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quarta-feira, novembro 04, 2020

A Crise de Reféns do Irão começou há 41 anos

 
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
    

terça-feira, setembro 22, 2020

A Guerra Irão-Iraque começou há quarenta anos

 

   
A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Chatt al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a devolução de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação da autonomia dada às minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, a 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão e, contando com o elemento surpresa, avançou no território iraniano.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O Iraque esperava uma guerra rápida, pois contava com um moderno exército equipado pela URSS. Outros países muçulmanos, como o Kuwait e a Arábia Saudita, também lhe davam apoio financeiro, na esperança de enfraquecer o regime de Teerão. O Irão estava isolado internacionalmente, pois considerava igualmente os EUA e a URSS como inimigos. Como vantagem, o Irão contava apenas com uma população bem superior. O exército iraquiano empenhou-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: de entre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad. Entre 1984 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente. O conflito começou a efetivamente preocupar as potências quando atingiu o fluxo regular de petróleo, na medida em que os beligerantes passaram a afundar navios e instalações petrolíferas, prejudicando grandes fornecedores como o Kuwait. A partir disso, começaram as pressões mundiais pela paz. No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de um milhão e quinhentas mil vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.
    

segunda-feira, novembro 04, 2019

A Crise de Reféns do Irão começou há quarenta anos

A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.

A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.
  
in Wikipédia

domingo, setembro 22, 2019

A Guerra Irão-Iraque começou há 39 anos

A Guerra Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar travado entre o Irão e o Iraque, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. A guerra começou quando os iraquianos invadiram o território iraniano, em 22 de setembro de 1980. Saddam Hussein, ditador do Iraque, esperava que o caótico Irão pós-revolução não tivesse condições de resistir ao avanço das suas tropas e invadiu, sem declarar guerra formalmente, mas o progresso foi lento e o ataque acabou sendo repelido. Em 1982, os iranianos lançaram a sua contra-ofensiva e tomaram a iniciativa. A guerra passou então a abranger aspectos religiosos, nacionalistas e sectários, com os curdos e xiitas demonstrando apoio ao Irão no esforço de guerra. O resultado foi um banho de sangue, com grandes perdas de vidas (especialmente entre a população civil).
O Conselho de Segurança das Nações Unidas buscou várias resoluções para tentar acabar com as hostilidades, mas a guerra só foi formalmente encerrada em 20 de agosto de 1988 após a Resolução 598 da ONU firmar um cessar-fogo aceito por ambos os lados. Na conclusão do conflito, as fronteiras retornaram ao status pré-guerra dos Acordos de Argel de 1975. Os últimos prisioneiros de guerra, contudo, só foram soltos em 2003, após a destituição de Saddam do poder no Iraque.
A guerra foi extremamente custosa em termos de vidas e dinheiro para ambos os lados: números oficiais apontam que mais de meio milhão de combatentes morreram, com um número similar de civis também perdendo a vida; milhares de pessoas foram feridas e outras milhares foram deslocadas de suas casas, causando uma crise humanitária. Centenas de milhares de milhões de dólares também foram gastos, mas no final nenhum ganho territorial foi visto por qualquer um dos beligerantes. Este conflito foi comparado a Primeira Guerra Mundial em termos de táticas usadas, com uso grande de trincheiras com arame farpado e armadilhas, ninhos de metralhadoras e ataques de baioneta em ondas humanas pela terra de ninguém. Outro ponto marcante da guerra foi o uso indiscriminado de armas químicas, como o gás mostarda, por parte dos iraquianos contra tropas e civis iranianos e curdos. Muitos países muçulmanos e ocidentais apoiaram o Iraque com dinheiro, equipamentos e informações de inteligência (como imagens de satélite). Algumas nações apoiaram o Irão, muitas de forma clandestina (como no caso Irão-Contras).
O conflito deixou ambos os lados extremamente fatigados, mas trouxe também alguns desdobramentos. O Iraque, embora financeiramente quebrado, tinha agora um poderoso exército a sua disposição. Já o Irão, apesar das perdas sofridas, viu a sua revolução islamita sedimentada. A ONU, embora declaradamente não tenha tomado partido, não buscou imediatamente condenar as atrocidades cometidas a olhos vistos pelo Iraque, como os seus ataques químicos contra civis, e recusaram a identificar os iraquianos como os agressores (apesar deles terem sido os primeiros a atacar) até 11 de dezembro de 1991, quando Saddam Hussein passou a ser o principal antagonista da região após a Guerra do Golfo.
   

quinta-feira, julho 18, 2019

Há 25 anos um atentado contra a comunidade judaica argentina matou 85 pessoas

Bandera recordando los 6.000.000 de muertos en el holocausto judío y a los muertos en los atentados terroristas realizados en Buenos Aires de la Embajada de Israel y de la AMIA
  
El atentado a la AMIA fue un atentado con coche bomba que sufrió la Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA) de Buenos Aires el 18 de julio de 1994. Se trató de uno de los mayores ataques terroristas ocurridos en la Argentina, con un saldo de 85 personas muertas y 300 heridas. La comunidad judeoargentina es la más numerosa de Latinoamérica y la quinta mayor del mundo. El 25 de octubre de 2006, los fiscales Alberto Nisman y Marcelo Martínez Burgos formalmente acusaron el gobierno iraní de planificar el atentado y al Hezbollah de ejecutarlo. Según la investigación de la fiscalía, Argentina fue elegida como blanco del ataque tras la decisión del gobierno argentino de suspender un acuerdo de transferencia de tecnología nuclear a Irán. Posteriormente el juez Canicoba Corral ordenó la captura de los siete ex-funcionarios iraníes y un miembro operativo libanés del Hezbollah acusados por la fiscalía. El 7 de noviembre de 2007, Interpol ratificó las conclusiones de la justicia argentina, y ordenó la emisión de circulares rojas para capturar a los fugitivos iraníes y llevarlos ante la justicia. Desde entonces, el gobierno argentino ha requerido a Irán la extradición de sus ciudadanos acusados por el ataque para ser juzgados por un tribunal argentino o extranjero, pero Irán se ha negado a acatar el fallo de la justicia argentina.
  

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Um sismo arrasou a cidade de Bam há quinze anos

The 2003 Bam earthquake struck the Kerman province of southeastern Iran at 01:56 UTC (5:26 AM Iran Standard Time) on December 26. The shock had a moment magnitude of 6.6 and a maximum Mercalli intensity of IX (Violent). The earthquake was particularly destructive in Bam, with the death toll amounting to at least 26,271 people and injuring up to 30,000. The effects of the earthquake were exacerbated by the use of mud brick as the standard construction medium; many of the area's structures did not comply with earthquake regulations set in 1989.
Following the earthquake the U.S. offered direct humanitarian assistance to Iran and in return the state promised to comply with an agreement with the International Atomic Energy Agency which supports greater monitoring of its nuclear interests. In total a reported 44 countries sent in personnel to assist in relief operations and 60 countries offered assistance.
Following the earthquake, the Iranian government seriously considered moving the capital of Tehran in fear of an earthquake occurring there. The earthquake had a psychological impact on many of the victims for years afterwards. A new institutional framework in Iran was established to address problems of urban planning and to reconstruct the city of Bam in compliance with strict seismic regulations. This process marked a turning point, as government ministers and international organizations collaborated under this framework with local engineers and local people to organize the systematic rebuilding of the city.
    
(...)
  
The quake occurred at 01:56 UTC (5:26 AM Iran Standard Time) on December 26, 2003. Its epicenter was roughly 10 kilometres (6 mi) southwest of the ancient city of Bam. Maximum intensities were at Bam and Baravat, with the most damage concentrated within the 16 kilometres (10 mi) radius around the city.
At least 26,271 people were killed and 30,000 injured. In terms of human loss the quake was the worst to occur in Iranian history. The BBC reported that a large number of victims were crushed while sleeping. Eleven-thousand students were killed and 1/5 of the 5,400 local teaching staff were also. This caused a significant problem for the local education system.
Up to ninety percent of buildings and infrastructure in the Bam area were either damaged or destroyed, with 70% of houses being completely destroyed, plus 70–90% of Bam's residential areas. This left an estimated 100,000 homeless. Not a single house was standing in Baravat. An important regional center during the 16th and 17th centuries, Bam contained many buildings that were not constructed to survive such ruptures. Many houses in Bam were homemade, and its owners did not use skilled labor or proper building materials to resist earthquakes in the construction. These were often built in the traditional mud-brick style. Mohsen Aboutorabi, professor of architecture at the University of Central England, demonstrated the lack of good building materials by banging two bricks together in Bam, resulting in cracking. On the other hand, Iranian regulations laid down in the 1989 Iran seismic code. were better enforced in high rise buildings and skyscrapers.   
  

terça-feira, dezembro 26, 2017

Há catorze anos um sismo arrasou a histórica cidade de Bam

The 2003 Bam earthquake struck the Kerman province of southeastern Iran at 01:56 UTC (5:26 AM Iran Standard Time) on December 26. The shock had a moment magnitude of 6.6 and a maximum Mercalli intensity of IX (Violent). The earthquake was particularly destructive in Bam, with the death toll amounting to at least 26,271 people and injuring up to 30,000. The effects of the earthquake were exacerbated by the use of mud brick as the standard construction medium; many of the area's structures did not comply with earthquake regulations set in 1989.
Following the earthquake the U.S. offered direct humanitarian assistance to Iran and in return the state promised to comply with an agreement with the International Atomic Energy Agency which supports greater monitoring of its nuclear interests. In total a reported 44 countries sent in personnel to assist in relief operations and 60 countries offered assistance.
Following the earthquake, the Iranian government seriously considered moving the capital of Tehran in fear of an earthquake occurring there. The earthquake had a psychological impact on many of the victims for years afterwards. A new institutional framework in Iran was established to address problems of urban planning and to reconstruct the city of Bam in compliance with strict seismic regulations. This process marked a turning point, as government ministers and international organizations collaborated under this framework with local engineers and local people to organize the systematic rebuilding of the city.

(...)

The quake occurred at 01:56 UTC (5:26 AM Iran Standard Time) on December 26, 2003. Its epicenter was roughly 10 kilometres (6 mi) southwest of the ancient city of Bam. Maximum intensities were at Bam and Baravat, with the most damage concentrated within the 16 kilometres (10 mi) radius around the city.
At least 26,271 people were killed and 30,000 injured. In terms of human loss the quake was the worst to occur in Iranian history. The BBC reported that a large number of victims were crushed while sleeping. Eleven-thousand students were killed and 1/5 of the 5,400 local teaching staff were also. This caused a significant problem for the local education system.
Up to ninety percent of buildings and infrastructure in the Bam area were either damaged or destroyed, with 70% of houses being completely destroyed, plus 70–90% of Bam's residential areas. This left an estimated 100,000 homeless. Not a single house was standing in Baravat. An important regional center during the 16th and 17th centuries, Bam contained many buildings that were not constructed to survive such ruptures. Many houses in Bam were homemade, and its owners did not use skilled labor or proper building materials to resist earthquakes in the construction. These were often built in the traditional mud-brick style. Mohsen Aboutorabi, professor of architecture at the University of Central England, demonstrated the lack of good building materials by banging two bricks together in Bam, resulting in cracking. On the other hand, Iranian regulations laid down in the 1989 Iran seismic code. were better enforced in high rise buildings and skyscrapers.  

domingo, setembro 24, 2017

O Aiatolá Khomeini nasceu há 115 anos

O Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlavi, na altura o xá do Irão. Governou o Irão desde a deposição do xá Reza Pahlavi até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.
  
Falecimento
Khomeini morreu no hospital, onze dias depois de uma operação feita para tentar parar uma hemorragia interna. Diz-se que uma multidão de mais de um milhão de iranianos reuniu-se à volta do local de enterro, que era suposto não ser conhecido. Encontra-se sepultado no Cemitério Behesht-e Zahra, Teerão, no Irão.

terça-feira, setembro 22, 2015

A Guerra Irão-Iraque começou há 35 anos

A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Chatt al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a devolução de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação da autonomia dada às minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, a 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão e, contando com o elemento surpresa, avançou no território iraniano.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O Iraque esperava uma guerra rápida, pois contava com um moderno exército equipado pela URSS. Outros países muçulmanos, como o Kuwait e a Arábia Saudita, também lhe davam apoio financeiro, na esperança de enfraquecer o regime de Teerão. O Irão estava isolado internacionalmente, pois considerava igualmente os EUA e a URSS como inimigos. Como vantagem, o Irão contava apenas com uma população bem superior. O exército iraquiano empenhou-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: de entre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad. Entre 1984 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente. O conflito começou a efetivamente preocupar as potências quando atingiu o fluxo regular de petróleo, na medida em que os beligerantes passaram a afundar navios e instalações petrolíferas, prejudicando grandes fornecedores como o Kuwait. A partir disso, começaram as pressões mundiais pela paz. No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de um milhão e quinhentas mil vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.

sexta-feira, julho 18, 2014

Há 20 anos um atentado contra a comunidade judaica argentina matou 85 pessoas

Bandera recordando los 6.000.000 de muertos en el holocausto judío y a los muertos en los atentados terroristas realizados en Buenos Aires de la Embajada de Israel y de la AMIA

El atentado a la AMIA fue un atentado con coche bomba que sufrió la Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA) de Buenos Aires el 18 de julio de 1994. Se trató de uno de los mayores ataques terroristas ocurridos en la Argentina, con un saldo de 85 personas muertas y 300 heridas. La comunidad judeoargentina es la más numerosa de Latinoamérica y la quinta mayor del mundo. El 25 de octubre de 2006, los fiscales Alberto Nisman y Marcelo Martínez Burgos formalmente acusaron el gobierno iraní de planificar el atentado y al Hezbollah de ejecutarlo. Según la investigación de la fiscalía, Argentina fue elegida como blanco del ataque tras la decisión del gobierno argentino de suspender un acuerdo de transferencia de tecnología nuclear a Irán. Posteriormente el juez Canicoba Corral ordenó la captura de los siete ex-funcionarios iraníes y un miembro operativo libanés del Hezbollah acusados por la fiscalía. El 7 de noviembre de 2007, Interpol ratificó las conclusiones de la justicia argentina, y ordenó la emisión de circulares rojas para capturar a los fugitivos iraníes y llevarlos ante la justicia. Desde entonces, el gobierno argentino ha requerido a Irán la extradición de sus ciudadanos acusados por el ataque para ser juzgados por un tribunal argentino o extranjero, pero Irán se ha negado a acatar el fallo de la justicia argentina.

quinta-feira, dezembro 26, 2013

O Sismo de Bam de 2003 foi há 10 anos

O Sismo de Bam de 2003 foi um sismo ocorrido em 26 de dezembro de 2003 na cidade de Bam (Irão) que destruiu a maior parte da cidade e causou dezenas de milhares de mortos.
A fortaleza da cidade, Património da Humanidade, foi declarada "em perigo" pela UNESCO.
Segundo as autoridades iranianas, o sismo causou entre 40.000 e 50.000 mortos, mas as estimativas mais rigorosas contam entre 25.000 e 30.000.
Fotografias do antes e depois da parte histórica de Bam

segunda-feira, novembro 04, 2013

A Crise de Reféns do Irão começou há 34 anos

A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.

A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.

sexta-feira, outubro 18, 2013

A teocracia iraniana quer executar duas vezes o mesmo homem

Irão determinado a executar preso que sobreviveu a enforcamento

Polícia iraniano à espera do início de uma execução


Amnistia Internacional faz campanha contra aplicação da sentença a homem que foi entregue à família vivo no dia a seguir à execução.

Alireza M., de 37 anos, foi enforcado numa manhã de outono. Após 12 minutos, foi pronunciado morto. Mas no dia seguinte, enquanto entregava o corpo à família, um trabalhador da morgue viu vapor no plástico. Não se sabe como, Alireza sobreviveu ao enforcamento. A Amnistia Internacional (AI) lançou uma campanha contra a aplicação da sentença.
“Não queríamos acreditar que estava vivo quando fomos buscar o corpo”, diz um familiar. “Mais do que qualquer pessoa, as suas duas filhas ficaram muito felizes”, contou. O estado de saúde de Alireza tem vindo a melhorar de dia para dia, disse, pelo seu lado, uma enfermeira ao jornal estatal Jam-e-Jam, que tem acompanhado o estranho caso que ocorreu no Norte do país.
Mas Alireza está a recuperar apenas para ser enforcado de novo. A lei iraniana diz que os condenados têm de estar conscientes e em relativa boa saúde antes de serem executados – as execuções de pessoas em coma ou que estejam grávidas são adiadas.
A Amnistia Internacional lançou agora uma campanha para poupar o prisioneiro, que tinha sido condenado por posse de metanfetaminas, a um segundo enforcamento. Em alguns casos, por exemplo, se alguém é condenado à morte por apedrejamento, se a pessoa conseguir sair do local depois de ser enterrada até ao pescoço, ou se conseguir de algum modo sobreviver, a sua vida é poupada, aponta o diário britânico The Guardian.
Mas as autoridades iranianas permanecem convictas: “A sentença do tribunal revolucionário foi a pena de morte”, disse Mohammad Erfan, juiz do tribunal que condenou o preso. “Nestas circunstâncias, deveria ser repetida.” “O veredicto foi a pena de morte e esta será levada a cabo assim que ele fique bem”, garantiu outro responsável citado pela BBC.
“Estou horrorizado com o plano de ‘reexecutar’ um homem que foi enforcado, teve a morte certificada e cujo corpo foi entregue à família”, disse Drewery Dyke, responsável da Amnistia, ao The Guardian. “A perspectiva horrífica de este homem enfrentar um segundo enforcamento, quando já passou por todo o processo uma vez, sublinha a crueldade e desumanidade da pena de morte”, avaliou, por seu lado, Philip Luther, director da AI para o Médio Oriente e Norte de África.
A Amnistia sublinha que o Irão é dos países que mais pessoas executam, provavelmente o segundo, logo a seguir à China. Desde a tomada de posse do novo Presidente, Hassan Rohani, foram mortas 125 pessoas por decisão judicial, nota a organização de defesa de direitos humanos.

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domingo, setembro 22, 2013

A Guerra Irão-Iraque comeou há 33 anos

A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988. Foi o resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Os Estados Unidos, cujo presidente era Ronald Reagan, apoiavam o Iraque.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975, que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab, em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Shatt-al-Arab (que controla o porto de Bassora), a reapropriação de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação de autonomia das minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, em 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O exército iraquiano envolveu-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: dentre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad.
Entre 1984-1985 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
O esforço de guerra do Iraque era financiado pela Arábia Saudita, pelos Estados Unidos e por outros países vizinhos, enquanto o Irão contava com a ajuda da Síria e da Líbia, entre outros. A União Soviética, que vendia mais armas inicialmente para o Iraque, passa a vender mais equipamento militar para o Irão, conforme cresceu o apoio americano ao Iraque. Durante todo o conflito o Brasil foi um dos países ocidentais que vendeu armas para o Iraque em troca de petróleo. Portugal vendeu armas e outros produtos a ambos os beligerantes.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada, quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente.
No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irã, não. Em Agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de 1,5 milhão de vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.

sábado, setembro 22, 2012

Há 32 anos começou a guerra Irão-Iraque

A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988. Foi o resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Os Estados Unidos, cujo presidente era Ronald Reagan, apoiavam o Iraque.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Shatt-al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a reapropriação de três ilhas no estreito de Ormuz (tomado pelo Irão em 1971) e a cessão de autonomia às minorias dentro do Irã, o exército iraquiano, em 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irã.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Khuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O exército iraquiano envolveu-se em uma escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: dentre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad.
Entre 1984-1985 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
O esforço de guerra do Iraque era financiado pela Arábia Saudita, pelos EUA, enquanto o Irão contava com a ajuda da Síria e da Líbia. A União Soviética que inicialmente vendia mais armas ao Iraque, passou a vender mais equipamento militar para o Irão, conforme cresceu o apoio americano ao Iraque. Durante todo o conflito o Brasil foi um dos países ocidentais que vendeu armas para o Iraque em troca de petróleo.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente.
No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de 1,5 milhão de vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.

sexta-feira, novembro 04, 2011

A crise de reféns do Irão começou há 32 anos

 Hostage Barry Rosen, age 34

The Iran hostage crisis was a diplomatic crisis between Iran and the United States where 52 Americans were held hostage for 444 days from November 4, 1979 to January 20, 1981, after a group of Islamist students and militants took over the American Embassy in support of the Iranian Revolution.
The episode reached a climax when, after failed attempts to negotiate a release, the United States military attempted a rescue operation, Operation Eagle Claw, on April 24, 1980, which resulted in a failed mission, the destruction of two aircraft and the deaths of eight American servicemen and one Iranian civilian. It ended with the signing of the Algiers Accords in Algeria on January 19, 1981. The hostages were formally released into United States custody the following day, just minutes after the new American president Ronald Reagan was sworn in.
The crisis has been described as an entanglement of "vengeance and mutual incomprehension". In Iran, the hostage taking was widely seen as a blow against the U.S, and its influence in Iran, its perceived attempts to undermine the Iranian Revolution, and its long-standing support of the Shah of Iran, recently overthrown by the revolution. The Shah had been restored to power in a 1953 coup organized by the CIA at the American Embassy against a democratically-elected nationalist Iranian government, and had recently been allowed into the United States for medical treatment. In the United States, the hostage-taking was seen as an outrage violating a centuries-old principle of international law granting diplomats immunity from arrest and diplomatic compounds are considered inviolable.
The crisis has also been described as the "pivotal episode" in the history of Iran – United States relations. In the U.S., some political analysts believe the crisis was a major reason for U.S. President Jimmy Carter's defeat in the November 1980 presidential election. In Iran, the crisis strengthened the prestige of the Ayatollah Khomeini and the political power of those who supported theocracy and opposed any normalization of relations with the West. The crisis also marked the beginning of U.S. legal action, or economic sanctions against Iran, that further weakened economic ties between Iran and the United States.