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terça-feira, fevereiro 04, 2020

José Cid - 78 anos

José Cid, nome artístico de José Albano Cid de Ferreira Tavares (Chamusca, 4 de fevereiro de 1942) é um cantor, compositor, músico e produtor musical português.
  
  

quinta-feira, outubro 24, 2019

Madalena Iglésias nasceu há oitenta anos

Madalena Iglésias, de nome completo Madalena Lucília Iglésias do Vale de Oliveira Portugal (Lisboa, 24 de outubro de 1939Barcelona, 16 de janeiro de 2018), foi uma cantora portuguesa.
Venceu o Festival RTP da Canção de 1966 com "Ele e Ela". A par de Simone de Oliveira, tornou-se numa das vozes mais importantes do chamado nacional-cançonetismo que dominou na década de 60.

Biografia
Madalena Iglésias nasceu em Lisboa, no bairro de Santa Catarina, em 24 de outubro de 1939.
Estudou no Conservatório e na Escola do Canto e, com apenas 15 anos, entrou para o Centro de Preparação de Artistas da Rádio da Emissora Nacional, sob a direcção de Motta Pereira.
No ano de 1954 estreia-se em simultâneo na televisão e na Emissora Nacional.
A sua carreira internacional começa em 1959, com uma actuação na televisão espanhola.
Em 1960 recebe os títulos de Rainha da Rádio e da Televisão.
Por intermédio da Emissora Nacional representou Portugal, em 1962, no Festival de Benidorm.
Em 1964 participa no I Grande Prémio TV da Canção Portuguesa com "Balada das Palavras Perdidas" (5º) e "Na Tua Carta" (10º). Nesse ano vence o Festival Hispano-Português de Aranda del Duero.
Nesse ano estreia-se no cinema, ao lado de António Calvário, em "Uma Hora de Amor", de Augusto Fraga. Participa também no filme "Canção da Saudade", de Henrique Campos.
Com "Silêncio Entre Nós" fica em 3º lugar no Grande Prémio da TV da Canção. Grava também uma versão de "Sol de Inverno". 1965 é também o ano de "Poema de Nós Dois", tema do filme "Passagem de Nível" de Américo Leite Rosa. A banda sonora deste filme é de Manuel Paião e Eduardo Damas.
Vence o Festival RTP da Canção de 1966 com Ele e Ela, um tema da autoria de Carlos Canelhas em estilo "surf". "Rebeldia" fica em 3º e "Caminhos Perdidos" obtém o 6º lugar. Em todos os temas foi acompanhada pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. No Festival Eurovisão da Canção (1966) obtém grande sucesso e "Él Y Ella", a versão em espanhol, é editada em Espanha, França e Holanda.
Ainda em 1966 obtém o segundo lugar no Festival do Mediterrâneo, com a canção "Setembro". Vence também o Prémio da Hispanidade com "Vuelo 502". O filme "Sarilho de Fraldas", de Constantino Esteves, onde volta a contracenar com Calvário, é um enorme sucesso e são editados dois EP com temas desse filme.
Em 1967 vence o prémio da Casa da Imprensa respeitante ao ano de 1966.
São editados vários EP da cantora na editora Tecla de Jorge Costa Pinto. O primeiro inclui os temas "Eu Vou Cantando", "Não Sou de Ninguém", "Maus Caminhos" e "Romance da Solidão". O segundo disco tem os temas "Fado da Madragoa", "Gostei de Ti", "Adeus Mouraria" e "Noite Acordada". "Que Mal Te Fiz", "Gente Que Passa Na Rua", "Cuando Salí De Cuba" e "Miguel e Isabel" são os temas do disco seguinte.
Edita ainda outro EP com os temas "Amor Vê Lá" (de Manuel Paião e Eduardo Damas), "Saudade Vai-te Embora" (de Júlio de Sousa) e dois temas de Jerónimo Bragança e Nóbrega e Sousa: "Mãos Vazias" e "De Degrau Em Degrau".
São editados vários temas, orquestrados por Adolfo Ventas, em 1968, através da editora Belter, para promoção internacional da cantora. Nesse ano fica em 4º lugar nas Olimpíadas da Canção com "Tu Vais Voltar" e vai ao Festival do Rio de Janeiro onde interpreta "Poema da Vida".
É editado um EP com os temas "Poema da Vida", "Tu Vais Voltar", "Amar É Vencer" e "Tu És Quem És".
Participa no Festival RTP da Canção de 1969 com "Canção Para um Poeta". A Belter edita um EP com os temas "Canção Que Alguém Me Cantou", "É Você, "Oração Na Neve" e "De Longe, Longe, Longe…".
Casou em 1972, abandonou a carreira artística e foi viver para a Venezuela. Grávida de oito meses, ainda fez um programa no Canal 4 da televisão venezuelana mas deixou de actuar até os seus filhos terem cinco anos de idade. Depois, voltou a actuar esporadicamente na televisão venezuelana para fazer ocasionalmente um programa.
Em 1987, mudou-se para Barcelona. As comemorações do centenário do Coliseu de Lisboa abriram em 8 de junho de 1990 e terminaram em 9 de junho de 1991 com a Grande Noite do Fado de Lisboa. Nessa noite, recebeu o prémio prestígio e com a amiga Simone de Oliveira improvisou "Ele e Ela". Mais ainda, entre o muito que houve: Rita Ribeiro e António Cruz numa cena de "What Happened to Madalena Iglésias?", um grande êxito da época, criado por Filipe La Féria.
Em 1994, a editora Movieplay editou uma compilação da cantora na série "O Melhor dos Melhores". A Strauss editou "Saudades de Lisboa", em 1996, e "É Já Sol Pôr", em 1997, com temas gravados para a editora espanhola Belter. Em 2008 é lançada uma fotobiografia.
Morreu a 16 de janeiro de 2018, numa clínica em Barcelona, Espanha, aos 78 anos de idade.
    
   

sexta-feira, março 29, 2019

Fernando Tordo faz hoje 71 anos

Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa pela extensão e originalidade da sua obra.
   

sexta-feira, janeiro 18, 2019

Ary dos Santos morreu há 35 anos...

(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Com Fernando Tordo escreve mais de 100 poemas para canções do músico e o duo Tordo/Ary continua a ser, até hoje, um dos mais profícuos da História da Música Portuguesa. São de sua autoria canções intemporais como Tourada, Estrela da Tarde, Cavalo à Solta, O amigo que eu canto, Café, Dizer Que Sim à Vida e Rock Chock. Estas canções foram interpretadas por cantores como Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Mariza, Amália Rodrigues, Mafalda Arnauth e Paulo de Carvalho.

Placa na casa onde Ary dos Santos viveu e morreu

Biografia
Proveniente de uma família da alta burguesia, com antepassados aristocratas, era filho do médico Carlos Ary dos Santos (1905-1957) e de Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva (1899-1950).
Estudou no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, onde foi um dos melhores alunos. Após a morte da mãe, vê publicados, pela mão de vários familiares, alguns dos seus poemas. Tinha catorze anos e viria, mais tarde, a rejeitar esse livro. Ary dos Santos revelaria, verdadeiramente, as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. Várias poesias suas integraram então a Antologia do Prémio Almeida Garrett.
Pela mesma altura, Ary abandona a casa da família. Para o seu sustento económico exerce as mais variadas actividades, que passariam pela venda de máquinas para pastilhas elásticas, até ao trabalho numa empresa de publicidade. Não cessa de escrever e, entretanto, dá-se a sua estreia literária efetiva, com a publicação de A Liturgia do Sangue (1963). Em 1969 adere ao Partido Comunista Português, com qual participa activamente nas sessões de poesia do então intitulado Canto Livre Perseguido.
Através da música chegará ao grande público, concorrendo, por mais que uma vez, ao Festival RTP da Canção, sob pseudónimo, como exigia o regulamento. Classificar-se-ia em primeiro lugar com as canções Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Após o 25 de Abril, torna-se um activo dinamizador cultural da esquerda, percorrendo o país de lés a lés. No Verão Quente de 1975, juntamente com militantes da UDP e de outras forças radicais, envolve-se no assalto à Embaixada de Espanha, em Lisboa.
Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador, tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira. À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada.
Depois de falecer, a 18 de janeiro de 1984, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na fachada da sua casa, na Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Ainda em 1984 foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguesa de Autores, da qual o autor era membro. Em 1988, Fernando Tordo editou o disco O Menino Ary dos Santos, com os poemas escritos por Ary dos Santos na sua infância. Em 2009, Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti dão voz ao álbum de tributo Rua da Saudade - canções de Ary dos Santos.
Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos e todos conhecem José Carlos Ary dos Santos, pois a sua obra permanece na memória de todos e, estranhamente, muitos dos seus poemas continuam actuais. Todos os grandes cantores o interpretaram e ainda hoje surgem boas vozes a cantá-lo na perfeição. Desde Fernando Tordo, Simone de Oliveira, Tonicha, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, Maria Armanda, Teresa Silva Carvalho, Vasco Rafael, entre outros, até aos mais recentes como Susana Félix, Viviane, Mário Barradas, Vanessa Silva e Katia Guerreiro.
A 4 de outubro de 2004 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo.
Publicações
  • 1953 - Asas
  • 1963 - A Liturgia do Sangue
  • 1964 - Tempo da Lenda das Amendoeiras
  • 1965 - Adereços, Endereços
  • 1968 - Insofrimento In Sofrimento
  • 1970 - Fotos-grafias
  • 1970 - Ary por Si Próprio
  • 1973 - Resumo
  • 1974 - Poesia Política
  • 1975 - Lllanto para Alfonso Sastre y Todos
  • 1975 - As Portas que Abril Abriu
  • 1977 - Bandeira Comunista
  • 1979 - Ary por Ary
  • 1979 - O Sangue das Palavras
  • 1980 - Ary 80
  • 1983 - Vinte Anos de Poesia
  • 1984 - As Palavras das Cantigas
  • 1984 - Estrada da Luz
  • 1984 - Rua da Saudade
 
 
Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary Dos Santos
Música de Alain Oulman

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

sexta-feira, dezembro 07, 2018

Ary dos Santos nasceu há 81 anos

(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Com Fernando Tordo escreve mais de 100 poemas para canções do músico e o duo Tordo/Ary continua a ser, até hoje, um dos mais profícuos da História da Música Portuguesa. São de suas autorias canções intemporáis como Tourada, Estrela da Tarde, Cavalo à Solta, O amigo que eu canto, Café, Dizer Que Sim à Vida e Rock Chock. Estas canções foram interpretadas por cantores como Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Mariza, Amália Rodrigues, Mafalda Arnauth e Paulo de Carvalho.
   
 

Meu Amor, Meu Amor
Ary Dos Santos - Alain Oulman

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

quinta-feira, março 29, 2018

Fernando Tordo faz hoje setenta anos!

Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português.

Fernando Tordo começou a cantar aos 16 anos, passou pelos Deltons e pelos Sheiks, em 1968, na sua parte final, onde substituiu Carlos Mendes.
Participou no Festival RTP da Canção de 1969 onde interpretou o tema "Cantiga". Nesse mesmo festival conheceu o poeta Ary dos Santos. Foi um dos vencedores do Prémio Casa da Imprensa como cançonetista e compositor ("pela riqueza harmónica, melódica e rítmica dos trabalhos gravados em disco").
Regressa ao Festival RTP da Canção em 1970, com "Escrevo às Cidades", e em 1971 com "Cavalo à Solta", uma das suas primeiras composições com o poeta José Carlos Ary dos Santos. Ainda em 1971 é editado o disco "Festival de Camaradagem" com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Duo Orfeu e José Carlos Ary dos Santos.
Regressa ao Festival RTP da Canção, em 1972, com "Dentro da Manhã" da autoria de Yvette Centeno e José Luis Tinoco. Nesse ano é editado o seu primeiro álbum, "Tocata", com arranjos e direcção de Orquestra de Dennis Farnon. Inclui os temas "Tocata", "Dentro da Manhã", "Canto no Deserto", "Virgens que passais", "Canto Franciscano", "Cavalo à Solta", "Amor Vivo", "Aconteceu na Primavera", "Vou inventar uma Flor", "Sangue das Palavras" e "Tocata".
Passa a gravar para a editora Tecla. Lança o single "Eu não vou nisso"/"Invenção do Amor". Em 1973 vence o Festival RTP da Canção com a canção "Tourada".
"Portugal Ressuscitado", de Ary dos Santos e Fernando Tordo, (o célebre "Agora/ o povo unido/ nunca mais será vencido") é gravado logo a seguir ao 25 de Abril.
Vence o Prémio Casa da Imprensa de 1974 por "O Emprego"/"A Língua Portuguesa", com música e interpretação de Fernando Tordo, textos de José Carlos Ary dos Santos, orquestração de Pedro Osório e José Calvário: «O Melhor Disco Simples», pela popularidade e «as canções oriundas de um contexto especificamente português - o teatro de revista ("Uma No Cravo Outra Na Ditadura" de Sérgio de Azevedo)
Em 1975 é um dos fundadores, juntamente com outros autores, entre os quais Paulo de Carvalho e Carlos Mendes, a primeira editora discográfica independente, "Toma Lá Disco". O primeiro disco é o álbum "Feito Cá Para Nós".
Vence novamente o Festival RTP da Canção, em 1977, desta vez com "Portugal no Coração", na interpretação do grupo Os Amigos, com Paulo de Carvalho, Luísa Basto, Ana Bola, Edmundo Silva e Fernanda Piçarra. Editou nesse ano o álbum "Estamos Vivos". Em 1977 ganha novamente o "Prémio Casa da Imprensa".
Em 1980 lança o disco "Cantigas Cruzadas", o último disco com Ary dos Santos. O afastamento de Ary dos Santos, marca uma nova etapa na sua carreira, passando também a ser autor dos poemas.
Concorre ao primeiro Festival da Canção da Rádio Comercial, realizado em 1981, onde vence com "Conversa Nova". Arrecada ainda os 2º e 4º prémios do certame.
Em 1983 editou o disco "Adeus Tristeza". É distinguido com o prémio para o melhor LP de música ligeira.
Em 1984 participa novamente no Festival RTP da Canção, desta vez com "Canto de Passagem".
Reside nos Açores entre os anos 1982 e 1986. Em 1984 lança o disco "Anticiclone" com orquestrações de François Rauber (antigo colaborador de Jacques Brel) que volta a colaborar no disco "A Ilha do Canto" de 1986.
Em 1988 foi um dos vencedores do Prémio Figueira da Foz, instituídos no âmbito do Prémio Nacional da Música, destinado a financiar diversos projectos discográficos. O prémio permitiu pagar a edição de "Menino Ary dos Santos", um disco com 9 dos 27 poemas do livro "Asas" escrito por José Carlos Ary dos Santos com 15 anos de idade, numa pequena edição de 1000 exemplares, e que Fernando Tordo só conheceu, já no Faial, em 1984.
Fernando Tordo, Carlos Mendes e Paulo de Carvalho, sob a direcção de Pedro Osório, prepararam uma série de quatro espectáculos para serem apresentados no Casino do Estoril. O espectáculo apresentava uma mistura de meia centena de sucessos antigos, temas mais recentes e algumas canções inéditas. O espectáculo foi gravado num duplo álbum que, em 1990, chegou a disco de platina.
Em 1991 volta a contar com a participação de François Rauber.
Cria, escreve e apresenta em 1993 na SIC o programa “Falas tu ou falo eu”. No ano seguinte grava o CD “Só Ficou o Amor Por Ti”, nos famosos estúdios de Abbey Road (Londres).
Em 1995 lança o disco "Lisboa de Feira", também gravado em Londres.
Entre maio e junho de 1997 grava, em Barcelona, o disco "Peninsular" com direcção e arranjos do pianista Josep Mas "Kitflus".
Produz e apresenta durante 27 dias consecutivos, no Teatro Nacional D. Maria II, o espectáculo "O calendário". O disco "Calendário" é distribuído com o Diário de Notícias. Cada mês do calendário é acompanhado por pinturas de José Manuel Castanheira. Venceu o Prémio Casa da Imprensa em 1997.
Em 1999 apresenta o programa "Clube Tordo" na CNL. Desloca-se a Timor-Leste em novembro de 1999 com Jorge Palma e Rui Pinto de Almeida. Desta parceria, resultou uma série documental de três episódios, intitulada "Timor-Leste, a Paz e a Língua Portuguesa". Foi exibida no CNL e posteriormente na RTPi.
A convite do Instituto Camões, o artista apresentou este trabalho em Timor, em 2002, acompanhado pelo maestro João Balula Cid e seus músicos, com quem trabalha desde 2000.
Em março de 2002 é editado "E No Entanto Ela Move-se", gravado em Barcelona, que inclui temas dedicados aos filmes "Cinema Paraiso" e "O carteiro de Pablo Neruda" e ainda homenagens a George Harrison ("Preciso De Ti") e ao povo de Timor-Leste ("O Timorense"). O disco teve distribuição da editora Universal. As letras datam quase todas do ano 2000 (com excepção de «O Timorense», escrita em Timor, em dezembro de 1999). As músicas foram todas compostas em 2001, entre janeiro e novembro.
O seu livro "Fantásticas, Fingidas e Mentirosas", cujo título é retirado de uma estrofe d’Os Lusíadas, é editado em novembro de 2003. O seu primeiro romance foi editado pela editora Sporpress.
"Tributo a los laureados Nobel", um disco em que música alguns dos poemas dos escritores laureados com o máximo galardão das artes e ciências, é editado em 2006 pela Factoria Autor.
Em 2008 lança o livro "Se Não Souberes Copia" e realiza uma digressão nacional com a Stardust Orchestra.
Entre 2008 e 2010 faz uma digressão por grandes cidades com a Stardust Orchestra (24 músicos) dirigida pelo maestro Pedro Duarte. Esta digressão culminou num espectáculo no Coliseu dos Recreios com participações especiais de Carminho, Rui Veloso e dos Gatos Fedorentos.

Fernando Tordo gere a empresa Stardust Produções, que recebeu, desde 2008, ano em que foi criada, mais de 200 mil euros por ajuste directo pela produção de espectáculos por parte do estado. Entre as entidades adjudicantes estão várias câmaras municipais, como Portimão, Montijo, Mangualde, Vila Nova de Cerveira, Covilhã, Ponte de Lima, Abrantes, Matosinhos, Almada e Lamego que contrataram produções à Stardust num valor superior a 159 600 euros.
Em 2013 faz uma série de espectáculos íntimos com outros cantores como Sara Tavares, Tiago Bettencourt, António Zambujo, Amor Electro, Deolinda, Luísa Sobral entre outros.
Em 2014, anunciou a intenção de emigrar.
Em 18 de fevereiro de 2014, partiu para Pernambuco, Brasil. Aos 65 anos, o músico emigra em busca de trabalho e desencantado com o país. Antes de partir afirmou "É muito provável que aproveite estes últimos anos da minha vida, porque não os quero consumir aqui. Eu não quero, eu não aceito esta gente, não aceito o que estão a fazer ao meu país. Não votei neles, não estou para ser governado por este bando de incompetentes. Vou-me reformar deste país. Não me está a apetecer ficar aqui, de maneira nenhuma. Acho que ainda tenho muita coisa para fazer".
A 21 de fevereiro de 2014 foi divulgado que a empresa Stardust Produções, gerida por Fernando Tordo para organizar concertos seus, recebeu entre 2008, ano em que foi criada, e o início de 2014 mais de 200 mil euros do estado através de contratos de ajuste directo, tendo em janeiro de 2014 recebido dois contratos da Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género, um de 4.500 euros e outro de 5.500 euros, para a realização de espectáculos.
A divulgação dos contratos levou a mulher de Fernando Tordo, Eugénia Passada, a emitir um comunicado alegando que o marido "precisava de trabalho", salientando que o valor que a empresa Stardust Produções não seria exagerado.
Foi também divulgado que a Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género, que contratou a empresa de Fernando Tordo para realizar espectáculos, tem como sócios fundadores Fernando Tordo e a sua mulher, Eugénia Passada, e que a associação não-governamental teria recebido nos últimos anos mais de 200 mil euros de apoios do estado para a gestão dos seus projectos.
Participa, em maio de 2014, no Programa do Jô acompanhando a cantora brasileira Fafá de Belém.
Em 2016 lançou o seu primeiro trabalho feito já no Brasil, "Outro Canto". O CD foi agraciado com o Prémio Pedro Osório, como melhor CD de música portuguesa de 2016.
Em 2018 revelou que lutou contra o alcoolismo durante a vida, frequentando os Alcoólicos Anónimos.
 
 

domingo, fevereiro 11, 2018

Simone de Oliveira nasceu há oitenta anos!

(imagem daqui)

Simone de Macedo e Oliveira (Lisboa, 11 de fevereiro de 1938) é uma cantora, actriz de teatro e de televisão portuguesa.

Filha de Guy de Macedo de Oliveira, falecido em Lisboa em 1970, e da sua mulher Maria do Carmo Tavares Lopes da Silva, neta paterna de Egídio de Macedo de Oliveira, nascido em São Tomé e falecido em Lisboa, de ascendência portuguesa e são-tomense (descendente do primeiro e único proclamado Rei de São Tomé e Príncipe), e de sua mulher Jeanette Prado Pluvier, nascida em Bruxelas e falecida em Lisboa em 1948, de ascendência belga e portuguesa, cresceu em Lisboa com sua irmã Olga Maria de Macedo de Oliveira. Na sequência de uma depressão, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas de Motta Pereira.
Casou primeira vez com o eng.º António José Coimbra Mano, nascido na Figueira da Foz, a 13 de janeiro de 1930, de quem teve uma filha e um filho.
A estreia da cantora em público ocorreu, em janeiro de 1958, no primeiro Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.
Em 1959, a editora Alvorada lança um EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).
Estreia-se no teatro de revista em 1962. Vence também, nesse ano, o Festival da Canção da Figueira da Foz.
Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.
Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".
Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.
António Calvário e Simone gravam um EP com versões do filme "My Fair Lady".
Em março de 1965 recebe o Prémio de Imprensa de 1964 para melhor cançonetista. Vence o Festival RTP da Canção de 1965 com o tema "Sol de Inverno", de Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, enquanto "Silhuetas Ao Luar" fica em 4º lugar. Representa Portugal no Festival da Eurovisão realizado em Nápoles. É eleita Rainha da Rádio.
É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Eu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo Thilo's Combo e pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" (Edelweiss), "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".
Participa com "Começar de Novo", de David Mourão Ferreira e Nóbrega e Sousa, no primeiro Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, realizado em 1966. Amália Rodrigues fez parte do júri e escolheu Simone de Oliveira como representante de Portugal.
Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no Teatro Monumental.
Lança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz e os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos Beatles, entre outros temas.
Amália Rodrigues inicia uma temporada no Olympia, em França, como primeira figura do espectáculo Grand Gala du Music-Hall Portugais, inteiramente composto por um elenco português. Simone de Oliveira é um dos nomes convidados ao lado do Duo Ouro Negro, Carlos Paredes, entre outros.
Concorre ao Grande Prémio TV da Canção de 1968 com os temas "Canção Ao Meu Piano Velho" e "Dentro de Outro Mundo".
É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".
Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".
É em 1969 que Simone vence o Festival RTP da Canção, com o maior êxito da sua carreira - "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, com orquestração do maestro Joaquim Luís Gomes e direcção de orquestra por Ferrer Trindade.
Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso Miss Portugal e de espectáculos no casino da Figueira da Foz. Recupera do problema que lhe tinha afectado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar.
Grava um EP com temas de José Cid. O tema principal é "Glória, Glória Aleluia" que Tonicha levou ao 1º Festival da OTI.
Participa no Festival RTP da Canção de 1973 com "Apenas O Meu Povo", onde recebe o Prémio de Interpretação.
A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles antifascistas. Isso ajuda a que, após o 25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".
Em 1977 é convidada para participar no espectáculo do Jubileu de Isabel II do Reino Unido.
Vence o 1º prémio de interpretação do Festival da Nova Canção de Lisboa, de 1979, com "Sempre Que Tu Vens É Primavera".
Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires, com "À Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
O álbum Simone é editado em 1981. Para este disco grava "À Tua Espera" e "Quero-te Agradecer", da dupla Tozé Brito e Pedro Brito, e temas de António Sala ("Auto-retrato"), Paulo de Carvalho ("Canção") e Varela Silva ("Espectáculo"). Outros temas são as versões de "Pela Luz Dos Olhos Teus" de Vinícius de Morais e Tom Jobim e "Il S'en Va Mon Garçon" de Gilbert Bécaud. Anteriormente já gravara temas como "Reste" e "C'est Triste Venice".
No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP, onde contracena com nomes como Nicolau Breyner e Amélia Rey Colaço.
Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".
O disco Simone, Mulher, Guitarra, editado em 1984, é uma incursão da cantora no fado, com produção de Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"), Fernando Pessoa ("Quadras"), Cecília Meireles ("Canção"), Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e Miguel Torga ("Prece").
Em 1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da RTP.
Em 1988 ainda, Simone venceu um cancro de mama, passando a ser reconhecida também por tal, dado a ser uma doença ainda bastante dizimatória nesse tempo. É a viúva do actor Varela Silva.
Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (1991).
Em 1992 é editado o álbum Algumas Canções do Meu Caminho. Apresenta este espectáculo ao vivo no Teatro Nacional São João, TEC e no Funchal.
Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de 1993.
Em 1997 celebra os seus 40 anos de carreira com um espectáculo na Aula Magna, de Lisboa. É lançado o duplo CD Simone Me Confesso. O espectáculo "Simone Me Confesso" é apresentado na Expo-98.
O álbum Mátria de Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.
Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.
"Kantigamente" é o nome do espectáculo apresentado no São Luiz, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos Simone e Simone, Mulher, Guitarra foram reeditados, em abril de 2003, pela Universal. Em julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.
Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publicações D. Quixote) onde relata a sua luta contra o cancro da mama.
Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome Intimidades, que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Auditório do Fórum Cultural da Cidade do Seixal, acompanhada por José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).
No ano 2008 Simone integra o elenco da nova versão de Vila Faia na RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela actriz Mariana Rey Monteiro. No dia 25 de fevereiro Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no Coliseu de Lisboa.
Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Casou segunda vez com o ator Varela Silva. Recebeu vários prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 7 de Março de 1997.
Em 2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em 2008, com o espectáculo "Um País chamado Simone".
É editada a compilação Perfil com os seus maiores sucessos.
No Festival da Canção de 2010 subiu ao palco do Campo Pequeno onde interpretou a sua Desfolhada, vestindo inclusive o mesmo vestido que vestira 40 anos antes quando venceu o Festival da Canção de 1969, um momento único que emocionou a todos os que assistiram.
Em 2011, na XVI edição dos Globos de Ouro (Portugal), recebeu das mãos do Dr. Pinto Balsemão o Globo de Ouro Mérito e Excelência. Simone, visivelmente surpresa e emocionada, foi aplaudida de pé por todo o Coliseu de Lisboa durante vários minutos, toda uma carreira dedicada a cultura e ao seu país era assim de novo agraciada e reconhecida.
  
Atriz
A nível do teatro, Simone estreou-se nos anos 60 ainda como atracção de revista, posteriormente no início dos anos 70 deu início, na peça "O Contrato" (dirigida por Ribeirinho), ao desenvolvimento das suas características de actriz, tendo na peça A Tragédia da Rua das Flores, atingido um enorme sucesso de público e de crítica, revelando as suas potencialidades de actriz dramática. Participou no Teatro Nacional D. Maria II na peça "Passa por mim no Rossio" e no Teatro Politeama em Maldita Cocaína. Já nos primeiros anos do século XXI encarnou as personagens de Marlene Dietrich e Alma Mahler-Werfel (2003, Convento dos Inglesinhos, Lisboa). Actualmente, encontra-se com o seu espectáculo em digressão, "Conversas de Camarim", espectáculo de homenagem a poetas e a gente do teatro na companhia de Vítor de Sousa e Nuno Feist.
Em homenagem às cantoras da década de 1960 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Simone de Oliveira participou em pelo menos seis filmes, mas num só como voz.Simone de Oliveira tem participação em várias telenovelas e em séries televisivas.
Na televisão apresentou nos anos oitenta do século XX o programa Piano Bar e fez vários programas da RTP Internacional. Foi ainda membro do júri da 1ª edição do concurso Chuva de Estrelas da SIC. Participou em 2009 no programa Fátima como comentadora e na SIC ao vivo como entrevistadora. No ano de 2011 participou na sitcom da RTP "A Sagrada Família".
Em homenagem às cantoras da década de 1960 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Em setembro de 2017 estreou o espetáculo Simone, o musical que conta com a própria Simone e outras cantoras e atrizes que fazem dela própria.


segunda-feira, maio 15, 2017

Paulo de Carvalho - 70 anos!

(imagem daqui)

Manuel Paulo de Carvalho da Costa (Lisboa, 15 de maio de 1947) é um cantor português.
Filho de Aureliano Bragança da Costa e de sua mulher, Adriana de Carvalho, Paulo de Carvalho começou como baterista. Em 1963 foi um dos fundadores dos Sheiks. O sucesso da carreira da banda, a que chamaram «os Beatles portugueses», pôs-lhe fim às veleidades futebolísticas nos juniores do Benfica.
Participa no espectáculo televisivo "A Rua de Elisa" do Duo Ouro Negro.
Em 1968 a tropa pôs fim à banda. Regressado à vida civil fez parte de vários grupos, entre eles a Banda 4, o projecto Fluido e o Thilo´s Combo de Thilo Krassmann.
O EP da Banda 4 é lançado na segunda metade de 1968. Em 1969 formou o grupo de rock psicadélico Fluido com Filipe Mendes (Chinchilas), Edmundo Silva (ex-Sheiks, ex-Banda 4) e Cristiano Semedo (ex-Banda 4). Tratava-se de um projecto músico-cultural com a colaboração de Vasco Noronha e Dórdio Guimarães.
Apesar de nos dois primeiros projectos ser o vocalista principal, só em 1970 inicia uma carreira verdadeiramente a solo, ao ser convidado, por Pedro Osório e Carlos Portugal, para cantar "Corre Nina", no Festival RTP da Canção. Canta "Walk On The Grass" de Manolo Díaz.
Obtém o Prémio Casa da Imprensa para melhor intérprete, pelo seu trabalho de vocalização em "Corre, Nina" e "A Casa da Praia" (este da autoria de Vasco Noronha e Paulo de Carvalho).
Em 1971 fica em segundo lugar no Festival RTP da Canção com "Flor Sem Tempo", da autoria de José Calvário. Colabora também com o grupo Pentágono.
A Phonogram edita, em 1971, o LP "Paulo de Carvalho" com temas dos Fluido gravados em inglês e em Português. O disco inclui "Flor Sem Nome" e "Walk On The Grass" em versões instrumentais dos Sindicato (a banda de Jorge Palma).
A Movieplay lança o álbum "Eu, Paulo de Carvalho, gravado em Madrid, com as faixas "It's Been A Long Time "(Paulo de Carvalho-Vasco Noronha), "Don't Leave Me Alone" (João Gonçalves), "Ana" (Luís Pedro da Fonseca), "Waiting For The Bus" (Manolo Diaz), "Bitter Wine" (Kevin Hoidale), "Keep Your Love Alive" (Kevin Hoidale), "You Must Be Free, Bird" (João Gonçalves), "Walk On The Grass" (Manolo Diaz), "Peter And Paul" (Rui Ressurreição-Isabel Motta) e "A Flower To Be Free" (José Calvário-José Sottomayor).
É lançado o disco colectivo "Festival de Camaradagem" com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Duo Orpheu e José Carlos Ary dos Santos.
Participa no filme "Perdido Por Cem" de António Pedro Vasconcelos onde interpreta o tema título ["Menina e Moça" no filme].
O cantor decide, em cima da hora, não participar no Festival RTP da canção de 1972 mas ainda lança um single com versões dos temas "Esta Festa das Cidades"e "Vamos Cantar de Pé", apresentados no certame.
Ainda em 1972, participa no VII Festival Internacional do Rio de Janeiro com a canção "Maria, Vida Fria", de José Niza e Pedro Osório. José Afonso também participou nesse festival.
Marca presença, conjuntamente com Tonicha, Teresa Silva Carvalho e com o director musical Thilo Krasmann, na 14ª edição da Taça da Europa de Cantares de Knokke.
Em Fevereiro de 1973 participa no Festival RTP da Canção com "Semente".
No verão de 1973 dá-se uma transferência da Movieplay-Procope para a Orfeu-Arnaldo Trindade. Viaja até Madrid para gravar o seu primeiro LP de originais. É editado o single "Animal Farm/I'll Be There With You" com música de Paulo de Carvalho e José Calvário e letras de Kevin Hoidale.
Vence o Festival RTP da Canção de 1974 com E Depois do Adeus, que foi uma das senhas para o Revolução dos Cravos. No Festival da Eurovisão ficou em último lugar, ex-aequo com as canções representantes da Noruega, Alemanha e Suíça.
Escreve o hino do Partido Popular Democrático, a convite de Francisco Sá Carneiro.
Em 1975 regressa ao Festival RTP da Canção com os temas "Com Uma Arma, Com Uma Flor" e "Memória". Obtém o prémio de interpretação no festival de Slantchev Briag, Bulgária.
Entretanto inicia uma parceria com o músico Júlio Pereira de que resultam os álbuns "Não De Costas Mas De Frente" (1975) e "M.P.C.C." (1976).
Em 1976 estreia-se como compositor para outros, com a canção "Lisboa Menina e Moça", celebrizada por Carlos do Carmo.
É um dos fundadores da cooperativa artística "Toma Lá Disco", com Ary dos Santos, Fernando Tordo, Joaquim Pessoa, Carlos Mendes, Luís Vilas Boas, entre outros.
Grava um LP com a colaboração do Trio Araripa, com arranjos do contrabaixista José Eduardo. O disco é editado em 1977.
Entretanto, casara com Fernanda Borges, da qual se divorciara e da qual tem um filho, Paulo Nuno Borges de Carvalho da Costa.
Vence o Festival RTP da Canção de 1977 com Os Amigos. Participa no Festival da OTI 1977, realizado em Madrid, com "Amor Sem Palavras, com texto de Joaquim Pessoa. Colabora também no disco "Discretamente" de Very Nice. Nesse ano casa pela segunda vez, em Lisboa, a 11 de julho, com Teresa Maria Lobato de Faria Sacchetti (Lisboa, Santa Isabel, 3 de Junho de 1952), filha de António de Vilas-Boas Romano e Vasconcelos Barreto Ferraz Sacchetti, representante do título de Visconde da Granja, e de sua mulher Rosa Lobato de Faria, da qual tinha já uma filha, Mafalda Sachetti, nascida a 12 de março. Divorciados, ela casou novamente com Manuel Marques Correia.
Em 1978 grava o álbum "Volume I" que inclui canções como "Nini dos Meus Quinze Anos", "Gostava de Vos Ver Aqui" e "Cab'Verde na Estrela". O disco conta com arranjos de Pedro Osório e colaboração de Fernando Assis Pacheco.
Com nomes como Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Fernando Tordo e Carlos Mendes grava "Os Operários do Natal", uma das mais importantes obras discográficas para crianças que se fizeram em Portugal.
Em 1979 inicia actividade como produtor discográfico e A&R nacional, na editora Nova, para a qual cria a etiqueta Boom (Adelaide Ferreira, Manuela Moura Guedes, etc...).
Os Sheiks regressam em 1979 para uma série de 13 programas da RTP. O grupo grava os discos "Pintados de Fresco" e "Sheiks com Cobertura". Em 1979 grava "Cantar de Amigos" em conjunto com Tózé Brito.
Em março de 1980 obtém o 2º lugar no Festival Internacional de Viña del Mar, Chile, com "Mi Amor Por Ana". No Festival SOPOT da Polónia obtém o prémio para melhor intérprete.
Grava o álbum "Até Me Dava Jeito" com canções como "10 Anos". O disco conta com a participação especial de Rui Veloso.
Assina contrato com a Polygram, a convite de Cláudio Condé e Tózé Brito. Grava em Espanha, com produção de Joni Galvão, o álbum "Abracadabra", com canções como "Executivo" e "Abracadabra".
Em 1982 recebe o prémio da casa da imprensa
Edita "Cabra Cega", gravado novamente em Madrid e com Joni Galvão, onde é acompanhado pelos músicos Carlos Araújo, André Sarbib, Miguel Braga, Zé Rato e Fernando Nascimento. Assim nasce o Quinteto de Paulo de Carvalho.
A compilação "A Arte e a Música de Paulo de Carvalho" é lançada em 1982, reunindo alguns dos êxitos assinados entre os anos de 1971 e 1981.
Com o seu Quinteto, que entretanto passa a integrar Helena Isabel (com a qual acaba por se casar e ter um filho, Bernardo Correia Ribeiro de Carvalho da Costa, em 1987), participa no Festival RTP da Canção de 1984 com o tema "(Já) Pode Ser Tarde".
O álbum "Desculpem qualquer coisinha", de 1985, para o qual convidou o guitarrista Alcino Frazão, inclui o grande sucesso "Meninos de Huambo" de Rui Mingas e Manuel Rui Monteiro. É o primeiro disco de Ouro da sua carreira.
Em 1986 lança novo disco, "Um Homem Português", acompanhado principalmente pela guitarra portuguesa de Alcino Frazão. Inclui "Mesa no café" com poema de Mário de Sá-Carneiro.
Assina com a CBS e grava o disco "Terras da Lua Cheia", com a colaboração de Luís Oliveira. "Prelúdio-Mãe Negra", uma das canções desse disco, tem poema da angolana Alda Lara. Outro dos temas é "Coração Vagabundo" com Carlos do Carmo e a filha, Mafalda Sacchetti, canta em "Quando Eu For Grande".
Em 1989, com Carlos Mendes, Fernando Tordo e Pedro Osório participa em, "Só Nós Três", um dos espectáculos mais importantes da nossa música ligeira.
Em 1991 entra para a UPAV (União Portuguesa de Artistas de Variedades).
Grava o álbum "Gostar de Ti" com temas como "Gaivota", "Deixa Lá O Pior já Passou" e "Para um Amigo". Dos músicos participantes destacam-se Armindo Neves e Paulo Jorge Santos (guitarra portuguesa).
É um dos autores do tema "Cidade Até Ser Dia", cantada por Anabela e que venceu o Festival RTP.
Por ocasião dos 30 Anos de Carreira é homenageado pela Casa de Imprensa na Grande Noite do Fado.
Inicia o projecto Música D'Alma, onde participam músicos e compositores de cultura Ibérica e Africana, tais como Vicente Amigo (Espanha), Tito Paris (Cabo Verde), Felipe Mukenga (Angola) e Mingo (Moçambique). O projecto edita um disco com o mesmo nome e realiza espectáculos no Canadá e Cabo Verde, bem como uma digressão em Portugal.
Inicia uma colaboração com a Fundação Nacional da Luta Contra a Sida e com as ONGS, participando em espectáculos e compondo músicas cujos direitos revertem a favor da luta contra a Sida. "Aparecida" apareceu no Festival da Canção, cantada por Zé Carvalho e ficou em 7.º lugar. Mais tarde foi a cantiga da Abraço, no Coliseu.
O espectáculo "Fado em Sinfonia em 23 de novembro" é apresentado no CCB com a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção do maestro Álvaro Cassuto.
O disco "Alma" de 1994, gravado nos estúdios de Abbey Road com a London Symphony Orchestra, incluindo uma versão de "Pomba Branca", em dueto com Dulce Pontes. O trabalho é apresentado ao vivo, em Caracas, na Venezuela, com a participação da Orquestra Sinfónica de Caracas.
Os 33 anos de carreira são assinalados em 1995 com a edição do disco "33...Vivo". Inicia colaboração discográfica com a editora BMG.
"Fados Meus" é o seu trabalho discográfico de 1996 onde colaboram nomes como Carlos do Carmo, Rita Guerra e Maria João. Participa no espectáculo "4 Caminhos".
Em 1997 pede rescisão de contrato com a BMG e inicia uma temporada de actuações no Casino Estoril, onde se mantém até ao final de 1998.
Juntamente com Ivan Lins realiza um espectáculo no Anfiteatro da Doca durante a Expo-98. Participa na banda sonora da novela "Os Lobos" com "Fado" (letra de Dulce Pontes) e "Nesta Lisboa".
Participa, conjuntamente com Rita Guerra, no espectáculo "Dagama - Concerto para 6 Músicos, 2 Cantores e 1 Computador" de Pedro Osório.
Em outubro de 1999 é editado o disco "Mátria" produzido por Ivan Lins que também interpreta as duas versões alternativas de "Mulher É Vida" e "O Fado" publicadas no final do disco.
Em 2000 participa em dois temas do CD da Campanha Pirilampo Mágico, no geral e em "Talvez em Algum Lugar", um dueto com Lara Li.
Em 2001 (ano do voluntariado) fez a música e deu voz à campanha do voluntariado. O tema "Vai e Faz" foi incluído numa colectânea internacional destinada a celebrar o Ano Internacional do Voluntariado.
A Movieplay lançou em 2002 uma Antologia, seleccionada por José Niza, com 40 das suas melhores canções. Também nesse ano, a Universal Music Portugal publicou uma colectânea de músicas de  Paulo de Carvalho.
Em 2003, Paulo de Carvalho realiza uma série de espectáculos denominados "Uma Voz, Uma Vida".
Em maio de 2004 é editado o CD "Cores do Fado" que voltou a contar com a colaboração do cantor e compositor brasileiro Ivan Lins.
Em 2006 aceita o convite da editora Farol Música para regravar algumas das suas melhores canções. É lançado o disco "Vida" que se torna um grande sucesso.
Em 2008 é lançado o disco "O Amor" com temas como "Canção Para Tito Paris" (com Ivan Lins) e "O Mundo Inteiro". O disco inclui versões de "Meu Fado Calado" (original de Miguel Braga), "É Morna" (Nancy Vieira), "Rockinho Mandado"(Sheiks) e regravações de "Menina da Lua" e "Viva A Vida", gravadas anteriormente por Mafalda Sacchetti e Claud. No disco participam também Agir, Mariza e Tito Paris.
Foi condecorado com o grau de Oficial da Ordem da Liberdade, a 8 de junho de 2009.
Lança um DVD e um comemorativo dos 50 anos de carreira e, no dia 17 de setembro de 2012, recebe a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa.
Vive em união de facto com Susana Lemos, da qual tem duas filhas, Maria e Flor, de apelido Lemos de Carvalho da Costa.
Em 18 de outubro de 2012 sairia Passado - Presente. Uma viagem ao Universo de Paulo de Carvalho, um livro de Soraia Simões no âmbito de áreas como a musicologia e etnografia, assente no percurso profissional do músico e autora também do projecto Mural Sonoro, que, entre outros aspectos, procura, segundo a autora, a "constituição de um Arquivo Vivo com as perspectivas e reflexões de vários intervenientes do espaço musical no âmbito da Música Popular de matriz urbana, num contexto diaspórico" e em que pretendeu tornar o músico num objecto de estudo e pesquisa interessante na sociedade contemporânea. Mais do que uma biografia clássica, o livro é uma reflexão sobre o caminho musical, cultural, social e artístico de Paulo de Carvalho dentro de uma sociedade abrangente e das épocas particulares que atravessou.
Este livro partiu de recolhas de conversas gravadas entre a pesquisadora e autora e o músico. Com a chancela da Chiado Editora, o lançamento do livro ocorreria no Museu da Música, situado no Alto dos Moinhos, em Lisboa.