segunda-feira, dezembro 28, 2020
João Domingos Bomtempo nasceu há 245 anos
Postado por Fernando Martins às 02:45 0 bocas
Marcadores: guerras liberais, João Domingos Bomtempo, maçonaria, música, piano, Requiem Op.23 (À memória de Camões), romantismo
sábado, março 28, 2020
Alexandre Herculano nasceu há 210 anos
XXIV
..................................É lá somente!
Oh lembrança da Pátria acabrunhada
Um suspiro também tu me hás pedido;
Um suspiro arrancado aos seios d'alma
Pela ofuscada glória, e pelos crimes
Dos homens que ora são, e pelo opróbrio
Da mais ilustre das nações da terra!
A minha triste Pátria era tão bela,
E forte, e virtuosa! e ora o guerreiro
E o sábio e o homem bom acolá dormem,
Acolá, nos sepulcros esquecidos,
Que a seus netos infames nada contam
Da antiga honra e pudor e eternos feitos.
O escravo português agrilhoado
Carcomir-se lhes deixa junto às lousas
Os decepados troncos desse arbusto,
Por mãos deles plantado à liberdade,
E por tiranos derribado em breve,
Quando pátrias virtudes se acabaram,
Como um sonho da infância!...
.................................Oh vil escravo,
Imerso em vícios, em bruteza e infâmia,
Não erguerá os macerados olhos
Para esses troncos, que destroem vermes
Sobre as cinzas de heróis, e, aceso em pejo,
Não surgirá jamais? - Não há na terra
Coração português, que mande um brado
De maldição atroz, que vá cravar-se
Na vigília e no sono dos tiranos,
E envenenar-lhes o prazer por noites
De vil prostituição, e em seus banquetes
De embriaguez lançar fel e amarguras?
Não! - Bem como um cadáver já corrupto,
A nação se dissolve: e em seu letargo
O povo, involto na miséria, dorme.
XXV
Oh, talvez, como o vate, ainda algum dia
Terei de erguer à Pátria hino de morte,
Sobre seus mudos restos vagueando!
Sobre seus restos? - Nunca! Eterno, escuta
Minhas preces e lágrimas: - se em breve,
Qual jaz Sião, jazer deve Ulisseia;
Se o anjo do extermínio há-de riscá-la
Do meio das nações, que d'entre os vivos
Risque também meu nome, e não me deixe
Na terra vaguear, órfão de Pátria.
in A Harpa do Crente - Alexandre Herculano
Postado por Fernando Martins às 02:10 0 bocas
Marcadores: Alexandre Herculano, D. Pedro IV, Desembarque do Mindelo, guerras liberais, História, literatura, Monarquia, poesia
quinta-feira, maio 16, 2019
Há 185 anos a guerra entre liberais e absolutistas quase terminou na batalha da Asseiceira
A batalha da Asseiceira travou-se na povoação de Asseiceira, perto de Tomar, a 16 de maio de 1834. Fez parte das guerras civis entre liberais e miguelistas, onde estes últimos foram derrotados. Além de mortos e feridos em grande número, os absolutistas deixaram 1.400 prisioneiros nas mãos dos liberais. Esta batalha pôs termo ao reinado de D. Miguel, obrigado a recolher-se a Évora Monte, onde foi assinada a paz e de onde o monarca partiu para o exílio.
Guerra civil | |||
---|---|---|---|
Data | 16 de maio de 1834 | ||
Local | Asseiceira | ||
Resultado | Vitória dos liberais | ||
Combatentes | |||
|
|||
Comandantes | |||
|
|||
Forças | |||
|
|||
Baixas | |||
|
Postado por Fernando Martins às 18:50 0 bocas
Marcadores: batalha da Asseiceira, D. Miguel I, D. Pedro IV, guerras liberais
quinta-feira, março 28, 2019
Alexandre Herculano nasceu há 209 anos
XXIV
..................................É lá somente!
Oh lembrança da Pátria acabrunhada
Um suspiro também tu me hás pedido;
Um suspiro arrancado aos seios d'alma
Pela ofuscada glória, e pelos crimes
Dos homens que ora são, e pelo opróbrio
Da mais ilustre das nações da terra!
A minha triste Pátria era tão bela,
E forte, e virtuosa! e ora o guerreiro
E o sábio e o homem bom acolá dormem,
Acolá, nos sepulcros esquecidos,
Que a seus netos infames nada contam
Da antiga honra e pudor e eternos feitos.
O escravo português agrilhoado
Carcomir-se lhes deixa junto às lousas
Os decepados troncos desse arbusto,
Por mãos deles plantado à liberdade,
E por tiranos derribado em breve,
Quando pátrias virtudes se acabaram,
Como um sonho da infância!...
.................................Oh vil escravo,
Imerso em vícios, em bruteza e infâmia,
Não erguerá os macerados olhos
Para esses troncos, que destroem vermes
Sobre as cinzas de heróis, e, aceso em pejo,
Não surgirá jamais? - Não há na terra
Coração português, que mande um brado
De maldição atroz, que vá cravar-se
Na vigília e no sono dos tiranos,
E envenenar-lhes o prazer por noites
De vil prostituição, e em seus banquetes
De embriaguez lançar fel e amarguras?
Não! - Bem como um cadáver já corrupto,
A nação se dissolve: e em seu letargo
O povo, involto na miséria, dorme.
XXV
Oh, talvez, como o vate, ainda algum dia
Terei de erguer à Pátria hino de morte,
Sobre seus mudos restos vagueando!
Sobre seus restos? - Nunca! Eterno, escuta
Minhas preces e lágrimas: - se em breve,
Qual jaz Sião, jazer deve Ulisseia;
Se o anjo do extermínio há-de riscá-la
Do meio das nações, que d'entre os vivos
Risque também meu nome, e não me deixe
Na terra vaguear, órfão de Pátria.
in A Harpa do Crente - Alexandre Herculano
Postado por Fernando Martins às 02:09 0 bocas
Marcadores: Alexandre Herculano, D. Pedro IV, Desembarque do Mindelo, guerras liberais, História, literatura, Monarquia, poesia
segunda-feira, fevereiro 18, 2019
A Batalha de Almoster foi há 185 anos
Postado por Fernando Martins às 18:50 0 bocas
Marcadores: absolutismo, Batalha de Almoster, guerras liberais, Marechal Saldanha, Monarquia Constitucional
segunda-feira, fevereiro 04, 2019
Almeida Garrett nasceu há 220 anos
Não És Tu
Era assim, tinha esse olhar,
A mesma graça, o mesmo ar,
Corava da mesma cor,
Aquela visão que eu vi
Quando eu sonhava de amor,
Quando em sonhos me perdi.
Toda assim; o porte altivo,
O semblante pensativo,
E uma suave tristeza
Que por toda ela descia
Como um véu que lhe envolvia,
Que lhe adoçava a beleza.
Era assim; o seu falar,
Ingénuo e quase vulgar,
Tinha o poder da razão
Que penetra, não seduz;
Não era fogo, era luz
Que mandava ao coração.
Nos olhos tinha esse lume,
No seio o mesmo perfume ,
Um cheiro a rosas celestes,
Rosas brancas, puras, finas,
Viçosas como boninas,
Singelas sem ser agrestes.
Mas não és tu... ai!, não és:
Toda a ilusão se desfez.
Não és aquela que eu vi,
Não és a mesma visão,
Que essa tinha coração,
Tinha, que eu bem lho senti.
in Folhas Caídas (1953) - Almeida Garrett
Postado por Fernando Martins às 02:20 0 bocas
Marcadores: Açores, Almeida Garrett, guerras liberais, literatura, Monarquia Constitucional, poesia, romantismo
quarta-feira, janeiro 30, 2019
A Grande Batalha de Pernes foi há 185 anos
Postado por Fernando Martins às 18:50 0 bocas
Marcadores: Batalha de Pernes, guerras liberais, miguelistas
sexta-feira, maio 16, 2014
Há 180 anos a guerra entre liberais e absolutistas quase terminou na batalha da Asseiceira
Guerra civil | |||
---|---|---|---|
Data | 16 de maio de 1834 | ||
Local | Asseiceira | ||
Resultado | Vitória dos liberais | ||
Combatentes | |||
|
|||
Comandantes | |||
|
|||
Forças | |||
|
|||
Baixas | |||
|
Postado por Fernando Martins às 18:00 0 bocas
Marcadores: batalha da Asseiceira, D. Miguel I, D. Pedro IV, guerras liberais
terça-feira, fevereiro 18, 2014
A Batalha de Almoster foi há 180 anos
Postado por Fernando Martins às 18:00 0 bocas
Marcadores: absolutismo, Batalha de Almoster, guerras liberais, Marechal Saldanha, Monarquia Constitucional
quarta-feira, fevereiro 05, 2014
O bispo, jornalista e político D. António Alves Martins morreu há 132 anos
Em 1832 foi capelão da Armada, em 1842 deputado, em 1852 professor universitário, em 1861 enfermeiro-mor do Hospital de S. José, em 1862 nomeado bispo de Viseu, dirigente do Partido Reformista entre 1868 e 1869 e entre 1870 e 1871 foi ministro do Reino. Dirigiu o jornal Nacional, entre 1848 e 1849, tendo-se dedicado também ao jornalismo. Camilo Castelo Branco apreciava em extremo a natureza polémica dos artigos de D. António. Escreveu, entre outros títulos, O Nove de outubro e Breves Considerações sobre a Última Guerra Civil, que foi publicado em 1849 aparecendo na autoria "por um liberal". No regime de D. Miguel foi condenado à morte, tendo no entanto conseguido escapar com outros três condenados quando no caminho para o local de execução, Viseu. Polémico e liberal, foi também jornalista.
Teve um sobrinho com o seu nome, poeta e jornalista (1897-1929).
Postado por Fernando Martins às 13:20 0 bocas
Marcadores: António Alves Martins, bispo, guerras liberais, Igreja Católica, Monarquia Constitucional, primeiro-ministro, Viseu
quinta-feira, janeiro 30, 2014
Há 180 anos a Grande Batalha de Pernes ajudou a pender a guerra civil portuguesa para o lado liberal
Postado por Fernando Martins às 18:00 0 bocas
Marcadores: Batalha de Pernes, guerras liberais, miguelistas
sábado, dezembro 28, 2013
O músico português João Domingos Bomtempo nasceu há 238 anos
Postado por Fernando Martins às 23:08 0 bocas
Marcadores: guerras liberais, João Domingos Bomtempo, maçonaria, música, piano, Requiem Op.23 (À memória de Camões), romantismo