quarta-feira, outubro 17, 2012

António Ramos Rosa - 88 anos

 (imagem daqui)

António Víctor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924), é um poeta português, ainda reconhecido como desenhador.

Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que, em 1960, encerra a edição por ordem da polícia política. Fez parte do MUD Juvenil.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.


Prémios 


  • Prémio Fernando Pessoa, da Editora Ática (Segundo Lugar ex-aequo), 1958 (Viagem através duma nebulosa)


  • Prémio Nacional de Poesia, da Secretaria de Estado de Informação e Turismo (recusado pelo autor), 1971 (Nos seus olhos de silêncio)


  • Prémio Literário da Casa da Imprensa (Prémio Literário), 1971 (A pedra nua)


  • Prémio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas (Prémio de Tradução), 1976 (Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard)


  • Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia, 1980 (O incêndio dos aspectos)


  • Prémio Nicola de Poesia, 1986 (Volante verde)


  • Prémio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987 (Incisões oblíquas)


  • Prémio Pessoa, 1988


  • Grande Prémio de Poesia APE/CTT, 1989 (Acordes)


  • Prémio da Bienal de Poesia de Liége, 1991


  • Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992


  • Prémio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa (Prémio de Poesia), 1992 (As armas imprecisas)


  • Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (Prémio de Poesia), São João da Madeira, 2005 (O poeta na rua. Antologia portátil)


  • Para um amigo tenho sempre um relógio

    Para um amigo tenho sempre um relógio
    esquecido em qualquer fundo de algibeira.
    Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
    São restos de tabaco e de ternura rápida.
    É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
    É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

    in Viagem Através de uma Nebulosa (1960) - António Ramos Rosa

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