O principal objetivo desta missão era caracterizar globalmente a
geologia e a
morfologia de Plutão e as suas luas, além de mapear as suas superfícies. Também ia procurar estudar a
atmosfera de Plutão e a sua
taxa de fuga. Outros objetivos secundários incluíam o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo. Foram obtidas imagens de alta-definição de determinadas áreas dos dois corpos celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a
ionosfera, as partículas energéticas do
meio ambiente e a sua interação com o
vento solar. Além disso, a sonda vai procurou determinar a existência de alguma
atmosfera em torno de Caronte e caracterizar a ação das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também ia procurar por satélites ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam o planeta-anão e o seu satélite, antes de ser direcionado para a Cintura de Kuiper e de lá para o
espaço interestelar.
Em dezembro de 2014, a nave encontrava-se a uma distância de 31,96
AU da
Terra (4.781.148 000 km ou 4,26 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio enviados da Terra demoram para chegar à sonda) e a 1,74 UA (260.300.000 km) de Plutão, com a frente virada para a
Constelação de Sagitário,
após sair do seu estado final de "
hibernação" eletrónica às 01:53 UTC de 7 de dezembro.
Desde o seu lançamento em 2006, a sonda passou 1.873 dias hibernando no espaço, com a quase totalidade dos seus equipamentos desligados, 2/3 do tempo total da sua jornada, divididos por 18 períodos diferentes de "hibernação" com duração variada entre 36 e 202 dias contínuos. Este período de desligamento foi o último antes da chegada ao planeta-anão. As primeiras observações de Plutão, mesmo que ainda à distância, iniciaram-se a 15 de janeiro de 2015.
A sonda sobrevoou Plutão a 14 de julho de 2015, após nove anos e meio de viagem interplanetária, alcançando o seu ponto mais próximo da superfície do planeta, cerca de 12 500 km de distância, às 12.49 horas UTC, a uma velocidade de 45.000 km/h.
Os cientistas esperam que ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem – após deixar o
Sistema Solar em direção à
heliosfera – e o segundo objeto artificial mais veloz da história de
exploração espacial.
Foto de Plutão tirada pela sonda