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terça-feira, janeiro 30, 2024

A última grande batalha naval da II Guerra Mundial foi há 81 anos

  
A Batalha da Ilha Rennell teve lugar entre 29 e 30 de janeiro de 1943 e foi a última grande batalha naval entre a Marinha dos Estados Unidos e da Marinha Imperial Japonesa durante a longa campanha de Guadalcanal, nas Ilhas Salomão, durante a Segunda Guerra Mundial. A batalha ocorreu no Pacífico Sul entre a ilha Rennell e Guadalcanal, no sul das Ilhas Salomão. Nos combates, a marinha japonesa conseguiu forçar os americanos a recuar temporariamente, protegendo a operação para evacuar as suas forças terrestres de Guadalcanal.
    

  

Franklin Delano Roosevelt nasceu há 142 anos

Uma das raras fotos do presidente Roosevelt em cadeira de rodas
     
Franklin Delano Roosevelt (Hyde Park, 30 de janeiro de 1882 - Warm Springs, 12 de abril de 1945), popularmente conhecido como FDR, foi um estadista e líder político americano que serviu como o 32º Presidente dos Estados Unidos de 1933 até à sua morte, em 1945. Membro do Partido Democrata, ele foi eleito para quatro mandatos presidenciais, sendo o presidente que ficou mais tempo no cargo, dominando o seu partido desde 1932 e tornou-se também uma figura central dos eventos históricos mundiais da metade do século XX, liderando os Estados Unidos durante a grande depressão económica e a Segunda Guerra Mundial. Ele encabeçou um programa de ajuda, recuperação e reforma económica-social, conhecido como New Deal, que expandiu a regulamentação, o tamanho e os poderes do governo federal, especialmente na economia. Como líder dos Democratas, ele fez o New Deal, que uniu os grandes sindicatos, as cidades industriais, americanos brancos, afro-americanos e fazendeiros sulistas brancos para apoiar as suas iniciativas políticas. Esta coligação dominou a política americana na década de 30 e 40, redefinindo o liberalismo americano e o movimento progressista do século XX nos Estados Unidos.
Roosevelt nasceu em 1882, membro de uma antiga e proeminente família de ascendência holandesa do Condado de Dutchess, em Nova Iorque. Ele teve uma educação privilegiada, formando-se na Groton School e na Universidade de Harvard em Massachusetts. Aos 23 anos de idade, em 1905, casou com Eleanor Roosevelt, de quem teve seis filhos. Entrou para a política em 1910, servindo no senado estadual de Nova Iorque e depois foi Secretário Assistente da Marinha, sob o presidente Woodrow Wilson. Em 1920, Roosevelt foi candidato à vice-presidência dos Estados Unidos com James M. Cox, mas foram derrotados nas eleições presidenciais pelos republicanos Warren Harding e Calvin Coolidge, como presidente e vice, respetivamente. Roosevelt ficou doente com poliomielite em 1921, impossibilitando-o de andar normalmente e colocando em risco o seu futuro na política, mas tentou tratar-se e fundou um centro de tratamento em Warm Springs, Geórgia. Roosevelt retornou à vida política quando tentou substituir Alfred E. Smith como governador de Nova Iorque, sendo eleito para este cargo em 1928. Como governador de 1929 até 1933, ele iniciou uma série de reformas para resolver os problemas do seu estado e combater a Grande Depressão que assolava todo o país naquele período.
Nas eleições presidenciais de 1932, num período de grave recessão económica, Roosevelt venceu nas urnas o então presidente republicano Herbert Hoover. Com mais energias pelas suas melhoras da poliomielite, FDR usou o seu otimismo e ativismo para renovar o debilitado espírito nacional americano. Nos seus primeiros 100 dias no cargo de presidente, que começou em 4 de março de 1933, Roosevelt lançou uma grande e sem precedentes agenda legislativa e assinou várias ordens executivas para implementar seu plano de recuperação económica e desenvolvimento, conhecido como New Deal - um programa de ajuda governamental, de recuperação e crescimento económico, gerador de emprego e de reformas (através de regulamentações sobre Wall Street, bancos e transportes). Ele criou vários programas para apoiar os desempregados e agricultores, encorajou os sindicatos a crescer enquanto regulamentava os negócios empresariais e a grande finança. Assinou também a revogação da lei seca nos Estados Unidos em 1933, o que aumentou a sua popularidade. Assim conseguiu ser reeleito facilmente em 1936. A economia americana recuperou e cresceu exponencialmente entre 1933 e 1937, antes de voltar à recessão em 1937–38. Uma coligação conservadora bipartidária foi formada em 1937 e bloqueou quase todas as suas propostas para novas legislações liberais progressistas (uma das novas leis que passou foi a do salário mínimo). Quando a Segunda Guerra Mundial começou, os conservadores conseguiram encerrar no Congresso vários programas de alívio económico da administração Roosevelt. Contudo, eles mantiveram as regulamentações do governo sobre a economia. Entre os programas de FDR que sobreviveram ao longo do tempo estão a criação da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, leis trabalhistas (como o Wagner Act), o Federal Deposit Insurance Corporation e as legislações de Seguridade Social.
Em 1938, a sombra da Segunda Guerra Mundial pairava sobre o mundo. Com os japoneses lançando a sua invasão da China e a Alemanha Nazi ameaçando a estabilidade e segurança na Europa, Roosevelt decidiu dar grande apoio diplomático e financeiro à China e ao Reino Unido, embora mantivesse os Estados Unidos oficialmente neutros no começo das hostilidades. O seu objetivo era transformar a América no "Arsenal da Democracia", que iria fornecer enormes quantidades de suprimentos e equipamentos aos Aliados. Em março de 1941, Roosevelt, com apoio do Congresso, aprovou o programa Lend-Lease de ajuda para os britânicos e chineses, empurrando os americanos cada vez mais para a guerra. Então, um dia após o ataque japonês contra Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, Roosevelt exortou o Congresso dos Estados Unidos a declarar guerra contra o Japão. No seu famoso discurso, ele afirmou que o ataque japonês no Havai foi "não provocado" e disse que o dia 7 de dezembro seria "um dia que viveria na infâmia". Os congressistas americanos, quase que em uníssono, apoiaram o presidente e declararam estado de guerra formal entre os Estados Unidos e o Japão. Quando Adolf Hitler, o ditador alemão, declarou também o começo das hostilidades entre os dois países, Roosvelt recebeu novamente apoio do Congresso e do povo para fazer guerra contra as Potências do Eixo. Ele trabalhou de perto com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o líder soviético Estaline e o generalíssimo chinês Chiang Kai-shek, para liderar os esforços dos Aliados para derrotar a Alemanha nazi, a Itália fascista e o Império do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Ele supervisionou a reconstrução e o rearmamento maciço das forças armadas dos Estados Unidos e da transformação da económica americana para apoiar o esforço de guerra. Num dos momentos baixos da sua presidência autorizou o aprisionamento de mais de 100.000 civis americanos de origem japonesa, algo que ele definiu como "um mal necessário". Como um líder militar ativo, Roosevelt implementou um plano de guerra em duas frentes, derrotando as forças do Eixo na Europa e na Ásia, e supervisionou o chamado Projeto Manhattan, que desenvolveu a primeira bomba nuclear da história. O seu trabalho como diplomata também influenciou a criação da Organização das Nações Unidas e os Acordos de Bretton Woods. Durante a guerra, o desemprego nos Estados Unidos caiu para menos de 2%, os programas de ajuda económico acabaram e o potencial industrial do país cresceu exponencialmente, com milhões de pessoas trabalhando nas fábricas ou indo servir nas forças armadas. A saúde de Roosevelt eventualmente se deteriorou perto do fim do conflito e ele morreu três meses antes de começar o seu quarto mandato.
Franklin Roosevelt é considerado, por académicos e historiadores, como um dos três grandes presidentes da história americana, juntamente com Abraham Lincoln e George Washington. Ele também é considerado um das melhores presidentes de sempre pelo povo dos Estados Unidos.
    

sábado, janeiro 27, 2024

Holocausto ou genocídio...? Não esquecemos nem perdoamos...

(imagem daqui)


 

 

ARBEIT MACHT FREI
  
Punham o comboio em marcha quando a hora
chegava. Carruagens fechadas, vagões atrelados,
o caminho era em frente. Olhavam a paisagem,
quando se distraíam ; mas logo voltavam
a atenção para os carris, gracejando ao trocarem
de lugar quando chegava a hora das refeições.
Nas paragens, bebiam pela garrafa; e nem
davam pelo que se passava atrás deles: estava
longe o destino, as paragens eram muitas, e
tinham de as compensar com horas extraordinárias
para cumprir o horário: regulamentos são ordens,
estavam à sua espera, e só depois de feita
a entrega podiam mudar o sentido da máquina
e fazer o caminho de volta, vagões vazios
e limpos, e tudo a andar mais depressa porque
já não havia peso a atrasar a marcha. São
assim os bons profissionais, cumpridores,
e não há notícia de greves, desvios,
perguntas sobre o que enchia os vagões.

    

  
    

in Fórmulas de uma luz inexplicável (2012) - Nuno Júdice

Terminou o peadelo de Auschwitz há setenta e nove anos...

Entrada para Auschwitz II-Birkenau, o campo de extermínio do complexo de Auschwitz
      
Auschwitz-Birkenau é o nome de uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polónia operados pelo Terceiro Reich nas áreas polacas anexadas pela Alemanha Nazi, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para sua construção foi o facto de que as prisões em massa de judeus, especialmente polacos, por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas nazis, excediam em grande número a capacidade das prisões convencionais até então existentes. Ele foi o maior dos campos de concentração nazis, consistindo de Auschwitz I (campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45 campos satélites.
Por um longo tempo, Auschwitz era o nome alemão dado a Oświęcim, na Baixa Polónia, a cidade em volta da qual os campos se localizavam. Ele tornou-se novamente o nome oficial após a invasão da Polónia pela Alemanha em setembro de 1939. "Birkenau", a tradução alemã para Brzezinka (floresta de bétulas), referia-se originalmente a uma pequena vila polaca, que foi destruída, para que o campo pudesse ser construído.
Em 27 de abril de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente denominado Auschwitz, ex-Oświęcim, fosse transformada em campos de concentração. No complexo construído, Auschwitz II–Birkenau foi designado por ele como campo de extermínio e o lugar para a Solução final dos judeus. Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, trens transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo. O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois da guerra, no Julgamento de Nuremberga, que mais de três milhões de pessoas haviam morrido ali, 2.500.000 gaseificadas e 500.000 de fome e doenças. Hoje em dia os números mais aceites são em torno de 1,3 milhão, sendo 90% deles de judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil polacos, 23 mil ciganos romenos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemunhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades. Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas. 
Em 27 de janeiro de 1945 os campos foram libertados pelas tropas soviéticas, dia este que é comemorado mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005, durante a 42º sessão plenária da Organização. Em 1947, a Polónia criou um museu no local de Auschwitz I e II, que desde então recebeu a visita de mais de 30 milhões de pessoas de todo mundo, que já passaram sob o portão de ferro que tem escrito em seu cimo o infame motto "Arbeit macht frei" (O Trabalho Liberta). Em 2002, a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Património da Humanidade.
  

Arbeit macht frei
, O Trabalho Liberta, no topo do portão de entrada de Auschwitz
      

sexta-feira, janeiro 26, 2024

O general Douglas MacArthur nasceu há 144 anos

 
Douglas MacArthur (Little Rock, 26 de janeiro de 1880 - Washington D.C., 5 de abril de 1964) foi um comandante militar norte-americano, filho de um dos grandes heróis da Guerra da Secessão, formado na Academia Militar de West Point, em 1903.
   
História
Durante a Primeira Guerra Mundial lutou na França, tendo sido considerado um dos maiores heróis do Corpo Expedicionário do Exército Norte Americano, sob o comando do general Pershing, tendo recebido várias das mais altas condecorações Norte Americanas e Francesas.
Em 1932 foi o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, tendo sido duramente criticado pela repressão a veteranos de guerra, saindo do exército em 1937.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, retornou para a frente de batalha, sendo nomeado chefe de operações no Sudeste Asiático, combatendo a expansão japonesa pelo Oceano Pacífico, onde comandou a reação americana.
O momento mais baixo deste período foi a sua retirada das Filipinas, na altura um protetorado do Estados Unidos, tendo fugido com a sua família, nos últimos dias de batalha. Os seus detratores nunca perdoaram esta fuga, enquanto os seus defensores argumentam que apenas por ordem direta do Presidente aceitou deixar as suas tropas. Em defesa destes, temos o facto de MacArthur ter sido posteriormente condecorado por Franklin Roosevelt com a mais alta condecoração militar do seu país, a Medalha de Honra do Congresso.
O seu nome ficará para sempre associado à reconquista das Filipinas por parte das tropas norte americanas, cumprindo a sua famosa promessa de regresso - I shall return - efetuada dois anos antes.
A sua atuação ao longo destes anos, concedeu-lhe um lugar ímpar na história da Segunda Guerra Mundial, sendo considerado um dos maiores comandantes militares do século XX e um dos maiores militares norte americanos de todos os tempos, tendo sido juntamente com o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o General George Marshall, com o General Omar Bradley e com o General Dwight "Ike" Eisenhower os únicos generais de 5 estrelas do Exército dos Estados Unidos.
Em 1945, quando nomeado chefe supremo das Potências Aliadas, aceitou a rendição dos japoneses após a explosão das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Esta rendição teve um grande valor simbólico para os americanos, pois foi efetuada na baía de Tóquio a bordo do navio USS Missouri.
Foi nomeado Comandante Aliado no Japão após a guerra, ocupando o cargo até 1950. Quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 1950, os Estados Unidos entraram na guerra comandando a força militar das Nações Unidas. Foi nomeado comandante do Exército das Nações Unidas, tendo expulsado os invasores e atacada a Coreia do Norte, invadindo-a.
No entanto, a China passou a apoiar de forma veemente o Exército norte-coreano, permitindo ao mesmo suster a incursão das tropas aliadas conduzindo a guerra a uma situação de impasse, que conduziu a uma paz instável, que dura até aos dias de hoje.
Em 1951, como comandante das forças da ONU, foi demitido por Truman, devido a desobediência de ordens do Presidente dos Estados Unidos.
Regressando ao seu País, o Partido Republicano tentou fazê-lo aceitar a candidatura à presidência dos Estados Unidos, que recusou.
Faleceu em 5 de abril de 1964, aos 84 anos, vitima de uma cirrose biliar primária.
No cinema, foi representado pelo ator Gregory Peck, no filme MacArthur, de 1977.
   

quinta-feira, janeiro 25, 2024

A Ofensiva das Ardenas fracassou há 79 anos

   

A Batalha das Ardenas, também conhecida como Ofensiva das Ardenas ou Batalha do Bulge (16 de dezembro de 1944 - 25 de janeiro de 1945) foi a grande contra-ofensiva alemã no oeste (die Ardennenoffensive), lançada no fim da Segunda Guerra Mundial na floresta das Ardenas na Valónia, Bélgica, e que também chegou à França (Bataille des Ardennes) e ao Luxemburgo na Frente Ocidental. A Wehrmacht (o Exército Alemão) chamou à operação de Unternehmen Wacht am Rhein ("Operação Vigília sobre o Reno"). Esta ofensiva alemã foi oficialmente chamada de Campanha Ardena-Alsácia pelo Exército Americano, mas esta batalha acabou sendo conhecido como Batalha do Bolsa das Ardenas, ou Bulge.
A ofensiva alemã foi apoiada por várias pequenas operações como a Unternehmen Bodenplatte, Greif e Währung. O objetivo da Alemanha com estas operações era dividir os Aliados americanos e britânicos ao meio, capturando a região da Antuérpia, Bélgica, cercando e destruindo as tropas das forças Aliadas, tentando forçar os Aliados ocidentais a negociar um tratado de paz com as potências do Eixo. Uma vez com os seus objetivos conquistados, Hitler poderia focar todo o seu poderio militar contra os Soviéticos, no Leste.
Esta operação foi planeada em segredo, com pouco tráfego de informações via rádio, com o movimento de tropas sempre acontecendo a noite, enganando aos serviços secretos dos Aliados, que foram incapazes de antecipar a ofensiva, imaginando que uma movimentação em massa de soldados seria perceptível aos aviões de reconhecimento.
As forças Aliadas foram apanhadas completamente de surpresa, com as suas linhas muito espalhadas enfrentando uma força inimiga inicialmente superior. Lutas intensas, com temperaturas gélidas, em especial ao redor da cidade de Bastogne, e o terreno, que favorecia a defesa, atrasou os alemães. Os reforços Aliados, incluindo o poderoso 3º Exército do General norte-americano George Patton e, com a melhoria das condições climáticas, a esmagadora superioridade aérea, permitiu que as forças alemãs e as suas linhas de abastecimentos fossem massacradas, em especial pela Força Aérea Aliada, o que selou o fracasso do ataque.
À beira da derrota, as tropas mais experientes do Exército Alemão foram deixadas sem abastecimentos e com equipamentos insuficientes, enquanto os sobreviventes recuavam, de volta para a Linha Siegfried. Já os americanos, com um exército de 500 mil a 840 mil soldados, sofreram de 70 a 89 mil baixas, incluindo 19 mil homens mortos, fazendo da Batalha das Ardenas a mais sangrenta para os americanos na Segunda Guerra Mundial.
       
   

quarta-feira, janeiro 24, 2024

A Conferência de Casablanca terminou há oitenta e um anos

 
A Conferência de Casablanca foi realizada no Hotel Anfa em Casablanca, Marrocos Francês, de 14 a 24 janeiro de 1943, para planear a estratégia dos Aliados europeus na fase seguinte da Segunda Guerra Mundial. Estiveram presentes o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e representando as forças francesas livres, os generais Charles de Gaulle e Henri Giraud. O líder da URSS, Estaline, recusou-se a participar, dizendo que o conflito em curso em Estalinegrado exigia a sua presença na União Soviética. A agenda da conferência abordava detalhes do procedimento tático, alocação de recursos e as questões mais amplas de política diplomática. O debate e as negociações produziram o que ficou conhecido como a "Declaração de Casablanca", e que foi, talvez, a sua declaração de propósito mais provocante historicamente, a "rendição incondicional". A doutrina da "rendição incondicional" veio a representar a voz unificada da vontade implacável dos Aliados - a determinação de que as potências do Eixo seriam combatidas até sua derrota final e aniquilação.
   
Doutrina da "rendição incondicional"
A declaração de Casablanca anunciou ao mundo que os aliados não aceitariam nada além da “rendição incondicional” das Potências do Eixo. O termo “rendição incondicional” foi utilizado pela primeira vez pelo General Ulysses S. Grant que comunicou essa posição ao comandante confederado no Forte Donelson durante a Guerra civil americana.
A 12 de fevereiro de 1943, Roosevelt explicou na rádio o que ele queria dizer com rendição incondicional: “Nós não falamos de magoar as pessoas comuns dos países do eixo. Mas nós realmente falamos de punir os líderes bárbaros desses países”.
Inicialmente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não queriam que a guerra acabasse com a captura alemã. Algumas fontes contradizem as oficiais, reportando um acordo entre Churchill e Roosevelt, indicando que Churchill não era completamente a favor da rendição incondicional. O correspondente do New York Times, Drew Middleton, que estava na conferência, revelou no seu livro, Retreat From Victory, que Churchill se tinha "assustado com o anúncio público da rendição incondicional. Eu tentei esconder minha surpresa. Mas eu era o conselheiro de Roosevelt".
De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Charles Bohlen, “A responsabilidade pela doutrina da rendição incondicional é quase exclusiva do presidente Roosevelt". Ele achou que Roosevelt tinha feito o anúncio "para manter as forças soviéticas ocupadas com as frentes alemã e russa, acabando com as munições e com os soldados alemães" e também para "evitar que Estaline negociasse um acordo de paz com o regime nazi".
   

Churchill morreu há 59 anos


Sir Winston Leonard Spencer-Churchill (Woodstock, 30 de novembro de 1874 - Londres, 24 de janeiro de 1965) foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro britânico por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Orador e estadista notável, também foi oficial no Exército Britânico, historiador, escritor e artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prémio Nobel de Literatura e a cidadania honorária dos Estados Unidos.
Durante sua carreira no exército, Churchill pode assistir à ação militar na Índia britânica, no Sudão e na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902). Ganhou fama e notoriedade como correspondente de guerra através dos livros que escreveu descrevendo as campanhas militares. Ele serviu brevemente no Exército britânico na Frente Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), comandando o 6º Batalhão dos Fuzileiros Reais Escoceses.
Churchill nasceu numa família da nobreza britânica, da família do duque de Marlborough. O seu pai, Lorde Randolph Churchill, foi um carismático político, tendo servido como ministro da Fazenda do Reino Unido. Antes de alcançar o cargo de primeiro-ministro britânico, Churchill esteve em cargos proeminentes na política do Reino Unido durante quatro décadas. Foram notáveis a sua eleição para o parlamento em 1900, a sua ascensão a secretário para os Assuntos Internos em 1910 e a sua ida para o Ministério da Fazenda do Reino Unido, entre 1924 e 1929. Em 2002 foi eleito pela BBC o maior britânico de todos os tempos.
     
Brasão de Winston Spencer-Churchill
         

segunda-feira, janeiro 22, 2024

O Abbé Pierre morreu há dezassete anos...

    
Henri Antoine Groués, mais conhecido como Abbé Pierre (Lyon, 5 de agosto de 1912 - Paris, 22 de janeiro de 2007) foi um conhecido sacerdote católico francês, que morreu com 94 anos.
Revoltado ao constatar que num país rico como a França morriam, devido ao frio, pessoas que dormiam na rua, o Abbé Pierre, que se iniciou na ordem franciscana e passou para os capuchinhos, falou em 1954 aos microfones da Rádio Luxemburgo (RTL), para lançar alertas no sentido de se recolher apoio para salvar os mais pobres de uma morte certa.
O seu trabalho de assistência iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-se dedicado a salvar pessoas perseguidas pelos nazis. Organizou mesmo um grupo de resistência armada no seio da Resistência Francesa, tendo sido preso, mas conseguiu fugir escondido, num saco do correio, num avião para a Argélia e que fez escala na Suíça. Recebeu numerosas honrarias, distinções e condecorações militares pelo combate em prol da França.
Com a paz, voltou a Paris e foi eleito deputado na Assembleia Nacional Francesa, lugar que abandonou, em 1951, como forma de protesto contra uma lei eleitoral, que julgava injusta. A partir daí dedicou-se inteiramente ao Movimento Emaús, que está hoje presente em mais de quarenta países de todo o mundo.
O Abbé Pierre, vendo a exclusão pela qual os homens passavam naquele período de guerra, decidiu lutar contras as causas da injustiça, colocou homens para morar em um abrigo e dai começou o acolhimento do Emaús, saiu depois disso do parlamento e sustentou os acolhidos do abrigo por um determinado período com as suas economias guardadas no período de seu mandato, só que um dia essas economias acabaram e o mesmo precisava sustentar os seus acolhidos de alguma forma, foi então que decidiu sair para a rua, a pedir esmola, para ajudar na alimentação de casa. Uma mulher, conhecendo o seu trabalho de retirar mendigos das ruas, alertou os acolhidos que chamaram a atenção do padre, que alegou ter que sustentar a casa, foi então que um dos acolhidos teve a ideia de irem retirar os bens deixados pelos moradores em suas casas durante a guerra e vendê-los para angariar dinheiro para o sustento da comunidade, e assim fizeram formando assim o primeiro bazar e a primeira comunidade Emaús na França no ano de 1949. O nome Emaús corresponde a uma localidade da Terra Santa onde homens crentes e não crentes voltaram a encontrar a esperança (vide Lucas 7 ) e essa ate hoje é a missão das mais de trezentas comunidades Emaús de todo o mundo - "Servir aos que mais sofrem, combatendo as causas da miséria e dar aos homens uma nova esperança de vida".
     

quarta-feira, janeiro 17, 2024

O Levantamento do Gueto de Varsóvia começou há oitenta e um anos...

          
O Levantamento do Gueto de Varsóvia foi um ato de resistência no Gueto de Varsóvia, na Polónia em 1943, contra a ocupação nazi alemã. Nessa altura já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto. Cerca de 300 mil das 380 mil pessoas no gueto tinham sido levadas para o campo de extermínio de Treblinka, onde foram assassinadas imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942. Os restantes habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles preferiam morrer a lutar, em vez de morrer numa câmara de gás. A revolta foi esmagada pelo Gruppenführer da SS (então apenas Brigadeführer) Jürgen Stroop.
   
Antecedentes
Na Alemanha, os nazis chegaram ao poder. Adolf Hitler possuía a ambição de retomar os territórios perdidos durante a Primeira Guerra Mundial. De tal forma, em 1 de setembro de 1939, o Führer ordenou a invasão da Polónia. Em pouco tempo, no dia 27 de setembro, a cidade de Varsóvia foi tomada. O Exército Vermelho (União Soviética) aproveitou para invadir na porção ocidental do território beligerante, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop. Após o fato, vários países declararam guerra à Alemanha nazi, incluindo a França e Reino Unido. Logo os nazis (antisemitas) perseguiriam os judeus, formando vários guetos - e um deles era o Gueto de Varsóvia.
   
O início

Entre julho e setembro de 1942, levas de deportações removeram mais de 300 mil judeus para o campo de concentração de Treblinka - local do assassinato de judeus. Reduzido a 60 mil pessoas - na sua maioria homens e mulheres ainda saudáveis, já que idosos e crianças foram enviados para a morte em Treblinka e a fome ceifou os restantes -, preferiram organizar uma resistência do que morrer em Treblinka. Formada a Organização da Luta Judaica (Zydowska Organizacja Bojowa, cuja sigla é ZOB) e a União Militar Judaica (Żydowski Związek Wojskowy, cuja sigla é ZZW), trataram de formar uma resistência.

Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararam-se para aquilo que eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais seguras de Varsóvia.

O apoio de sectores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Krajowa (AK) e Gwardia Ludowa (GL) atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das muralhas do gueto. Uma unidade polaca da AK, nomeadamente a KB sob o comando de Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou por duas vezes explodir a muralha do gueto mas sem muito sucesso.

Em 21 de janeiro de 1943, realizaram a primeira ação na Rua Niska. Liderados por Mordechaj Anielewicz, formaram uma trincheira e empreenderam um ataque a soldados nazis. Doze soldados alemães morreram. A ZOB também se revoltou contra a Polícia Judaica, formada por membros da própria comunidade e controlado pelos nazis.

A resistência não era capaz de libertar o gueto ou destruir o aparelho nazi local. A ZOB possuía o objetivo de uma morte digna, que não fosse aquela reservada em Treblinka, num misto de orgulho e esperança. Heinrich Himmler ordenou ao general Jürgen Stroop que extinguisse o Gueto de Varsóvia até, no máximo, em meados de fevereiro.

Esmagamento da revolta

A batalha final começou na noite da Páscoa judaica, no domingo 19 de abril de 1943. Três mil homens nazis confrontaram a resistência de 1,5 mil moradores. Os partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas. Os nazis responderam detonando as casas bloco por bloco e cercando e matando todos os judeus que podiam capturar.

De acordo com relatos, verificava-se cheiro de cadáveres nas ruas, das bombas incendiárias e mulheres saltando dos andares superiores dos prédios com crianças nos braços. Em 8 de maio, os rebeldes foram cercados. Alguns deles, preferiram o suicídio do que ser levado a campos de extermínio. Às 20 horas e 15 minutos do dia 16 de maio, dá-se o fim do levantamento, com a destruição da sinagoga do gueto, então em ruínas.

Após as revoltas, o gueto tornou-se o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi criado um campo de concentração na área do gueto. Chamava-se KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntou-se à AK.

  
 
in Wikipédia

domingo, janeiro 14, 2024

A Conferência de Casablanca começou há oitenta e um anos

     
A Conferência de Casablanca foi realizada no Hotel Anfa em Casablanca, Marrocos Francês, de 14 a 24 janeiro de 1943, para planear a estratégia dos Aliados europeus na fase seguinte da Segunda Guerra Mundial. Estiveram presentes o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e representando as forças francesas livres, os generais Charles de Gaulle e Henri Giraud. O líder da URSS, Estaline, recusou-se a participar, dizendo que o conflito em curso em Estalinegrado exigia a sua presença na União Soviética. A agenda da conferência abordava detalhes do procedimento tático, alocação de recursos e as questões mais amplas de política diplomática. O debate e as negociações produziram o que ficou conhecido como a "Declaração de Casablanca", e que foi, talvez, a sua declaração de propósito mais provocante historicamente, a "rendição incondicional". A doutrina da "rendição incondicional" veio a representar a voz unificada da vontade implacável dos Aliados - a determinação de que as potências do Eixo seriam combatidas até à sua derrota final e aniquilação.
   
Doutrina da "Rendição incondicional"
A declaração de Casablanca anunciou ao mundo que os aliados não aceitariam nada além da “rendição incondicional” das Potências do Eixo. O termo “rendição incondicional” foi utilizado pela primeira vez pelo General Ulysses S. Grant que comunicou essa posição ao comandante dos confederados no Forte Donelson durante a guerra civil americana.
A 12 de fevereiro de 1943, Roosevelt explicou na rádio o que ele queria dizer com rendição incondicional: “Nós não decidimos magoar as pessoas comuns dos países do eixo. Mas nós realmente falamos em punir os bárbaros líderes desses países”.
Inicialmente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não queriam que a guerra acabasse com a captura alemã. Algumas fontes contradizem as oficiais, reportando um acordo entre Churchill e Roosevelt, indicando que Churchill não era completamente a favor da rendição incondicional. O correspondente do New York Times, Drew Middleton, que estava na conferência, revelou no seu livro, Retreat From Victory, que Churchill tinha se "assustado com o anúncio público da rendição incondicional. Eu tentei esconder a minha surpresa. Mas eu era o conselheiro de Roosevelt".
De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Charles Bohlen, “A responsabilidade pela doutrina da rendição incondicional é quase exclusiva do presidente Roosevelt". Ele achou que Roosevelt tinha feito o anúncio "para manter as forças soviéticas ocupadas com as frentes alemã e russa, acabando com as munições e com os soldados alemães" e também para "evitar que Estaline negociasse um acordo de paz com o regime nazi".
       

sexta-feira, janeiro 12, 2024

Dois criminosos nazis nasceram há 131 anos

      
Hermann Wilhelm Göring (Rosenheim, 12 de janeiro de 1893Nuremberga, 15 de outubro de 1946), foi um militar alemão, político e líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Veterano da Primeira Guerra Mundial, em que participou como piloto de aeronaves, atingindo o estatuto de Ás da aviação, recebeu a cobiçada condecoração Pour le Mérite. Foi o último comandante da unidade Jagdgeschwader 1, anteriormente comandada por Manfred von Richthofen, "o Barão Vermelho".
Membro do Partido Nazi, NSDAP, desde os primeiros dias, Göring ficou ferido, em 1923, durante o golpe falhado que ficou conhecido como Putsch de Munique. Devido aos seus ferimentos, ficou permanentemente dependente de morfina. Em 1933, fundou a Gestapo. Göring foi nomeado para comandante-chefe da Luftwaffe, a força aérea alemã, em 1935, uma posição que manteve até ao final da Segunda Guerra Mundial. Em 1940, Göring encontrava-se no auge do seu poder e influência; como ministro encarregado pelo Plano de Quatro Anos, ele era responsável por uma grande parte do funcionamento da economia alemã na preparação para a Segunda Guerra Mundial. Adolf Hitler promoveu-o ao posto de Reichsmarschall, o mais elevado em relação aos outros comandantes da Wehrmacht e, em 1941, Hitler nomeou-o como seu sucessor e assessor em todos os gabinetes.
A posição de Göring perante Hitler ficou substancialmente enfraquecida a partir de 1942, devido à incapacidade da Luftwaffe de cumprir com os seus objetivos, e de o desempenho alemão na guerra ter decaído em ambas as frentes. Göring retirou-se, quase por completo, da cena política e militar e concentrou-se na compra de propriedades e de arte, grande parte das quais retiradas às vítimas judaicas do Holocausto. Informado a 22 de abril de 1945 que Hitler tencionava cometer suicídio, Göring enviou um telegrama a Hitler solicitando assumir o controlo do Reich. Hitler decidiu, então, retirar Göring de todas as suas funções, expulsá-lo do partido e ordenar a sua prisão. Depois da Guerra, Göring foi considerado culpado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos julgamentos de Nuremberga. Foi condenado à morte por enforcamento, mas cometeu suicídio, ingerindo cianeto, na noite anterior à sua execução.



   
Alfred Rosenberg (Reval, 12 de janeiro de 1893 - Nuremberga, 16 de outubro de 1946) foi um político e escritor alemão, sendo o principal teórico do nacional-socialismo, sintetizado na obra O Mito do Século XX (Der Mythus des zwanzigsten Jahrhunderts, 1930). Conselheiro de Adolf Hitler, chegando a ser ministro e encarregado dos territórios da Europa Oriental, em 1941, onde deportou e exterminou centenas de milhares de pessoas, principalmente judeus. O Tribunal de Nuremberga condenou-o à morte por enforcamento, por crimes de guerra.

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Maximiliano Maria Kolbe nasceu há cento e trinta anos

  
São Maximiliano Maria Kolbe, nascido Rajmund Kolbe, Ordem dos Franciscanos Menores Conventuais (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia. Morreu como mártir no campo de concentração nazi de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome, no lugar de Franciszek Gajowniczek, como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil”.
       
(...)
        
Morte em Auschwitz
Em 17 de fevereiro de 1941 foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em julho de 1941 um prisioneiro conseguiu escapar, por isso o comandante do campo nazi escolheu 10 homens para serem mortos de fome.
Um dos homens selecionados, Franciszek Gajownickek, gritou: " Minha pobre mulher e meus filhos, que não os volto a ver!" Kolbe oferece-se a si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polónia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos."
Na sua cela, Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros.
Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os, dizendo-lhes que, em breve, estariam com Maria no céu.
Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam.
Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe permaneceu vivo. Os guardas queriam a cela vazia e deram a Kolbe uma injeção letal, de ácido carbólico.
Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo e calmamente esperou que o injetassem. Os restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.
       
Legado
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da ação cristã, pelo seu apostolado, é considerado o patrono da imprensa.
É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontal da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.