Martin Luther King discursa: "Eu tenho um sonho!"
A
Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade foi uma manifestação política de grandes proporções ocorrida na cidade de
Washington D.C., capital dos
Estados Unidos, em
28 de Agosto de
1963, organizada e liderada entre outros pelo
advogado,
pastor, activista dos direitos humanos e pacifista
Martin Luther King, que reuniu mais de 250.000 pessoas na cidade para clamar, discursar, orar e cantar por
liberdade,
trabalho, justiça social e pelo fim da
segregação racial contra a população negra do país.
Durante o dia, manifestantes de toda parte do país, oitenta por cento negros, chegaram a Washington, muitos deles após caminharem pelas
estradas, para a manifestação programada pelas lideranças negras dos EUA, causando grande preocupação ao governo do
Presidente John Kennedy, um político simpático à causa, de que a aglomeração acabasse causando conflitos e transtornos irreparáveis, que prejudicassem a aprovação da legislação dos
direitos civis, então em curso de aprovação pelo
Congresso e manchasse a imagem do país internacionalmente.
Entretanto, esses temores não se concretizaram, com o acto decorrendo em profunda ordem e
civismo, e sua repercussão mundial o tornou na maior força política para a aprovação das leis de direitos civis e direito de
voto, em 1964 e 1965.
Foi nesta manifestação de massas que Luther King fez o discurso com a frase que entraria para a história da
oratória americana e seria adaptada e copiada a partir dali por oradores de todo tipo de causas em todas as partes do mundo: “Eu tenho um sonho!” (I Have a Dream!)”.
Entre líderes civis, políticos, personalidades e artistas que discursaram, cantaram ou apenas manifestaram apoio com sua presença neste dia, estavam diversos líderes de
sindicatos, congressistas, o
Arcebispo católico de Washington,
Cardeal Patrick O’Boyle, líderes civis como
Gordon Parks, o
escritor James Baldwin, astros de
cinema como
Marlon Brando,
Harry Belafonte,
Sidney Poitier e
Charlton Heston, estrelas de musicais como
Josephine Baker, e cantores como
Joan Baez,
Mahalia Jackson e
Bob Dylan, o último a se apresentar ao povo após o discurso de Luther King.