domingo, outubro 07, 2012

Tom Yorke, dos Radiohead, faz hoje 44 anos

Thomas Edward "Thom" Yorke, (Wellingborough, 7 de outubro de 1968) é o vocalista e compositor da banda britânica de rock alternativo Radiohead, onde, geralmente, toca guitarra e piano. Atualmente, vive em Oxford com sua companheira de longa data, a artista plástica, com um doutoramento em História da Arte, Rachel Owen. O casal tem dois filhos: Noah e Agnes.
Tom Yorke é vegan e é conhecido pelo seu ativismo político e defesa dos direitos humanos e movimentos anti-guerra.

Nascido com o olho esquerdo paralisado, Tom Yorke submeteu-se a um total de cinco operações de correção nos seus primeiros cinco anos, sendo a última cirurgia mal-sucedida e quase lhe tirou toda a visão de seu olho esquerdo, resultando no seu característico "olho-caído". O seus colegas de turma  costumavam insultá-lo com a alcunha de "Salamandra". O pai de Yorke trabalhava como um vendedor de instrumentos de engenharia química, e seu filho foi passando de uma escola para outra, sem poder se fixar e tendo de fazer sucessivamente novos amigos. A família de Yorke finalmente fixou-se em Oxford. Yorke ganhou sua primeira guitarra aos sete anos de idade, ao ver a performance do guitarrista do Queen, Brian May na televisão. A primeira canção que ele escreveu chamava-se Mushroom Cloud sobre a formação de uma nuvem seguindo uma explosão nuclear. Ele formou a primeira banda aos onze anos de idade, quando frequentava a escola privada para rapazes Abingdon School, onde ele conheceu os seus futuros companheiros de banda, Ed O'Brien, Colin Greenwood, o baterista Phil Selway e o irmão mais novo de Colin, Jonny Greenwood. Inicialmente eles chamavam-se On a Friday ("Numa Sexta", em português), pois sexta era o único dia em que eles podiam ensaiar. O irmão mais novo de Yorke, Andy, formou vários grupos na mesma época de On a Friday, incluindo "The Illiterate Hands", da qual Jonny Greenwood era um membro antes de se juntar ao seu irmão em On a Friday (Andy Yorke foi a frente com banda Unbelievable Truth). Os On a Friday continuaram a praticar e escrever novo material, mesmo estudando em universidades diferentes. Quando estava na Universidade de Exeter, Yorke foi um membro dos Headless Chickens, e trabalhou num hospital psiquiátrico como assistente hospitalar. Em Exeter, ele conheceu Stanley Donwood, que mais tarde trabalharia em aspetos artísticos (página web do grupo e capas de CD's) da banda de 1994 até hoje. O nome da banda mudou por sugestão do agente A & R da banda, depois de assinarem com a EMI, em dezembro de 1991, e foi inspirado numa música do álbum True Stories da banda americana Talking Heads.

Nos Radiohead
Quando o grande sucesso do hit Creep (escrito na casa de banho masculina do clube de estudantes The Lemmy da Universidade de Exeter) conduziu a banda a escrevê-lo como seu maior hit, uma sucessão de álbuns cada vez mais complexos fez Radiohead uma das bandas mais respeitadas do mundo, uma parte devido aos temas de existencialismo urbano, maldade, e amor nas letras de Yorke. Algumas das suas músicas tem mensagens políticas, o mais proeminente no álbum Hail to the Thief (Saudações ao Ladrão, em português) - o título é visto como uma referência direta à eleição para presidente dos Estados Unidos em 2002, quando George W. Bush foi acusado por seus críticos de ter "roubado" as eleições, mas isso tem sido repetidamente negado pela banda. Na época de 1997, OK Computer, as letras de Yorke foram notadas pela sua qualidade oblíqua.
Tom Yorke e o vocalista do R.E.M, Michael Stipe, são amigos íntimos e frequentemente participam dos shows um do outro. Yorke disse que Stipe inspirou muitas de suas músicas e o ajudou a sair de um período de depressão depois da turnê de OK Computer e antes do lançamento de Kid A (2000). A música How to Disappear Completely, do último álbum, foi inspirada por Stipe, que aconselhou Yorke a falar para si mesmo, "I'm not here/this isn't happening" ("Eu não estou aqui/isso não está acontecendo") quando ele estava deprimido ou ansioso. Stipe notou que muitas das músicas de Radiohead, como "A Wolf at the Door" e "There There", inspiraram-no na  sua própria forma de escrever.
Yorke explicou em várias entrevistas que ele não gosta da "mitologia" que sente ser endémica com o género rock, e odeia a obsessão dos media com celebridades. Parte da razão dele ter passado um período de depressão e de incapacidade de escrever depois de OK Computer foi ter sentido que a música que o Radiohead criou estava sendo alcançada pelas personalidades (particularmente ele mesmo) daqueles atrás dela.
Yorke é conhecido por seu falsetto distintivo (Fake Plastic Trees, How to Disappear Completely) e habilidade para achar, e sustentar notas elevadas (Creep, Exit Music (For a Film)).  A sua voz é inspirada em aspetos vocais de Jeff Buckley. Durante as gravações de The Bends em 1994, a banda assistiu Buckley em concerto; Yorke disse depois que o concerto teve um efeito direto em seu vocal em Fake Plastic Trees.
Enquanto Yorke não conseguia ler a música, ele esteve a aprender a tocar baixo e bateria na ocasião das gravações dos álbuns do Radiohead.
Yorke já disse que ele prefere computadores às guitarras, e pensa que programas como Pro Tools dão ao músico maior poder na direção de uma música do que instrumentos tradicionais.

Outros trabalhos
A personalidade enigmática de Yorke transformou-o numa figura de culto, mas ele também tem sido citado em várias questões políticas e sociais contemporâneas (apesar disso, ele disse quem "deve se ter cuidado para não fazer sermões.") A banda leu o livro No Logo, de Naomi Klein, durante as sessões de Kid A, e Yorke é um fã declardo do trabalho de Noam Chomsky. Ele é amigo do escritor ecologista, académico e jornalista George Monbiot; Yorke emprestou uma declaração para figurar na capa do livro de Monbiot, Captive State: The Corporate Takeover of Britain. Tem chamado atenção como um ativista político, fazendo campanhas para causas como o comércio justo, movimentos antiguerra como Campanha para o Desarmamento Nuclear, Amnistia Internacional e mais recentemente a campanha "The Big Ask" do Friends of the Earth. Ele tocou no concerto Free Tibet, em 1999.
Questionado sobre o seu ativismo, Yorke falou que "a diferença entre mim e Bono Vox é que ele fica completamente feliz em elogiar pessoas para conseguir o que ele quer, e ele é muito bom nisso, mas eu simplesmente não posso fazer isso. Eu provavelmente acabaria dando um murro na cara deles em vez de apertar as suas mãos, mas isso é melhor do que ficar fora do caminho deles. Eu não posso simpatizar com esse tipo de coisas. É uma vergonha, verdade, e num caminho isso pode ajudar se eu quiser, mas eu não posso. Eu admiro o facto de Bono poder, e poder caminhar através disso cheirando a rosas."
Além de seu extensivo trabalho com o Radiohead, Yorke também colaborou com outros músicos; ele trabalhou com Björk, Beck, PJ Harvey, James Lavelle, The Flaming Lips, U.N.K.L.E. e DJ Shadow. Em dezembro de 2004, Tom Yorke e Jonny Greenwood contribuíram para o single de caridade Do They Know It's Christmas.
Foi lançado no ano de 2006 o primeiro trabalho a solo de Tom Yorke, o álbum "The Eraser", com nove músicas inéditas. Yorke nega qualquer intenção de abandonar a banda, dizendo que é apenas um trabalho que não se encaixa no perfil do Radiohead.


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