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quinta-feira, setembro 19, 2024

Há boas notícias sobre o escudo protetor do ozono da Terra

Conseguimos recuperar o escudo protetor do planeta! Mas como?


 

Buraco do ozono

 

Novas amostras indicam que o mundo recuperará a camada de ozono até 2040. Um protocolo histórico de 1987 fez reduzir até hoje 99% das substâncias prejudiciais à camada.

O boletim anual sobre o estado da camada de ozono e medidas para proteger a saúde humana e o meio ambiente da radiação ultravioleta revelou boas notícias.

A publicação explora o papel das condições meteorológicas e uma grande erupção vulcânica no buraco do ozono na Antártida em 2023 — um dos maiores já registados, atingindo os 26 milhões de quilómetros quadrados. O texto destaca que as avaliações apontam para “um caminho de recuperação real a longo prazo”.

O estudo confirma a continuação da redução das quantidades atmosféricas de gases de cloro e bromo, substâncias de longa duração que destroem o escudo protetor do planeta. Como algumas destas substâncias nocivas também atuam como gases com efeito de estufa, a sua eliminação gradual é benéfica para o clima.

O estudo enfatiza a necessidade de uma monitorização contínua da situação e que a complacência deve ser evitada. Mantendo-se as políticas atuais em vigor, a Antártida poderá ter a camada de ozono recuperada aos níveis de 1980, período anterior ao aparecimento do buraco do ozono, por volta de 2066. Esse fenómeno poderia ocorrer até 2045 no Ártico e até 2040 no resto do mundo.

 

Protocolo de Montreal

Uma avaliação científica apoiada recentemente pelo Pnuma e pela OMM revela que o buraco do ozono na Antártida tem melhorado lentamente em área e profundidade desde o ano 2000.

A data celebra a adoção do Protocolo de Montreal, considerado o tratado ambiental mais bem-sucedido de sempre. Graças ao acordo, tem-se observado a eliminação gradual de substâncias prejudiciais à camada de ozono.

Concluído em 1987, o acordo global foi criado para eliminar da atmosfera as chamadas substâncias destruidoras da camada de ozono. Até hoje, 99% dessas substâncias foram eliminadas de forma faseada, o que, segundo estimativas, pode ter evitado o surgimento de dois milhões de casos de cancro de pele, graças ao Protocolo.

“Graças a um acordo global, a humanidade evitou uma enorme catástrofe de saúde devido à radiação ultravioleta que seria emitida através de um gigantesco buraco na camada de ozono”, comemorou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em 2022.

O presidente do Grupo Consultivo Científico da OMM sobre Ozono e Radiação Solar UV, Matt Tully, destacou que “desde a sua criação, um dos pilares do Protocolo de Montreal tem sido o seu fundamento numa ciência de altíssima qualidade.”

 

in ZAP

sexta-feira, setembro 16, 2011

Hoje é o Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono

Cerca de 90% do ozono na atmosfera encontra-se na estratosfera, é a chamada camada de ozono, que absorve a luz ultravioleta e protege a vida na Terra da radiação ultravioleta prejudicial do sol.

O Protocolo de Montreal e a Convenção de Viena (1985) para a Proteção da Camada de Ozono, vieram alertar a comunidade internacional para a necessidade da preservação da camada de ozono e regulamentar a sua atividade através da progressiva eliminação da emissão dos gases que destroem esta camada.

Comemora-se amanhã, dia 16 de setembro, o Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono, data que a ONU escolheu para assinalar o dia em que foi aberto para adesão o Protocolo de Montreal, em 1987.

De acordo com os últimos resultados, a espessura da Camada de Ozono no Hemisfério Norte apresenta uma aparente recuperação desde meados da década de 90 do século passado, verificando-se que, embora globalmente exista uma pequena tendência negativa desde 1979, a evolução desde o início da década de 1990 apresenta uma tendência claramente positiva, sugerindo o início da recuperação da camada de ozono, como resultado das medidas tomadas a nível mundial para a eliminação e redução de emissões de gases atmosféricos que reduzem essa camada. Estes resultados não são, no entanto, consistentes com as previsões de modelos, que indicavam que o início dessa recuperação ocorreria depois de 2015 (WMO, 2011).

Resultados semelhantes foram observados, pelo IM, na sua atividade de monitorização da camada de ozono, nas regiões da Madeira (Funchal) e Açores (Angra do Heroísmo), onde os resultados obtidos indicam que o aumento verificado desde a década de 1990 foi suficiente para praticamente anular a tendência negativa que se verificava desde 1979. No caso de Lisboa, os valores atuais da espessura da camada de ozono são equivalentes aos observados no início da década de 1980.

Apesar desde aumento observado, mantêm-se a necessidade de mais estudos e da continuada monitorização e acompanhamento do ozono estratosférico.