O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.
E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.
Antonín Leopold Dvořák (Nelahozeves 8 de setembro de 1841 - Praga, 1 de maio de 1904) foi um compositor checo da Era Romântica. De forma semelhante ao compositor nacionalistaBedřich Smetana, Dvořák também aplicou algumas das características da música popular da Morávia e da sua terra-natal, a Boémia (então parte integrante do Império Austríaco e atualmente parte República Checa). O estilo próprio de Dvořák tem sido descrito como o
expoente máximo que conjugou o idioma nacional com a tradição
sinfónica, integrando influências populares e encontrando formas
eficazes de as utilizar.
Nascido em Nelahozeves, Dvořák cedo demonstrou os seus dotes musicais. O seu primeiro trabalho conhecido, Forget-Me-Not Polka in C (Polka pomněnka) terá sido escrito em 1854. Em 1859, terminou o curso de órgão em Praga. Na década de 1860, tocou como violista
na Orquestra do Teatro Bohemian Provisional e deu formação em piano.
Em 1873, casou-se com Anna Čermáková, e deixou a orquestra para seguir
a carreira de organista de igreja. Escreveu várias composições
durante este período. A música de Dvořák atraiu o interesse de Johannes Brahms, que o ajudou na sua carreira; também recebeu a ajuda do crítico Eduard Hanslick.
Depois da estreia da sua cantata Stabat Mater
(1880), Dvořák visitou o Reino Unido tornado-se, aí, muito popular; a
sua Sinfonia n.º 7 foi escrita para Londres. Depois de passar pela
Rússia em 1890, Dvořák foi escolhido para professor no Conservatório de Praga em 1891. No ano seguinte, Dvořák mudou-se para os Estados Unidos, para ser o diretor do Conservatório Nacional de Música da América em New York City,
onde também compôs. No entanto, questões relacionadas com o seu
ordenado, juntamente com um crescente reconhecimento na Europa e
saudades da sua terra-natal, fizeram-no regressar à Boémia. De 1895 até à
sua morte, compôs, principalmente, música de câmara e operática.
Quando morreu, eram vários os trabalhos por terminar.
Estudou como professor de escola e organista, e foi nessa qualidade que trabalhou em Linz, até se mudar, em 1868, para Viena, para ensinar harmonia, contraponto e órgão no Conservatório de Viena.
O seu sucesso como compositor não foi constante ao longo da sua
vida, sendo a sua aceitação muitas vezes condicionada pela sua
própria insegurança e as suas partituras traziam problemas
editoriais, devido à sua prontidão em revê-las e alterá-las. Bruckner
continuou a tradição austríaco-germânica de composição em grande
escala, sendo a sua técnica de composição influenciada pela sua
destreza como organista e consequentemente a improvisação formal. A
sua sinfonia mais popular é a n.º 4 em mi bemol maior.
Em 24 de abril de 1854, Francisco José casou-se com sua prima, a duquesa Isabel da Baviera (conhecida na família por Sissi), filha da sua tia Luísa Guilhermina e do duque Maximiliano José, Duque na Baviera.
Sissi, por quem Francisco José foi apaixonado, apesar das constantes
desavenças, e que exerceu profunda influência sobre ele, deu-lhe três
filhas e um varão.
Gustav Mahler (Kalischt, Boémia, Império Austro-Húngaro, atualmente República Checa, 7 de julho de 1860 - Viena, 18 de maio de 1911) foi um maestro judaico checo-austríaco e compositor. Atualmente, Mahler costuma ser visto como um dos maiores compositores, lembrado por ligar a música do século XIX com o período moderno, e por suas grandes sinfonias e ciclo de canções sinfónicas, como, por exemplo, Das Lied von der Erde (A Canção da Terra). É considerado também um exímio orquestrador,
por usar combinações de instrumentos e timbres que pudessem expressar
as suas intenções de forma extremamente criativa, original e profunda.
As suas obras (principalmente as sinfonias) são geralmente extensas e
com orquestração variada e numerosa. Mahler procurava romper os
limites da tonalidade, posto que em muitas de suas obras há longos
trechos que parecem não estar em tom algum. Outra característica
marcante das obras de Mahler é um certo caráter sombrio, algumas vezes
ligado ao funesto.
(...)
Em 7 de julho de 1860, no pequeno burgo de Kalischt (hoje Kaliště, em checo), na região da Boémia, numa região que não ficava muito longe da fronteira da Morávia, nasceu Gustav Mahler. Os seus pais foram Marien Hermann (1837-1889) e Bernhard Mahler (1827-1889).
O primeiro filho dos Mahler, Isidor, nascido em 1858, sofreu um acidente
ainda durante a infância e morreu. Gustav Mahler, o segundo,
tornou-se, assim, o filho mais velho vivo. Os Mahler tiveram ao todo
catorze filhos, contudo oito não chegaram a atingir a fase adulta.
Gustav e a sua família eram judeus e faziam parte de uma minoria de língua alemã
que vivia na Boémia. Anos mais tarde, Gustav Mahler lembraria essa
condição: "Sou três vezes apátrida! Como natural da Boémia, na Áustria;
como austríaco, na Alemanha; como judeu, no mundo inteiro. Em toda
parte um intruso, em nenhum lugar desejado!"
Gustav Mahler (Kalischt, Boémia, Império Austro-Húngaro - atualmente República Checa, 7 de julho de 1860 - Viena, 18 de maio de 1911) foi um maestro judaico austríaco e compositor. Atualmente, Mahler costuma ser visto como um dos maiores compositores, lembrado por ligar a música do século XIX com o período moderno, e por suas grandes sinfonias e ciclo de canções sinfónicas, como, por exemplo, Das Lied von der Erde (A Canção da Terra). É considerado também um exímio orquestrador,
por usar combinações de instrumentos e timbres que pudessem expressar
suas intenções de forma extremamente criativa, original e profunda.
As suas obras (principalmente as sinfonias) são geralmente extensas e
com orquestração variada e numerosa. Mahler procura romper os limites
da tonalidade, posto que em muitas de suas obras há longos trechos que
parecem não estar em tom algum. Outra característica marcante das
obras de Mahler é um certo caráter sombrio, algumas vezes ligado ao
funesto.
(...)
Em 1910 terminou a Nona Sinfonia (o seu último trabalho completo) e começou a escrever a Décima.
Nesse ano a sua esposa Alma precipitou uma crise conjugal, ao fazer amizade com Walter Gropius. Em Leyden, Mahler teve uma consulta com o psicanalista Sigmund Freud.
De volta à América, em fevereiro de 1911, Mahler ficou extremamente doente. O médico da família, Joseph Fränkel, em Nova Iorque, diagnosticou uma infeção estreptocócica.
Por sugestão do médico, no começo de abril, Mahler partiu para Paris
para consultar um bacteriologista. Nessa época Paris, em virtude das
descobertas de Louis Pasteur era um centro de referência para o estudo de moléstias de origem bacteriológica.
Por um breve período, Mahler teve uma pequena melhora e chegou até a planear uma viagem ao Egito. Contudo não conseguiu recuperar. Um médico especialista em hematologia sugeriu que Mahler fosse internado em Viena e para lá foi levado.
A 18 de maio de 1911, com 50 anos e 46 semanas, Gustav Mahler morreu em Viena, então capital do Império Austro-Húngaro, de uma infeção estreptocócica do sangue. As suas últimas palavras foram: Minha Almschi (uma referência a sua esposa Alma, literalmente traduzido, Minha Alminha) e "Mozart". Como Beethoven, morreu durante uma trovoada. Ele foi sepultado em Viena, no Cemitério Grinzinger, ao lado da filha Maria, conforme pediu antes de morrer.
(...)
Gustav e a sua família eram judeus e faziam parte de uma minoria de língua materna alemã
que vivia na Boémia. Anos mais tarde, Gustav Mahler lembraria essa
condição: "Sou três vezes apátrida! Como natural da Boémia, na Áustria;
como austríaco, na Alemanha; como judeu, no mundo inteiro. Em toda
parte um intruso, em nenhum lugar desejado!"
O seu reinado de 40 anos foi iniciado com a morte de seu pai, Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico, em outubro de 1740. Isto só se tornou possível com a adesão do Imperador à Pragmática Sanção de 1713, visto que os territórios dos Habsburgos eram regidos pela lei sálica, que impedia a sucessão feminina. Entretanto, com a sua morte, Saxónia, Prússia, Baviera e França rejeitaram o documento que haviam reconhecido como legítimo até então. A Prússia invadiu a província da Silésia, provocando um conflito de nove anos conhecido como a Guerra da Sucessão Austríaca. Mais tarde, Maria Teresa tentaria, sem sucesso, reconquistar a Silésia durante a Guerra dos Sete Anos.
Maria Teresa foi responsável por grandes reformas financeiras e
educacionais, com o apoio do conde Frederico Guilherme de Haugwitz e de Gottfried van Swieten,
promoveu o comércio e desenvolveu a agricultura, além de reorganizar o
exército austríaco, o que fortaleceu a posição internacional da Áustria.
No entanto, ela recusou-se a permitir a tolerância religiosa, levando seus contemporâneos a avaliar o seu regime como preconceituoso e supersticioso.
Como jovem monarca que lutou duas guerras dinásticas, Maria Teresa
acreditava que sua causa deveria ser a causa de seus súbditos, mas, nos
seus últimos anos, passou a acreditar que a sua causa deveria prevalecer.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Habsburgos foram depostos com a formação de novos países, tais como a Áustria, a Hungria e a Checoslováquia. Carlos e Zita partiram em exílio para a Suíça e, mais tarde, para a ilha da Madeira, onde Carlos morreu, em 1922. Após a morte de seu marido, Zita e seu filho Oto tornaram-se símbolos de unidade da dinastia exilada.
Uma católica devota, ela criou uma grande família sozinha, tendo
ficado viúva aos vinte e oito anos, e permaneceu fiel à memória de
Carlos I pelo resto de sua vida.
Antonín Dvořák nasceu em 8 de setembro de 1841, na aldeia boémia de Nelahozeves, perto de Praga (então parte da Boémia no Império Austríaco, atual República Checa),
onde passou a maior parte de sua vida. Foi batizado na Igreja
Católica de Santo André, na mesma aldeia. Os anos que Dvořák passou em
Nelahozeves nutriram a forte fé cristã e o amor pela sua herança
boémia que tão fortemente influenciou a sua música. O seu pai,
Frantisek Dvořák (1814-1894) foi um taberneiro, instrumentista
profissional de cítara
e talhante. Embora o seu pai quisesse que ele também fosse um
talhante, Dvořák passou a buscar um futuro na música. Recebeu sua
primeira educação musical na escola da aldeia, onde ingressou em 1847,
aos seis anos. De 1857 a 1859 estudou música
na única escola para organistas de Praga e, gradualmente
desenvolveu-se, tornando-se um excelente instrumentista de violino e
viola. Escreveu o seu primeiro quarteto de cordas quando tinha vinte anos,
dois anos após a graduação.
Ao longo da década de 1860, tocou viola na Orquestra Provisória do Teatro da Boémia, que em 1866 era regida por Bedřich Smetana.
Quando tinha dezoito anos, Dvořák era um músico a tempo integral e
recebia cerca de 7,50 dólares por mês. A constante necessidade de
complementar sua renda levou-o a dar lições de piano. Foi através
dessas aulas de piano que conheceu a sua esposa. No princípio, ele
apaixonou-se por uma sua pupila, Josefina Čermáková, para quem compôs Cypress Trees. No entanto, ela nunca o amou e acabou por casar com outro homem. Em 1873, Dvořák casou-se com a irmã de Josefina, Anna.
O seu primeiro sucesso foi um hino baseado numa obra de Vítězslav
Hálek, famoso poeta do seu país. Assim conseguiu a colocação de
organista na Igreja de Saint-Ethelbert, que ocupou até 1877. Datam desses anos Stabat Mater e outras obras sinfónicas, vocais e, sobretudo, de câmara. Em 1875 obteve uma remuneração permanente do Estado.
Em 1892 aceitou o convite para dirigir o Conservatório de Nova York. Escreveu então algumas de suas obras mais famosas, como a Sinfonia do Novo Mundo (1893).
No entanto, a saudade do seu país fez com que o compositor retornasse
para o lugar de professor de composição que obtivera em 1891.
A obra de Dvořák constitui uma síntese do pós-romantismo alemão de Brahms (que o admirava) e da tradição folclórica eslava.
Na relação de suas obras encontram-se nove sinfonias, um concerto para
piano, um concerto para violino, um concerto para violoncelo (o mais
famoso dos seus concertos), poemas sinfónicos (O espírito das águas, Meu Lar, Waldesruhe), aberturas (Othello, Na natureza, Trágica), danças sinfónicas, suites (Checa, Americana) e as danças checas.
As composições de Dvořák têm estilos muito próprios, com grande riqueza melódica e colorido orquestral.
Carlos deliberadamente nunca abdicou oficialmente de seus tronos, passando o resto de sua vida tentando restaurar a monarquia até morrer aos 34 anos em Portugal na Ilha da Madeira, onde foi enterrado. Ele foi beatificado pela Igreja Católica em 2004, quando o papa João Paulo II
declarou que a sua morte ocorreu em odor de santidade e reconheceu o seu
papel como pacificador durante a guerra, colocando sempre a sua fé antes
de suas decisões políticas.
A Igreja Católica designa-o como Beato Carlos da Áustria,
Imperador.
Sem suficiente capacidade de manobra, durante o ano de 1917, manteve à
revelia da Alemanha uns polémicos contactos com o governo francês para
tratar de alcançar a paz por separado com os aliados através de seu
cunhado, o Príncipe Sixto de Bourbon-Parma,
que fracassaram. Com a derrota da Áustria-Hungria na guerra e iniciada a
dissolução do Império, renunciou ao cargo de chefe de Estado em 11 de
novembro de 1918 mas não aos seus direitos como chefe da dinastia e ao
trono. Partiu para o exílio na Suíça.
Em 1921, com escasso apoio político, participou numa conspiração
para restaurar a monarquia na Hungria. Apesar desse facto, o almirante Miklós Horthy
traiu-o e conseguiu retirar-lhe o trono, expulsou-o de seu país e
converteu-se em regente de uma Hungria que se definia como "reino com o
trono vago".
O imperador Carlos morreu de pneumonia na ilha da Madeira, Portugal, no ano de
1922. Os seus restos mortais ainda permanecem na ilha, na Igreja de Nossa Senhora
do Monte, com a permissão dos seus sucessores.
O Império Austro-Húngaro
compreendia em 1914, 676.616 km² e 52 milhões de habitantes, o que o
convertia no segundo país mais extenso da Europa e o terceiro mais
povoado. Incluía 12 milhões de alemães, 10 milhões de húngaros, 9
milhões de checos e eslovacos, 5 milhões de polacos, outros tantos
sérvios e croatas, 4 milhões de ruténios e 1 milhão de italianos. Havia
34 milhões de católicos romanos, 4,5 milhões de ortodoxos, outros tantos
protestantes, 2,5 milhões de judeus e 700.000 muçulmanos, cuja
coexistência pacífica era garantida pelo Império.
Se a situação balcânica havia sido até então sangrenta e
problemática, a dissolução da Áustria-Hungria exacerbaria os problemas
ao acrescentar novas fronteiras que criaram férreas barreiras
alfandegárias, responsáveis por asfixiar o comércio e conduzir à crise
económica e à miséria dos novos países balcânicos. Porém, apesar de
tudo, a derrota do Império Austro-Húngaro
na Primeira Guerra resultou na auto-determinação e independência das
minorias étnicas dentro do território Habsburgo e na proclamação da
República da Áustria.
Para Áustria, a consequência mais importante da dissolução do Império
foi a sua degradação a um poder de terceira categoria, ao ponto de ser
absorvida pela Alemanha em 1938. Nunca recuperaria seu status de
grande potência. Viena, que havia sido uma das capitais do mundo, se
converteu da noite para o dia a cabeça de um país diminuto. Em 2007
ainda está muito distante da população que tinha em 1916 (1,6 milhões em
2007, enquanto em 1916 era de 2,3 milhões).
A sua abdicação acabou com o poder da dinastia dos Habsburgos, família
que havia dominado a Europa e o mundo inteiro desde o século XV, quando Alberto II de Habsburgo alcançou o poder do Sacro Império Romano Germânico
em 1438. Desde esse momento, estenderam seus domínios por toda Europa e
América, alcançando seu máximo esplendor no século XVI com Carlos I da
Espanha e V da Alemanha, Imperador do Sacro Império Romano Germânico
entre 1519 e 1556. Sem embargo, a decadência fez que perdessem
possessões, reduzindo finalmente a um resquício de todo seu antigo
poder: Áustria, Hungria e Boémia. Estes reinos formaram em princípio o Império da Áustria (1804-1867), mais tarde passaram a ser o Império Austro-Húngaro (1867-1918). O colapso do estado austro-húngaro em 1918 pôs fim ao poder da dinastia Habsburgo no mundo.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Habsburgos foram depostos com a formação de novos países, tais como a Áustria, a Hungria e a Checoslováquia. Carlos e Zita partiram em exílio para a Suíça e, mais tarde, para Madeira, onde Carlos morreu em 1922. Após a morte de seu marido, Zita e o seu filho Otto tornaram-se símbolos de unidade da dinastia exilada.
Os filhos de Zita e Carlos da Áustria, cerca de 1926
Uma católica devota, criou uma grande família sozinha, tendo ficado viúva aos vinte e oito anos, permanecendo fiel à memória de Carlos I no resto da sua vida.
De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Depois (1867-1895) lecionou Física na Universidade de Praga,
onde se opôs à introdução da língua checa como idioma oficial na mesma
universidade, alinhando com os partidários do domínio alemão na
região. De 1895 a 1901 foi o titular da cadeira de história e teoria da
ciência indutiva na Universidade de Viena. Em 1901, após abandonar o ensino, foi nomeado membro da Câmara dos Pares pelo Imperador da Áustria.
As suas obras filosóficas e científicas exerceram profunda influência no pensamento do século XX. Os seus primeiros livros contêm os fundamentos de uma nova teoria filosófica, o empirocriticismo.
Defendeu uma conceção positivista: nenhuma proposição das ciências
naturais é admissível se não for possível verificá-la empiricamente.
Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.
E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.
Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.
E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.
Antonín Leopold Dvořák (Nelahozeves 8 de setembro de 1841 - Praga, 1 de maio de 1904) foi um compositor checo da Era Romântica. De forma semelhante ao compositor nacionalistaBedřich Smetana, Dvořák também aplicou algumas das características da música popular da Morávia e da sua terra-natal, a Boémia (então parte integrante do Império Austríaco e actualmente parte República Checa). O estilo próprio de Dvořák tem sido descrito como o
expoente máximo que conjugou o idioma nacional com a tradição
sinfónica, integrando influências populares e encontrando formas
eficazes de as utilizar.
Nascido em Nelahozeves, Dvořák cedo demonstrou os seus dotes musicais. O seu primeiro trabalho conhecido, Forget-Me-Not Polka in C (Polka pomněnka) terá sido escrito em 1854. Em 1859, terminou o curso de órgão em Praga. Na década de 1860, tocou como violista
na Orquestra do Teatro Bohemian Provisional e deu formação em piano.
Em 1873, casou-se com Anna Čermáková, e deixou a orquestra para seguir
a carreira de organista de igreja. Escreveu várias composições
durante este período. A música de Dvořák atraiu o interesse de Johannes Brahms, que o ajudou na sua carreira; também recebeu a ajuda do crítico Eduard Hanslick.
Depois da estreia da sua cantata Stabat Mater
(1880), Dvořák visitou o Reino Unido tornado-se, aí, muito popular; a
sua Sinfonia n.º 7 foi escrita para Londres. Depois de passar pela
Rússia em 1890, Dvořák foi escolhido para professor no Conservatório de Praga em 1891. No ano seguinte, Dvořák mudou-se para os Estados Unidos, para ser o director do Conservatório Nacional de Música da América em New York City,
onde também compôs. No entanto, questões relacionadas com o seu
ordenado, juntamente com um crescente reconhecimento na Europa e
saudades da sua terra-natal, fizeram-no regressar à Boémia. De 1895 até à
sua morte, compôs, principalmente, música de câmara e operática.
Quando morreu, eram vários os trabalhos por terminar.
Estudou como professor de escola e organista, e foi nessa qualidade que trabalhou em Linz, até se mudar, em 1868, para Viena, para ensinar harmonia, contraponto e órgão no Conservatório de Viena.
O seu sucesso como compositor não foi constante ao longo da sua
vida, sendo a sua aceitação muitas vezes condicionada pela sua
própria insegurança e as suas partituras traziam problemas
editoriais, devido à sua prontidão em revê-las e alterá-las. Bruckner
continuou a tradição austríaco-germânica de composição em grande
escala, sendo a sua técnica de composição influenciada pela sua
destreza como organista e consequentemente a improvisação formal. A
sua sinfonia mais popular é a n.º 4 em mi bemol maior.
Em 24 de abril de 1854, Francisco José casou-se com sua prima, a duquesa Isabel da Baviera (conhecida na família por Sissi), filha da sua tia Luísa Guilhermina e do duque Maximiliano José, Duque na Baviera.
Sissi, por quem Francisco José foi apaixonado, apesar das constantes
desavenças, e que exerceu profunda influência sobre ele, deu-lhe três
filhas e um varão.