quarta-feira, maio 13, 2015
quarta-feira, dezembro 31, 2014
A cantora Virgínia Rodrigues faz hoje 50 anos!
(imagem daqui)
Virgínia Rodrigues (Salvador, 31 de dezembro de 1964) é uma cantora brasileira.
Virgínia Rodrigues é uma cantora brasileira, descoberta por Caetano Veloso durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, em Salvador, em 1997. A sua música tem influência de música clássica, samba e jazz, ao mesmo tempo que as suas letras têm referências a entes do candomblé e umbanda. A sua voz, prolixa e grave, atinge desde notas agudas até tons mais graves e é mais um típico caso brasileiro, de um artista talentoso e bastante reconhecido no cenário internacional, mas ignorado no seu país natal.
Depois de anos cantando em coros de igrejas católicas e protestantes, ela havia sido convidada pelo diretor Márcio Meireles para participar da peça Bye Bye Pelô, onde Caetano a viu pela primeira vez. De origem humilde, Virgínia traz referências populares e líricas do que ouviu na infância e juventude. O resultado é que seu canto vagueia entre o erudito e o popular. O primeiro disco foi produzido por Celso Fonseca e teve arranjos de Eduardo Souto Neto. As músicas foram escolhidas por Virgínia, Caetano e Celso Fonseca, e inclui canções como Noite de Temporal, de Dorival Caymmi, além das participações de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento.
O seu primeiro álbum "Sol Negro" foi bem recebido nos Estados Unidos e na Europa, rendendo à cantora raras críticas. O jornal The Times, de Londres, escreveu: “...A nova Diva da musica brasileira, a cantora baiana de 33 anos, comoveu todo o Brasil com seu álbum de estreia Sol Negro; uma rica mistura de influências africanas e portuguesas e de samba de raiz”, sendo também elogiado também pelo jornal francês Le Monde e pela revista americana Rolling Stone.
A história da cantora baiana Virgínia Rodrigues ficou tão conhecida internacionalmente que os jornalistas americanos a apelidaram de Cinderela brasileira. Ex-manicure, saída de uma favela de Salvador realizou, num ano, duas turnês pelos Estados Unidos, shows na Europa e foi entrevistada por David Byrne, ao vivo, na televisão americana. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, o primeiro disco de Virgínia saiu lançado pela gravadora Rykodisc, de propriedade de Cris Blackwell, o mesmo que popularizou nomes como Bob Marley, Peter Tosh e U2.
No seu segundo álbum, "Nós", Virgínia homenageia o canto de raiz africana de Salvador. O seu canto primoroso e sofisticado entoa músicas do Ilê Aiyê, Olodum, Timbalada, Ara Ketu e Afreketê. O The New York Times definiu-a então como “uma das mais impressionantes cantoras que surgiu do Brasil nos últimos anos”. “Um dos lançamentos internacionais mais impressionantes dos últimos anos.”, escreveu Stephan Cook da “All Music Guide”.
Virgínia chega ao seu terceiro CD, "Mares Profundos", coroada pelo sucesso no exterior – embora ainda seja desconhecida na sua terra natal - santos da casa não fazem milagres. Lançado em janeiro de 2004 nos Estados Unidos, "Mares Profundos" chegou ao Brasil com edição simultânea na Europa. O selo do álbum é o prestigioso Edge, da gravadora alemã Deutsche Grammophon, a mais tradicional da música erudita. A produção, claro, é de Caetano. O reportório é poderoso: 11 afro-sambas compostos entre 1962 e 1966 pelo violonista Baden Powell (1937-2000) e pelo poeta Vinícius de Moraes (1913-1980). O programa fecha com o samba ‘Lapinha’ (Baden-Paulo César Pinheiro).
Quatro anos após lançar o seu último disco, Virgínia Rodrigues volta ao cenário musical com o disco "Recomeço", que versa sobre o amor dual, assunto imemorial e omnipresente no cancioneiro, e muito discutido na composição. Como intérprete talhada que é, dá um novo sentido a clássicos recorrentes da música brasileira. O seu canto de câmara, aliado à compreensão da canção popular conferem um novo sentido a poesias de Chico Buarque, como as oníricas “Todo Sentimento” (com Cristóvão Bastos) e “Beatriz” (com Edu Lobo); de Vinicius de Moraes, seja com Francis Hime - na pouco conhecida “Eu te Amo Amor”, ou com Tom, o parceiro ancestral, em pérolas como “Por Toda a Minha Vida” e “Estrada Branca”; ou ainda ao grande hino de Dolores Duran, “A Noite do Meu Bem”.
Hoje, é cantora das mais respeitadas no circuito dos mais importantes festivais de jazz e world music pelo mundo fora, participando de diversas turnês mundiais. Entre os seus fãs está o ex-presidente americano Bill Clinton, que ficou encantado ao assistir à apresentação dela em São Paulo. Em entrevista, Clinton uma vez afirmou que ela era a cantora de quem ele mais gostava no mundo. Ele dedicou a Virginia uma passagem no seu livro de memórias "Minha Vida". O jornal The New York Times classificou sua voz como "celestial".
Teve uma participação especial no filme Wally Salomão, de Ana Carolina Teixeira Soares.
Discografia
- Sol Negro (1997)
- Nós (2000)
- Mares Profundos (2004)
- Recomeço (2008)
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quinta-feira, agosto 07, 2014
Caetano Veloso - 72 anos!
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, Bahia, 7 de agosto de 1942), mais conhecido como Caetano Veloso, é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs trilhas de filmes. Em 1967, saiu seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime militar e partiu para exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. O disco Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganhou o Prêmio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes géneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, manteve a parceria com a Banda Cê, que encerrou-se no disco Abraçaço, de 2012.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 1960, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e canções em trilhas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polémicas e com maior força de opinião no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Foi eleito pela revista Rolling Stone, o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo conjunto da obra, e pela mesma revista, o 8º maior cantor brasileiro de todos os tempos.
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sexta-feira, agosto 01, 2014
Ney Matogrosso - 73 anos!
Ney de Souza Pereira (Bela Vista, 1 de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor, diretor, iluminador e ator brasileiro. Ex-integrante dos Secos & Molhados (1973-1974), foi o artista que mais se sobressaiu do grupo após iniciar sua carreira solo com o disco Água do Céu - Pássaro (1975) e com suas apresentações subsequentes. É considerado pela revista Rolling Stone como a terceira maior voz brasileira de todos os tempos e, pela mesma revista, terceiro maior artista brasileiro de todos os tempos. Embora tenha começado relativamente tarde, das canções poéticas e de géneros híbridos dos Secos & Molhados, ele passou a interpretar outros compositores do país, como Chico Buarque, Cartola, Rita Lee, Tom Jobim, construindo um reportório que prima pela qualidade e versatilidade. Em 1983, completava dez anos de estreia no cenário artístico e já possuía dois Discos de Platina e dois Discos de Ouro, inclusive pela enorme repercussão da canção "Homem com H" de 1981.
Como iluminador de espetáculos, tem supervisionado toda a produção da área em suas próprias apresentações e também merece destaque seu trabalho de iluminação e seleção de repertório no show Ideologia (1988) de Cazuza e no show Paratodos de Chico Buarque em 1993, ao que afirma: "quero que as luzes provoquem sensações nas pessoas". Matogrosso também tem atuado recentemente no cinema: estreou em 2008 no curta-metragem Depois de Tudo, dirigido por Rafael Saar, e no filme Luz das Trevas de 2009, dirigido por Helena Ignez.
Distinguido pela sua rara voz de contratenor, Ney Matogrosso também é conhecido pelas suas performances ao vivo. Atribuem à sua maquilhagem cénica e ao seu vestuário exótico desde os anos 70 uma certa mudança de conceitos sobre o comportamento masculino apropriado no Brasil. Segundo Violeta Weinschelbaum, "o magnetismo de sua figura, a atração decididamente sexual que Ney Matogrosso produz sobre o palco é algo inimaginável." A biógrafa Denise Pires Vaz também escreve: "Dos cantores brasileiros, Ney Matogrosso é um dos poucos, senão o único, que pode merecer o título de showman."
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quarta-feira, agosto 07, 2013
Caetano Veloso - 71 anos
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, Bahia, 7 de agosto de 1942), mais conhecido como Caetano Veloso, é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, o seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova, Maria Bethânia, nas suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs bandas sonoras de filmes. Em 1967, saiu o seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime militar e partiu para um exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. O disco Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganhou um Prémio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes géneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, fechou a parceria com a Banda Cê.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 1960, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e canções em bandas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polémicas e com maior força de opinião no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Foi eleito pela revista Rolling Stone, o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo conjunto da obra, e pela mesma revista, o 8º maior cantor brasileiro de todos os tempos.
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segunda-feira, julho 01, 2013
Leãozinho...
O Leãozinho - Caetano Veloso
Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
Um filhote de leão raio da manhã;
Arrastando o meu olhar como um íman...
O meu coração é o sol, pai de toda cor;
Quando ele lhe doura a pele ao léu...
Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar
PS - queríamos dedicar esta música aos nossos leitores adeptos do clube português com mais troféus em todas as modalidades e que faz hoje 107 anos (mesmo... e sem aldrabices...) nomeadamente ao meu pai (seu sócio há 59 anos) e aos meus irmãos, duas sobrinhas e filho...
sexta-feira, junho 07, 2013
Paulo Leminski morreu há 24 anos
Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, cinturão preto de judo.
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, era um mestiço de pai polaco e mãe negra, Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e o seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com o nascimento do primeiro dos seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingénuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou a sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e o a banda de punk rock Beijo AA Força entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos e convivência com Régis Bonvicino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba, Ivo Rodrigues.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era cinturão preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.
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Verdura - Caetano Veloso
Letra e música de Paulo Leminski
De repente me lembro do verde
Da cor verde a mais verde que existe
A cor mais alegre, a cor mais triste
Verde que veste, verde que vestiste
No dia em que te vi
No dia em que me viste
De repente vendi meus filhos
Pra uma família americana
Eles tem carro, eles tem grana
Eles tem casa e a grama é bacana
Só assim eles podem voltar
E pegar um sol em Copacabana
Pegar um sol em Copacabana
Letra e música de Paulo Leminski
De repente me lembro do verde
Da cor verde a mais verde que existe
A cor mais alegre, a cor mais triste
Verde que veste, verde que vestiste
No dia em que te vi
No dia em que me viste
De repente vendi meus filhos
Pra uma família americana
Eles tem carro, eles tem grana
Eles tem casa e a grama é bacana
Só assim eles podem voltar
E pegar um sol em Copacabana
Pegar um sol em Copacabana
sábado, novembro 10, 2012
Porque Torquato Neto morreu há 40 anos - II
Soy Loco Por Ti, América - Caetano Veloso
Soy loco por ti, América
Yo voy traer una mujer playera
Que su nombre sea Marti
Que su nombre sea Marti...
Soy loco por ti de amores
Tenga como colores
La espuma blanca
De Latinoamérica
Y el cielo como bandera
Y el cielo como bandera...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Sorriso de quase nuvem
Os rios, canções, o medo
O corpo cheio de estrelas
O corpo cheio de estrelas
Como se chama amante
Desse país sem nome
Esse tango, esse rancho
Esse povo, dizei-me, arde
O fogo de conhecê-la
O fogo de conhecê-la ...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
El nombre del hombre muerto
Ya no se puede decirlo, quién sabe?
Antes que o dia arrebente
Antes que o dia arrebente...
El nombre del hombre muerto
Antes que a definitiva
Noite se espalhe em Latino América
El nombre del hombre
Es pueblo, el nombre
Del hombre es pueblo...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Espero o manhã que cante
El nombre del hombre muerto
Não sejam palavras tristes
Soy loco por ti de amores
Um poema ainda existe
Com palmeiras, com trincheiras
Canções de guerra
Quem sabe canções do mar
Ai hasta te comover
Ai hasta te comover...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Estou aqui de passagem
Sei que adiante
Um dia vou morrer
De susto, de bala ou vício
De susto, de bala ou vício...
Num precipício de luzes
Entre saudades, soluços
Eu vou morrer de bruços
Nos braços, nos olhos
Nos braços de uma mulher
Nos braços de uma mulher...
Mais apaixonado ainda
Dentro dos braços da camponesa
Guerrilheira, manequim, ai de mim
Nos braços de quem me queira
Nos braços de quem me queira...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
terça-feira, agosto 07, 2012
Porque hoje foi dia de Alegria...!
Alegria, Alegria - Caetano Veloso
Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Caetano Veloso - 70 anos!
(imagem daqui)
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro da Purificação, 7 de Agosto de 1942) é um músico e escritor brasileiro.
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