sábado, abril 25, 2009

Celebrar a utopia - recordar o 25 de Abril enquanto o Big Brother ainda deixa


Utopia - José Afonso

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?


ADENDA: aqui fica outra versão, do sobrinho João Afonso, completa e em vídeo galego:

25.04.1974

Celebremos o dia de hoje, enquanto ainda nos deixam, com poesia:



25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, abril 24, 2009

Contabilidade final - Açores

Com excepção do caso dos colegas que acabaram por faltar (por doença de um participante...) as contas finais ficam aqui:


Devem verificar se tudo está correcto para depois passarmos ao acerto final de contas...

quinta-feira, abril 23, 2009

Os casos isolados do Ministério da Educação

Sintra: DREL diz que incidente com alunos na escola Matias Aires foi acto isolado

O incidente ocorrido hoje na escola Matias Aires, em Agualva, onde um aluno foi esfaqueado por outro, "foi um acto isolado que resulta da violência dos bairros", disse fonte da Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL).

"Dentro da escola é um acto pontual, muito raramente isto acontece. Aquilo é o resultado da vida que os miúdos trazem dos bairros onde moram", disse a mesma fonte.

Segundo a fonte da DREL, o incidente de hoje é o resultado "da violência que existe fora da escola, entre grupos de diferentes bairros", e adiantou que o jovem esfaqueado sofreu somente "um corte superficial". "São questões de relacionamento entre os grupos de miúdos de diferentes bairros", acrescentou.

Dois alunos ficaram hoje feridos, um deles esfaqueado nas costas, na sequência de um conflito entre grupos na escola Matias Aires. Segundo fonte policial, as agressões ocorreram dentro do recinto escolar, em dois locais distintos. "O agressor foi ouvido, libertado e o caso baixou a inquérito", disse a fonte policial, acrescentando que os dois alunos feridos deverão ter alta muito em breve.


Hoje mais um daqueles casos isolados que, a custo, o Ministério da Educação envergonhadamente comenta. Desta vez foi apenas um caso de esfaqueamento numa Escola pública. Mas, um dia destes, será um assassinato. E aí cairá a máscara da Ministra da Educação e de todos os mentirosos que, criminosamente, colaboram com esta megafraude portuguesa.

À família do aluno ferido e à comunidade da Escola (alunos, pais e encarregados de educação, funcionários e docentes) os nossos votos de este caso não fique impune e sirva para alguma coisa. A todos aqueles que vão furando a peneira com que nos querem aldrabar, o nosso obrigado...

PS - já fui professor de PIEF's, de Currículos Alternativos, de CEF's e afins - só quem nunca foi agredido, cuspido, alvo de ameaças, obrigado a apreender armas brancas, confrontado com consumos de drogas, enojado com casos de pedofilia contados por alunos, como eu já fui (e, ainda por cima, numa pequena cidade como é a minha...), percebe a ironia de se falar em casos isolados de violência nas escolas portuguesas.

Dia do Livro

Os livros sábios,JONATHAN WOLSTENHOLME


Com uma poesia aparentemente contrária ao espírito do dia, de Fernando Pessoa e magistralmente declamada por João Villaret, celebremos o Dia do Livro:


Liberdade - João Villaret

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Dia de São Jorge


Chris de Burgh - Rose Of England

Hear my voice and listen well, and a story I will tell,
How duty brought a broken heart, and why a love so strong
Must fall apart;

She was lovely, she was fine, daughter of a royal line,
He, no equal, but for them it mattered little for they were in love;

Rose of England, sweet and fair, shining with the sun,
Rose of England, have a care, for where the thorn is,
There the blood will run;

Oh my heart, oh my heart;

Through the summer days and nights, stolen kisses and delights
Would thrill their hearts and fill their dreams with all emotions
That true love can bring;

But black of mourning came one day, when her sister passed away,
And many said on bended knee, she has gone, and you must be our Queen;
[ Find more Lyrics at www.mp3lyrics.org/CKL ]

Rose of England, sweet and fair, shining with the sun,
Rose of England, have a care, for where the thorn is,
There the blood will run;

Oh my heart, oh my heart;

To the abbey she did ride, with her lover by her side,
When they heard the church bells ring, she was Queen
And one day, he'd be King;

But men of malice, men of hate, protesting to her chambers came,
"A foreign prince will have your hand, for he'll bring peace
And riches to our land;"
She said, "Do you tell me that I cannot wed the one I love?
Do you tell me that I am not mistress of my heart?"

And so with heavy weight of life she kissed her lover one last time,
"This land I wed, and no man comes, for if I
cannot have you, I'll have none;"

Rose of England, sweet and fair, shining with the sun,
Rose of England have a care, for where the thorn is,
There the blood will run;

Oh my heart, oh my heart.

O sismo que destruiu Benavente foi há 100 anos



23 de Abril de 1909, 17.05 horas

Forte abalo sísmico arrasa parte do Ribatejo, fazendo sentir-se em todo o país. Benavente, Samora Correia, Santo Estêvão e Salvaterra de Magos ficam destruídas. Em Benavente não fica uma casa de pé.

Interrompidas as comunicações telegráficas, as primeiras notícias do ocorrido em Benavente chegam a Santarém através de um lavrador que aí se dirige de automóvel.

A população em pânico começa a juntar-se no largo do Chaveiro.

Cerca das 23 horas começam a chegar automóveis de Santarém com o Governador Civil, o chefe da polícia, guardas cívicos e bombeiros.

De Lisboa seguem médicos e “artigos de penso”.

O balanço é de 24 mortos em Benavente e 15 em Samora Correia.

Ao longo da noite ouvem-se fortes e prolongados ruídos subterrâneos.

(in “Estudo Histórico e Descritivo de Benavente”, de Rui de Azevedo - via Blog Comunicação & Divulgação - Museu Municipal de Benavente)

A loucura do dia-a-dia

Ando tão cansado que só penso adiar tudo o que posso. Infelizmente muitos dos meus compromissos são inadiáveis - isto de ser Presidente do Conselho Geral Transitório (a concluir o novo Regulamento Interno de um Agrupamento de Escolas e ainda a seleccionar o Director para quatro anos), de ser Coordenador do Xadrez e responsável da página do Desporto Escolar de Leiria, de ser professor de 5 turmas, de dar aulas de Xadrez a cerca de 40 miudos e ainda ser Pai e Marido, torna as coisas mais difíceis.
Assim cá vou fazendo uma coisa de cada vez, enquanto aguento. E aqueles que esperam por novos posts e novas fotos (v.g. a malta da Acção dos Açores) fiquem sabendo que as contas estão feitas e que, logo que possa, publicarei uma série de materiais que adorarão, logo que tenha três ou quatro horas livres (o que será difícil nos próximos tempos - esta semana inclui um Torneio de Xadrez inter escolas de Leiria e ainda um Regional, com uma dormida fora, no fim-de-semana...).

quarta-feira, abril 22, 2009

Dia da Terra


Hoje é o Dia da Terra. Celebremos a data com um telúrico poema de um médico transmontano enxertado em Coimbra e que, como nós, sendo das Ciências, amava a Terra e a Poesia...

A terra

Também eu quero abrir-te e semear
Um grão de poesia no teu seio!
Anda tudo a lavrar,
Tudo a enterrar centeio,
E são horas de eu pôr a germinar
A semente dos versos que granjeio.

Na seara madura de amanhã
Sem fronteiras nem dono,
Há de existir a praga da milhã,
A volúpia do sono
Da papoula vermelha e temporã,
E o alegre abandono
De uma cigarra vã.

Mas das asas que agite,
O poema que cante
Será graça e limite
Do pendão que levante
A fé que a tua força ressuscite!

Casou-nos Deus, o mito!
E cada imagem que me vem
É um gomo teu, ou um grito
Que eu apenas repito
Na melodia que o poema tem.

Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!

E por isso te rasgo de magia
E te lanço nos braços a colheita
Que hás de parir depois...
Poesia desfeita,
Fruto maduro de nós dois.

Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!

A charrua das leivas não concebe
Uma bolota que não dê carvalhos;
A minha, planta orvalhos...
Água que a manhã bebe
No pudor dos atalhos.

Terra, minha canção!
Ode de pólo a pólo erguida
Pela beleza que não sabe a pão
Mas ao gosto da vida!


Miguel Torga

Dia da Terra



PS - na altura eram foleiros e era uma vergonha gostar deles - hoje já não soam tal mal...

terça-feira, abril 21, 2009

Dia da Memória do Holocausto

Hoje, em Israel e em todo o mundo civilizado, é o Dia em que se recordam os 6 milhões de judeus que, entre 1939 e 1945, foram assassinados. Eu, que, como como qualquer português, tenho algum sangue judeu (nos autos de fé de cristãos novos de Trancoso há imensos com todos os meus apelidos...) não poderia deixar de passar a data em branco.

Celebremo-la com música, mais exactamente com o Kaddish, aqui numa versão surpreendente:



NOTA/ADENDA: lembremos ainda que ontem fez dez anos que aconteceu o Massacre de Columbine...

Para celebrar os 50 anos de Robert Smith

Faz hoje 50 anos a voz e a alma do grupo The Cure: Robert Smith. Aqui fica uma canção do deste grupo, para memória futura...



Lullaby - The Cure - The Cure

domingo, abril 19, 2009

Contabilidade final - Acção dos Açores

Estávamos à espera que a SATA nos devolvesse parte do dinheiro dos 4 que não foram aos Açores para publicar a contabilidade final, mas, enquanto não chega esse valor, aqui fica a listagem de despesas:

Transportes

Avião

SATA

13197

Faial

Farias, Lda

745

Terceira

EVT

840

Pico

Cristianos, Lda

550

S. Miguel

Auto V. Micaelense

950

Continente

Rodoviária

610

Barco

Transmaçor

299,2

Carros

Aluguer Terceira

348

Carros

Aluguer Faial

189

Carros

Aluguer S. Miguel

218

Entradas

Museus

Parque Terra Nostra

57,5

Grutas

Gruta das Torres

147

S. Miguel

Dormidas Casa do Jardim

756

Dormidas

Dormidas 7 Cidades

1569

Terceira

Dormidas

1784

Faial

Dormidas

1600

Alimentação

S. Miguel

Mosteiros (Gazcidla)

572,5

Alabote (Ribeira Grande)

671

Furnas (Miroma)

726

Terceira

Bar do Abismo (Biscoitos)

348

Calheta de S. Mateus (Beira Mar)

652,5

Faial

Horta (Peter's)

879,5

Varadouro (Vista da Baía)

596

Pico

Restaurante S. João (Pico)

595

Outros

Seguros

Seguro de Viagem

485

Outros

Comunicações e gratificações

213

Despesas dos Formadores

1269

Formadores e Guias

811

Para finalizar as contas (DEVE/HAVER) dos participantes necessitamos dos seguintes dados (podendo responder cada um por telefone ou e-mail e referir também outras pessoas nas mesmas circunstâncias):
  • Quem não participou nos jantares nos Restaurantes Beira Mar (Calheta de S. Mateus - Terceira) e no Peter's (Horta - Faial)?
  • Quem não alugou carros na Terceira, Faial e S. Miguel?
  • Quem foi na quarta-feira ao Parque Terra Nostra às piscinas (10 adultos e 3 crianças)?
Logo que eu tenha estes dados poderei concluir as contas...

sábado, abril 18, 2009

Queima das Fitas - Combra 2009

Aqui fica o cartaz deste ano:

Queima das Fitas 2009

(clicar para aumentar)

No coments...

Para quem não viu o Telejornal da TVI de ontem, aqui fica um resumo:




PS - para quem achar que se está a exagerar e não se pode brincar com certas coisas, recordamos esta faixa dos Sex Pistols:

sexta-feira, abril 17, 2009

A crise académica de 1969 faz quarenta anos

Na inauguração do Edifício Novo das Matemáticas da Universidade de Coimbra, no dia 17 de Abril de 1969, na sequência da recusa de uso da palavra ao recém-eleito presidente da Associação Académica de Coimbra, Alberto Martins (o hoje deputado do PS - quem te viu e quem te vê...) começam os desacatos e as detenções - estava começada uma nova crise académica...

Saudemos os estudantes da época que, com o seu sofrimento e luta, contribuíram para o desmistificar do regime moribundo e para a passagem para a democracia no nosso país!

Para lembrar a data, uma música de Adriano Correia de Oliveira (a Balada do Estudante, música popular e letra de Manuel Alegre):


Capa Negra, Rosa Negra - Fado Académico


ADENDA: faz hoje 90 anos Chavela Vargas! Um deste dias vamos colocar aqui umas músicas dela...

quinta-feira, abril 16, 2009

Pico - Valter Medeiros



O nosso Guia de Montanha e de Espeleologia (na Gruta das Torres) publicou no YouTube o anterior filme...! Os nossos parabéns ao Valter Medeiros pela excelente divulgação que fez da sua ilha e destas coisas de que todos tanto gostamos...

quarta-feira, abril 15, 2009

Sinhor enginheiro... (não há como uma música de intervenção punk para dizer verdades)



Sem eira nem beira

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar/Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta m... vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir/Encontrar
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a f...

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

Fernando Namora nasceu há 90 anos

Auto-retrato

Intervalo

Quando nasci,
em rendas e afagos
Os rouxinóis vinham com a aurora esperar a Primavera
Mas o seu canto
Emudeceu de espanto
Como se o meu choro os degolasse.
Minha mãe, nessa noite,
Sonhara com o aceno húmido de um lenço
Branco
Num dia de partida.
Ó Terra
eu cheguei e tu ficaste ainda.
Porque não estoiraste se foste iludida

Fernando Namora

terça-feira, abril 14, 2009

Açores - primeiras fotos

Vamos hoje começar a publicar as fotos dos Açores e dar início a uma série de posts sobre o assunto. Avisamos desde já que teremos pano para mangas e só lá para finais de Abril estará tudo publicado (e estamos à espera de fotos vossas, caros participantes da Acção de Formação...)

O Professor Doutor Vitor Hugo Forjaz com a família Martins no Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores

Faial (com vista do Pico)

Foto da Praxe, na Caldeira das Sete Cidades

Vista do Rei - Caldeira das Sete Cidade

No Altar da Gruta do Natal

Banho na piscina da Caldeira Velha

Central Geotérmica da Ribeira Grande

Furnas - Nascente termal da Água Azeda

Bomba vulcânica fusiforme (acervo do Algar do Carvão)



Furnas do Enxofre - Terceira

Cozido das Furnas - o momento da verdade


Quatro verdadeiros Geopedrados nos Açores (Fernando João, Luís Costa, Adelaide e Rui Medeiros)

sábado, abril 11, 2009

Voltámos!

Retomamos agora a vida normal deste Blog, com muita coisa para recordar da nossa estada nos Açores e com diversos aspectos desse mundo para falar.

Foi uma semana fantástica - os Açores fazem bem à alma e ao corpo, a camaradagem e amizade que se faz numa semana são para o resto da vida - mas agora há o resto das coisas para fazer.

Para os nossos leitores que aguentaram o Blog por uma semana apenas com música (enlatada antes de partir, mas de boa qualidade...) as nossas desculpas e agradecimentos - verão que o que vem aí não os fará arrepender de continuarem a ser a nossa razão de existência...

Sapateia - canção para nos despedirmos dos Açores


Sapateia - Adriano Correia de Oliveira

O nosso obrigado ao participantes da Acção de Formação, a todos que nos ajudaram (cá e lá) aos Açores e aos Açorianos, por serem quem são e como são... Até à próxima!

Os Formadores:
Fernando Martins
Luís Costa

sexta-feira, abril 10, 2009