terça-feira, dezembro 28, 2010

Humor académico-diplomático


NOTA: isto é uma não-notícia - por muito menos acabaram com uma universidade que passava diplomas ao domingo e quase não se falou no assunto...

Um Google Earth para o corpo humano!

google body browser

O Google Body Browser é um modelo explorável do corpo humano em 3D. Precisa de um browser que suporte WebGL, como por exemplo o Chrome beta ou o Firefox 4.0b1.

Quem quiser dar só uma espreita, para não ter que actualizar o browser, por exemplo, tem no vídeo seguinte uma demonstração do produto.


Dica: usar os botões do produto para controlar a forma de apresentação das diversas camadas.

O blog Geopedrados recomenda que comprem amanhã o DN


O "Diário de Notícias" que amanhã chega às bancas é uma edição especial, idealizada por jovens e destacadas personalidades portuguesas. O escritor Gonçalo M. Tavares assume a direcção.

A fadista Carminho, o triatleta João Silva, a bióloga Sofia Reboleira, a gestora Filipa Guimarães, a comissária da PSP Paula Monteiro, o presidente da Associação Académica de Coimbra, Eduardo Melo, a apresentadora de televisão Sílvia Alberto e o investigador Ricardo Vicente seleccionaram os temas que a equipa de jornalistas do Diário de Notícias está a desenvolver para apresentar aos leitores amanhã.

Uma edição histórica comemorativa do 146.º aniversário do DN, em formato berliner e inteiramente a cores, que tem como director o escritor Gonçalo M. Tavares, que definiu a filosofia deste número especial.

Com destaque para a reportagem, os temas seleccionados pelos jovens editores convidados têm um tratamento mais alargado do que é usual. Para além disso, Gonçalo M. Tavares fez questão de valorizar o passado do jornal fundado a 29 de Dezembro de 1864 por Eduardo Coelho e Tomás Quintino Antunes. Por isso, junto a cada um dos textos, haverá sempre uma referência histórica ao assunto em destaque, mas num outro momento do quase século e meio de história do DN.


Quatro razões para não perder esta edição especial

Esta é uma edição única e para guardar. O jornal vai ter conteúdos actuais mas pretende que os mesmos possam ser lidos e continuar a ter interesse daqui a 146 anos.

A direcção desta edição especial é assumida por Gonçalo M. Tavares, a maior revelação deste ano da literatura em Portugal e autor premiado em França.

Os editores que vão representar as outras áreas desta edição especial são, à semelhança de Gonçalo M. Tavares, uma revelação nas suas áreas de referência.

Esta edição especial vai ser inteiramente a cores e em formato berliner, um regresso ao formato clássico do Diário de Notícias. Se já não se lembra como era o DN em formato "grande", esta é uma boa oportunidade para o relembrar amanhã numa edição de grande qualidade.

Um tubarão chamado Ensitel contra uma blogger teimosa

Lido em segunda mão, aqui fica a vergonhosa estória, contada pela própria:

Ensitel

No passado dia 22 fui surpreendida, ao receber uma nota de citação pessoal.

Parece que a Ensitel não gosta mesmo nada dos posts que aqui escrevi sobre a minha experiência enquanto cliente deles, e acha que eu não tenho o direito de partilhar, neste meu espaço, aquilo que penso e sinto acerca da empresa.

Posto isto, os senhores, em vez de me telefonarem e perguntarem como é que poderiam resolver o problema, decidiram que era mais eficaz pedirem aos advogados que os representam que me escrevessem, intimando-me a apagar os posts em causa. Não pediram direito de resposta, não perguntaram como é que poderiam resolver o problema, não quiseram, sequer, saber, porque razão é que eu estava chateada com eles, não, decidiram que o que queriam era que eu apagasse os posts. Não apaguei.

Assim sendo, os senhores cumpriram a ameaça, e no dia 22 recebi a tal citação pessoal, que é um documento de 31 página (sim, 31) em que sou intimada pelo tribunal a constituir um advogado, e é um procedimento cautelar.

Basicamente querem que o tribunal me mande apagar os posts que escrevi sobre a Ensitel. Estão ali, linkados na barra da direita do Blog. São 6. Com este 7.

Portanto, a Ensitel não gosta que os clientes expressem livremente a sua opinião. A liberdade de expressão é muito linda e coiso e tal, mas só quando não chateia. Se chateia, já não há liberdade de expressão para ninguém.

Eu não minto nos meus posts sobre a Ensitel. Descrevo a situação, dou os factos, e escrevo o que penso acerca da coisa.

A Ensitel está a precisar de contratar uma empresa de Relações Públicas, mais do que uma sociedade de advogados. Triste é que, passado tanto tempo, ainda não tenham percebido isso.

Para quem tiver pachorra para a novela toda, é seguir os links.

Brincar às Medidas

50 medidas

O Governo Português publicitou que iria anunciar um conjunto de medidas de combate à crise. Ficou no ar o ‘suspense’, quando, enfim, foram apresentadas.

São 50 as medidas implicadas no combate à crise e, na sua grande maioria, são tão genéricas que ninguém sabe, efectivamente, como vão ser concretizadas na prática. Ao contrário de Portugal, a Espanha lançou um conjunto de medidas concretas, como a subida do imposto sobre o tabaco, a redução fiscal para as pequenas e médias empresas e a privatização de alguns aeroportos.

Podem ser naturalmente discutíveis, mas são medidas concretas. O que é criticável nas medidas lançadas recentemente reside no facto de não serem a implementação de uma reforma estrutural no País, não fazerem parte de uma estratégia, mas fica a sensação de que são medidas para ‘europeu ver’. E a prova disso é que os mercados não se deixaram enganar e a dívida pública portuguesa, nesta semana, subiu mais uma vez vertiginosamente.

O país da fantasia

Notas ao fim da tarde
O discurso de Natal

O discurso de Natal do Engº Pinto de Sousa (Primeiro-Ministro de Portugal) foi esclarecedor. A crise está a ser ultrapassada e o futuro é risonho. Ninguém vê isso, só ele e o seu Gabinete. A origem do mal não é nossa, é fruto da nossa inserção no mundo, e só este lhe pode dar conserto; ou seja, somos perfeitos num mundo de imperfeições. Que azar o nosso estarmos nesta galáctica!

Ele, Engº Pinto de Sousa, está firme, determinado e capaz de resolver os problemas. Excelente. Temos homem! Não temos é economia, nem saúde financeira. Quando é que o Engº Pinto de Sousa percebe que o País não é ele e só ele? Entende que é importante evidenciar determinação e vigor, mas, isso são atitudes que se consubstanciam em acções e projectos originados pelas pessoas e pelas empresas, e estas precisam da mesma determinação e vigor que o Engº Pinto de Sousa exibe.

Ele tem de perceber que não está sozinho em Portugal, e, se quer que o desenvolvimento se processe, tem de criar condições para todo o País e que não só o seu Gabinete o sinta. E tal não acontece. Não se acredita que o seu Governo controle as despesas do Estado. Não se vê ele restringir as entidades no Estado aos seus "boys". Não se sente a isenção e independência na escolha de cargos públicos. Não se vê qualquer modificação na política de licenciamentos, quando esta é talvez a causa dos maiores problemas ao investimento privado. Não se contempla qualquer espaço de consensualização de uma política nacional de progresso e desenvolvimento. Não se vê uma verdadeira redução do papel do Estado, mas antes a pior das opções, que se traduz em tudo continuar a existir como antes, e se cortarem cegamente as verbas para o seu funcionamento.

A curto prazo teremos serviços parados a meio do ano por asfixia financeira, em vez de os que fazem falta funcionarem bem o ano inteiro, e os já desnecessários serem extintos. A lógica sempre foi deitar dinheiro para cima dos problemas como se isso os resolvesse, ou cortar a direito sem critérios de selectividade e importância. Enquanto isto e outros aspectos não forem perspectivados e projectados na acção quotidiana, bem pode o Engº Pinto de Sousa bradar que está ali qual S. Jorge a combater o dragão, que o País não o acompanha nessa luta solitária. Numa palavra: o Primeiro-Ministro tem de falar seriamente ao País e com igual seriedade ouvi-lo. Portugal precisa de saber o caminho. Portugal precisa de solidariedade no esforço, na acção e na inteligência, e o P. M. não se pode furtar a isso! Ele existe porque nós existimos, e sem nós ele não é nada! 

Feliz 2011, Mr. Sócrates





Será o primeiro passo de um caminho que se antecipa penoso. Se em 2010, o principal problema foram as elevadas taxas de juro exigidas pelo mercado para comprar a dívida nacional, com as obrigações a 10 anos a chegarem aos 7,288%, é possível que o próximo ano traga um obstáculo acrescido - a falta de procura pela dívida nacional. Portugal enfrenta a concorrência de uma "avalanche" de dívida europeia, com países com qualidade creditícia muito superior a inundar o mercado. A Morgan Stanley estima que os governos europeus emitam, no seu conjunto, dívida no valor de 863 mil milhões de euros, com economias como a Espanha a irem buscar ao mercado 300 mil milhões, a Alemanha 302 mil milhões e França a emitir 184 mil milhões. Portugal irá necessitar de emitir cerca de 46 mil milhões de euros no próximo ano. Só no primeiro trimestre vencem cerca de 11 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, mas será com o vencimento de quase 10 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro em Abril e Junho que Portugal "decidirá" o seu futuro.

A notícia está aqui.

Em 2010, «tudo o que podia correr mal, correu. Foi um ano que possivelmente vai ficar para a História, dentro de décadas vamos olhar para este ano e estudá-lo». Sérgio Aníbal, editor de economia do Público. Ver aqui o vídeo.

A única coisa de que podemos estar certos em 2011: com este governo, na sua boa tradição, tudo o que puder correr mal, correrá mal.
in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa

O mais original cartão de Boas Festas deste ano

Da responsável do Blog Profundezas..., no terminus do Ano Internacional da Biodiversidade:


Portugal tem um novo troglóbio, a nova espécie Litocampa mendesi.

É o primeiro dipluro troglóbio de Portugal, acrescentando uma nova ordem à fauna cavernícola portuguesa e pertence à família Campodeidae. Os dipluros são hexápodes antigos, desprovidos de olhos e de asas, que vivem associados ao solo ou em cavidades. Esta espécie é o representante mais ocidental do género Litocampa na Europa, cuja espécie mais próxima se encontra nas grutas da Cantábria.

Aproveito a ocasião para vos desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Sofia Reboleira

Erros meus, má fortuna, o diabo a quatro

Bandeira de Papel


Cravo & Ferradura, DN, Dezembro 2010

PS - a propósito de desculpas de sempre, uma música:


Música de 2010 para preparar a despedida do ano velho - II

Música de 2010 para preparar a despedida do ano velho

E depois é a Portugal e à Venezuela

(imagem daqui)

Mais uma lei Sócrates a funcionar (pode limpar as mãos à parede)



Ravel morreu há 73 anos


Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de Março de 1875Paris, 28 de Dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza, das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que considerava trivial e descreveu-o como "uma peça para orquestra sem música".


Artigo na PNAS
Estudo revela que os neandertais afinal cozinhavam e comiam legumes

Comparação dos crâneos de um homem moderno e de um neandertal

O homem de Neandertal, extinto há 30 mil anos, alimentava-se de carne e de vegetais e cozinhava os alimentos, segundo um estudo publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, PNAS, citado pela AFP.

As investigações anteriores indicavam que os Neandertais eram sobretudo caçadores carnívoros, o que teria precipitado a sua extinção.

Pensava-se que os primeiros homens modernos com os quais aqueles coexistiram durante cerca de 10 mil anos teriam sobrevivido graças ao consumo de outros tipos de alimentos, como vegetais, peixes e mariscos, conforme os locais onde viviam.

O novo estudo parte da análise de partículas de alimentos contidas nas placas de tártaro dos dentes fossilizados de Neandertais descobertos em sítios arqueológicos do Iraque e da Bélgica, e trazem uma nova luz sobre estes primos desaparecidos.

Os investigadores, orientados por Dolores Piperno, do departamento de Antropologia do Museu de História Natural Americano Smithsonian, descobriram grãos de amido provenientes de várias plantas, entre as quais uma erva selvagem, e vestígios de diferentes legumes, raízes e tubérculos.

Muitos desses alimentos tinham sofrido modificações físicas correspondentes à cozedura, nomeadamente os grãos de amido, o que faz pensar que o homem de Neandertal dominava o fogo, tal como os primeiros homens modernos.

Os dentes continham também vestígios de partículas de tâmaras e de amido de outros vegetais que os investigadores continuam a tentar identificar.

Nenhum artefacto de pedra indica, no entanto, que os Neandertais utilizavam utensílios para moer os grãos, pelo que é provável que não praticassem agricultura.

in Público - ler notícia

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Curiosa notícia...

A verdade da mentira

E eu a pensar que a Brigada de Trânsito que Sócrates extinguiu não fazia falta...

(imagem daqui)


Humor cretino, nacional e socialista (ou os acordos foram feitos para se romper)




Visca Catalunya - hoje é dia de Joan Manuel Serrat!


Adéu, adéu amor meu i sort

Tan lluny i tan a prop
com el riu i el xop.
L'un caminant
i l'altre quiet.
Plegats però indiferents
com l'arbre i el vent.
L'un dalt del puig
i l'altre fuig...

Adéu, adéu amor meu i sort.
Quan un no vol
no es pot fer un hort on hi ha un erol,
ni quan és fosc fer néixer el sol
ni seda del setí,
ni d'una drecera és pot fer un camí.

El blat no neix sense llavor
i està buit el graner. Per això
abans que arribi el nou dia
me n'aniré cap on sia.
Adéu, adéu amor meu i sort.

I no pateixis gens
si demà passat
has de rentar
un llençol meu.
No se n'adornarà
aquell que vindrà
a escalfar el llit
que deixo buit.

Joan Manuel Serrat - 67 anos


Joan Manuel Serrat i Teresa (Barcelona, 27 de Dezembro de 1943) é um cantor, músico e compositor espanhol, uma das expressões mais destacadas da música moderna espanhola e catalã.


O Ferro Velho - Joan Manuel Serrat

Sempre de manhã,
com chuva o com sol,
mesmo com frio ou nevoeiro,
de ruela em ruela,
ouvíamos gritar:
"Mulheres, chegou o ferro-velho!"

Todas as manhãs
te víamos chegar...
com um grande saco as costas,
um charuto apagado,
o fato esfarrapado,
a boina e as alpargatas.

E sempre, sempre seguido
pela canalha miúda.
Eras a grande atracção.
Tu, o teu saco e a canção.

Sou o ferro-velho,
compro garrafas, papéis,
compro trapos, roupa usada,
guarda-chuvas, móveis velhos...

Sou o ferro-velho,
os miúdos gritam e cantam.
"Mau, já começo a chatear-me.
Não lhes disse a vossa mãe
que eu sou o homem do saco?"

E até à noite assim,
de ruela em ruela,
e de taverna em taverna.
Com os teus papéis
encharcado em vinho,
voltarás à tua casa.

E voltas feliz,
porque todo compraste:
o peixe, o vinho, uma vela.
E o pouco de amor
que te deve ter dado
qualquer rameira velha.

Sem tempo para pensar.
Toca a dormir. Sopra a vela.
E amanhã pelo mundo girar
tu, teu saco e a canção...