Açores
Especialistas de 12 países estudam influência da actividade tectónica e vulcânica na previsão de erupções
12.09.2009 - 15h58 Lusa
Cientistas de mais de uma dezena de países, incluindo alguns com vulcões muito activos, estão nos Açores para estudar a forma como a actividade tectónica e vulcânica pode influir nas previsões de erupções.
A Conferência Anual da Comissão Europeia de Sismologia vai decorrer durante a próxima semana no Convento de S. Pedro de Alcântara, no Pico, com a presença de 35 cientistas de 12 países.
"A presença de cientistas de países com vulcões altamente activos, com larga experiência na sua monitorização, é uma garantia da importância deste encontro", salientou Zilda França, da Universidade dos Açores, em declarações à Lusa.
Para esta especialista, a reunião deverá permitir aos participantes beneficiar da experiência adquirida por alguns dos cientistas presentes na "interpretação de dados, na avaliação de riscos sísmicos associados a fenómenos vulcânicos e na gestão de crises vulcânicas".
A Conferência Anual da Comissão Europeia de Sismologia vai reunir no Pico especialistas Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Estónia e Irlanda.
Estarão ainda presentes cientistas provenientes do Reino Unido, Trinidade e Tobago, México, Chile e Japão.
Durante sete dias, os cientistas vão fazer do arquipélago açoriano a sua sala de estudo, aproveitando o facto dos Açores serem considerados internacionalmente como um 'laboratório vivo' no campo da vulcanologia e da sismologia.
A alta sismicidade e o vulcanismo activo são duas características importantes do arquipélago açoriano, que também beneficia do facto de se encontrar numa zona de confluência de três placas tectónicas (a americana, a euro-asiática e a africana).
Esta importante reunião científica internacional conta com o apoio da Associação Internacional de Vulcanologia e Química do Interior da Terra (IAVCEI) e da Associação Internacional de Sismologia e Física do Interior da Terra (IASPEI), duas das mais prestigiadas instituições nesta área.
A anteceder o início da conferência, alguns dos cientistas já se encontram nos Açores em visitas de trabalho às ilhas Terceira e S. Jorge, estando também previstas para o final da próxima semana deslocações de estudo no Pico e ao Faial.