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sexta-feira, fevereiro 14, 2020

Novidades sobre a formação do Sistema Solar...

Kant tinha razão. Sonda da NASA descobre origem dos planetas no corpo mais distante do Sistema Solar
 
Arrokoth fica a seis mil milhões de quilómetros do Sol e é formado por duas esferas achatadas que se fundiram há milhões de anos
   
Os planetas do Sistema Solar formaram-se pela lenta fusão de partículas no início do Sistema Solar. Tal como Kant previu. Foi isso que a New Horizons descobriu em Arrokoth, o corpo mais longe do Sol.
 
 
Arrokoth, o novo nome do objeto mais distante e antigo do Sistema Solar alguma vez explorado pela humanidade, formou-se quando uma nuvem de partículas sólidas colapsou por causa da força gravítica. O fenómeno ocorreu nos primeiros tempos do Sistema Solar, quando tudo não passava de uma nebulosa de gases e poeiras, há 4,6 mil milhões de anos.

Esta é uma das conclusões que a sonda New Horizons trouxe deste mundo, a seis mil milhões de quilómetros do nosso planeta. Pouco mais de um ano após a épica viagem até aos confins do Sistema Solar, para lá da órbita de Neptuno, a NASA encontrou sinais que suportam a hipótese teorizada por Immanuel Kant - sim, o filósofo - e pelo matemático Pierre-Simon Laplace no livro Exposition du Systéme du Monde.
 
Esta teoria rivalizava com uma outra, a acreção hierárquica, segundo a qual corpos como Arrokoth (anteriormente era chamado Ultima Thule), que orbita o Sol na Cintura de Kuiper, eram o resultados de colisões a alta velocidade entre planetesimais - corpos de rocha ou gelo com até 100 quilómetros de diâmetro, que se formaram logo no início do Sistema Solar.
 
Pelo contrário, os dados enviados pela sonda New Horizons para os computadores da NASA sugerem que os planetas do Sistema Solar se formaram quando uma nuvem colapsou graças à força de gravidade, fazendo com que as partículas que a compunham se começassem a fundir lentamente, dando origem a corpos celestes progressivamente maiores.
 
Em conferência de imprensa, William McKinnon, investigador do projeto New Horizons, explicou que o “Arrokoth é como é, porque se formou através de colisões violentas, mas numa dança mais complexa, na qual os seus objetos componentes se orbitam lentamente antes de se unirem”.

William McKinnon refere-se às duas esferas espalmadas que compõem este planetesimal. O facto de terem a mesma cor e a mesma composição química indica que as duas partes de Arrokoth tiveram origem na mesma região da nebulosa primordial do Sistema Solar e começaram a crescer individualmente até que colidiram delicadamente e se fundiram à conta disso. É por isto que Arrokoth está para a evolução dos planetas do Sistema Solar “como os fósseis estão para a evolução dos planetas”.
 

domingo, dezembro 23, 2018

O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 45 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de pouso na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em sua homenagem.

Known objects in the Kuiper belt, derived from data from the Minor Planet Center. Objects in the main belt are colored green, whereas scattered objects are colored orange. The four outer planets are blue. Neptune's few known trojans are yellow, whereas Jupiter's are pink. The scattered objects between Jupiter's orbit and the Kuiper belt are known as centaurs. The scale is in astronomical units. The pronounced gap at the bottom is due to difficulties in detection against the background of the plane of the Milky Way.

A Cintura de Kuiper, também chamada Cintura de Edgeworth ou Cintura de Edgeworth-Kuiper, é uma área do sistema solar que se estende desde a órbita de Neptuno (a 30 UA do Sol) até 50 UA do Sol. Os objetos do cinturão de Kuiper são comummente chamados de KBO (Kuiper Belt Object).
A sua existência foi sugerida por Gerard Kuiper (1905-1973) em 1951. Em 1993, Miles Standish reanalisou os dados, e descobriu que a anomalia era menor. No entanto, desde a descoberta de 1992 QB1 - o primeiro objeto nesta região - já foram catalogados mais de mil outros pequenos objetos transneptunianos. Acredita-se que nesta região existam mais de 100 mil pequenos corpos celestes.
Este cinturão possui milhares de pequenos corpos, estes com formação semelhante à dos cometas. A diferença é que estes pequenos corpos nunca volatizaram os seus gelos, de maneira que não possuem nem coma nem cauda, isso se dá por eles estarem orbitando longe do calor do Sol.
Destes, são conhecidos doze com diâmetro de quase ou mais de 1000 km inclusive um que é definitivamente maior que Plutão (embora haja incertezas de 10-15%):
Natureza dos KBO's
A origem da cintura de Kuiper é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa protossolar que deu origem aos planetas. Os KBO's são rochas congeladas contendo metano, amónia e água, com tamanhos que podem variar de 100 a 1000 km, com alguns maiores que isto. Estima-se que no passado eram maiores e mais numerosos, mas interacções com os planetas (principalmente Neptuno) e colisões mútuas acabaram por expulsar boa parte deles, seja em direção ao Sol ou planetas internos, como Júpiter, seja para regiões externas do Sistema Solar, para região da nuvem de Oort.
Classificação dos KBO's
Existem 3 categorias de KBO's:
  • Clássicos: cerca de 2/3 do total de KBO's. Possuem órbitas mais estáveis com baixa excentricidade orbital e localizados entre 42 e 47 u.a.
  • Plutinos: cerca de 1/3 do total. Apresentam ressonância 3:2 com o planeta Neptuno
  • Espalhados: apresentam órbitas altamente inclinadas e excêntricas e são a possível origem dos cometas de curto período
Representação artística da Nuvem de Oort e da cintura de Kuiper
 

sexta-feira, julho 14, 2017

A New Horizons chegou a Plutão há dois anos

A New Horizons é uma sonda espacial da NASA lançada para estudar o planeta-anão Plutão e a Cintura de Kuiper. Ela foi a primeira sonda a sobrevoar Plutão e a fotografar as suas pequenas luas Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige, a 14 de julho de 2015, após cerca de nove anos e meio de viagem interplanetária e ainda deverá sobrevoar o objeto 2014 MU69.
O principal objetivo desta missão era caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e as suas luas, além de mapear as suas superfícies. Também ia procurar estudar a atmosfera de Plutão e a sua taxa de fuga. Outros objetivos secundários incluíam o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo. Foram obtidas imagens de alta-definição de determinadas áreas dos dois corpos celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera, as partículas energéticas do meio ambiente e a sua interação com o vento solar. Além disso, a sonda vai procurou determinar a existência de alguma atmosfera em torno de Caronte e caracterizar a ação das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também ia procurar por satélites ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam o planeta-anão e o seu satélite, antes de ser direcionado para a Cintura de Kuiper e de lá para o espaço interestelar.
Lançada a 19 de janeiro de 2006, diretamente numa trajetória de escape Terra-Sol com uma velocidade relativa de 16,26 km/s ou 58.536 km/h e usando uma combinação de foguete monopropulsor e assistência gravitacional, ela sobrevoou a órbita de Marte a 7 de abril de 2006, a de Júpiter a 28 de fevereiro de 2007, a de Saturno a 8 de junho de 2008 e a de Urano a 18 de março de 2011, a caminho da órbita de Netuno, que cruzou a 25 de agosto de 2014, na sua jornada até Plutão.
Em dezembro de 2014, a nave encontrava-se a uma distância de 31,96 AU da Terra (4.781.148 000 km ou 4,26 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio enviados da Terra demoram para chegar à sonda) e a 1,74 UA (260.300.000 km) de Plutão, com a frente virada para a Constelação de Sagitário, após sair do seu estado final de "hibernação" eletrónica às 01:53 UTC de 7 de dezembro. Desde o seu lançamento em 2006, a sonda passou 1.873 dias hibernando no espaço, com a quase totalidade dos seus equipamentos desligados, 2/3 do tempo total da sua jornada, divididos por 18 períodos diferentes de "hibernação" com duração variada entre 36 e 202 dias contínuos. Este período de desligamento foi o último antes da chegada ao planeta-anão. As primeiras observações de Plutão, mesmo que ainda à distância, iniciaram-se a 15 de janeiro de 2015.
A sonda sobrevoou Plutão a 14 de julho de 2015, após nove anos e meio de viagem interplanetária, alcançando o seu ponto mais próximo da superfície do planeta, cerca de 12 500 km de distância, às 12.49 horas UTC, a uma velocidade de 45.000 km/h.
Os cientistas esperam que ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem – após deixar o Sistema Solar em direção à heliosfera – e o segundo objeto artificial mais veloz da história de exploração espacial.
 Foto de Plutão tirada pela sonda

segunda-feira, dezembro 07, 2015

O astrónomo Gerard Kuiper nasceu há 110 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, cidadão dos Estados Unidos desde 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteróides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper, já que se conseguiu confirmar a sua existência. Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizando o avião Convair 990, nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astronómica Americana e, na década de 60, Kuiper ajudou na identificação de possíveis locais para aterrar na Lua, para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram baptizadas com o seu nome, como homenagem às suas descobertas.

segunda-feira, dezembro 23, 2013

O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 40 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de pouso na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em sua homenagem.


Known objects in the Kuiper belt, derived from data from the Minor Planet Center. Objects in the main belt are colored green, whereas scattered objects are colored orange. The four outer planets are blue. Neptune's few known trojans are yellow, whereas Jupiter's are pink. The scattered objects between Jupiter's orbit and the Kuiper belt are known as centaurs. The scale is in astronomical units. The pronounced gap at the bottom is due to difficulties in detection against the background of the plane of the Milky Way.

A Cintura de Kuiper, também chamada Cintura de Edgeworth ou Cintura de Edgeworth-Kuiper, é uma área do sistema solar que se estende desde a órbita de Neptuno (a 30 UA do Sol) até 50 UA do Sol. Os objetos do cinturão de Kuiper são comumente chamados de KBO (Kuiper Belt Object).
A sua existência foi sugerida por Gerard Kuiper (1905-1973) em 1951. Em 1993, Miles Standish reanalisou os dados, e descobriu que a anomalia era menor. No entanto, desde a descoberta de 1992 QB1 - o primeiro objeto nesta região -, já foram catalogados mais de mil outros pequenos objetos transneptunianos. Acredita-se que nesta região existam mais de 100 mil pequenos corpos celestes.
Este cinturão possui milhares de pequenos corpos, estes com formação semelhante à dos cometas. A diferença é que estes pequenos corpos nunca volatizaram os seus gelos, de maneira que não possuem nem coma nem cauda, isso se dá por eles estarem orbitando longe do calor do Sol.
Destes, são conhecidos doze com diâmetro de quase ou mais de 1000 km inclusive um que é definitivamente maior que Plutão (embora haja incertezas de 10-15%):
Natureza dos KBO's
A origem da cintura de Kuiper é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa protossolar que deu origem aos planetas. Os KBO's são rochas congeladas contendo metano, amónia e água, com tamanhos que podem variar de 100 a 1000 km, com alguns maiores que isto. Estima-se que no passado eram maiores e mais numerosos, mas interacções com os planetas (principalmente Neptuno) e colisões mútuas acabaram por expulsar boa parte deles, seja em direção ao Sol ou planetas internos, como Júpiter, seja para regiões externas do Sistema Solar, para região da nuvem de Oort.

Classificação dos KBO's
Existem 3 categorias de KBO's:
  • Clássicos: cerca de 2/3 do total de KBO's. Possuem órbitas mais estáveis com baixa excentricidade orbital e localizados entre 42 e 47 u.a.
  • Plutinos: cerca de 1/3 do total. Apresentam ressonância 3:2 com o planeta Neptuno
  • Espalhados: apresentam órbitas altamente inclinadas e excêntricas e são a possível origem dos cometas de curto período
Representação artística da Nuvem de Oort e da cintura de Kuiper
 

sábado, dezembro 07, 2013

O astrónomo Gerard Peter Kuiper nasceu há 108 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, que passou a ser cidadadão dos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteróides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper, que já se conseguiu confirmar a existência (hoje conhecem-se vários objetos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos, utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship, da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na decisão  da escolha dos locais de aterragem na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram baptizadas com o seu nome, em homenagem.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Gerard Kuiper nasceu há 107 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado norte-americano em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Úrano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de uma nova cintura de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astronómica Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de alunagem no projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em homenagem.

sábado, setembro 01, 2012

Vamos finalmente conhecer um planeta anão (daqui a dois anos e picos...)

Sistema solar
A sonda Dawn está a despedir-se de Vesta e a olhar para Ceres 

Depois de sair de Vesta, a sonda Dawn vai demorar mais de dois anos até chegar a Ceres

A sonda Dawn já está a afastar-se de Vesta. Depois de cerca de um ano a observar um dos corpos mais importantes da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter, a sonda já começou a sua longa viagem rumo a Ceres, o único planeta-anão na parte interior do sistema solar e da cintura de asteroides. 

A sonda da agência espacial norte-americana NASA está lentamente a afastar-se do asteroide, num movimento em espiral, com a ajuda do seu sistema especial de propulsão iónica – um método que consiste em usar electricidade para ionizar o gás raro xénon, que dá o impulso propulsor à sonda.

Segundo a NASA, a Dawn só vai libertar-se totalmente de Vesta a 4 de setembro. "Já estamos com os propulsores ligados. Neste momento estamos a afastar-nos de Vesta com ajuda de uma coluna verde-azulada de iões de xénon", disse Marc Rayman, director da missão do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, na Califórnia. "Estamos algo melancólicos por estarmos a concluir a fantástica e produtiva exploração de Vesta, mas temos agora Ceres em vista", disse.

A Dawn já saiu da Terra há quase cinco anos (partiu a 27 de setembro de 2007) e chegou a Vesta a 15 de julho do ano passado. O objectivo da missão é olhar para dois corpos muito diferentes – Vesta e Ceres –, que estagnaram a sua evolução numa altura muito primordial do sistema solar.

Durante o último ano, a sonda tirou inúmeras fotografias ao asteroide de 572,6 quilómetros de comprimento. A acidentada superfície do asteróide, com as suas rugas, mostra duas enormes colisões sofridas nos últimos 2000 milhões de anos.

A missão revelou ainda que no início da sua formação, Vesta teve o seu material fundido e, por isso, tem hoje uma estrutura interna em camadas, que inclui um núcleo de ferro. "Podemos agora dizer com certeza que Vesta se parece mais com um pequeno planeta do que com um asteroide", explica Christopher Russel, o investigador principal do projecto, da Universidade de Los Angeles, na Califórnia.

Nos próximos tempos haverá menos notícias da Dawn. A sonda tem agora pela frente uma viagem de mais de dois anos até Ceres. A NASA espera que a nave aviste o planeta-anão no início de 2015. Ceres – o maior objecto da cintura, com 959 quilómetros de diâmetro – terá uma constituição mais parecida com os planetas gasosos, como Júpiter e Saturno. A Dawn vai perceber se o planeta-anão tem um processo hidrológico, que pode originar estações com camadas de gelo nos pólos. Além disso, poderá ter uma pequena atmosfera permanente. Se tudo correr bem, a missão termina em julho de 2015.

in Público - ler notícia


NOTA: o ano de 2015 será importante para conhecer finalmente os planetas anões - para além da sonda Down começar a estudar Vesta, a sonda New Horizons chegará a Plutão em julho desse mesmo ano (embora a fase ativa da missão deva iniciar-se cerca de seis meses antes da máxima aproximação; desta forma poderá observar-se metade da rotação entre Plutão e Caronte, que permitirá obter imagens laterais de ambos os corpos celestes, devendo passar a cerca de 10.000 km de Plutão e cerca de 27.000 km de Caronte).

sexta-feira, dezembro 23, 2011

O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 38 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Úrano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteróides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (ver Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astronómica Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de alunagem na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, em sua homenagem.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

O astrónomo Gerard Kuiper nasceu há 106 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, naturalizado nos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteróides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper já que se conseguiu confirmar a sua existência (veja Objectos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship da Sociedade Astronómica Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na identificação dos locais de pouso na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram baptizadas com o seu nome, em homenagem.

sábado, janeiro 07, 2006

Galileu - 396 anos depois...

Faz hoje 396 anos que Galileu Galilei se lembrou de apontar a sua fraca luneta para Júpiter e descobrir 3 (mais tarde quatro...) pequenas estrelinhas próximas - tinha descoberto os satélites ditos de Galileu.

Convém não esquecer... até porque faltam 10 dias para a partida da Sonda que irá conhecer finalmente o planeta (ou talvez não) Plutão e seus satélites, bem os Objectos Trans-Neptunianos da Cintura de Kuiper.


Para ajudar, aqui fica cópia do registo original (em cima e em italiano) do grande cientista e foto dos seus satélites (da esquerda para a direita, respectivamente - Io, Europa, Ganimedes e Calisto):