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sábado, outubro 24, 2020

A ativista Rosa Parks morreu há quinze anos

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo
     
Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.
   
O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks negou-se a ceder seu lugar a uma pessoa branca
    
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos EUA, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão na década de 1950 nos Estados Unidos, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela doença de Alzheimer, e no ano de 2005 morre, de causas naturais.
 
 
Medalha de ouro do Congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais"
   
Medalhas e condecorações
    

quinta-feira, julho 02, 2020

Os Estados Unidos deixaram de ostracizar negros e mulheres há 56 anos

   
A Lei de Direitos Civis de 1964 foi decretada em 2 de julho de 1964 com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população afro-americana e feminina, por causa do Movimento dos direitos civis. A lei também pôs fim às segregações raciais em locais públicos e privados, permitindo aos cidadãos negros frequentar os mesmos ambientes e gozar dos mesmos direitos legais que os brancos - Martin Luther King foi quem conseguiu que essa lei fosse criada em benefício dos negros e mulheres norte americanos.
   

terça-feira, julho 02, 2019

Os Estados Unidos deixaram legalmente de ostracizar negros e mulheres há 55 anos

A Lei de Direitos Civis de 1964 foi decretada em 2 de julho de 1964 com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população afro-americana e feminina, por causa do Movimento dos direitos civis. A lei também pôs fim às segregações raciais em locais públicos e privados, permitindo aos cidadãos negros frequentar os mesmos ambientes e gozar dos mesmos direitos legais que os brancos - Martin Luther King foi quem conseguiu que essa lei fosse criada em benefício dos negros e mulheres norte americanos.
  

domingo, março 17, 2019

Nat King Cole nasceu há um século

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montgomery, 17 de março de 1919 - Santa Mónica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. A alcunha de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole.
A sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, que, em conjunto com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.
A sua então revolucionária formação, com piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde seu pai era pastor. Desde criança ele esteve ligado à música, tocando junto ao coral da mesma igreja. Cole lutou contra o racismo durante toda a sua vida, sempre recusando-se a cantar em platéias com segregação racial.
Por ter o hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de cancro. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem título, interpretada por Jane Fonda.
  
Infância em Chicago
O seu pai, Dwon Edard Coles, era talhante e pastor da Igreja Batista. A sua família mudou-se para Chicago quando Nat ainda era criança. Lá, o pai tornou-se pastor e a mãe, Perlina Adams, ficou encarregada de tocar o órgão da igreja. Foi a única professora de piano que Nat teve em toda sua vida. Aprendeu tanto jazz como música gospel, sem esquecer alguma música clássica.
  
Início da carreira de cantor
O seu primeiro sucesso como cantor foi a gravação em 1943 pela Capitol Records de "Straighten Up and Fly Right" baseada num conto popular negro que seu pai havia usado como tema para um sermão. Vendeu mais de 500 mil cópias. Embora Cole nunca viesse a ser considerado um músico de rock, a canção pode ser vista como antecipando os as primeiras gravações de rock. De fato, Bo Didley, que fez semelhantes transformações de materiais folclóricos, creditava Cole como uma influência.
  
Fazendo a história da televisão
Em 5 de novembro de 1956, The Nat King Cole Show estreou na NBC-TV. Foi o primeiro programa deste tipo comandado por um afro-americano, causando controvérsia na época. Ficou no ar por um ano e pouco, mas teve de ser encerrado, por iniciativa do próprio Nat King Cole, por não ter conseguido nenhum patrocínio de âmbito nacional.
    
Racismo
Cole lutou contra o racismo toda sua vida e raramente se apresentou em lugares segregacionistas. Em 1956 foi atacado no palco durante um show em Birmingham, Alabama, enquanto cantava "Little Girl", por três membros do North Alabama White Citizens Council que aparentemente tentavam sequestrá-lo. Os três agressores avançaram pelos corredores da plateia. Embora a segurança tenha rapidamente acabado com a invasão, Cole foi derrubado do seu banco e magoou as costas. Ele não acabou o show e nunca mais se apresentou no Sul dos EUA. Os agressores foram julgados e condenados.
Em 1948 comprou uma casa em um condomínio só de brancos nos arredores de Los Angeles. A KKK ateou fogo numa cruz em frente à sua casa. O conselho do condomínio disse-lhe que não queriam indesejáveis mudando-se para lá. Ele concordou e disse "Eu também não, se eu vir alguém indesejável mudando-se, serei o primeiro a reclamar".
Em 1956 foi contratado para se apresentar em Cuba e quis ficar no Hotel Nacional de Cuba, mas não lhe foi permitido porque tinham restrição (color bar) para negros. Cole honrou seu contrato e seu show no Tropicana foi um grande sucesso. No ano seguinte voltou a Cuba para outro show, cantando várias músicas em espanhol. Hoje existe um tributo a ele na forma de um busto e uma jukebox no Hotel Nacional.
  
 

terça-feira, janeiro 15, 2019

Martin Luther King nasceu há noventa anos

Martin Luther King Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 - Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um pastor Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. Ele liderou, em 1955, o boicote aos autocarros de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como o seu primeiro presidente. Os seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez o seu discurso "I Have a Dream".
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz, pelo o combate à desigualdade racial através da não violência. Nos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu o seu foco de luta e debate para incluir a pobreza e a Guerra do Vietname, perdendo muitos dos seus aliados liberais com um discurso de 1967, intitulado "Além do Vietname".
King foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1977, e Medalha de Ouro do Congresso, em 2004; o Dia de Martin Luther King, Jr. foi estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.
  
(...)
  
Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima do aniversário de King. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido por todos os estados do país.
      

domingo, fevereiro 04, 2018

Rosa Parks nasceu há 105 anos

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo
 
Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.
 
O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks negou-se a ceder seu lugar a uma pessoa branca
  
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos EUA, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão na década de 1950 nos Estados Unidos, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela doença de Alzheimer, e no ano de 2005 morre, de causas naturais.
 
Medalha de ouro do Congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais"
 
Medalhas e condecorações
 

terça-feira, dezembro 01, 2015

Há sessenta anos uma costureira preta foi presa em Montgomery...

O autocarro da National City Lines no qual Rosa Parks estava a viajar antes de ser presa

O boicote aos autocarros de Montgomery foi um boicote político e social, realizado entre 1955 e 1956 na cidade de Montgomery, Alabama, com o objetivo de se opor à política de segregação racial vigente nos transportes públicos da cidade. Estiveram envolvidos no movimento muitas pessoas conhecidas, tais como Martin Luther King Jr., Rosa Parks e outros. O movimento causou déficits elevados no sistema de transporte público de Montgomery, por causa duma grande percentagem de pessoas que usavam o transporte público terem deixado de usá-lo. O esforço se estendeu de 1 de dezembro de 1955 a 20 de dezembro de 1956 e levou a uma decisão da Supremo Tribunal dos Estados Unidos que declarou inconstitucionais as exigências legais de segregação nos autocarros no estado do Alabama e na cidade de Montgomery .

Método de segregação nos autocarros de Montgomery
Sob o sistema de segregação nos autocarros de Montgomery, os brancos que entrassem no veículo sentavam-se na parte da frente do autocarros, preenchendo-o em direção ao fundo. Os negros que entrassem no autocarros deviam sentar-se no fundo, preenchendo os lugares em direção à parte frontal do veículo. Quando os dois grupos se encontrassem e não houvesse mais lugares disponíveis, exigia-se que o negro que entrasse depois ficasse em pé. Se uma outra pessoa branca entrasse no autocarro, um negro que se sentasse no lugar mais à frente do veículo teria de se levantar para dar lugar ao branco, permitindo a expansão do espaço destinado aos brancos.

O incidente com Rosa Parks
Rosa Parks nasceu em 4 de fevereiro de 1913, em Tuskgee, Alabama. Era costureira, trabalhava como secretária para a seção local da NAACP e estava grávida quando foi para a paragem de autocarros. Logo após a sua prisão, em 1 de dezembro de 1955, Rosa havia completado um curso de "Relações Raciais" na Highlander Folk School no Tennessee, no qual a desobediência civil não violenta foi discutida como tática.
Na quinta-feira, 1 de dezembro de 1955, Rosa Parks estava sentada na fileira mais à frente destinada às pessoas negras. Quando um homem branco entrou no veículo, o motorista James F. Blake, disse a todos na fileira na qual ela estava que se movessem para trás para criar uma nova fileira para os brancos. Ao mesmo tempo em que todos os outros negros na fila cumpriram o determinado, Rosa recusou-se e foi presa por desobedecer à ordem do motorista, pois embora a legislação municipal não determinasse explicitamente a segregação, dava poder discricionário ao motorista para determinar os lugares dentro do veículo.
Declarada culpada em 5 de dezembro, Rosa Parks foi multada em 10 dólares, mais as custas judiciais de 4 dólares, punição da qual recorreu. O boicote foi desencadeado pela prisão de Rosa e, como consequência, Rosa Parks é considerada uma pioneira do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos.



segunda-feira, março 17, 2014

Nat King Cole nasceu há 95 anos

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montgomery, 17 de março de 1919 - Santa Mónica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. A alcunha de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole.
A sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, que, em conjunto com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.
A sua então revolucionária formação, com piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde seu pai era pastor. Desde criança ele esteve ligado à música, tocando junto ao coral da mesma igreja. Cole lutou contra o racismo durante toda a sua vida, sempre recusando-se a cantar em platéias com segregação racial.
Por ter o hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de cancro. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem título, interpretada por Jane Fonda.
  
Infância em Chicago
O seu pai, Dwon Edard Coles, era talhante e pastor da Igreja Batista. A sua família mudou-se para Chicago quando Nat ainda era criança. Lá, o pai tornou-se pastor e a mãe, Perlina Adams, ficou encarregada de tocar o órgão da igreja. Foi a única professora de piano que Nat teve em toda sua vida. Aprendeu tanto jazz como música gospel, sem esquecer alguma música clássica.

Início da carreira de cantor
O seu primeiro sucesso como cantor foi a gravação em 1943 pela Capitol Records de "Straighten Up and Fly Right" baseada num conto popular negro que seu pai havia usado como tema para um sermão. Vendeu mais de 500 mil cópias. Embora Cole nunca viesse a ser considerado um músico de rock, a canção pode ser vista como antecipando os as primeiras gravações de rock. De fato, Bo Didley, que fez semelhantes transformações de materiais folclóricos, creditava Cole como uma influência.

Fazendo a história da televisão
Em 5 de novembro de 1956, The Nat King Cole Show estreou na NBC-TV. Foi o primeiro programa deste tipo comandado por um afro-americano, causando controvérsia na época. Ficou no ar por um ano e pouco, mas teve de ser encerrado, por iniciativa do próprio Nat King Cole, por não ter conseguido nenhum patrocínio de âmbito nacional.
   
Racismo
Cole lutou contra o racismo toda sua vida e raramente se apresentou em lugares segregacionistas. Em 1956 foi atacado no palco durante um show em Birmingham, Alabama, enquanto cantava "Little Girl", por três membros do North Alabama White Citizens Council que aparentemente tentavam sequestrá-lo. Os três agressores avançaram pelos corredores da plateia. Embora a segurança tenha rapidamente acabado com a invasão, Cole foi derrubado do seu banco e magoou as costas. Ele não acabou o show e nunca mais se apresentou no Sul dos EUA. Os agressores foram julgados e condenados.
Em 1948 comprou uma casa em um condomínio só de brancos nos arredores de Los Angeles. A KKK ateou fogo em uma cruz em frente à sua casa. O conselho do condomínio disse-lhe que não queriam indesejáveis mudando-se para lá. Ele concordou e disse "Eu também não, se eu vir alguém indesejável mudando-se, serei o primeiro a reclamar".
Em 1956 foi contratado para se apresentar em Cuba e quis ficar no Hotel Nacional de Cuba, mas não lhe foi permitido porque tinham restrição (color bar) para negros. Cole honrou seu contrato e seu show no Tropicana foi um grande sucesso. No ano seguinte voltou a Cuba para outro show, cantando várias músicas em espanhol. Hoje existe um tributo a ele na forma de um busto e uma jukebox no Hotel Nacional.


sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Malcolm X foi assassinado há 49 anos

Malcolm X numa conferência em 1964

Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X (originalmente registado Malcolm Little; Omaha, 19 de maio de 1925 - Nova Iorque, 21 de fevereiro de 1965), foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista. Ele era um defensor dos direitos dos afro-americanos, um homem que conseguiu mobilizar os brancos americanos sobre seus crimes cometidos contra os negros. Em 1998, a influente revista Time nomeou a Autobiografia de Malcolm X um dos 10 livros não fictícios mais importantes do século XX.

(...)

Viagem a Meca e morte
Patrocinado pela sua meia-irmã Ella, Malcolm viajou para Meca com o objetivo de conhecer melhor o Islão. Agora admitia que Elijah Muhammad havia deturpado esta religião nos Estados Unidos. Ao voltar de sua viagem, estava para iniciar uma nova fase em sua vida. Em uma entrevista coletiva, perguntaram-lhe: “Você ainda acredita que os brancos são demónios?” E ele respondeu: “Os brancos são seres humanos na medida em que isto for confirmado em suas atitudes em relação aos negros”.
Movido pelas suas novas ideias, Malcolm fundou a Organização da Unidade Afro-Americana: grupo não religioso e não sectário – criado para unir os afro-americanos –, contudo, em 21 de fevereiro de 1965, na sede da sua organização, Malcolm recebeu 16 tiros de balas de calibre 38 e 45, com a maioria deles a atingi-lo no coração. Malcolm foi assassinado – com apenas 39 anos – em frente da sua esposa Betty, que estava grávida, e das suas quatro filhas, por três membros da Nação do Islão. Escreveu MS Handler: “Balas fatais acabaram com a carreira de Malcolm X antes que ele tivesse tempo para desenvolver as suas novas ideias”.


quarta-feira, janeiro 15, 2014

Martin Luther King nasceu há 85 anos

Martin Luther King Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 - Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um pastor Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. Ele liderou, em 1955, o boicote aos autocarros de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como o seu primeiro presidente. Os seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez o seu discurso "I Have a Dream".
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz, pelo o combate à desigualdade racial através da não violência. Nos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu o seu foco de luta e debate para incluir a pobreza e a Guerra do Vietname, perdendo muitos dos seus aliados liberais com um discurso de 1967, intitulado "Além do Vietname".
King foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1977, e Medalha de Ouro do Congresso, em 2004; o Dia de Martin Luther King, Jr. foi estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.

(...)

Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima do aniversário de King. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido por todos os estados do país.


segunda-feira, janeiro 13, 2014

Morreu um Senhor que ajudou a terminar com a segregação racial nos Estados Unidos

Franklin McCain, um negro que ousou pedir café no balcão errado da América

McCain (segundo a contar da esquerda) sentiu-se "quase invencível" naquele balcão

Foi um dos pioneiros da luta contra a segregação racial. Em 1960, ele e outros três estudantes sentaram-se num snack-bar reservado a brancos em Greensboro, na Carolina do Norte, num protesto que se espalhou ao país.

“Se não consegues encontrar alguma coisa pela qual estás disposto a perder a vida, então deves perguntar-te porque estás cá”. Franklin McCain tinha apenas 19 anos mas talvez esta convicção estivesse já firme na sua cabeça quando, a 1 de Fevereiro de 1960, entrou nos armazéns da Woolworth em Greensboro, na Carolina do Norte, e se sentou com três colegas da universidade ao balcão de um snack-bar reservado a brancos. Pediram café e donuts e, quando recusaram servi-los ficaram ali sentados até a loja fechar. Voltaram no dia a seguir e em todos os seguintes – o pequeno grupo transformou-se numa multidão, que inspirou outras e ajudou a incendiar a luta pela igualdade entre brancos e negros na América dos anos 1960.
McCain morreu quinta-feira, aos 73 anos, de complicações pulmonares e os obituários que a imprensa lhe dedicou foram elegias da ousadia juvenil dos Quatro de Greensboro (como ficaram conhecidos), transformada em marco dos protestos contra a segregação dos negros. “McCain e os seus três colegas foram heróis à moda antiga, soldados no puro sentido da palavra: fartos da sua situação, incapazes de a tolerar por mais tempo, temendo os custos de se manterem inactivos por mais tempo, ergueram-se e foram à luta”, escreveu a revista The Atlantic.
Não foram os primeiros a protestar – de forma pacífica, sem provocações mas sem transigir – contra os estabelecimentos que tratavam de forma diferente os clientes conforme a sua raça.  Mas até então, nenhuma outra iniciativa atraíra tanto a atenção.
Numa das várias entrevistas que deu em 2010, no 50.º aniversário do seu sit-in, McCain explicou ao Charlotte Observer, o que levou os quatro caloiros da Universidade de Agricultura e Tecnologia da Carolina do Norte, uma escola só para negros, a passar à acção. Os pais e os avós tinham-lhes ensinado que, se cumprissem as leis e trabalhassem no duro, seriam bem-sucedidos: “Eu sentia-me parte de uma grande mentira. Todos nos sentíamos assim.” Depois de meses a discutir as injustiças da segregação, decidiram que era altura de fazer qualquer coisa e, na noite de 31 de Janeiro de 1960, escolheram o alvo: a cadeia Woolworth que, nos estados do sul, impunha a segregação aos seus clientes.  
Na tarde do dia seguinte, entraram na loja de Greensboro e, depois de comprarem material escolar e pedirem a factura (para provar que tinham feito despesas), sentaram-se em quatro bancos altos do snack-bar reservado a brancos. “Estávamos assustados”, contou David Richmond, um dos quatro, que morreu em 1990. “A adrenalina corria-me nas veias, mas se alguém ao balcão tivesse gritado ‘buhh!’ eu teria fugido a correr”.  
  
Demasiado zangado para sentir medo
As recordações de McCain são diferentes. “Não tinha medo porque estava demasiado zangado para sentir medo. Sabia que se tivéssemos sorte iríamos passar muito tempo na prisão. Caso contrário, podíamos regressar ao campus num caixão de pinho”. Desafiar a segregação que fazia lei nos estados do Sul era arriscar a prisão e os espancamentos eram uma rotina. Mas McCain diz que, “15 segundos” depois de se sentar sentiu algo inédito: “Foi uma sensação de liberdade, de dignidade recuperada. Senti-me quase invencível”, contou, em 2010, à rádio pública NPR.
Não foram espancados, nem presos. Mas o empregado recusou servi-los, um polícia disse-lhes para saírem dali, tocando de forma ameaçadora no cassetete, e um empregado negro acusou-os de serem agitadores. Mantiveram-se sentados e ouviram insultos de clientes brancos, mas também palavras de incentivo. “Uma senhora de idade que estava a observar a cena aproximou-se e sussurrou ‘rapazes, tenho tanto orgulho em vocês’ e eu aprendi que nunca se deve julgar alguém antes de termos tido oportunidade de falar com essa pessoa”.
A loja fechou mais cedo e os quatro regressaram a casa, esfomeados mas determinados. Na manhã seguinte regressaram ao mesmo lugar, seguidos por 25 colegas e alguns jornalistas. No final da semana, eram já 300 e o protesto alastrava – primeiro a outras cidades da Carolina do Norte, depois a outros estados (há quem fale em 55 cidades, há quem conte mais de 250). Nem todos foram bem-sucedidos, mas a acumulação de protestos, escreveu o New York Times, “contribui para o impulso que levou à aprovação da Civil Rights Act de 1964”, que proibiu a segregação nos locais públicos a nível federal.
Em Greensboro, a luta dera frutos muito antes. A 25 de julho de 1960, Woolworth passou a atender todos os clientes por igual. Em 2010, a loja deu lugar ao Museu dos Direitos Cívicos e o balcão foi levado para o Museu Smithsonian de História Americana, em Washington.
Mas para McCain, o sit-in foi apenas o começo de uma vida de activismo pelos direitos cívicos. Aos 68 anos, numa entrevista à jornalista Mary C. Curtis, admitia sentir-se feliz com a nova face do país – a América que elegeu Barack Obama, um negro, para a presidência –, mas desafiava as novas gerações a não baixarem os braços. “A todo o momento sou recordado que em qualquer luta pela mudança são precisas apenas algumas pessoas para fazer a diferença, às vezes apenas uma”.

in Público - ler notícia

domingo, dezembro 01, 2013

Há 58 anos, uma mulher chamada Rosa Parks começou uma revolução pacífica na América

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, por, a 1 de dezembro de 1955, ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o rastilho do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista nos Estados Unidos da América.

Biografia
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu numa fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava nos seus sermões os negros fiéis da sua congregação a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão nos Estados Unidos na década de 1950, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis dos negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud" (tradução livre: "ao menos diga... Eu sou negro, com muito orgulho"), que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu a sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela Doença de Alzheimer e, no ano de 2005, morreu de causas naturais.

Medalha de ouro do congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias de hoje"

Prémios e honrarias
  • 1976 Detroit renomeou a 12th Street com Rosa Parks Boulevard
  • 1979 A NAACP premiou Parks com a Spingarn Medal, a sua mais elevada distinção
  • 1980 Foi-lhe atribuída a Martin Luther King Jr. Award
  • 1983 Ela foi colocada no Women's Hall of Fame do estado do Michigan, pelos pelos seus feitos na luta pelos direitos civis
  • 1990
    • Parks foi convidada para fazer parte do grupo que deu as boas vindas a Nelson Mandela, depois de libertado da prisão na África do Sul
    • Parks deu o nome a parte da estrada Interstate 475, fora de Toledo, Ohio, que assim a homenageou
  • 1992: Foi-lhe atribuída a Peace Abbey Courage of Conscience Award, em conjunto com Benjamin Spock e outros, no Kennedy Library and Museum, em Boston, Massachusetts
  • 1996: Foi-lhe atribuída a Medalha Presidencial da Liberdade, do Presidente Bill Clinton
  • 1998: Primeira pessoa a receber o International Freedom Conductor Award, dado pelo National Underground Railroad Freedom Center
  • 1999: Medalha de Ouro do Congresso
  • 2005: Após a sua morte, a empresa americana de computadores Apple Inc. fez-lhe uma homenagem no seu site, publicando a sua foto enquanto jovem, num autocarro. Acima da foto, o logo da empresa e o mundialmente famoso slogan Think Different e por baixo da foto, a inscrição Rosa Parks: 1913 - 2005.

terça-feira, julho 02, 2013

Há 49 anos os Estados Unidos deixaram legalmente de ostracizar negros e mulheres

A Lei de Direitos Civis de 1964 foi decretada em 2 de julho de 1964 com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população afro-americana e feminina, por causa do Movimento dos direitos civis. A lei também pôs fim às segregações raciais em locais públicos e privados, permitindo aos cidadãos negros frequentar os mesmos ambientes e gozar dos mesmos direitos legais que os brancos - Martin Luther King foi quem conseguiu que essa lei fosse criada em benefício dos negros e mulheres norte americanos.

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Rosa Parks nasceu há um século

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks negou-se a ceder seu lugar a uma pessoa branca

Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos EUA, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão na década de 1950 nos Estados Unidos, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela doença de Alzheimer, e no ano de 2005 morreu de causas naturais.

Medalha de ouro do Congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais"

Medalhas e condecorações

sábado, fevereiro 04, 2012

Rosa Parks nasceu há 99 anos

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Há 56 anos uma costureira afro-americana desencadeou a luta contra a segregação racial nos estados do Sul dos EUA

 O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks se negou a ceder seu lugar a uma pessoa branca

 Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a improvável desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

domingo, agosto 28, 2011

Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade

 Martin Luther King discursa: "Eu tenho um sonho!"

A Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade foi uma manifestação política de grandes proporções ocorrida na cidade de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, em 28 de Agosto de 1963, organizada e liderada entre outros pelo advogado, pastor, activista dos direitos humanos e pacifista Martin Luther King, que reuniu mais de 250.000 pessoas na cidade para clamar, discursar, orar e cantar por liberdade, trabalho, justiça social e pelo fim da segregação racial contra a população negra do país.
Durante o dia, manifestantes de toda parte do país, oitenta por cento negros, chegaram a Washington, muitos deles após caminharem pelas estradas, para a manifestação programada pelas lideranças negras dos EUA, causando grande preocupação ao governo do Presidente John Kennedy, um político simpático à causa, de que a aglomeração acabasse causando conflitos e transtornos irreparáveis, que prejudicassem a aprovação da legislação dos direitos civis, então em curso de aprovação pelo Congresso e manchasse a imagem do país internacionalmente.
Entretanto, esses temores não se concretizaram, com o acto decorrendo em profunda ordem e civismo, e sua repercussão mundial o tornou na maior força política para a aprovação das leis de direitos civis e direito de voto, em 1964 e 1965.
Foi nesta manifestação de massas que Luther King fez o discurso com a frase que entraria para a história da oratória americana e seria adaptada e copiada a partir dali por oradores de todo tipo de causas em todas as partes do mundo: “Eu tenho um sonho!” (I Have a Dream!)”.
Entre líderes civis, políticos, personalidades e artistas que discursaram, cantaram ou apenas manifestaram apoio com sua presença neste dia, estavam diversos líderes de sindicatos, congressistas, o Arcebispo católico de Washington, Cardeal Patrick O’Boyle, líderes civis como Gordon Parks, o escritor James Baldwin, astros de cinema como Marlon Brando, Harry Belafonte, Sidney Poitier e Charlton Heston, estrelas de musicais como Josephine Baker, e cantores como Joan Baez, Mahalia Jackson e Bob Dylan, o último a se apresentar ao povo após o discurso de Luther King.