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quarta-feira, janeiro 28, 2015

Há 29 anos o vaivém espacial Challenger explodiu

O Challenger foi um vaivém espacial da NASA, o terceiro a ser fabricado, após o Enterprise e o Columbia. Foi a primeira vez ao espaço em 4 de abril de 1983.
Em 28 de janeiro de 1986, na STS-51-L (a sua décima missão), um defeito numa anilha (espécime de borracha que vedava o propulsor, onde estava combustível) de um dos propulsores provocou um incêndio repentino no tanque externo de combustível, causando a explosão da Challenger, a anilha endureceu com a baixa temperatura do dia 28, e não ficou flexível suficiente, matando todos os seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar num voo espacial.
Este desastre paralisou o programa espacial dos Estados Unidos durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da nave espacial, a anilha.
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo famoso físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C. Feynman foi a público explanar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração na rede nacional de televisões e ao vivo.



STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado em 28 de janeiro de 1986 de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.



terça-feira, março 18, 2014

O veterano astrónomo e geólogo James Reilly faz hoje 60 anos!

                  James Reilly                 

James Reilly
                  Astronauta da NASA
Nacionalidade Estados Unidos norte-americano
Nascimento 18 de março de 1954 (60 anos)
Base Aérea de Mountain Home, EUA
Missões STS-89, STS-104, STS-117
Insígnias
da missões
Sts-89-patch.pngSts-104-patch.pngSTS-117 patch new.png

James Francis Reilly II (Base Aérea de Mountain Home, Idaho, 18 de março de 1954) é um astronauta e geólogo norte-americano, veterano de três missões no espaço do programa do Vaivém Espacial.
Com os graus académicos de Licenciado, Mestre e Doutor em Geociências, Reilly é oficial da reserva da Marinha dos Estados Unidos. Como geólogo, participou de expedições científicas à Antártica e trabalhou para empresas particulares de exploração de minérios e prospecção de gás e petróleo do fim dos anos 1970 ao começo dos anos 1990. Paralelamente, participou de projetos de pesquisa biológica em águas profundas, passando 22 dias submerso em veículos de pesquisa marinha em grande profundidade, operados por institutos oceanográficos e pela marinha americana.
Selecionado pela NASA em 1994, Reily completou um ano de treino no Centro Espacial Johnson, em Houston, e foi qualificado como especialista de missão em voos orbitais. Foi ao espaço pela primeira vez em 1998, na nave Endeavour, e novamente em 2001 na missão STS-104, trabalhando tanto na Estação Espacial Internacional quanto na estação russa Mir. Nestas duas primeiras missões, acumulou um total de 517 horas em órbita, incluindo tres caminhadas no espaço.
Em 8 de junho de 2007 subiu ao espaço pela terceira vez na missão STS-117 Atlantis, para uma missão de treze dias na ISS, que instalou os grandes painéis solares da estação.

sábado, fevereiro 01, 2014

Há 11 anos o vaivém Columbia desintegrou-se no regresso à Terra

Foto oficial da malograda tripulação, da esquerda para a direita: David Brown, Rick Husband, Laurel Clark, Kalpana Chawla, Michael Anderson, William C. McCool e Ilan Ramon

O acidente do vaivém Columbia ocorreu no dia 1 de fevereiro de 2003, durante a fase de reentrada na atmosfera terrestre, a apenas dezasseis minutos de tocar o solo, no regresso da missão STS-107, causando a destruição total da nave e a morte dos sete astronautas que compunham a tripulação. Esta missão de cariz científico teve a duração de dezasseis dias ao longo dos quais foram cumpridas, com sucesso, as cerca de oitenta experiências programadas.
Momentos após a desintegração do Columbia, milhares de destroços em chamas caíram sobre uma extensa faixa terrestre, essencialmente no estado do Texas, e na Louisiana, alguns dos quais atingiram casas de habitação, empresas e escolas. Afortunadamente, entre a população ninguém ficou ferido.
A recolha dos destroços prolongou-se de forma intensiva até meados de Abril daquele ano, ao longo de 40.000 km² dos quais 2.850 km² percorridos a pé, e os restantes utilizando meios aéreos ou navais junto à linha costeira da Califórnia. Foram recolhidos 83 mil pedaços do Columbia, correspondentes a 37% da massa total da nave, entre os destroços encontravam-se também parte dos restos mortais dos astronautas.
Foi constituída uma comissão independente de inquérito ao acidente, a Columbia Accident Investigation Board (CAIB), que produziu um relatório oficial de 400 páginas após quase sete meses de investigação, no qual foram apontadas as causas técnicas e organizacionais que estiveram directa ou indirectamente envolvidas na origem da destruição do Columbia. Foram ainda perspectivadas hipotéticas soluções de resgate da tripulação e elaboradas 29 recomendações a implementar, 15 das quais de cumprimento obrigatório, sem o qual não poderia haver um regresso aos voos.


A causa física da perda do Columbia e da sua tripulação foi uma brecha no sistema de protecção térmica no bordo de ataque da asa esquerda, causado por um pedaço de espuma isolante que se separou da seção esquerda do suporte duplo do tanque de combustível externo, 81,7 segundos após o lançamento, e atingiu a parte inferior da asa nas proximidades do painel térmico de carbono reforçado número oito. Durante a reentrada esta violação no sistema de protecção térmica permitiu que ar superaquecido penetrasse através do isolamento e progressivamente derretesse a estrutura de alumínio da asa esquerda, resultando num severo enfraquecimento estrutural, até que o aumento das forças aerodinâmicas, causadas pelo atrito da cada vez maior densidade atmosférica, destruísse a asa provocando a perda de controle e o imediato colapso da nave. Este acidente verificou-se num regime de voo em que com a actual concepção, não havia qualquer possibilidade de sobrevivência para a tripulação.

Sequência da desintegração do Columbia

terça-feira, janeiro 28, 2014

Há 28 anos o vaivém espacial Challenger explodiu ao partir para o espaço

O Challenger foi um vaivém espacial da NASA. Foi o segundo a ser fabricado, após o Columbia. Foi a primeira vez para o espaço a 4 de abril de 1983.
Em 28 de Janeiro de 1986, na STS-51-L (a sua décima missão), um defeito nos tanques de combustível causou a explosão da Challenger, matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar de um voo espacial.
Este desastre paralisou o programa espacial estadunidense durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da nave espacial.
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo famoso físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explanar as causas do acidente, que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração em rede nacional e ao vivo.


STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado a 28 de janeiro de 1986 de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os seus sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.


sexta-feira, fevereiro 01, 2013

O vaivém espacial Columbia despenhou-se, no regresso à Terra, há 10 anos

O acidente do vaivém Columbia ocorreu no dia 1 de fevereiro de 2003, durante a fase de reentrada na atmosfera terrestre, a apenas dezasseis minutos de tocar o solo no regresso da missão STS-107, causando a destruição total da nave e a perda dos sete astronautas que compunham a tripulação. Esta missão de cariz científico teve a duração de dezasseis dias ao longo dos quais foram cumpridas com sucesso, as cerca de oitenta experiências programadas.
Momentos após a desintegração do Columbia, milhares de destroços em chamas caíram sobre uma extensa faixa terrestre, essencialmente no estado do Texas, e na Louisiana, alguns dos quais atingiram casas de habitação, empresas e escolas. Afortunadamente entre a população ninguém ficou ferido.
A recolha dos destroços prolongou-se de forma intensiva até meados de Abril daquele ano, ao longo de 40.000 km², dos quais 2.850 km² percorridos a pé, e os restantes utilizando meios aéreos ou navais junto à linha costeira da Califórnia. Foram recolhidos 83 mil pedaços do Columbia, correspondentes a 37% da massa total da nave, entre os destroços encontravam-se também parte dos restos mortais dos astronautas.
Foi constituída uma comissão independente de inquérito ao acidente, a Columbia Accident Investigation Board (CAIB), que produziu um relatório oficial de 400 páginas após quase sete meses de investigação, no qual foram apontadas as causas técnicas e organizacionais que estiveram directa ou indirectamente envolvidas na origem da destruição do Columbia. Foram ainda perspectivadas hipotéticas soluções de resgate da tripulação e elaboradas 29 recomendações a implementar, 15 das quais de cumprimento obrigatório, sem o qual não poderia haver um regresso aos voos.

Tripulação da missão STS-107

No dia 1 de fevereiro de 2003, os sete astronautas a bordo do space shuttle Columbia iniciam os preparativos para regressarem a casa: Terminam a última verificação dos sistemas da nave e comunicam ao controlo da missão no Centro Espacial Lyndon Johnson, localizado em Houston, no Texas, que se encontravam alinhados para o inicio da reentrada. Os foguetes de manobra orbital são accionados às oito horas e quinze minutos UTC durante a 255ª órbita e a reentrada é iniciada.
Após a fase de ionização, na qual as comunicações com a nave não são possíveis e o voo é controlado pelos computadores de bordo, o piloto William C. McCool e o comandante da missão Rick Husband assumem os comandos, iniciando as manobras para diminuírem a velocidade e monitorizar os indicadores, confirmando a trajectória correcta. A astronauta Laurel Clark inicia a captação de imagens (que serão recuperadas dos destroços) durante aproximadamente treze minutos, mostrando uma tripulação bem disposta e descontraída. Às 13.48 horas UTC a tomada de imagens é interrompida, o Columbia encontra-se então sobre o oceano Pacífico, a sudoeste da baía de São Francisco. Entretanto às 13.45 horas UTC o controlo da missão considerava a reentrada como quase perfeita e previa um regresso tranquilo. Oito minutos após tudo se alterava: A telemetria começava a revelar as primeiras leituras do aquecimento não habitual de várias secções da nave. O Columbia viajava então a 21.200 km/h, a uma altitude de 63,1 quilómetros, sobre a parte norte do estado do Texas. Faltavam 2.250 km, equivalentes a 16 minutos, para tocarem o solo de regresso a casa.
A esposa do comandante da missão, Evelyn Husband e os seus dois filhos são fotografados no Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida. Em fundo está um cronógrafo em contagem regressiva, que regista 11 minutos e 21 segundos para a aterragem do Columbia. Não havia maneira de saberem que tinham perdido marido e pai quatro minutos antes. As famílias restantes dos astronautas, (espectadores em geral e repórteres) observavam o céu no Centro Espacial, esperando pela chegada dos seus entes queridos. Então, ouvem os estampidos sónicos aquando da reentrada na atmosfera terrestre e iniciam uma contagem decrescente. Esgotado o tempo continuam olhando o horizonte e compreendem então que nada havia para esperar.
Sobre o Texas é ouvida uma série deu estrondos similares a trovões. Uma chuva de destroços em chamas começa a cair dos céus e se espalham ao longo de uma faixa com 1.200 km cobrindo o estado e parte da Louisiana. O Columbia havia se desintegrado e a missão STS-107 tinha terminado. No controlo da missão as chamadas via rádio são respondidas apenas com estática e somente às 14.29 horas UTC é oficialmente declarada uma situação de emergência no space shuttle OV-102 Columbia.

Recuperação dos restos mortais dos astronautas
Desde o inicio foi dada prioridade à recuperação dos restos mortais dos astronautas, dada a sensibilidade do assunto e a elevada emoção que a sua recuperação provocava - também a rápida degradação dos mesmos podia comprometer propósitos de investigação e outros julgados adequados.
Poucos minutos após o colapso da nave, começaram a chegar os primeiros relatos da descoberta de restos humanos junto à localidade de Hemphill no leste do Texas. A responsabilidade, por inerência da lei para a recolha e investigação de vítimas em acidentes aéreos, pertence ao National Transportation Safety Board. Esta tarefa, quando executada em acidentes civis. é mais ligeira porque se está a lidar com pessoas relativamente anónimas, mas neste em particular, como em todos aqueles que envolvem aeronaves militares, têm que lidar com corpos de vizinhos, ex-camaradas de armas ou amigos. Também os astronautas depressa se juntaram às buscas desde o primeiro minuto. Era necessário encontrar os corpos dos seus amigos e colegas de profissão, para que fossem tratados com o devido respeito e honrar a sua memória condignamente.
Todos os pedaços de corpos humanos encontrados foram transportados a 5 de fevereiro para as instalações mortuárias da base aérea de Dover no Delaware, equipada para lidar com corpos expostos a produtos químicos perigosos e onde foram ultimados os processos de identificação. Foram posteriormente entregues às famílias para os respectivos serviços fúnebres.
Sequência da desintegração do Columbia

Materiais importantes recuperados
Entre os destroços recuperados, foram encontrados os únicos sobreviventes da missão STS-107, um grupo de nemátodes da espécie Caenorhabditis elegans. Do tamanho de uma cabeça de alfinete, estavam armazenados dentro de um cacifo em caixas de petri, o qual só foi aberto e investigado várias semanas após ter sido recuperado. Faziam parte de um conjunto de pesquisas biológicas, destinadas a estudar o efeito da gravidade sobre a fisiologia dos seres vivos.
Nas proximidades da localidade de Palestine no Texas, cinco dias após o acidente foi recuperado o vídeo realizado pela astronauta Laurel Clark e do qual apenas foi possível recuperar aproximadamente 13 minutos, correspondentes à fase inicial da reentrada, revelando as actividades na cabine da tripulação e a descontracção e boa disposição com que todos encaravam o regresso.
Foi ainda descoberto, cinco anos após o acidente, em maio de 2008, um HDD com 340 MB de capacidade de armazenamento, parcialmente destruído, mas com os sectores onde estava guardada informação (científica) intactos, possibilitando assim a sua recuperação.
Considerado de elevado valor, para o esclarecimento da causa que provocou o colapso do Columbia, foi encontrado em excelente estado de conservação, o OEX tape recorder, que monitoriza e grava os dados de centenas de sensores, correspondente na aviação às muito conhecidas caixas negras. Os dados encontrados provaram inequivocamente, que foi um impacto exterior na asa esquerda ainda na fase de ascensão que provocou a queda durante a reentrada. De salientar que este equipamento era único, só equipava o Columbia, a que talvez não seja alheio o facto de ser tecnologia da década de 70.

Causa do desastre
A causa física da perda do Columbia e da sua tripulação foi uma brecha no sistema de protecção térmica no bordo de ataque da asa esquerda, causado por um pedaço de espuma isolante que se separou da secção esquerda do suporte duplo do tanque de combustível externo, 81,7 segundos após o lançamento, e atingiu a parte inferior da asa nas proximidades do painel térmico de carbono reforçado número oito. Durante a reentrada esta violação no sistema de protecção térmica permitiu que ar superaquecido penetrasse através do isolamento e progressivamente derretesse a estrutura de alumínio da asa esquerda, resultando num severo enfraquecimento estrutural, até que o aumento das forças aerodinâmicas, causadas pelo atrito da cada vez maior densidade atmosférica, destruísse a asa provocando a perda de controle e o imediato colapso da nave. Este acidente verificou-se num regime de voo em que, com a actual concepção, não havia qualquer possibilidade de sobrevivência para a tripulação.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

O Challenger explodiu há 27 anos

STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de uma nave espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado em 28 de janeiro de 1986 do Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.


quarta-feira, janeiro 16, 2013

Há 10 anos, o Columbia partiu para a sua trágica e derradeira viagem

STS-107 foi a última e fatídica missão do vaivém espacial Columbia, lançada em 16 de janeiro de 2003, pela NASA. Os sete membros da tripulação foram mortos na explosão da nave durante a reentrada na atmosfera no final da missão.
A causa do acidente foi um pedaço do revestimento do tanque de combustivel externo que se soltou durante o lançamento e afetou os componentes do sistema de proteção térmica na ponta da asa esquerda do Columbia.
Durante a reentrada, o calor excessivo lentamente superaqueceu o pedaço da asa sem proteção e a quebrou, deixando a nave sem controle e causando a desintegração do veículo espacial.

A tripulação durante a missão

A STS-107 foi uma missão múltipla sobre microgravidade e pesquisas científicas da Terra com diversas investigações científicas internacionais sendo realizadas durante 16 dias em órbita.
Uma das experiências, um vídeo feito para estudar a poeira atmosférica, pode ter descoberto um novo fenómeno atmosférico, chamado TIGRE, uma emissão ionosférica de cor vermelha.
A bordo do Columbia, levado pelo coronel Ilan Ramon, estava um desenho de Petr Ginz, editor-chefe da revista Vedem, que retratava como seria a Terra vista da Lua na sua imaginação, quando ele tinha 14 anos de idade e era um prisioneiro do campo de concentração nazi de Theresienstadt, durante a II Guerra Mundial.
Várias semanas após o acidente foi encontrado um recipiente contendo algumas minhocas levadas ao espaço para a realização de experiências biológicas em órbita. As mesmas estavam ainda vivas quando encontradas

domingo, março 18, 2012

O geólogo e astronauta James Reilly nasceu há 58 anos


Nacionalidade norte-americano
Nascimento 18 de Março de 1954 (58 anos)
Base Aérea de Mountain Home, EUA
Missões STS-89, STS-104, STS-117

James Francis Reilly II (Base Aérea de Mountain Home, Idaho, 18 de março de 1954) é um astronauta e geólogo norte-americano, veterano de três missões no espaço do programa do Vaivém Espacial.
Graduado com bacharelado, mestrado e doutorado em Geociências, Reilly é oficial da reserva da Marinha dos Estados Unidos. Como geólogo, participou de expedições científicas à Antártida e trabalhou para empresas particulares de exploração de minérios e prospecção de gás e petróleo do fim dos anos 1970 ao começo dos anos 1990. Paralelamente, participou de projetos de pesquisa biológica em águas profundas, passando 22 dias submerso em veículos de pesquisa marinha em grande profundidade, operados por institutos oceanográficos e pela marinha americana.
Selecionado pela NASA em 1994, Reily completou um ano de treino no Centro Espacial Johnson, em Houston, e foi qualificado como especialista de missão em voos orbitais. Foi ao espaço pela primeira vez em 1998 na nave Endeavour e novamente em 2001 na missão STS-104, trabalhando tanto na Estação Espacial Internacional quanto na estação russa Mir. Nestas duas primeiras missões, acumulou um total de 517 horas em órbita, incluindo três caminhadas no espaço.
Em 8 de junho de 2007 subiu ao espaço pela terceira vez na missão STS-117 Atlantis, para uma missão de treze dias na ISS, que instalou os grandes painéis solares da estação.


NOTA: num blog de Geologia há que recordar que os geólogos são dos raros civis (em conjunto com os médicos) que são bastante apreciados como astronautas - aproveitemos para recordar que o último homem que teve a honra de pisar a Lua, faz este ano quarenta anos, foi um geólogo: Harrison Schmitt.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

O vaivém espacial Columbia foi destruído há 9 anos

STS-107
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Vaivém espacial OV-102 Columbia
Número de tripulantes 7
Base de lançamento LC-39A
Lançamento 16 de janeiro de 2003, 15:39:00 UTC
Aterragem 1 de fevereiro de 2003, 13:59:32 UTC
Desintegrou-se em voo a 61 Km de altitude sobre o Texas
Órbitas 255
Duração 15d 22h 20m 32s
Altitude orbital 307 Km
Inclinação orbital 39,0 graus
Distância percorrida 10,600,000 Km
Imagem da tripulação
Foto oficial da malograda tripulação, da esquerda para a direita: David Brown, Rick Husband,  Laurel Clark, Kalpana Chawla, Michael Anderson, William C. McCool e Ilan Ramon.
Foto oficial da malograda tripulação, da esquerda para a direita: David Brown, Rick Husband, Laurel Clark, Kalpana Chawla, Michael Anderson, William C. McCool e Ilan Ramon

O acidente do vaivém Columbia ocorreu no dia 1 de Fevereiro de 2003, durante a fase de reentrada na atmosfera terrestre, a apenas dezasseis minutos de tocar o solo no regresso da missão STS-107, causando a destruição total da nave e a perda dos sete astronautas que compunham a tripulação. Esta missão de cariz científico teve a duração de dezasseis dias ao longo dos quais foram cumpridas com sucesso, as cerca de oitenta experiências programadas.
Momentos após a desintegração do Columbia, milhares de destroços em chamas caíram sobre uma extensa faixa terrestre, essencialmente no estado do Texas, e na Louisiana, alguns dos quais atingiram casas de habitação, empresas e escolas. Afortunadamente entre a população ninguém ficou ferido.
A recolha dos destroços prolongou-se de forma intensiva até meados de Abril daquele ano, ao longo de 40.000 km² dos quais 2.850 km² percorridos a pé, e os restantes utilizando meios aéreos ou navais junto à linha costeira da Califórnia. Foram recolhidos 83 mil pedaços do Columbia, correspondentes a 37% da massa total da nave, entre os destroços encontravam-se também parte dos restos mortais dos astronautas.
Foi constituída uma comissão independente de inquérito ao acidente, a Columbia Accident Investigation Board (CAIB), que produziu um relatório oficial de 400 páginas após quase sete meses de investigação, no qual foram apontadas as causas técnicas e organizacionais que estiveram directa ou indirectamente envolvidas na origem da destruição do Columbia. Foram ainda perspectivadas hipotéticas soluções de resgate da tripulação e elaboradas 29 recomendações a implementar, 15 das quais de cumprimento obrigatório, sem o qual não poderia haver um regresso aos voos.

História do acidente
No dia 1 de fevereiro de 2003, os sete astronautas a bordo do space shuttle Columbia iniciam os preparativos para regressarem a casa: Terminam a última verificação dos sistemas da nave e comunicam ao controlo da missão no Centro Espacial Lyndon Johnson, localizado em Houston, no Texas, que se encontravam alinhados para o início da reentrada. Os foguetes de manobra orbital são accionados às oito horas e quinze minutos UTC durante a 255ª órbita e a reentrada é iniciada.
Após a fase de ionização, na qual as comunicações com a nave não são possíveis e o voo é controlado pelos computadores de bordo, o piloto William C. McCool e o comandante da missão Rick Husband assumem os comandos, iniciando as manobras para diminuírem a velocidade e monitorizar os indicadores, confirmando a trajectória correcta. A astronauta Laurel Clark inicia a captação de imagens (que serão recuperadas dos destroços) durante aproximadamente treze minutos, mostrando uma tripulação bem disposta e descontraída. Às 13 horas e 48 minutos UTC a tomada de imagens é interrompida, o Columbia encontra-se então sobre o oceano Pacífico a sudoeste da baía de São Francisco. Entretanto às 13 horas e 45 minutos UTC o controlo da missão considerava a reentrada como quase perfeita e previa um regresso tranquilo. Oito minutos após tudo se alterava: A telemetria começava a revelar as primeiras leituras do aquecimento não habitual de várias secções da nave. O Columbia viajava então a 21.200 km/h a uma altitude de 63,1 quilómetros sobre a parte norte do estado do Texas. Faltavam 2.250 km, equivalentes a 16 minutos, para tocarem o solo de regresso a casa.
esposa do comandante da missão, Evelyn Husband e os seus dois filhos são fotografados no Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida. Em fundo está um cronógrafo em contagem regressiva, que regista 11 minutos e 21 segundos para a aterragem do Columbia. Não havia maneira de saberem que tinham perdido marido e pai quatro minutos antes. As famílias restantes dos astronautas, (espectadores em geral e repórteres) observavam o céu no Centro Espacial, esperando pela chegada dos seus entes queridos. Então, ouvem os estampidos sónicos aquando da reentrada na atmosfera terrestre e iniciam uma contagem decrescente. Esgotado o tempo continuam olhando o horizonte e compreendem então que nada havia para esperar. Sobre o Texas é ouvida uma série deu estrondos similares a trovões. Uma chuva de destroços em chamas começa a cair dos céus e se espalham ao longo de uma faixa com 1.200 km cobrindo o estado e parte da Louisiana. O Columbia havia se desintegrado e a missão STS-107 tinha terminado. No controlo da missão as chamadas via rádio são respondidas apenas com estática e somente às 14 horas e 29 minutos UTC é oficialmente declarada uma situação de emergência no space shuttle OV-102 Columbia.

Cronologia
Compilação dos principais eventos ocorridos durante a reentrada na atmosfera terrestre da nave Columbia no dia 1 de fevereiro de 2003 (em UTC - Tempo Universal Coordenado):
  • 13:12:34 - Aquisição de sinal do Columbia pelo satélite de comunicações da NASA TDRS-West;
  • 13:15:30 - Inicio dos procedimentos e da ignição dos motores para a saída de órbita. A nave encontra-se a 283,1 km de altitude e viaja à velocidade hipersónica de mach 24,40 (27.870 Km/h);
  • 13:18:08 - Queima dos motores para a saída de órbita completada. Executada a rotação, o plano inferior da nave está agora virado para a superfície terrestre;
  • 13:32:01 - As três unidades auxiliares de energia (APU 1, 2 e 3) completam o ciclo de entrada em actividade e encontram-se a funcionar com temperatura e pressão normalizada;
  • 13:41:54 - James Hartsfield, relações públicas da NASA e locutor de serviço no controlo da missão, comenta para o público que assistia à chegada: "A altitude do Columbia é agora de 90 km acima do oceano pacífico, a norte das ilhas do Hawai, a aproximadamente dois minutos da reentrada na atmosfera terrestre. Todas as actividades decorrem sem problemas, em direcção a uma aterragem segura no Centro Espacial John F. Kennedy às 14 horas e 16 minutos";
  • 13:44:09 - Início da reentrada na atmosfera terrestre a 120,4 quilômetros de altitude e mach 24,57 de velocidade, sobre o oceano Pacífico;
  • 13:48:39 - Um sensor alojado na asa esquerda, começa a mostrar maiores tensões, do que as apresentadas em missões anteriores;
  • 13:49:32 - Início de uma viragem planeada para a direita. Esta manobra e três outras que se seguirão destinam-se a limitar a velocidade e o nível de aquecimento a que está sujeita a estrutura térmica da nave. A velocidade situa-se em mach 24.51;
  • 13:50:53 - Início da fase, que se prolongará por dez minutos, na qual são atingidos picos de temperatura na ordem dos 1,450 °C (graus celsius). A nave encontra-se sensivelmente a 480 Km da costa oeste da Califórnia, 76 Km de altitude e viaja à velocidade de mach 24.10;
  • 13:52:19 - O sensor de temperatura 9910, localizado na ponta da asa esquerda é isolado e colocado fora de serviço, após apresentar desvios de temperatura superiores a 10 °C em relação ao normal;
  • 13:53:00 - Os controladores em terra deixam de receber dados, a partir de quatro sensores de temperatura dos sistema hidráulico, interno e externo, no lado esquerdo da nave. O Columbia continua a funcionar normalmente, a tripulação não é alertada;
  • 13:53:15 - Início da cobertura por imagens de vídeo da aproximação do space shuttle;
  • 13:53:26 - O Columbia entra na zona continental dos Estados Unidos a oeste de Sacramento a 70.600 metros de altitude e mach 23 de velocidade;
  • 13:53:44 / 48 - Primeira observação de destroços deixando o envelope de voo do Columbia;
  • 13:53:46 / 50 - Segunda observação de destroços com origem no Columbia;
  • 13:53:54 / 58 - Terceira observação de destroços, seguido de um rasto por breves momentos de um brilho intenso provocado pela ionização;
  • 13:54:00 / 04 - Quarta observação de destroços deixando a nave;
  • 13:54:07 / 11 - Quinta observação de destroços deixando a nave;
  • 13:54:25 - Atravessando a linha divisória entre a Califórnia e o Nevada, à altitude de 69.350 metros e velocidade mach 22,5;
  • 13:54:35 / 37 - Sexta observação de destroços muito brilhantes escapando-se pelo rasto de plasma. Presumivelmente estes destroços foram os maiores e sempre em crescendo até à 14ª observação (13:55:58 / 56 UTC), na parte Ocidental dos Estados Unidos
  • 13:55:32 - Atravessando a linha divisória entre o Nevada e o Utah, à altitude de 68.137 metros e velocidade mach 21,8;
  • 13:55:55 - Atravessando a linha divisória entre o Utah e o Arizona, à altitude de 67.740 metros e velocidade mach 21,5;
  • 13:56:45 - Atravessando a linha divisória entre o Arizona e o Novo México, à altitude de 66.800 metros e velocidade mach 20,9;
  • 13:57:19 / 29 - Décima sexta observação de detritos deixando a nave. Evento visualizado pelo pessoal do laboratório de pesquisa da USAF (Starfire Optical Range), (imagem na secção "Outras (hipotéticas) causas");
  • 13:58:20 - Atravessando a linha divisória entre o Novo México e o Texas, à altitude de 64.000 metros e velocidade mach 19,5;
  • 13:59:32 - "Roger, uh, bu - [interrompido a meio da palavra] ...", foi esta a última mensagem de Rick Husband comandante da missão STS-107 ou de qualquer outro membro da tripulação, recebida no controlo de missão. Também os dados de telemetria vindos da nave deixaram de ser recebidos;
  • 13:59:37. - Perda da pressão hidráulica necessária ao movimento das superfícies de controlo da nave. O alarme principal é accionado. Provavelmente terá sido a partir deste momento que a tripulação tomou conhecimento da gravidade dos problemas que afectavam o Columbia;
  • 14:00:18 - Imagens tele-visionadas e testemunhos visuais revelavam o colapso da nave e os vários rastros de destroços em que se transformara o Columbia. No controlo da missão a perda da telemetria foi um sinal de preocupação, mas o assunto foi tratado como normal e o processo da aterragem decorria segundo os parâmetros previstos;
  • 14:12:39 - Aproximadamente treze minutos após a desintegração, o director de voo da NASA declara uma situação de emergência grave a bordo do veículo orbital OV-102. Alerta as equipes de busca e salvamento e isola a sala do controlo da missão - os dados têm que ser preservados para posterior investigação;
  • 14:16:?? - Sean O'Keefe administrador da NASA informa o presidente George W. Bush;
  • (dia seguinte) 08:20:?? - Todos os voos do programa space shuttle são cancelados, aguardando a conclusão do inquérito de investigação.
Pedaços de destroços após o colapso do Columbia

Causas do acidente
A causa física da perda do Columbia e da sua tripulação foi uma brecha no sistema de protecção térmica no bordo de ataque da asa esquerda, causado por um pedaço de espuma isolante que se separou da seção esquerda do suporte duplo do tanque de combustível externo, 81,7 segundos após o lançamento, e atingiu a parte inferior da asa nas proximidades do painel térmico de carbono reforçado número oito. Durante a reentrada esta violação no sistema de protecção térmica permitiu que ar superaquecido penetrasse através do isolamento e progressivamente derretesse a estrutura de alumínio da asa esquerda, resultando num severo enfraquecimento estrutural, até que o aumento das forças aerodinâmicas, causadas pelo atrito da cada vez maior densidade atmosférica, destruísse a asa provocando a perda de controle e o imediato colapso da nave. Este acidente verificou-se num regime de voo em que com a actual concepção, não havia qualquer possibilidade de sobrevivência para a tripulação.
Testes realizados por uma das mais antigas e prestigiada organização independente (sem fins lucrativos) em pesquisa e desenvolvimento (R&D) dos Estados Unidos o Southwest Research Institute em San Antonio, Texas, simulando o impacto de um pedaço de espuma isolante semelhante em massa e à mesma velocidade daquele que atingiu a asa esquerda do Columbia, demonstraram que o dano provocado no painel de carbono reforçado, seria um buraco com 41 por 42,5 centímetros.



NOTA: completam-se, neste triste dia, os dias que a NASA gostaria de apagar do calendário (entre 27 de janeiro e 1 de fevereiro): os seus 3 acidentes mortais com astronautas aconteceram com datas separadas por 4 míseros dias...

sábado, janeiro 28, 2012

O Challenger (vaivém espacial) explodiu há 26 anos

O Challenger foi um vaivém espacial da NASA. Foi o segundo a ser fabricado, após o Columbia. Foi ao espaço pela primeira vez em 4 de abril de 1983.
Em 28 de Janeiro de 1986, na STS-51-L (a sua décima missão), um defeito nos tanques de combustível causou a explosão da Challenger, matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar de um voo espacial.
Este desastre paralisou o programa espacial estadunidense durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da nave espacial.
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo renomado físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explanar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração em rede nacional e ao vivo.

STS-51-L/STS-33 (25)
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Nave espacial Challenger
Lançamento 28 de janeiro de 1986
16:38:00.010 GMT
39-B
Aterragem Agendada para 3 de fevereiro de 1986
12:12 p.m. EST (17:12 GMT)
-
Órbitas 96 planeadas
Duração 1 minutos, 13,213 segundos
Altitude orbital 150 milhas náuticas (280 km) planeado
Inclinação orbital 28,5 graus planeados
Distância percorrida 2 528 658 (4 069 481 km)
Imagem da tripulação
Na frente:Michael Smith, Francis Scobee, Ronald McNair. Atrás:Ellison Onizuka, Christa McAuliffe, Gregory Jarvis, Judith Resnik.
Na frente:Michael Smith, Francis Scobee, Ronald McNair. Atrás:Ellison Onizuka, Christa McAuliffe, Gregory Jarvis, Judith Resnik.
STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado em 28 de janeiro de 1986 de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.

quinta-feira, julho 21, 2011

O fim de uma era...

Centro Espacial Kennedy
Chegou ao fim a odisseia dos vaivéns espaciais


O vaivém Atlantis aterrou às 10h.57 (hora em Portugal) no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Florida, com quatro astronautas a bordo. Foi a última viagem de um vaivém da NASA.

O vaivém aterrou pouco antes do nascer do Sol (às 05.57, hora local), cerca de uma hora depois de ter entrado na atmosfera terrestre e de ter sobrevoado a América central. Em piloto automático durante toda a descida, o comandante Chris Ferguson assumiu os comandos da nave manualmente para alinhar o vaivém com a pista de aterragem.

"Missão cumprida, Houston. Depois de ter servido durante mais de 30 anos, a nave espacial americana conquistou o seu lugar na História", disse o comandante do Atlantis, pouco depois da aterragem.

Depois, os quatro astronautas - Chris Ferguson (comandante), Doug Hurley (piloto) e os especialistas de missão Sandra Magnus e Rex Walheim - procederam a uma série de avaliações aos sistemas de segurança.

Este é o fim da missão do Atlantis, que passou oito dias, 15 horas e 21 minutos acoplado ao laboratório orbital.

“Os vaivéns espaciais mudaram a forma como vemos o mundo, a forma como vemos o universo”, acrescentou Ferguson . “A América não vai parar de explorar [o espaço]”, garantiu Ferguson, agradecendo o fim do programa, com sucesso.

O Atlantis saiu da Terra no passado dia 8 de Julho, com o objectivo de transportar quatro toneladas de carga em comida, roupas e equipamento para um ano de trabalho da ISS. A carga foi armazenada no módulo italiano Raffaello, de 6,5 metros de comprimento, que ficou acoplado à estação durante estes dias. Os astronautas descarregaram o que havia no módulo e voltaram a enchê-lo com lixo produzido na ISS e material que já não é necessário, voltando à Terra com o Atlantis.

Foi o 33º voo deste vaivém, que se estreou no espaço em Outubro de 1985.

O fim da frota de vaivéns espaciais da NASA foi decidido pelo Governo norte-americano, em parte devido aos elevados custos de manutenção das naves. As cinco naves do programa espacial realizaram mais de duas mil experiências nas áreas das ciências da Terra, Astronomia, Biologia e Materiais. Ao longo destes anos, acoplaram em duas estações espaciais: a russa Mir e a ISS.

Agora, a curto prazo, a NASA vai depender dos vaivéns russos para transportar astronautas de e para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O Atlantis ficará exposto no centro de visitantes no Centro Espacial Kennedy, e os Discovery e Endeavour - que cumpriram as suas últimas missões no início deste ano - ficarão à guarda do Museu do Ar e do Espaço (Virgínia) e Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, respectivamente.
in Público - ler notícia