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segunda-feira, novembro 04, 2024

A Crise de Reféns do Irão começou há 45 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.
   
   
A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.
 
      

segunda-feira, setembro 16, 2024

Mahsa Amini foi assassinada há dois anos...


Mahsa Amini (em curdo: مەھسا ئەمینی, em farsi: مهسا امینی; Saqqez, 22 de julho de 2000Teerão, 16 de setembro de 2022), também conhecida como Zhina Amini ou Jina Amini (em curdo: ژینا امینی), era uma jovem mulher curda iraniana que foi presa pela Patrulha de Orientação da República Islâmica do Irão, um esquadrão especial da polícia encarregado da implementação pública dos regulamentos islâmicos do hijabe, por seu hijabe não obedecer aos padrões obrigatórios do governo. O relatório oficial da polícia afirmou que ela teve insuficiência cardíaca e morreu após dois dias em coma. Provas mostram que foi espancada com um pedaço de pau na cabeça e foi agredida várias vezes dentro de um carro da polícia. Alguns acreditam que esses atos violentos levaram ao coma e morte cerebral. Ela tornou-se um símbolo da violência contra as mulheres sob a República Islâmica.

 

Biografia

Mahsa Amini era uma mulher curda iraniana de 22 anos, originária de Saqqez, na província do Curdistão. O seu irmão Kiaresh estava com ela no momento de sua prisão.
   
 
Detenção e morte

Mahsa (Zhina) Amini viajava para Teerão com a sua família, quando foi presa, no dia 13 de setembro, na entrada da rodovia Haqqani pela auto-proclamada “Patrulha de Orientação” enquanto estava com o seu irmão, Kiaresh Amini, e foi transferida para a agência “Segurança Moral”. Ele foi informado de que ela seria levada para o centro de detenção, para passar por uma "aula de esclarecimento", e libertada após uma hora. Em vez disso, ela foi levada para o Hospital Kasra de ambulância.

Durante dois dias, Amini ficou em coma no Hospital Kasra, em Teerão, o que despertou o sentimento do público em geral e mais uma vez provocou o protesto das pessoas contra a Patrulha de Orientação e a lei sobre hijabes. Ela morreu na unidade de cuidados intensivos a 16 de setembro.

 

Provas de violência

A clínica onde Amini foi tratada divulgou um comunicado no Instagram dizendo que ela estava em morte cerebral quando foi internada. A postagem do Instagram já foi excluída. O irmão de Amini, Kiaresh, notou hematomas na cabeça e nas pernas. As mulheres que foram detidas com Amini disseram que ela foi severamente espancada por resistir aos insultos e provocações dos polícias que a prenderam. Vários médicos opinaram que Amini sofreu uma lesão cerebral, com base nos sintomas clínicos, incluindo sangramento nas orelhas e hematomas sob os olhos.

 


Protestos

Uma série de protestos eclodiu após sua morte, inclusive em Saqqez, a sua cidade natal. Algumas gritaram slogans feministas curdos como “Jin - Jiyan - Azadi: Mulheres, Vida, Liberdade” e “morte ao ditador” em persa. Essas manifestações foram reprimidas pelas forças especiais da polícia iraniana. Também ocorreram protestos do lado de fora do Hospital Kasra, em Teerão, onde alguns dos protestantes foram presos pelas forças de segurança, que também usaram spray de pimenta contra eles.

Com a morte de Mahsa, protestos e marchas espalham-se por diversos em diferentes cidades. As ruas de Sanandaj no domingo foram parcialmente fechadas e as forças de segurança foram espalhadas pela cidade após uma noite de protestos contra o rígido código de roupa da República Islâmica do Irão. Em 19 de setembro, cinco pessoas foram mortas na região curda do Irão, quando as forças de segurança abriram fogo durante protestos, disse um grupo de direitos humanos curdo, no terceiro dia de turbulência por um incidente que começou em todo o país. Duas das pessoas foram mortas quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na cidade curda de Saqez, cidade natal de Amini, disse a Organização de Direitos Humanos de Hengaw no Twitter. Ele disse que mais dois foram mortos na cidade de Divandarreh "por fogo direto" das forças de segurança, e um quinto foi morto em Dehgolan, também na região curda. Manifestações populares se espalharam por diferentes cidades do Irão, incluindo Teerão, Rasht, Esfahan, Karaj, Mashhad, Sanandaj, Ilam e muitas outras cidades, e a polícia especial do governo iraniano lidou com esses protestos severamente, havendo muitos feridos e foram presos alguns ativistas políticos. Durante esse período, a hashtag#MahsaAmini tornou-se uma das hashtags mais repetidas no Twitter persa. O número de tweets e retuítes dessas hashtags ultrapassou 5,1 milhões. Algumas mulheres iranianas postaram vídeos nas redes sociais cortando o cabelo em protesto.


 

Reações

A Amnistia Internacional solicitou uma investigação criminal sobre a morte suspeita. Segundo esta organização, "todos os responsáveis e funcionários" neste caso devem ser levados à justiça e "as condições que levaram à sua morte suspeita, que incluem tortura e outros maus-tratos no centro de detenção, devem ser investigadas criminalmente".

A Human Rights Watch chamou a morte de Amini de "cruel" e escreveu: "As autoridades iranianas devem cancelar a lei obrigatória do hijab e remover ou alterar outras leis que privam as mulheres de sua independência e direitos".

Centro para os Direitos Humanos no Irão: Mahsa Amini considerada outra vítima da guerra da República Islâmica contra as mulheres e pediu que a violência contra as mulheres no Irão seja fortemente condenada em todo o mundo para evitar tais tragédias evitáveis.

Javaid Rehman, Relator Especial das Nações Unidas, também lamentou o comportamento da República Islâmica do Irão e acrescentou: "Este incidente é um sinal de violação generalizada dos direitos humanos no Irão".

O porta-voz da União Europeia divulgou um comunicado anunciando que o que aconteceu com Mahsa Amini é inaceitável e os autores deste assassinato devem ser responsabilizados.

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou a tortura que levou à morte de Mahsa Amini.

 


 
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segunda-feira, junho 03, 2024

O Aiatolá Khomeini morreu há trinta e cinco anos...

  
O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno estado xiita, tendo governado o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como o Imã Khomeini, dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini, fora do seu país.

sábado, novembro 04, 2023

A Crise de Reféns do Irão começou há 44 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
      

sábado, setembro 16, 2023

Mahsa Amini morreu há um ano...


Mahsa Amini (em curdo: مەھسا ئەمینی, em farsi: مهسا امینی; Saqqez, 22 de julho de 2000Teerão, 16 de setembro de 2022), também conhecida como Zhina Amini ou Jina Amini (em curdo: ژینا امینی), era uma jovem mulher curda iraniana que foi presa pela Patrulha de Orientação da República Islâmica do Irão, um esquadrão especial da polícia encarregado da implementação pública dos regulamentos islâmicos do hijabe, por seu hijabe não obedecer aos padrões obrigatórios do governo. O relatório oficial da polícia afirmou que ela teve insuficiência cardíaca e morreu após dois dias em coma. Provas mostram que foi espancada com um pedaço de pau na cabeça e foi agredida várias vezes dentro de um carro da polícia. Alguns acreditam que esses atos violentos levaram ao coma e morte cerebral. Ela tornou-se um símbolo da violência contra as mulheres sob a República Islâmica.

 

Biografia

Mahsa Amini era uma mulher curda iraniana de 22 anos, originária de Saqqez, na província do Curdistão. O seu irmão Kiaresh estava com ela no momento de sua prisão.
   
 
Detenção e morte

Mahsa (Zhina) Amini viajava para Teerão com a sua família, quando foi presa, no dia 13 de setembro, na entrada da rodovia Haqqani pela auto-proclamada “Patrulha de Orientação” enquanto estava com o seu irmão, Kiaresh Amini, e foi transferida para a agência “Segurança Moral”. Ele foi informado de que ela seria levada para o centro de detenção, para passar por uma "aula de esclarecimento", e libertada após uma hora. Em vez disso, ela foi levada para o Hospital Kasra de ambulância.

Durante dois dias, Amini ficou em coma no Hospital Kasra, em Teerão, o que despertou o sentimento do público em geral e mais uma vez provocou o protesto das pessoas contra a Patrulha de Orientação e a lei sobre hijabes. Ela morreu na unidade de cuidados intensivos a 16 de setembro.

 

Provas de violência

A clínica onde Amini foi tratada divulgou um comunicado no Instagram dizendo que ela estava em morte cerebral quando foi internada. A postagem do Instagram já foi excluída. O irmão de Amini, Kiaresh, notou hematomas na cabeça e nas pernas. As mulheres que foram detidas com Amini disseram que ela foi severamente espancada por resistir aos insultos e provocações dos polícias que a prenderam. Vários médicos opinaram que Amini sofreu uma lesão cerebral, com base nos sintomas clínicos, incluindo sangramento nas orelhas e hematomas sob os olhos.

 


Protestos

Uma série de protestos eclodiu após sua morte, inclusive em Saqqez, a sua cidade natal. Algumas gritaram slogans feministas curdos como “Jin - Jiyan - Azadi: Mulheres, Vida, Liberdade” e “morte ao ditador” em persa. Essas manifestações foram reprimidas pelas forças especiais da polícia iraniana. Também ocorreram protestos do lado de fora do Hospital Kasra, em Teerão, onde alguns dos protestantes foram presos pelas forças de segurança, que também usaram spray de pimenta contra eles.

Com a morte de Mahsa, protestos e marchas espalham-se por diversos em diferentes cidades. As ruas de Sanandaj no domingo foram parcialmente fechadas e as forças de segurança foram espalhadas pela cidade após uma noite de protestos contra o rígido código de roupa da República Islâmica do Irão. Em 19 de setembro, cinco pessoas foram mortas na região curda do Irão, quando as forças de segurança abriram fogo durante protestos, disse um grupo de direitos humanos curdo, no terceiro dia de turbulência por um incidente que começou em todo o país. Duas das pessoas foram mortas quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na cidade curda de Saqez, cidade natal de Amini, disse a Organização de Direitos Humanos de Hengaw no Twitter. Ele disse que mais dois foram mortos na cidade de Divandarreh "por fogo direto" das forças de segurança, e um quinto foi morto em Dehgolan, também na região curda. Manifestações populares se espalharam por diferentes cidades do Irão, incluindo Teerão, Rasht, Esfahan, Karaj, Mashhad, Sanandaj, Ilam e muitas outras cidades, e a polícia especial do governo iraniano lidou com esses protestos severamente, havendo muitos feridos e foram presos alguns ativistas políticos. Durante esse período, a hashtag#MahsaAmini tornou-se uma das hashtags mais repetidas no Twitter persa. O número de tweets e retuítes dessas hashtags ultrapassou 5,1 milhões. Algumas mulheres iranianas postaram vídeos nas redes sociais cortando o cabelo em protesto.


 

Reações

A Amnistia Internacional solicitou uma investigação criminal sobre a morte suspeita. Segundo esta organização, "todos os responsáveis e funcionários" neste caso devem ser levados à justiça e "as condições que levaram à sua morte suspeita, que incluem tortura e outros maus-tratos no centro de detenção, devem ser investigadas criminalmente".

A Human Rights Watch chamou a morte de Amini de "cruel" e escreveu: "As autoridades iranianas devem cancelar a lei obrigatória do hijab e remover ou alterar outras leis que privam as mulheres de sua independência e direitos".

Centro para os Direitos Humanos no Irão: Mahsa Amini considerada outra vítima da guerra da República Islâmica contra as mulheres e pediu que a violência contra as mulheres no Irão seja fortemente condenada em todo o mundo para evitar tais tragédias evitáveis.

Javaid Rehman, Relator Especial das Nações Unidas, também lamentou o comportamento da República Islâmica do Irão e acrescentou: "Este incidente é um sinal de violação generalizada dos direitos humanos no Irão".

O porta-voz da União Europeia divulgou um comunicado anunciando que o que aconteceu com Mahsa Amini é inaceitável e os autores deste assassinato devem ser responsabilizados.

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou a tortura que levou à morte de Mahsa Amini.

 


sábado, junho 03, 2023

O Aiatolá Khomeini morreu há trinta e quatro anos

  
O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno estado xiita e governou o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como o Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.

sexta-feira, novembro 04, 2022

A Crise de Reféns do Irão começou há 43 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
      

sexta-feira, junho 03, 2022

Khomeini morreu há trinta e três anos

  
O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno estado xiita e governou o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como o Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.

quinta-feira, novembro 04, 2021

A Crise de Reféns do Irão começou há 42 anos


A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
    

quarta-feira, novembro 04, 2020

A Crise de Reféns do Irão começou há 41 anos

 
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
    

segunda-feira, novembro 04, 2019

A Crise de Reféns do Irão começou há quarenta anos

A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.

A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.
  
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segunda-feira, novembro 04, 2013

A Crise de Reféns do Irão começou há 34 anos

A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.

A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.