O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Postado por Fernando Martins às 07:20 0 bocas
Marcadores: A canção da Rosa Branca, Alentejo, António Pinto Basto, Fado, monárquicos, música
Postado por Pedro Luna às 00:04 0 bocas
Marcadores: Afife, folclore, monárquicos, música, Pedro Homem de Melo, poesia
Pinhal do Rei
Catedral verde e sussurrante, aonde
a luz se ameiga e se esconde
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar:
ditoso o "Lavrador" que a seu contento
por suas mãos semeou este jardim;
ditoso o Poeta que lançou ao vento
esta canção sem fim...
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
rei D. Dinis, bom poeta e mau marido,
lá vem as velidas bailar e cantar.
Encantado jardim da minha infância,
aonde a minh'alma aprendeu;
a música do Longe e o ritmo da Distância
que a tua voz marítima lhe deu;
místico órgão cujo além se esfuma
no além do Oceano, e onde a maresia
ameiga e dissolve em bruma,
e em penumbra de nave, a luz do dia.
Por estes fundos claustros gemem
os ais do Velho do Restelo...
Mas tu debruças-te no mar e, ao vê-lo,
teus velhos troncos de saudades fremem...
Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
são as caravelas, teu corpo cortado,
é lo verde pino no mar a boiar.
Pinhal de heróicas árvores tão belas,
foi do teu corpo e da tua alma também
que nasceram as nossas caravelas
ansiosas de todo o Além;
foste tu que lhe deste a tua carne em flor
e sobre os mares andaste navegando,
rodeando a terra e olhando os novos astros,
ó gótico Pinhal navegador,
em naus, erguida, levando
tua alma em flor na ponta alta dos mastros!...
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que grande saudade, que longo gemido
ondeia nos ramos, suspira no ar!
Na sussurrante e verde catedral
oiço rezar a alma de Portugal:
ela aí vem, dorida, e nos seus olhos
sonâmbulos de surda ansiedade,
no roxo da tardinha,
abre a flor da Saudade;
ela aí vem, sozinha,
dorida do naufrágio e dos escolhos,
viúva de seus bens
e pálida de amor,
arribada de todos os aléns
de este mundo de dor;
ela aí vem, sozinha,
e reza a ladainha
na sussurrante catedral aonde
toda se espalha e esconde,
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar.
in Onde a Terra se Acaba e o Mar Começa (1940) - Afonso Lopes Vieira
Postado por Fernando Martins às 01:46 0 bocas
Marcadores: Afonso Lopes Vieira, Integralismo Lusitano, Leiria, monárquicos, neogarretismo, poesia, Renascença Portuguesa, S. Pedro de Moel
Postado por Fernando Martins às 01:04 0 bocas
Marcadores: Geologia, monárquicos, Paleontologia, primeiro-ministro, Venceslau de Lima
Postado por Fernando Martins às 09:06 0 bocas
Marcadores: Brasil, Carlos de Laet, monárquicos, poesia
Postado por Fernando Martins às 16:50 0 bocas
Marcadores: Ferreirinha, Geologia, monárquicos, Paleontologia, primeiro-ministro, Venceslau de Lima
Postado por Fernando Martins às 00:03 0 bocas
Marcadores: Ecologia, Gonçalo Ribeiro Telles, monárquicos, MPT, PDM, PPM, RAN, REN
Postado por Fernando Martins às 01:26 0 bocas
Marcadores: Antônio Conselheiro, Brasil, Canudos, monárquicos, sebastianismo
Postado por Pedro Luna às 11:09 0 bocas
Marcadores: Afife, folclore, monárquicos, música, Pedro Homem de Melo, poesia
Postado por Fernando Martins às 01:23 0 bocas
Marcadores: Eça de Queirós, literatura, monárquicos, Português, romance