quinta-feira, abril 23, 2009

Os casos isolados do Ministério da Educação

Sintra: DREL diz que incidente com alunos na escola Matias Aires foi acto isolado

O incidente ocorrido hoje na escola Matias Aires, em Agualva, onde um aluno foi esfaqueado por outro, "foi um acto isolado que resulta da violência dos bairros", disse fonte da Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL).

"Dentro da escola é um acto pontual, muito raramente isto acontece. Aquilo é o resultado da vida que os miúdos trazem dos bairros onde moram", disse a mesma fonte.

Segundo a fonte da DREL, o incidente de hoje é o resultado "da violência que existe fora da escola, entre grupos de diferentes bairros", e adiantou que o jovem esfaqueado sofreu somente "um corte superficial". "São questões de relacionamento entre os grupos de miúdos de diferentes bairros", acrescentou.

Dois alunos ficaram hoje feridos, um deles esfaqueado nas costas, na sequência de um conflito entre grupos na escola Matias Aires. Segundo fonte policial, as agressões ocorreram dentro do recinto escolar, em dois locais distintos. "O agressor foi ouvido, libertado e o caso baixou a inquérito", disse a fonte policial, acrescentando que os dois alunos feridos deverão ter alta muito em breve.


Hoje mais um daqueles casos isolados que, a custo, o Ministério da Educação envergonhadamente comenta. Desta vez foi apenas um caso de esfaqueamento numa Escola pública. Mas, um dia destes, será um assassinato. E aí cairá a máscara da Ministra da Educação e de todos os mentirosos que, criminosamente, colaboram com esta megafraude portuguesa.

À família do aluno ferido e à comunidade da Escola (alunos, pais e encarregados de educação, funcionários e docentes) os nossos votos de este caso não fique impune e sirva para alguma coisa. A todos aqueles que vão furando a peneira com que nos querem aldrabar, o nosso obrigado...

PS - já fui professor de PIEF's, de Currículos Alternativos, de CEF's e afins - só quem nunca foi agredido, cuspido, alvo de ameaças, obrigado a apreender armas brancas, confrontado com consumos de drogas, enojado com casos de pedofilia contados por alunos, como eu já fui (e, ainda por cima, numa pequena cidade como é a minha...), percebe a ironia de se falar em casos isolados de violência nas escolas portuguesas.

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