969.
O seu primeiro álbum, Tim Hardin 1, foi lançado em 1966, pela Verve Records. Mostrava uma transformação do seu estilo tradicional de blues para o folk, que definiria o resto da sua carreira. Este LP continha a canção "Reason to Believe", que seria um sucesso na voz Rod Stewart anos mais tarde. Tim Hardin 2 foi lançado em 1967 e apresentava a sua música mais famosa, "If I Were a Carpenter". Hardin não fez turnê para divulgar o disco; o seu vício em heroína e o medo dos palcos fazia com que seus shows fossem bastante raros e erráticos. Tim Hardin 3, lançado em 1968, apresentava gravações ao vivo, assim como novas versões de músicas suas antigas.
Nos anos seguintes Hardin revezou-se entre a Inglaterra e os Estados Unidos. O vício em heroína já havia tomado controle da sua vida na altura do lançamento do seu último álbum, Tim Hardin 9, em 1973. Ele morreu a 23 de dezembro de 1980, em Los Angeles, Califórnia, com uma overdose de heroína e morfina. Foi sepultado no Twin Oaks Cemetery, Turner, Oregon, no Estados Unidos.


Dave Murray, guitarrista dos Iron Maden, faz hoje 57 anos

David Michael Murray (Londres, 23 de dezembro de 1956) é um guitarrista britânico. Desde 1976 integra a banda de heavy metal Iron Maiden. É considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas atualmente.

Biografia
Dave, assim chamado pelos seus fãs, tem duas irmãs, Pauline (seis anos mais velha) e Janet (três anos mais nova). O sobrenome Murray tem origem na mistura de sangue irlandês e escocês da família do pai de Dave. A mãe de Dave costumava trabalhar como empregada de limpezas a meio tempo, enquanto que seu pai se tinha reformado precocemente, devido a doença. O dinheiro entrava irregularmente e, como resultado, a família vivia mudando de casa em casa pela região. Frustração e pobreza levavam os pais de Dave a disputas familiares. Quando isso ocorria a mãe de Dave levava as crianças para a casa do Exército da Salvação mais próximo, onde costumavam passar semanas protegidos dos ocasionais ataques de fúria do pai.
O jovem Dave logo se interessou por música, chegando mesmo a fazer uma guitarra de cartolina para fazer mímica com os discos dos Beatles das irmãs. Também arriscava brincar com o piano de um bar que ficava na parte de baixo de um apartamento em que moraram durante algum tempo. Em 1970 a sua família finalmente arranjou uma moradia mais definitiva em Clapton. E, assim como seu futuro companheiro Steve Harris e muitos outros adolescentes do East End, durante algum tempo Dave foi um skinhead. Ao contrário de Steve, no entanto, ele adotou o corte de cabelo típico da época. E estava, regularmente, "metendo-se em confusão - lutas de rua e coisas similares". Durante quase dois anos Dave viveu a movimentada vida de turbulência urbana, antes que fosse para o extremo oposto. Nesta época, também num paralelo à de um futuro colega, Steve Harris, Dave estava ouvindo muito reggae com os seus amigos skinheads. O momento que mudou completamente a vida de Dave e que o levou a ter uma carreira que parecia impossível na sua época de botas cardadas e cabeça rapada ocorreu aos 15 anos, quando ele ouviu pela primeira vez a música Voodoo Child (Slight Return), de Jimi Hendrix, na rádio. O amor de Dave pelo rock abrangeu tudo que se referia à chamada "cultura" do assunto: Dave deixou o seu cabelo crescer muito (o que trouxe muitas piadas dos seus antigos amigos skinheads), adotou roupas hippies e passou a ler a bíblia do rock da época, o jornal Melody Maker. Começou também a frequentar shows e a sair com um novo bando de amigos, sendo que o mais chegado deles era um rapaz chamado Adrian Smith. Na época que deixou a escola aos 15 anos, Dave já tinha descartado a ideia de encontrar "um trabalho sério". Ao invés disso queria uma carreira como guitarrista, sonhando com o sucesso. Adrian diz que já naquele tempo ele era uma espécie de rock star da zona: ele tocava já há uns oito meses e tinha aperfeiçoado alguns acordes e todo mundo estava muito impressionado.

Carreira
O seu primeiro grupo foi um trio chamado Stone Free (nome tirado de uma música de Jimi Hendrix, claro) que ele e Adrian formaram com um outro colega de escola. Dave e Adrian continuaram tocando juntos em vários conjuntos mais ou menos improvisados até ao final da adolescência, escrevendo algumas canções de vez em quando e conversando muito sobre o que fariam se conseguissem sucesso. Mas havia uma diferença: Adrian era mais voltado para a composição e queria ter a sua própria banda, sempre. Dave, ao contrário, vivia fazendo testes para outras bandas, ansioso para alcançar o seu objetivo de viver da música. Como resultado destes, Dave recebeu convite para entrar numa banda chamada Electric Gas.
Logo depois apareceu outro "um tipo de banda meio doida de punk", chamado The Secret. Com eles Dave gravou a primeira música, chamada 'Café De Dance' e saiu em um disco através de um selo independente. De qualquer modo Dave deixou os The Secret pouco depois do compacto ter sido lançado. Isso ocorreu depois dele encontrar duas figuras interessantes que buscavam um guitarrista: uns certo Dennis Wilcock (com quem já tinha tocado em outra banda, o Warlock) e um novato chamado Steve Harris. Naquele tempo a banda, que viria a ser os Iron Maiden, estava usando o trailer de um namorado da irmã de Steve, Linda, que o tinha emprestado para que pudessem fazer testes dos novos membros. Naquela época a banda ficou com apenas um guitarrista durante um bom tempo, logo após a saída dos dois membros originais, Sullivan e Rance. Mas haveria um problema no caminho. Embora impressionados com o estilo de Dave tocar, alguns meses depois houve uma briga entre Dennis e Murray.
O que Dave fez foi juntar-se a outra banda que começava a despontar no mesmo circuito do East End que fazia a fama do Iron - os Urchin. Liderada pelo seu antigo amigo Adrian Smith. Os Urchin tinham assinado como o pequeno selo DJM, que previa dois compactos, mais uma opção de um LP. O seu primeiro single 'Black Leather Fantasy' já tinha sido gravado, mas ainda não tinha sido lançado. Valentemente a banda voltou aos estúdios com Dave para fazer o segundo, que tinha o título de 'She's a Roller', que só chegaria às lojas em 1980.

Iron Maden
Enquanto isso as coisas na banda Iron Maiden estavam indo de mal a pior, com mudanças constantes, entrada de pessoas que não conseguiam fazer o som que Steve Harris queria e coisas similares, culminando com a inesperada saída de Dennis Wilcock na véspera de uma importante apresentação. A situação estava tão má que Harris resolveu recomeçar tudo do zero. Uma vez tomada esta decisão a primeira coisa em que pensou foi em buscar as pessoas certas. E Dave era uma delas. Os novos Iron Maden começariam ali, e Steve jamais deixaria Dave sair do barco.
Conjuntamente com bandas como Saxon, Def Leppard, Samsom, entre outras, os Iron Maiden lideraram a New Wave of British Heavy Metal. Após dezenas de mudanças de formação em 1978, os Iron Maiden estavam estabilizados, com Steve Harris no baixo, Dave Murray na guitarra, Paul Di'Anno nos vocais e Doug Sampson na bateria. Esta formação gravaria o compacto "Soundhouse Tapes", com as músicas "Prowler", "Invasion" e "Iron Maiden". O single vendeu mais de três mil copias e despertou o interesse da gravadora EMI sobre a banda, que assinou contrato em 1979, participando de algumas coletâneas e lançando o single "Running Free". Com o novo guitarrista Dennis Straton e Clive Burr na bateria, em 1980 a banda lança o seu primeiro disco e começa a conquistar o mundo. Logo depois do primeiro disco o guitarrista Dennis Straton foi substituído por Adrian Smith, e em 1981, lançaram Killers.
Em 1982, aconteceu uma das principais mudanças, o vocalista Paul Di'Anno abandonou a banda e foi substituído por Bruce Dickinson, que comandou os Iron Maiden durante a sua melhor fase. Nesse mesmo ano, essa formação lançou The Number of the Beast, um dos mairores clássicos da história do Heavy Metal, além da faixa título, foram sucessos "Run To The Hills", "Hallowed Be Thy Name", entre outras...
Já consagrado pelo público, em 1983, mais uma mudança, agora na bateria, sai Clive Burr e entra Nicko McBrain, e o lançamento de Piece Of Mind, e mais um sucesso. Essa formação, que foi a que durou mais tempo até hoje, ainda lançaria os bem sucedidos, Powerslave (1984), Live After Death (1985), que é o primeiro ao vivo oficial, Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988).
Em 1989, saiu o guitarrista Adrian Smith e entrou Janick Gers, para o lançamento de No Prayer for the Dying (1990) e outro clássico do Heavy Metal Fear of the Dark (1992), que também rendeu diversos sucessos...
Em 1993, foi um festival de discos ao vivo, A Real Live One e A Real Dead One, que hoje são comercializados como um só, com o nome de A Real Live Dead One, e o Live at Donington, gravado no maior festival de Heavy Metal do mundo. Ainda em 1993 aconteceu o inesperado, o vocalista Bruce Dickinson abandonou a banda, para fazer uma carreira a solo. Para o seu lugar foi organizado uma disputa mundial, com os melhores vocalistas do mundo. O brasileiro André Mattos (Ex-Angra e Viper) foi um dos concorrentes e acabou em 3º, sendo o vencedor Blaze Bayley, vindo da banda inglesa Wolfsbane.
Com essa formação lançaram em 1995 The X Factor, que não agradou muito os fãs, por causa da voz do vocalista... Em 1996 lançaram Best of the Beast uma coletânea com os maiores sucessos, desde o compacto "Soundhouse Tapes", até "The X Factor". Em 1998 lançaram The Virtual XI, que agradou um pouco mais aos fãs.
Em 1999 aconteceu o que a maioria dos fãs queriam, Blaze Bayley é dispensado da banda, por causa das críticas e da diferença no timbre vocal. Para o seu lugar volta Bruce Dickinson e com ele vem o guitarrista Adrian Smith, outro ex-Iron Maiden. Agora é um sexteto, com 3 guitarras... Nesse mesmo ano, em comemoração as voltas é lançado o jogo "Ed-Hunter", que inclui uma coletânea com as 20 músicas mais votadas no site oficial. Em 2000, é lançado o primeiro álbum oficial com o sexteto, Brave New World, que foi muito bem aceite pelos fãs e critica.
Em 2002 houve diversos lançamentos: o ao vivo Rock in Rio; a coletânea Edward the Great e a caixa Eddie's Archive, contendo três discos de raridades: "BBC Archive"; "Beast Over Hammersmith"; "Best Of The B'Sides".


Há 41 os últimos sobreviventes da Tragédia dos Andes foram resgatados

Foto do memorial no local do acidente

O Voo da Força Aérea Uruguaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de Rugbi, seus amigos, familiares e associados que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros de altitude. Diante da fome e notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

Cronologia
  • Quinta-feira, 12 de outubro - Dia 0 (zero)
  • Avião parte com 40 passageiros e cinco tripulantes.
  • Sexta-feira, 13 de outubro - Dia 1
  • O avião cai às 15.32 horas. 6 passageiros são ejetados e seis morreram no acidente. Há 33 sobreviventes.
  • Sábado, 14 outubro - Dia 2
  • Mais 5 pessoas morrem durante o dia e noite. (Mortos: 10, em falta: 7, Sobreviventes: 28).
  • Sábado, 21 de outubro - Dia 9
  • Susana Parrado morre. (Mortes: 11, Desaparecidos: 7, Sobreviventes: 27).
  • Domingo, 22 de outubro - Dia 10
  • Através de um radio os sobreviventes descobrem que as buscas por eles foram canceladas,e que todos foram dados por mortos. No mesmo dia os sobreviventes começam a praticar antropofagia.
  • Sábado, 28 de outubro - Dia 12
  • Uma expedição localiza 6 de 7 em falta, falta encontrar Carlos Valeta. (Mortes: 17, em falta: 1, Sobreviventes: 27)
  • Terça-feira, 31 de outubro - Dia 17
  • 8 pessoas mortas pela avalanche. (Mortes: 26, Sobreviventes: 19).
  • Quarta-feira, 15 de novembro - Dia 34
  • Arturo Nogueira morre. (Mortes: 27, Sobreviventes: 18).
  • Sábado, 18 de novembro - Dia 37
  • Morre Rafael Echavarren. (Mortes: 28, Sobreviventes: 17).
  • Segunda-feira, 11 de dezembro - Dia 60
  • Numa Turcatti morre. (Mortes: 29, Sobreviventes: 16).
  • Terça-feira, 12 de dezembro - Dia 61
  • Antonio Vizintin,Parrado e Canessa iniciam a expedição para sair dos Andes e procurar ajuda.
  • Quinta-feira,15 de dezembro - Dia 63
  • 3 dias depois do início da expedição, Antonio Vizintin, Parrado e Canessa descobrem que a expedição de fuga deve demorar mais que o esperado, Vizintin dá as suas roupas extras e alimento aos seus amigos e regressa à fuselagem; Parrado e Canessa prosseguem com a expedição.
Parrado e Canessa com Sergio Caralan
    • Quarta-feira, 20 de dezembro - Dia 69
    • Sergio Catalán localiza Canessa e Parrado após 10 dias de caminhada.
    • Quinta-feira, 21 de dezembro - Dia 70
    • Parrado e Canessa são salvos. (Salvos: 2, Sobreviventes: 14)
    • Sexta-feira, 22 dezembro - Dia 71
    • 6 sobreviventes são resgatados. Os 8 restantes terão de esperar mais uma noite. (Salvos: 8, Sobreviventes: 8)
    • Sábado, 23 de dezembro - Dia 72
    • Os oito sobreviventes são resgatados. (Salvos: 16)
      Mapa que mostra a rota de fuga de Nando Parrado e Roberto Canessa

      in Wikipédia

      O penúltimo Duque de Bragança morreu há 37 anos

      (imagem daqui)

      D. Duarte Nuno de Bragança (nome completo: Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança; Seebenstein, 23 de setembro de 1907 - Ferragudo, 23 de dezembro de 1976), reivindicou ser o 23° Duque de Bragança e o herdeiro presuntivo do trono de Portugal. Era filho de D. Miguel II de Bragança e de D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

      (...)

      Em 1942, casou-se no Brasil, com D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, bisneta de Dom Pedro II, último imperador do Brasil (1825–1891), e neta da última princesa imperial, D. Isabel de Bragança e do príncipe imperial consorte, D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu. Através deste casamento, uniram-se os dois ramos da família. O casal teve três filhos:
      1. D. Duarte Pio de Bragança (Berna, 15 de maio de 1945), duque de Bragança.
      2. D. Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946), Infante de Portugal e duque de Viseu.
      3. D. Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 1949), Infante de Portugal e duque de Coimbra.