segunda-feira, setembro 11, 2017
Salvador Allende morreu há 44 anos
Postado por Fernando Martins às 04:40 0 bocas
Marcadores: Augusto Pinochet, Chile, Golpe de Estado de 11 de setembro, Pinochet, Salvador Allende
sexta-feira, setembro 11, 2015
Salvador Allende morreu há 42 anos
Postado por Fernando Martins às 04:20 0 bocas
Marcadores: Augusto Pinochet, Chile, democracia, golpe de estado, marxismo, Salvador Allende
quinta-feira, setembro 11, 2014
Não há dias maus, mas este foi particularmente complicado para muitos povos
(...)
(...)
Allende decide continuar no Palácio, enquanto às 09.55 chegam os primeiros tanques ao Bairro Cívico, enfrentando-se com franco-atiradores leais ao governo. A CUT apela à resistência nos bairros industriais, enquanto o Presidente decide dar uma última locução:
O fogo entre os tanques e os membros do GAP se inicia e, às 11h52, aviões Hawker Haunter da Força Aérea Chilena bombardeiam o Palácio de La Moneda e a residência de Allende, na Avenida Tomás Moro, em Las Condes. O golpe surpreende por sua rapidez e violência. O Palácio começa a incendiar-se, mas Allende e seus partidários negam-se a render-se. Perto das 2 horas da tarde, as portas são derrubadas e o Palácio é tomado pelo exército. Allende ordena a evacuação, mas mantém-se no Palácio. Segundo o testemunho do seu médico pessoal, Allende disparou com uma metralhadora contra o queixo, cometendo suicídio.
"Colocado em uma transição histórica, pagarei com minha vida a lealdade do povo. E os digo que tenho a certeza de que a semente que entregaremos à consciência de milhares e milhares de chilenos não poderar ser cegada definitivamente. Trabalhadores de minha Pátria! Tenho fé no Chile e em seu destino. Superarão outros homens nesse momento cinza e amargo onde a traição pretende se impor. Sigam vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
Os restos mortais do ex-presidente do Chile Salvador Allende foram exumados a 23 de maio de 2011 para determinar a causa da morte. A exumação foi ordenada pelo juiz Mário Carroza, na sequência de um pedido feito em representação dos familiares pela senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente chileno, para determinar com "certeza jurídica as causas da sua morte". No dia 19 de julho de 2011, a autópsia realizada nos restos mortais do ex-presidente confirmou que a sua morte fora ocasionada "por ferimento de projétil" e que a "forma corresponde a suicídio".
Ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda, a 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezanove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros. Os sequestradores fizeram colidir intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gémeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu num campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave aos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países.
Nova Iorque | World Trade Center | 2.606 |
---|---|---|
American 11 | 87 | |
United 175 | 60 | |
Arlington | Pentágono | 125 |
American 77 | 59 | |
Shanksville | United 93 | 40 |
Total | 2.977 |
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: 11 de setembro de 2001, Al-Qaeda, Augusto Pinochet, Chile, CIA, comboios, Desastre Ferroviário de Alcafache, golpe de estado, Pentágono, Salvador Allende, terrorismo, Torres Gémeas
quarta-feira, setembro 11, 2013
Salvador Allende foi derrubado e suicidou-se há 40 anos
Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Os seus pilares ideológicos foram o socialismo, o marxismo e a maçonaria. Allende foi um revolucionário atípico: acreditava na via eleitoral da democracia representativa, e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político então vigente em seu país.
Vida
Filho do advogado e notário Salvador Allende Castro e de Laura Gossens Uribe, Allende casou-se em 1940 com Hortensia Bussi Soto, com quem teve três filhas - Paz, Isabel e Beatriz.
Estudou medicina na Universidade do Chile. Em 1927, é eleito presidente do Centro de Alunos, onde aprofundou o seu interesse pelo marxismo. Entra para a maçonaria, seguindo uma tradição familiar.
Grande orador, em 1933 é um dos fundadores do Partido Socialista Chileno onde integra o grupo parlamentar entre 1937 e 1943. Ocupa o Ministério da Saúde de 1939 a 1942. Sai do partido em 1946.
Em 1945, foi eleito senador, cargo que exerceu durante 25 anos. Candidata-se e perde as eleições presidenciais de 1952, 1958 e 1964.
Foi presidente constitucional do Chile, apoiado pela Unidade Popular - que integrava comunistas, socialistas, radicais e outras correntes populares, de outubro de 1970 até 11 de setembro de 1973, quando tropas sediciosas de extrema direita, lideradas pelo general Augusto Pinochet, (com o apoio de governos exteriores, principalmente os Estados Unidos através da CIA mas também do Brasil), bombardearam o palácio presidencial de La Moneda, exigindo a sua renúncia. Allende faleceu resistindo ao ataque, às 14.15 horas desse dia. Em 1972 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
É difícil encontrar alguém com o espírito de luta, a coragem e a história de Allende. Ele foi um homem que, na verdade, teve o nome marcado na história: democraticamente a esquerda chegou ao poder, e pelas bombas foi apeada do governo.
Mais importante do que encontrar equívocos nos acontecimentos que culminaram nas quedas dos governos de João Goulart, no Brasil, e de Salvador Allende, no Chile, é reconhecer que havia forças imperialistas com interesses nesses países, com democracias frágeis.
Eleições
Em 1964, perdeu as eleições presidenciais para Eduardo Frei, o candidato do partido de direita Democrata Cristão, graças a uma maciça intervenção publicitária da CIA que apoiou Frei, provendo mais da metade das verbas da sua campanha política, e promovendo uma maciça campanha publicitária em seu favor. Na terceira semana de junho de 1964 a agência publicitária encarregada pela CIA produziu nada menos que 20 spots radiofónicos por dia em Santiago, e em 44 estações provinciais e cinco "noticiários" radiofónicos de doze minutos ao dia em três rádios de Santiago, e em 22 rádios provinciais. No final de junho de 1964 a CIA produzia 26 programas radiofónicos semanais de "comentários políticos".
Nas eleições presidenciais de 1970 concorre como candidato da coligação de esquerda Unidade Popular (UP) contra mais dois candidatos. Embora sem maioria absoluta, conquista o primeiro lugar com 36,2% dos votos, contra 34.9% de Jorge Alessandri, o candidato da direita, e 27.8% do terceiro candidato, Radomiro Tomic, cuja plataforma era similar à de Allende.
Como a Constituição chilena previa a necessidade de "maioria dupla" (no voto popular e no Congresso), difíceis negociações foram entabuladas para a aprovação do nome de Allende no Parlamento. Após o brutal assassinato do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider, perpetrado por elementos ligados à Patria y Libertad, Allende teve, finalmente, o seu nome confirmado pelo Congresso chileno.
Altos funcionários norte-americanos discutiram o desejo de impedir a posse do então recém-eleito presidente chileno, o esquerdista Salvador Allende, em 1970.Associated Press
O partido Democrata Cristão do Chile, uma grande confederação interclassista, com sua base popular baseado no proletariado da grande indústria moderna, da industria moderna pequena e dos pequenos proprietários rurais, aliada ao Partido Nacional, de extrema-direita, controlava o Congresso chileno. A Unidade Popular, representando o proletariado formado pelos operários menos favorecidos, pelo proletariado agrícola, e pela baixa classe média urbana, controlava o Poder Executivo. A oposição a Allende controlava 82 cadeias de radiodifusão contra 36 da esquerda, a maior parte dos canais de televisão, e possuía 64 jornais contra 10 de esquerda, sendo 10 diários contra 2. O presidente Nixon autorizou pessoalmente uma doação do governo norte-americano de US$ 700.000 para o jornal oposicionista El Mercurio, que depois foi seguida de várias outras.
A versão mais conhecida do golpe militar
Uma das razões diretas do fracasso da "via chilena para o socialismo" deveu-se a situação geopolítica mundial de então, de plena Guerra Fria, com os Estados Unidos envolvidos na Guerra do Vietname, não podendo admitir o nascimento de um segundo regime socialista na sua área de influência, após Cuba. Nos anos de 1970, na América do Sul inteira, apenas o Chile, a Colômbia e a Venezuela mantinham Estados de Direito, com governantes eleitos pelo povo. O Brasil, a Argentina, o Paraguai, a Bolívia, o Peru, o Equador e o Uruguai, estavam tomados por regimes militares, muitos instalados, e todos apoiados, por Washington. Além disso as nacionalizações e estatizações adotadas pela Unidade Popular feriram diretamente os interesses de grandes corporações americanas, dentre elas a então poderosa ITT, que passou a pressionar o governo Nixon "a tomar providências". Um memorando interno da ITT detalhava os planos americanos: "A esperança mais realista dentre aqueles que desejam destituir Allende é que uma rápida deterioração da economia provoque uma onda de violência que provoque um golpe militar". Em 1970 a CIA criara o Projeto Fubelt (também chamado Track II, ou "política dos dois trilhos"), com o objetivo de impedir a ascensão de Allende ao governo. Com a posse de Allende o Projeto Fubelt fracassou, e acabou sendo desativado e substituído por outros, não sem antes ter contribuído para o assassinato do Comandante em Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider. Nisso também o Projeto Fubelt não obteve grande sucesso porque o general assassinado foi substituído pelo não menos constitucionalista general Carlos Prats. Esse projeto abarcou um amplo espectro de atividades que iam do apoio a assassinatos seletivos ao fomento greves desestabilizadoras, bem como à contratação de políticos e militares direitistas para articular um golpe de estado.
Rapidamente o governo americano submeteu o Chile a um bloqueio económico informal, que impedia o Chile de obter empréstimos internacionais ou bons preços para o cobre, o seu principal produto de exportação. Isso foi denunciado por Allende num dramático discurso na ONU. Os Estados Unidos adotaram a estratégia de sufocar gradualmente a economia chilena até que um levantamento das Forças Armadas pusesse fim à "via chilena para ao socialismo". Edward Korry, o embaixador americano em Santiago, dizia: "não permitiremos que nenhuma porca e nenhum parafuso (americanos) cheguem ao Chile de Allende". O Chile, tradicionalmente dependente de importações dos Estados Unidos, passou a ver suas indústrias e suas frotas de camiões, tratores, autocarros e táxis serem progressivamente paralisadas por falta de peças de reposição. Richard Nixon num seu despacho ao Departamento de Defesa fora enfático: "Há uma hipótese em dez, mas salvem o Chile, façam a economia estancar !"
Uma greve de proprietários de camiões, financiada pela CIA, começou na primavera, em 9 de setembro de 1972, e foi declarada pela Confederación Nacional del Transporte, então presidida por León Vilarín, um dos líderes do grupo paramilitar neofascista Patria y Libertad. Essa greve, por prazo indeterminado, impediu o plantio da safra agrícola 1972/73 no Chile.
A asfixia económica do Chile, preconizada pelo governo dos Estados Unidos logo começou a dar seus frutos venenosos. Os Estados Unidos sabotaram os empréstimos ao Chile, "convidaram" as empresas americanas a abandonar os países que mantivessem relações comerciais com o Chile, subvencionaram vários conspiradores (por exemplo, a central da CIA no Paraguai financiou boa parte da greve dos proprietários de camiões, e também deu apoio financeiro ao líder neofascista da Frentre Nacional Pátria y Libertad, Roberto Thieme, que se escondia em Mendoza). Até 1973 os industriais chilenos mantiveram o Sistema de Asociaciones Civiles Organizadas, cujo objetivo era provocar a falta de géneros de primeira necessidade no país.
Criou-se um clima de enfrentamento, provocado tanto pela esquerda extremista do MIR, como pela extrema direita neofascista do Patria y Libertad, entidade criada com o apoio da CIA, e cujos membros recebiam treinamento de guerrilha e bombardeio em Los Fresnos, no estado norte americano do Texas. Os integrantes do MIR fizeram chegar ao Chile armas soviéticas, vindas de Cuba, enquanto os direitistas articulavam-se com a CIA (a agência dos Estados Unidos gastou 12 milhões de dólares financiando greves, especialmente a dos proprietários de camiões - que paralisou o país, impedindo a plantação da uma colheita e provocando a falta de géneros de primeira necessidade), e com setores militares. Multiplicavam-se os atentados e assassinatos, e as greves gerais patronais.
Essa situação acabou por provocar o almejado "descalabro económico" - que foi, em sua maior parte, provocado por sabotagens dos opositores de Allende contra a economia chilena - e que atingiu em cheio o governo da Unidade Popular, fazendo com que a inflação saltasse para patamares até então desconhecidos. A inflação passou de 22,1% em 1971 para 163,4% em 1972 e 381,1% no ano do golpe, o que fez com que o crescimento do PIB chileno passasse de 9% positivos em 1971 para 4,2% negativos em 1973.
O Estado de sítio
Faremos as mudanças revolucionárias em pluralismo, democracia e liberdade. Mas isso não significa, tolerância com antidemocratas, nem tolerância com os subversivos, nem tolerância com os fascistas, camaradas! Mas vocês devem entender qual é a real posição deste governo. Não vou, porque seria absurdo, fechar o Congresso. Não o farei. Já disse eu repito. Mas caso necessário, enviarei um projeto de lei de plebiscito para que o povo resolva esta questão. |
Salvador Allende
|
- O cerco fecha-se
- Em setembro o cerco fechou-se. O general Prats, de fortes tendências constitucionalistas, e que se recusava a participar em qualquer golpe militar, repudiado publicamente por uma manifestação de esposas de oficiais golpistas diante da sua residência, viu-se obrigado a renunciar ao seu posto de Comandante em Chefe das Forças Armadas, e, em 11 de setembro, o seu sucessor, o general Pinochet, um antigo homem de confiança de Allende, terminou com o que restava da democracia chilena, encerrando com a sua ditadura o chamado período presidencialista do Chile (1925-1973). O general Prats foi assassinado pela DINA - a polícia secreta de Pinochet - no seu exílio, em Buenos Aires, num atentado à bomba.
Postado por Fernando Martins às 04:00 0 bocas
Marcadores: Chile, CIA, golpe de estado, maçonaria, marxismo, Pinochet, Salvador Allende, suicídio
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Pinochet morreu há 6 anos
Postado por Fernando Martins às 23:54 0 bocas
Marcadores: Chile, direitos humanos, ditadores, pena de morte, Pinochet, Salvador Allende, tortura
sexta-feira, setembro 28, 2012
Víctor Jara nasceu há 80 anos
Victor Jara - Cancion Del Árbol Del Olvido
Letra: Fernán Silva Valdéz, uruguayo (1887 – 1975)
Música: Alberto Ginastera, argentino (1916-1983)
Compuesta en 1938
Para no pensar en vos
en el árbol del olvido
me acosté una nochecita
vidalita, y me quedé bien dormido.
Al despertar de aquel sueño
pensaba en vos otra vez
pues me olvidé de olvidarte
vidalita, en cuanto me acosté.
Postado por Fernando Martins às 08:00 0 bocas
Marcadores: Cai cai vilu, Cancion Del Árbol Del Olvido, Charagua, Chile, comunismo, golpe militar, música, Nueva Canción Chilena, Pinochet, Salvador Allende, Víctor Jara, world music
domingo, setembro 16, 2012
Víctor Jara foi torturado e barbaramente assassinado há 39 anos
Víctor Lidio Jara Martínez (San Ignacio, 28 de setembro de 1932 - Santiago, 16 de setembro de 1973) foi um professor, diretor de teatro, poeta, cantor, compositor, músico e ativista político chileno.
La muerte lenta de Víctor Jara
Cansados y con sus manos entrelazadas en la nuca, los 600 académicos, estudiantes y funcionarios de la Universidad Técnica del Estado (UTE) tomados prisioneros por los militares golpistas iban entrando al Estadio Chile, un pequeño recinto deportivo techado cercano al palacio de La Moneda. Un oficial con lentes oscuras, rostro pintado, metralleta terciada, granadas colgando en su pecho, pistola y cuchillo corvo en el cinturón, observaba desde arriba de un cajón a los prisioneros, que habían permanecido en la universidad para defender el Gobierno del presidente socialista Salvador Allende. Era el 12 de septiembre de 1973, día siguiente del golpe militar, en el alba de la dictadura de 17 años encabezada por el general Augusto Pinochet.
Con voz estentórea, el oficial repentinamente gritó al ver a un prisionero de pelo ensortijado:
-¡A ese hijo de puta me lo traen para acá! -gritó a un conscripto, recuerda el abogado Boris Navia, uno de los que caminaba en la fila de prisioneros.
"¡A ese huevón!, ¡a ése!", le gritó al soldado, que empujó con violencia al prisionero. "¡No me lo traten como señorita, carajo!", espetó insatisfecho el oficial. Al oír la orden, el conscripto dio un culatazo al prisionero, que cayó a los pies del oficial.
-¡Así que vos sos Víctor Jara, el cantante marxista, comunista concha de tu madre, cantor de pura mierda! -gritó el oficial. Navia rememora. Es uno de los testigos del juez Juan Fuentes, que investiga el asesinato del cantautor, uno de los crímenes emblemáticos de la dictadura, porque Jara fue con su guitarra y con sus versos el trovador de la revolución socialista del Gobierno de Allende en Chile. Por su impacto y la impunidad en que están los culpables, el crimen de Jara es en Chile el equivalente al asesinato de Federico García Lorca en España.
"Lo golpeaba, lo golpeaba. Una y otra vez. En el cuerpo, en la cabeza, descargando con furia las patadas. Casi le estalla un ojo. Nunca olvidaré el ruido de esa bota en las costillas. Víctor sonreía. Él siempre sonreía, tenía un rostro sonriente, y eso descomponía más al facho. De repente, el oficial desenfundó la pistola. Pensé que lo iba a matar. Siguió golpeándolo con el cañón del arma. Le rompió la cabeza y el rostro de Víctor quedó cubierto por la sangre que bajaba desde su frente", cuenta a este periódico el abogado Navia.
Los prisioneros se habían quedado pasmados mirando la escena. Cuando el oficial, conocido como El Príncipe y hasta hoy no identificado con plena certeza, se cansó de golpear, ordenó a los soldados que pusieran a Jara en un pasillo y que lo mataran si se movía. El autor de canciones como El cigarrito y Te recuerdo Amanda, que Serrat, Sabina, Silvio Rodríguez y Víctor Manuel han incorporado en sus repertorios, entró así al campo de prisioneros improvisado por los militares donde vivió sus últimas horas.
El Príncipe tiene visitas de oficiales y quiere exhibir a Jara. Un oficial de la Fuerza Aérea que está con un cigarrillo le pregunta a Jara si fuma. Con la cabeza, niega. "Ahora vas a fumar", advierte, y le arroja el cigarrillo. "¡Tómalo!", grita. Jara se estira tembloroso para recogerlo. "¡A ver si ahora vas a tocar la guitarra, comunista de mierda!", grita el oficial y pisotea las manos de Jara, relata Navia.
"Cuando llegaron más prisioneros y los soldados fueron a recibirlos, Víctor se quedó sin custodia. Entre varios lo arrastramos adonde estábamos y comenzamos a limpiar sus heridas. Llevaba casi dos días sin comida ni agua", dice Navia. Un detenido consigue que un soldado le regale un tesoro: un huevo crudo. Se lo dan a Jara. Con un fósforo, el cantautor perfora el huevo en ambos extremos y lo sorbe. "Nos dijo que así aprendió en su tierra a comer los huevos", recuerda.
A Jara le vuelven las energías. "Mi corazón late como campana", dice. Y habla, de Joan y sus hijas. Dos detenidos logran salir libres gracias a contactos. Varios escriben mensajes breves para que avisen a sus parientes de que están vivos. Víctor pide lápiz y papel. Navia le pasa una libreta pequeña de apuntes, que hoy conserva la Fundación Jara como pieza de museo. Escribe con dificultad sus últimos versos: "Canto que mal que sales / Cuando tengo que cantar espanto / Espanto como el que vivo / Espanto como el que muero".
Repentinamente, dos soldados lo toman y arrastran, y Jara alcanza a arrojar la libreta. Navia se queda con ella. Comienza una golpiza más brutal que las anteriores, a culatazos. Otros prisioneros lo verán con vida horas después. Un conscripto, José Paredes, confiesa 36 años después que jugaron a la ruleta rusa con Jara antes de acribillarlo en los subterráneos. Es el único procesado vivo en el caso. El otro, el jefe del recinto, el coronel Mario Manríquez, falleció. La primera autopsia, en 1973, revela 44 disparos. La nueva, en 2009, confirma que Jara murió por múltiples impactos. Pero Paredes se retracta de su confesión.
Al anochecer del sábado 15 de septiembre trasladan a los prisioneros del Estadio Chile al mayor recinto del país, el Estadio Nacional. "Al salir al foyer para irnos, vemos un espectáculo dantesco. Hay entre 30 y 40 cadáveres apilados, y dos de ellos están más cercanos. Todos están acribillados y tienen un aspecto fantasmagórico, cubiertos de polvo blanco, porque cerca estaban apilados unos sacos de cal para hacer reparaciones, que cubre sus rostros y seca la sangre. Reconozco a Víctor en primer lugar, y después al abogado y director de Prisiones Littré Quiroga", relata Navia.
A Jara le han quitado el chaquetón que otro prisionero le había pasado porque tenía frío. Esa noche, los soldados arrojan seis de estos cadáveres, Jara entre ellos, junto al Cementerio Metropolitano, en el acceso sur de Santiago. Una vecina reconoce al cantautor y avisa para que lo recojan. Cuando el cuerpo llega a la morgue, un trabajador de este servicio, que era comunista, también reconoce a Jara y avisa a su esposa Joan para que lo sepulte antes de que lo sepulten en una fosa común.
El cuerpo del cantautor está junto al de cientos de víctimas en un mesón de la morgue, al final de una fila de jóvenes. Sólo tres personas acompañan a Joan en el funeral semiclandestino que se celebró en el Cementerio General de Santiago, donde fue inhumado en un humilde nicho. Jara está en su cenit creativo, poco antes de cumplir 41 años, y quienes tronchan su vida no saben que lo están haciendo más universal, a él, pero también a ellos mismos.
Postado por Fernando Martins às 00:39 0 bocas
Marcadores: Chile, comunismo, Deja la vida volar, golpe militar, música, Nueva Canción Chilena, Pinochet, Salvador Allende, Víctor Jara, world music
terça-feira, setembro 11, 2012
Salvador Allende morreu há 39 anos
Faremos as mudanças revolucionárias em pluralismo, democracia e liberdade. Mas isso não significa, tolerância com antidemocratas, nem tolerância com os subversivos, nem tolerância com os fascistas, camaradas! Mas vocês devem entender qual é a real posição deste governo. Não vou, porque seria absurdo, fechar o Congresso. Não o farei. Já disse eu repito. Mas caso necessário, enviarei um projeto de lei de plebiscito para que o povo resolva esta questão. |
— Salvador Allende
|
- O cerco se fecha
- Em setembro o cerco se fechou. O general Prats, de fortes tendências constitucionalistas, e que se recusava a participar de qualquer golpe militar, desacatado publicamente por uma manifestação de esposas de oficiais golpistas diante de sua residência, se viu obrigado a renunciar ao seu posto de Comandante em Chefe das Forças Armadas, e, em 11 de setembro, o seu sucessor, o general Pinochet, um antigo homem de confiança de Allende, terminou com o que restava da democracia chilena, encerrando com sua ditadura o chamado período presidencialista do Chile (1925-1973). O general Prats foi assassinado pela DINA - a polícia secreta pinochetista - no seu exílio em Buenos Aires, num atentado à bomba.
Postado por Pedro Luna às 21:37 0 bocas
Marcadores: Chile, golpe de estado, Pinochet, Salvador Allende, suicídio
sábado, dezembro 10, 2011
O assassino e ditador Pinochet morreu há cinco anos
Postado por Fernando Martins às 02:02 0 bocas
Marcadores: Chile, ditadores, pena de morte, Pinochet, Salvador Allende, tortura
domingo, setembro 11, 2011
Há 38 anos Salvador Allende suicidou-se durante o golpe de estado de Pinochet
- Quizás sea ésta la última oportunidad en que me pueda dirigir a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Portales y Radio Corporación. Mis palabras no tienen amargura, sino decepción, y serán ellas el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron: Soldados de Chile, comandantes en jefe y titulares… …el almirante Merino… más el señor Mendoza, general rastrero que sólo ayer manifestara su solidaridad y lealtad al gobierno, también se ha denominado director general de Carabineros.
- Ante estos hechos sólo me cabe decirle a los trabajadores: Yo no voy a renunciar. Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que entregáramos a la conciencia digna de miles y miles de chilenos no podrá ser segada definitivamente. Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza.
- La historia es nuestra y la hacen los pueblos.
- ¡Trabajadores de mi Patria!: Quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la ley, y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, espero que aprovechen la lección.
- El capital foráneo, el imperialismo, unidos a la reacción, crearon el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición: la que les señaló Schneider y que reafirmara el Comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará en sus casas esperando, con mano ajena, reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios...
- Me dirijo a los profesionales de la Patria, a los profesionales patriotas que siguieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios de clases para defender también las ventajas de una sociedad capitalista de unos pocos.
- Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron y entregaron su alegría y espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente; en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las vías férreas, destruyendo lo oleoductos y los gaseoductos, frente al silencio de quienes tenían la obligación de proceder. Estaban comprometidos. La historia los juzgará.
- ...Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz no llegará a ustedes. No importa, la seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal con la Patria.
- El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.
- ¡Trabajadores de mi Patria!: Tengo fe en Chile y en su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo donde la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, se abrirán de nuevo las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor. ¡Viva Chile!, ¡Viva el pueblo!, ¡Vivan los trabajadores!
- Éstas son mis últimas palabras, teniendo la certeza de que mi sacrificio no será en vano. Tengo la certeza de que, por lo menos, habrá una sanción moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.
Postado por Fernando Martins às 01:08 0 bocas
Marcadores: Chile, comunismo, direitos humanos, ditaduras, golpe de estado, Pinochet, Salvador Allende, terror, terrorismo