sexta-feira, novembro 28, 2008

GeoporTV - vídeo sobre a vida e obra do geólogo Paul Choffat‏

Via mailing-list da GEOPOR:

Na GeoporTV, pode assistir a um vídeo (produzido e editado pelo Prof. J.C.Kullberg da UNL) sobre a vida e obra de Paul Choffat, através do botão "on-demand" procurando na secção "aulas":

http://metododirecto.pt/geopor

A não perder!

Geosaudações...

Conferência em Lisboa

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Departamento de Geologia



Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT 2008

(site oficial AIPT2008 nacional em PROGEO/AIPT2008)

Dezembro:

Terra e Vida: as origens da diversidade


Conferência:

Molecular palaeontology: Fossils, gene sequences and echinoid evolution

por

Andrew B. Smith
Department of Palaeontology. The Natural History Museum, London


4 de Dezembro, 17.30 horas, anfiteatro 6.2.56 (edifício C6, GeoFCUL)


Mais informações, resumo das conferências e programa das comemorações em:

Página web GeoFCUL


Resumo da conferência: "Molecular palaeontology: Fossils, gene sequences and echinoid evolution"

Cartaz para divulgação do evento

Onde se realiza a conferência? Como chegar ao GeoFCUL?

Transmissão online da Homenagem a Paul Choffat‏

Poderá acompanhar o evento, em directo, através da transmissão online na GeoporTV, a partir das 17.30 horas, nos seguintes endereços:

- http://metododirecto.pt/geopor

- http://mogulus.com/geopor

Mais informação, na página do Departamento de Ciências da Terra da FTC/UNL

Intervenções previstas:
- Presidente do Departamento de Ciências da Terra - J.Pais
- R. B. Rocha – Paul Choffat, uma vida dedicada à Ciência
- Ana Carneiro – Paul Choffat e as Comissões Geológicas
- Testemunho do Mr. Paul André Choffat, neto do homenageado
- J. C. Kullberg - Apresentação do livro
- Presidente do INETI (instituição onde P. Choffat trabalhou em Portugal)
- Embaixador da Suiça
- Reitor da Universidade Nova de Lisboa
- Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (ou seu representante)

quinta-feira, novembro 27, 2008

Semana da Ciência e da Tecnologia

Da nossa Tertúlia do ano passado, aqui fica um filme feito por mim com base na canção Lágrima de Preta (poesia de António Gedeão), na versão original cantada por Adriano Correia de Oliveira (música de José Niza).



Música dos anos oitenta para Geopedrados

OMD - Souvenir

quarta-feira, novembro 26, 2008

Fausto - 60 anos!

Faz hoje 60 anos o cantor Fausto!

Os nossos parabéns a este extraordinário cantor, autor, músico e poeta...



PS - sou, com muito orgulho, conterrâneo de Fausto (a sua mãe foi a professora do meu pai na então aldeia de Vila Franca das Naves...). As nossas raízes são algo de importante, que nós, neste Blog, não esquecemos...

terça-feira, novembro 25, 2008

Dia Nacional da Cultura Científica


Ontem o Google abria com a imagem anterior e remetia para o Dia Nacional da Cultura Científica!

Clicando na imagem fazia automaticamente uma pesquisa sobre esta data - ver AQUI.

Também o Público teve uma interessante iniciativa: fez um pequeno vídeo, filmado com telemóvel, de diversos cientistas lendo o Poema para Galileo de António Gedeão - ver AQUI.

Há dias assim, bonitos e plenos...

ADENDA: o filme do Público antes referido já está no YouTube! Aqui está ele:


segunda-feira, novembro 24, 2008

Semana da Ciência e da Tecnologia


Que ciência se faz em Portugal?
Quem são os nossos cientistas?
Como trabalham?
O que investigam?
Que resultados obtêm?

Todos os anos, em Novembro, durante a Semana da Ciência e da Tecnologia, instituições científicas, universidades, escolas, associações e museus abrem as portas para que estas e outras perguntas possam ser respondidas, dando a conhecer as actividades que desenvolvem, através de um contacto directo com o público.

Tal facto deve-se à passagem de mais um aniversário do nascimento do cientista, pedagogo, divulgador científico e poeta Rómulo de Carvalho, por vezes mais conhecido pelo seu pseudónimo de poeta - o imortal António Gedeão...

Este Blog junta-se ao evento participando nele através da seguinte actividade:


Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do aniversário do nascimento de Rómulo de Carvalho, com publicação de poemas, músicas, filmes e textos sobre António Gedeão e Rómulo de Carvalho.

Blogues participantes
Estamos ainda à espera de novas adesões a esta Tertúlia...

Mais informações: Ciência Viva

Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho abre em Coimbra

Post roubado ao Blog De Rerum Natura:


Informação fornecida pela Reitoria da Universidade de Coimbra (na imagem, auto-retrato de António Gedeão, pseudónimo artístico de Rómulo de Carvalho):

O Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho é um novo Centro Ciência Viva que vai funcionar na Universidade de Coimbra (no rés-do-chão do edifício do Departamento de Física) com características de centro de recursos para o ensino e aprendizagem das ciências e difusão da cultura científica. Incorpora a actual Biblioteca Rómulo de Carvalho, do Departamento de Física daquela Universidade, com uma forte componente multimédia em todas as áreas da ciência, e o portal na Internet “Mocho” (http://www.mocho.pt) . O Centro Rómulo de Carvalho dará apoio, como moderno centro de recursos, à rede de centros Ciência Viva do país, às escolas de vários níveis e ao público em geral. Os objectivos do Centro são, como os dos outros centros, contribuir para o alargamento da cultura científica e tecnológica nacional, incluindo em particular a atracção de mais jovens para a ciência e a tecnologia.

O nome Rómulo de Carvalho justifica-se plenamente: Rómulo de Carvalho (1906-1997) foi professor de Ciências Físico-Químicas (para muita gente mais conhecido por António Gedeão, o poeta de “Pedra Filosofal” e de outros grandes poemas de inspiração científica) e é um símbolo da cultura científica em Portugal. Além de professor de ciências e de poeta, juntando na mesma pessoa de forma única duas sensibilidades que parecem distintas, foi também um notável divulgador científico e um historiador da ciência, da pedagogia e, em geral, da cultura portuguesa. A sua ligação a Coimbra é bem conhecida pois foi nessa cidade que ensinou durante alguns anos, que iniciou a sua carreira literária nos anos 50 e que estudou as colecções de instrumentos históricos da Universidade.

A abertura pública do Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho terá lugar no dia 24 de Novembro, nas instalações do Centro, no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (na Rua Larga, em Coimbra) e acontecerá em plena Semana Nacional da Ciência e Tecnologia. Recorde-se que o dia 24 de Novembro, o aniversário de Rómulo de Carvalho, é o Dia Nacional da Cultura Científica. A sessão, que tem início às 17h30, terá a presença do Reitor da Universidade de Coimbra.

O Centro conta actualmente com cerca de 3000 livros e milhares de revistas na área da ciência, cultura e sociedade (em parte resultado de generosas doações), dez modernos computadores que permitem acesso a uma colecção de centenas de CDs e DVDs com software e filmes. Existe um sistema de empréstimo a distância, que permitirá o acesso aos livros e filmes de divulgação da ciência a sítios mais periféricos do nosso país. Além do acesso local no próprio Centro, serão progressivamente proporcionados, via Internet, a Portugal e não só, numerosos recursos digitais, que permitirão uma melhor compreensão da ciência pelo público. Um dos responsáveis pelo novo Centro, Carlos Fiolhais, declarou: “O nome de Rómulo de Carvalho é para nós muito inspirador e vamos procurar seguir o seu exemplo. Vamos mostrar que os jovens que descobrem a ciência estão com isso a descobrir o mundo.”

O novo Centro, além do apoio da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e do programa POCI 2010, já beneficiou de apoios da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Fundação Calouste Gulbenkian, do Ministério da Educação, da Porto Editora e das Publicações Gradiva.

Contactos:

Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho
Dto. de Física da Universidade de Coimbra
Rua Larga, 3004-516 Coimbra, PORTUGAL

Telef: 351-239410694, Fax: 351-239829158

Email: rc@teor.fis.uc.pt
Internet: www.rc.mocho.pt

Nothing Sweet About Me - não sei porquê esta canção faz-me lembrar uma ministra...

Gabriella Cilmi - Sweet about me


Sweet about me

Ooh Watching Me, Hanging By A String This Time
Oh Easily The Climax Of A Perfect Life.
Ooh Watching Me, Hanging By A String This Time.
Oh Easily, My Smiles Worth A Hundred Lies.

If There's Lessons To Be Learned, I'd Rather Get My Jamming Words In First Oh
Tell Ya Something That I've Found, That The Worlds A Better Place When
It's Upside Down Boy
If There's Lessons To Be Learned, I'd Rather Get My Jamming Words In First Oh
When Your Playing With Desire, Don't Come Running To My Place When It
Burns Like Fire, Boy.

Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah

Blue, Blue, Blue Waves They Crash
As Time Goes By, So Hard To Catch
And Too, Too Smooth, Ain't All That
Why Don't You Ride My Side Of The Tracks

If There's Lessons To Be Learned, I'd Rather Get My Jamming Words In First Oh
Tell Ya Something That I've Found, That The Worlds A Better Place When
It's Upside Down Boy
If There's Lessons To Be Learned, I'd Rather Get My Jamming Words In First Oh
When Your Playing With Desire, Don't Come Running To My Place When
It Burns Like Fire, Boy.

Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me Yeah
Sweet About Me, Nothing Sweet About Me, Yeah

Dia Nacional do Engenheiro

Kevin Rowland - Concrete and Clay


PS - Hoje, Dia Nacional dos Engenheiros, uma canção a recordar que há Engenheiros Geológicos (isto no dia em que se comemora os 102 anos do nascimento de Rómulo de Carvalho e os 149 anos da publicação do livro "A Origem das Espécies" de Charles Darwin, bem como se recorda Freddie Mercury, nos 17 anos da sua precoce morte).

domingo, novembro 23, 2008

Carso e Paleocarsos em Itália meridional (Puglia)

Na sequência de um post nosso anterior republicamos esta informação:


"O Instituto de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra, no âmbito do Mestrado em Geografia Física - Ambiente e Ordenamento do Território, vai realizar no próximo dia 28 de Novembro (6º feira), na Sala Fernandes Martins do Colégio de S. Jerónimo (2º andar), pelas 17.00 horas, uma conferência subordinado ao tema "Carso e Paleocarsos em Itália meridional (Puglia) - As morfo-sequências subterrâneas enquanto arquivos de dados" a proferir pelo Doutor Vincenzo Iurilli do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Bari (Itália)."

Via Blog Profundezas...

Notícia no CM sobre Museu do Jurássico - Lourinhã

Paleontologia: Projecto antigo vê luz do dia
Dinossauros renascem na Lourinhã

A Lourinhã está disposta a concretizar o sonho antigo de construir o Museu do Jurássico, projecto que remonta aos finais da década de 90 e que agora parece estar na direcção certa. Para isso, são precisos 22 milhões de euros de investimento que, segundo o presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, já estão assegurados, devendo abrir as portas em 2013.

O Jardim Jurássico será uma das principais atracções para os mais de 155 mil visitantes anuais esperados. "A principal característica será recriar toda a flora existente nesse período, com vegetação semelhante à da época. Para isso, já foi realizado um estudo, pela Faculdade de Ciências de Paris", revelou ao CM José Dias Custódio, acrescentando que "serão colocadas réplicas de dinossauros portugueses em todo o jardim".

"O Museu do Jurássico será construído no âmbito do plano de acção do Oeste. É um projecto de interesse nacional, e isso permitirá agilizar melhor os procedimentos entre ministérios [Economia e Inovação, Cultura e Ciência]", explicou o autarca, sublinhando "a importância do projecto para toda a região do Oeste".

Face à riqueza de vestígios de dinossauros do Jurássico Superior – período entre 200 e 145 milhões de anos –, o Museu irá revolucionar a forma como todo o espólio do actual Museu da Lourinhã será apresentado. "A área total do museu terá perto de 196 mil metros quadrados, dos quais dez mil serão para o edifício. Queremos que seja uma construção bio-inteligente, na qual procuraremos usar tecnologias ambientais para aquecimento de águas, aquecimento e arrefecimento do próprio espaço", esclareceu o autarca dando conta do desafio relacionado com a iluminação interior do edifício: "As peças verdadeiras têm de ser conservadas a temperaturas e humidades ideais".

DISCURSO DIRECTO

"A PALEONTOLOGIA É MUITO ESQUECIDA" (Octávio Mateus, Paleontólogo)

Correio da Manhã – O que vai mudar com o museu?

Octávio Mateus – Vai traçar um cenário diferente da Paleontologia em Portugal. Apesar de ter um potencial enorme, a Paleontologia é uma disciplina muito esquecida dos museus. A Lourinhã tem três dinossauros montados em posição de vida, mas o primeiro foi só em 2004. O Museu do Jurássico vai alterar este cenário para melhor.

– O que se vai poder ver no Museu do Jurássico?

– Queremos que o visitante aprenda como funciona a Paleontologia. Que saiba como chegamos às conclusões, mais do que assimilar o resultado final desse trabalho. A ideia é termos um visitante mais activo na procura do conhecimento.

– E no Jardim do Jurássico?

– Vão encontrar espécies semelhantes às existentes no Mesozóico, período no qual existiram os dinossauros. Não serão espécies que tenham existido só em Portugal, são provenientes de vários locais do Globo e que hoje existem um pouco por todo o lado. Fetos, cicas, araucárias, musgo, pinheiros e cedros.

– Como está a Paleontologia em Portugal?

– Portugal é o 7.º país do Mundo com maior número de géneros de dinossauros. Se formos ver por área, Portugal lidera com grande vantagem. Mas, no nosso país, a Paleontologia é feita por carolice. Não temos apoios.


in Correio da Manhã - ler notícia

sábado, novembro 22, 2008

If You Leave - canção para uma anarquista confessa

If You Leave - Orchestral Manoeuvres In The Dark 

If you leave, don't leave now
Please don't take my heart away
Promise me just one more night
Then we'll go our separate ways

We've always had time on our sides
Now it's fading fast
Every second every moment
We've got to--we've gotta make it last

I touch you once I touch you twice
I won't let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd still be friends, someday

If you leave I won't cry
I won't waste one single day
But if you leave don't look back
I'll be running the other way

Seven years went under the bridge
Like time standing still
Heaven knows what happens now
You've got to--you've gotta say you will

I touch you once I touch you twice
I won't let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd meet again

I touch you once I touch you twice
I won't let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd still be friends

I touch you once I touch you twice
I won't let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd meet again someday

If you leave
Oh if you leave
Oh if you leave
Don't look back
Don't look back

Nem a brincar...

Simulacro de sismo na zona de Lisboa
INEM esgota capacidade em 21 horas
22 Novembro 2008 - 16h46

O INEM esgotou as suas capacidades em 21 horas após o sismo fictício e com cerca de 100 mortos, tendo sido necessária a intervenção das Forças Armadas e o apoio europeu.

O ‘abalo’ ocorreu ontem às 15h50 e já causou 106 mortos, mais de 300 feridos, 30 desaparecidos e 488 desalojados nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal.

Em conferência de imprensa, Gil Martins, comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil, explicou que num cenário real o INEM “só esgotaria as suas capacidades com um número mais elevado de vítimas”, uma vez que os meios do simulacro são reduzidos e o INEM tem que continuar a fazer o seu trabalho diário.

Ontem, entre os principais problemas detectados no simulacro estão dificuldades no sistema de comunicação, sendo necessário “agilizar procedimentos de informação a nível distrital, nacional e municipal”. Hoje, Gil Martins adiantou que a gestão da informação “está a correr melhor”.

Ao longo do dia de hoje, realizaram-se cenários em Lisboa, no Centro Comercial Colombo e na zona oriental ribeirinha, em Vila Franca de Xira, Póvoa de Santa Iria e Benavente. Vão ainda ser realizados exercícios em Alfama, Lisboa, e nos centros históricos de Almada e Porto Alto.

in Correio da Manhã - ler notícia


Simulacro ma non troppo

Resultados da simulação não vão ser rigorosos
Técnicos de segurança criticam simulacro por divulgação antecipada dos locais
21.11.2008 - 20h32 Lusa

A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil alegou que o simulacro do sismo em Lisboa impede a obtenção de resultados rigorosos, criticando a divulgação antecipada dos locais. A associação lamenta também não ter sido envolvida no simulacro.

"O seu resultado em termos de qualidade, medição de tempos de reacção e de mobilidade e disponibilidade de meios será muito pouco credível", referem os técnicos de protecção civil.

Sabendo de antemão as artérias nas quais a circulação foi cortada e a que horas ocorreriam os cortes, as pessoas "obviamente irão evitá-las", argumenta a associação, acrescentando que "muitas pessoas resolveram não trazer as suas viaturas para Lisboa e muitas empresas mandaram para casa mais cedo os seus colaboradores".

Trata-se ainda de "uma sequência artificial" de acontecimentos, "desenquadrada da realidade", porque, por exemplo, escolheram-se "as piores situações para o dia de sábado", refere o comunicado.

"A mobilidade real de uma situação destas seria infinitamente inferior àquela que vai acontecer", observa a associação, que afirma esperar "que não venham dizer que tudo correu muito bem e que estamos todos preparados para o que der e vier".

Exercícios em Lisboa e arredores

O exercício, realizado ao longo de sexta-feira, sábado e domingo, tem como objectivo treinar a capacidade de resposta da protecção civil ao suposto "terramoto" e validar os pressupostos operacionais contidos no Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS-AML).

O primeiro exercício em Lisboa começou hoje por volta das 18h00 no cais de cargas e descargas da Praça de Touros do Campo Pequeno, envolvendo o derrame de matérias perigosas de uma viatura.

No sábado, às 09h05, o Centro Comercial Colombo será evacuado devido à degradação das condições de segurança do edifício. Ao meio da manhã, vários edifícios na zona oriental ribeirinha vão ser destruídos e uma viatura com ocupantes cai ao Rio Tejo, no Cais das Colunas.

Um incêndio num posto de combustível em Alfama, a queda do viaduto em Alcântara-Mar e o risco de derrocada no Hospital de Santa Maria são outros cenários do simulacro para sábado.

O último dia do exercício terá como panoramas uma fuga de gás com incêndio na Torre da Galp, no Parque das Nações, uma ruptura de água e consequente inundação no Campo de Santa Clara e um acidente no metropolitano de Lisboa.

Alenquer, Samora Correia, Porto Brandão, Vila Franca de Xira, Benavente, Seixal, Porto Alto, centro histórico de Almada, Sintra e Barreiro são outros locais que terão edifícios em colapso e soterrados, deslizamento de terras, vias de acesso bloqueadas e incêndios urbanos e florestais.

Nos próximos três dias vai haver movimento de colunas e grupos de veículos de socorro nas principais auto-estradas e vias de acesso às zonas do cenário.

No total vão estar mobilizados 2750 elementos operacionais e 1798 figurantes, dos quais 234 vão simular que estão mortos, 795 feridos e 769 desalojados.

in Público - ler notícia

Ainda bem que os Encarregados de Educação não são todos iguais...

São só dois casos - não se assustem...




"O presidente da Confederação de Pais diz estar preocupado, até porque há uma greve já agendada para Janeiro que vai coincidir com um dia de aulas."

Zombie

Zombie - Cranberries


zombie - cranberries



Another head hangs lowly,
Child is slowly taken.
And the violence caused such silence,
Who are we mistaken?

But you see, it's not me, it's not my family.
In your head, in your head they are fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are crying...

In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey. What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...

Another mother's breakin',
Heart is taking over.
When the vi'lence causes silence,
We must be mistaken.

It's the same old theme since nineteen-sixteen.
In your head, in your head they're still fighting,
With their tanks and their bombs,
And their bombs and their guns.
In your head, in your head, they are dying...

In your head, in your head,
Zombie, zombie, zombie,
Hey, hey, hey. What's in your head,
In your head,
Zombie, zombie, zombie?

sexta-feira, novembro 21, 2008

Notícia sobre Plano de Emergência Sísmica de Lisboa

Terra vai tremer às 17h30 e o simulador aponta para 525 mortos
Exercício testa Plano de Emergência Sísmica na Área Metropolitana de Lisboa
21.11.2008 - 08h35 Jorge Talixa

Quase (SIC) 90 anos depois do último grande sismo que afectou a Região de Lisboa e Vale do Tejo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) promove, de hoje a domingo, um amplo exercício para testar a capacidade de resposta a uma eventual catástrofe deste género e a eficácia do Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa (PEERSAML).

A acção desenvolver-se-á em articulação com as estruturas distritais de Protecção Civil de Lisboa, Santarém e Setúbal e com diversos serviços camarários, envolvendo perto de um milhar de efectivos e de figurantes.

O PROCIV IV/2008 tem arranque previsto para as 17h30 de hoje com um suposto sismo com magnitude de 6,9 na escala de Richter, em tudo semelhante ao que, a 23 de Abril de 1909, atingiu todo o baixo Ribatejo, destruindo quase por completo as vilas de Benavente e de Samora Correia e provocando 30 mortes.

Falha do (SIC) Vale Inferior

Agora, os cenários estudados pela ANPC apontam, também, para um sismo com epicentro na falha do vale inferior do Tejo, que afecta especialmente o município ribatejano de Benavente, mas também os municípios vizinhos dos distritos de Lisboa e de Setúbal.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil sustenta que cada um dos distritos envolvidos desenhou cenários complementares, testando valências como a busca e salvamento, a emergência médica e o apoio social. Entre outras ocorrências simuladas, prevêem-se danos muito graves nas zonas antigas das vilas de Benavente e Samora Correia, problemas estruturais na antiga fábrica de descasque de arroz de Vila Franca de Xira, um acidente com uma viatura de transporte de matérias perigosas no cais de cargas e descargas da Praça de Toiros do Campo Pequeno - onde se realizará a primeira acção dos meios de socorro - e um deslizamento de terras na zona de Porto Brandão (Almada).

Exercício evolutivo

Miguel Cardia, vereador da Câmara de Benavente com responsabilidades no pelouro da Protecção Civil, disse ao PÚBLICO que "este será um exercício evolutivo", porquanto os participantes não conhecem na totalidade os cenários do princípio ao fim dos três dias da acção. "Considerando o grau de evolução do exercício é que vamos accionando mais ou menos meios", explicou Miguel Cardia, que é também comandante dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia e coordenador da protecção civil municipal de Benavente.

Segundo referiu Miguel Cardia, está previsto que sejam testadas as situações que normalmente resultam da ocorrência de um sismo grave. Entre elas, "o colapso de estruturas, nomeadamente de edifícios habitacionais, e os consequentes danos em pessoas, pessoas soterradas, pessoas desaparecidas, pessoas feridas", referiu. Está, por isso, prevista a participação de mais de uma centena de figurantes, sobretudo elementos de grupos de escuteiros do distrito de Santarém.

Para além de bombeiros e elementos da protecção civil, deverão participar mais de três dezenas de entidades, incluindo forças de segurança, os diferentes ramos das forças armadas e serviços de saúde, da Segurança Social e das autarquias locais.

De acordo com Miguel Cardia, uma das preocupações foi reduzir ao mínimo os transtornos originados aos cidadãos no seu dia-a-dia com as movimentações de meios de socorro envolvidos no exercício.

Trânsito cortado

De qualquer modo, estão previstos grande condicionamentos no trânsito automóvel para os três dias do exercício, e na região ribatejana, na manhã de sábado, na Estrada Nacional n.º 118 (Alcochete-Benavente-Salvaterra de Magos), constrangimentos esses que, garantiu o autarca de Benavente, estarão devidamente sinalizados e com a indicação das melhores alternativas.

"Foi assumido com a ANPC que um dos objectivos seria ter a população toda a aceitar a realização do exercício, a compreender a sua realização e a aprender, e não tê-la contra nós. Vamos tentar ao máximo evitar essas situações de constrangimento", vincou o autarca de Benavente.

Também a população de Lisboa deverá aguardar fortes condicionamentos de trânsito em algumas das principais artérias da cidade.

30 mortos em 1909

O sismo de 23 de Abril de 1909 foi o mais grave dos últimos 100 anos na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Começou às 17h05 e durou 22 segundos, destruindo grande parte das vilas de Benavente, Samora Correia e Salvaterra. Provocou apenas 30 mortos, pois boa parte da população estava na altura a trabalhar nos campos. Gerou-se depois uma campanha nacional de solidariedade que levou à reconstrução de bairros inteiros.

in Público - ler notícia


NOTA - Pese embora o facto de ter falhas, por nós referidas entre texto, ressalve-se a publicação desta notícia; e, já agora, por que motivo se ficou por 3 distritos e pelo menos o sul do distrito de Leiria não entrou - os sismos agora obedecem a fronteiras?

Suspensão da avaliação na Escola Correia Mateus

Do Blog Em defesa da Escola Pública publicamos, com imensa alegria, o seguinte post:

Na sequência de um abaixo-assinado inicial (por nós aqui publicado - VER AQUI) e subscrito por 95 docentes do Agrupamento, foi feita uma Reunião Geral de Professores, na qual foi aprovada a seguinte Moção (que foi assinada por 99 docentes):

MOÇÃO

Os docentes do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, em Leiria, reunidos em plenário no dia 4 de Novembro, decidiram unanimemente solicitar aos Órgãos competentes do Agrupamento a SUSPENSÃO IMEDIATA DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS DOCENTES. Esta moção tem como ponto de partida o abaixo-assinado, cujo texto segue em anexo, e que foi subscrito por 95 docentes desta escola.

Também se destacam os seguintes pontos:
1. Este processo de avaliação acarreta muitas injustiças e não permite o normal decorrer das actividades lectivas, sendo demasiado burocrático e contendo normas que vão contra o Código de Procedimento Administrativo, a Constituição e a LBSE.

2. As RECOMENDAÇÕES do Conselho Científico para a Avaliação de Professores deverão ser tidas em conta nas fichas de Escola, aquando da sua aplicação, sublinhando-se, entre outros, o facto de a Avaliação docente depender do sucesso dos alunos.

3. Antes de se dar início ao processo de avaliação deverão ser APROVADOS o Projecto Educativo e Plano Anual de Actividades que terão de ser devidamente divulgados.

4. Os órgãos competentes SÓ DEVEM INICIAR o processo de avaliação quando estes aspectos (pontos 1, 2 e 3), forem legalmente enquadrados e clarificados.

5. O processo de avaliação deverá iniciar-se, por uma questão de justiça, em SIMULTÂNEO para todos os docentes.

6. O Agrupamento deverá saber honrar com a sua presença a lista das Escolas cuja voz se realça nas lutas dos Docentes por uma avaliação honesta, exequível, justa, simplificada, desburocratizada e útil.


Estes dois documentos foram analisados pelo nosso Conselho Pedagógico, que decidiu por unanimidade unir a sua voz às dos restantes colegas e que tomou a seguinte posição:

Tomada de Posição do Conselho Pedagógico em reunião ordinária de 19/11/08


Foi entregue ao Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus um pedido de análise do texto da Moção apresentada pelos docentes deste Agrupamento de Escolas, solicitando a suspensão do modelo de Avaliação de Desempenho Docente.

Os membros do Conselho Pedagógico analisaram o texto da Moção, considerando que as razões evocadas, entre as quais a interferência no normal funcionamento e qualidade do desempenho dos docentes, com consequências nefastas no processo de ensino-aprendizagem são justificadas e decidiram juntar a sua voz aos docentes que apresentaram e subscreveram a Moção, solicitando à Comissão Executiva que dê seguimento ao pedido de suspensão do actual modelo de Avaliação de Desempenho Docente.


Os Docentes do Conselho Pedagógico

Decidiram ainda acompanhar e justificar a sua decisão com o seguinte documento:

Justificação da contestação ao actual
Modelo de Avaliação do Desempenho Docente

Face à instabilidade instalada no seio do sistema educativo do nosso país, às questões apresentadas no abaixo-assinado e na Moção, destacam-se as seguintes conclusões:

1.ª Este sistema de avaliação contende com uma lógica de exigência e rigor, promovendo o facilitismo, comprometendo uma escola pública de qualidade. Como fundamento, sublinha-se o facto de para a avaliação dos docentes se contabilizar «a melhoria dos resultados escolares dos alunos» (ponto 2, alínea a), do artigo 9.º do referido DR n.º 2/2008), nomeadamente (Despacho n.º 16872/2008, de 23 de Junho, anexo IV, parâmetro 7),
a) o progresso dos resultados escolares dos seus alunos no ano /disciplina, relativamente aos resultados atingidos no ano lectivo anterior;
b) a evolução dos resultados escolares dos seus alunos relativamente à evolução média;
- dos resultados dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola não agrupada;
- dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
c) as classificações nas provas de avaliação externa e respectiva diferença relativamente às classificações internas.
Assim, este parâmetro configura um conflito de interesses e uma situação de incompatibilidade não permitida pela lei. Efectivamente, o professor passa a ter um interesse directo nos resultados obtidos pelos seus alunos, já que eles o podem prejudicar ao longo da sua carreira. Pergunta-se se este interesse não pode ser suficiente para se considerar que, ao abrigo do artigo 44.º do Código do Procedimento Administrativo, o professor passe a estar, pelo conflito de interesses evidente, numa situação de impedimento, chocantemente criada pelo legislador.
Não se questiona que seja avaliado o processo utilizado pelo professor, por exemplo, poderá ser observado (e objecto de avaliação) como é que o professor ensina, o que é que o professor fez perante uma turma com determinados problemas de aprendizagem ou determinado insucesso. Mas deverá ser o processo a ser avaliado, e nunca o resultado que o aluno obtém, pois na construção desse resultado intervêm muitos factores, nomeadamente o próprio aluno (com determinadas capacidades cognitivas, interesse, capacidade de trabalho, situação pessoal, familiar e social, etc.). A pressão que tem sido feita nas escolas para que indiquem como objectivo, no Projecto Educativo, que os seus alunos melhorem uma determinada percentagem em relação a resultados anteriores ou obtenham determinados resultados quantificados (segundo o disposto na alínea b) do ponto 1 do artigo 8.º do referido DR 2/2008), sendo depois avaliadas se esse objectivo foi ou não atingido, é perfeitamente incompatível com o que é minimamente justo: ser-se avaliado por aquilo que se fez, e não pelo que os outros fizeram. O professor deve ser avaliado pela forma como ensinou e educou; os alunos, pelos resultados que obtiveram.

2.ª O facto de os professores serem avaliados tendo por referência «a redução do abandono escolar» (ponto 2, alínea b), do artigo 9.º do DR n.º 2/2008).
Tendo em conta o acima exposto, também se questiona que a redução do abandono escolar seja um parâmetro a avaliar no desempenho de um professor.
Poderão considerar-se as medidas desenvolvidas pelo professor, as suas intervenções, mas não a atitude que o aluno tomou, por vezes por desinteresse por currículos e programas (a que o professor é alheio), mas, sobretudo por uma opção que depende essencialmente do aluno, dos pais e, muitas vezes, dos contextos familiares e sociais.

3.ª A avaliação dos professores titulares ser feita pelos seus pares (artigo 12.º do DR n.º 2/2008).
Considerou-se que uma coisa é fazer-se uma reflexão conjunta sobre práticas de ensino, uma avaliação de tipo formativo de um trabalho conjunto em que os intervenientes participaram como pares e em que, em igualdade de circunstâncias, A aprecia o trabalho de B, e B aprecia o trabalho de A, no sentido de que essa reflexão conjunta traga melhoria ao desempenho de ambos; outra, muito diferente, e discutível – não se conhece investigação e literatura da especialidade que a sustente –, é a de uma pessoa que não é hierarquicamente superior a outra proceder à sua classificação.
Em nenhum sistema de avaliação em Portugal (em empresas, hospitais, universidades, ministérios, administração pública, por exemplo) ou noutros países, um chefe de serviços avalia e classifica outro, ou um professor catedrático avalia e classifica outro, ou um funcionário avalia e classifica outro que desempenhe as mesmas funções.
Aliás, toda esta concepção de professores a avaliar professores (que desempenham as mesmas funções) e a interferir na sua progressão na carreira – exposta nestas razões 3.ª, 4.ª e 5.ª –, na prática, parece-nos configurar um dos casos de impedimento legalmente consignado: o especificado no artigo 44.º, alíneas a) e b) do Código de Procedimento Administrativo (e ainda no 48.º do mesmo diploma), que determina que «nenhum titular de órgão ou agente da Administração Pública pode intervir em procedimento administrativo ou acto ou contrato de direito público ou privado da Administração Pública» «quando nele tenha interesse». E refira-se que a melhor doutrina considera não se ter de ir ao ponto de exigir um interesse directo, bastando, para o preenchimento do requisito, que haja um interesse instrumental ou moral.

4.ª A existência de quotas («percentagens máximas» de atribuição de Excelentes e de Muito Bons) diferentes de escola para escola.
A fixação de «percentagens máximas» estipuladas diferentemente, tendo «obrigatoriamente por referência os resultados obtidos na avaliação externa» concita dúvidas, mormente no que tange à sua compatibilidade com os princípios que fundamentam o sistema.
Como ponto prévio, deverá dizer-se que os termos e resultados dessa avaliação externa têm merecido o exercício do contraditório por parte de um grande número de escolas, ou seja, as escolas muitas vezes não se revêem na apreciação efectuada pela Inspecção-Geral de Ensino (não esqueçamos que essa avaliação decorre de uma observação de apenas dois dias em cada escola). Basta, aliás, pensar que, ao quadro referencial desta avaliação externa faltam descritores dos níveis de classificação, o que permite discricionariedade na classificação atribuída e, consequentemente, a instauração ab initio de uma situação de mal-estar latente entre a escola e a IGE, entre a Escola e a tutela, dado aquela se sentir duplamente injustiçada: na avaliação externa e nas consequências dessa avaliação.
Passando às consequências, uma escola classificada com Muito Bom terá «direito» a uma quota maior de Excelentes e de Muito Bons para os seus professores, diferentemente de uma escola com pior classificação. Tal acontece independentemente do esforço, do empenho, da qualidade de um ou de alguns dos professores que aí exerçam funções. Assim, a possibilidade da obtenção de uma classificação por parte do professor fica dependente da escola em que tenha sido colocado, e não do seu próprio mérito. E tal terá interferência na possibilidade de uma melhor remuneração, ou seja, professores de escolas diferentes têm oportunidades de remuneração diferentes, apesar de a tutela ser a mesma.
Assim, poderá considerar-se que esta disposição fere o disposto no artigo 59.º da Constituição da República Portuguesa, pois, ao estabelecerem-se quotas diferentes de escola para escola, a mesma «qualidade» pode estar a ter oportunidades diferentes de ser reconhecida oficialmente, criando-se, assim a discriminação que fere o artigo invocado.
Ou seja, a prévia condicionalidade determinada pela fixação de quotas diferenciadas para as várias escolas impede que o resultado salarial seja determinado, exclusivamente, pela qualidade do exercício responsável da profissão.

5.ª A distribuição de quotas por «universos de docentes».
Esta disposição tem consequências nocivas previsíveis de imediato: por um lado, constituirá mais um factor de criação de um clima de mal-estar nas escolas, de rivalidade, de conflitualidade; por outro, criará situações de injustiça e, cremos, de afronta à legalidade, nomeadamente no que respeita aos elementos que fazem parte da Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho que não são coordenadores de departamento curricular.
Passando às consequências relativamente ao ambiente de trabalho nas escolas, é preciso referir que as escolas têm até agora desenvolvido um ambiente de cooperação entre todos os docentes, não só por força do conteúdo dos normativos cessantes como pela natureza do trabalho a desenvolver – por exemplo, o Projecto Educativo de Escola, o Plano Anual de Actividades, a coordenação e a articulação nos departamentos curriculares e nos grupos disciplinares, a avaliação dos Conselhos de Turma, o trabalho em equipa na constituição de turmas, na organização do serviço de exames, no Conselho Pedagógico, na elaboração de horários, etc. –, mas que, agora, essas relações de colegialidade e de trabalho de equipa ficam feridas por força da inevitável arbitrariedade decorrente do respeito pelas percentagens atribuíveis a cada «universo de docentes». É que os professores, independentemente do «universo» em que se inserem, trabalham todos em conjunto em muitas das actividades da escola. Ora, se um «universo de docentes», porque mais numeroso, tem direito a um maior número de Excelentes ou de Muito Bons, isto poderá fazer com que num outro «universo» de menor dimensão não seja atribuída a mesma menção a um docente com um trabalho tão bom ou mesmo superior ao do colega, o que vai criar uma relação de mal-estar entre os profissionais.

6.ª A complexidade e burocratização do processo, com reflexos negativos para a vida nas escolas, para os professores e, naturalmente, para o ensino.
Este processo de avaliação exige, numa escola média, mais de um milhar de horas de trabalho extra, mobiliza uma diversidade enorme de intervenientes, a concepção de um grande número de documentos e sua aplicação, o bulício da observação simultânea de aulas de todos os professores (até se prevê que os professores avaliadores possam faltar às próprias aulas para poderem observar e avaliar as dos colegas, no caso de haver incompatibilidade de horários…), traduzindo-se num trabalho acrescido para os professores, um enorme trabalho, sem um resultado prático visível de eficácia ou qualidade.

7.ª A heterogeneidade de procedimentos na avaliação de escola para a escola.
Ao prever-se, no diploma, que os "instrumentos de registo normalizados de toda a informação relevante para efeitos da avaliação do desempenho" sejam "elaborados e aprovados pelo Conselho Pedagógico de cada escola" (artigo 6.º, pontos 1 e 2 do DR n.º 2/2008), está a abrir-se a porta para a desigualdade de avaliação dos professores de escola para escola. Ou seja, está a abrir-se a porta para a injustiça.


Em suma, este modelo de avaliação é, essencialmente, sentido pelos professores como propiciador de injustiças, de desigualdades e da deterioração do ambiente de trabalho, não contribuindo para a desejada melhoria do sistema de ensino.

Face ao exposto, decidimos requerer a suspensão do actual processo de avaliação e exigir um modelo de avaliação justo, exequível e transparente, respeitando os normativos constitucionais em vigor, e capaz de contribuir de forma decisiva para a qualidade do Ensino e da dignidade da Escola Pública.

Os Professores do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus

Somos apenas mais uma Escola que mostra a quem manda o que pensa sobre este assunto, mas enquanto houver democracia nas Escolas portuguesas, conforme está escrito na Constituição, há que contar com a voz honesta, livre e crítica dos docentes do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, instituição à qual me orgulho de pertencer!