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sábado, janeiro 15, 2022

A sonda espacial Stardust voltou, com amostras, do espaço, há dezasseis anos


A Stardust era uma nave espacial da NASA, gerida pelo Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA na Califórnia. Foi lançada em 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade é o de investigar o cometaWild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.

Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para explorar um cometa com a finalidade de trazer material extraterrestre, fora da órbita da Lua.

A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.

Adicionalmente a sonda Stardust devia trazer amostras de poeira interestelar que foi recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de Sagitário.

A sonda Stardust chegou a 15 de janeiro de 2006 à Terra, para entregar as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 

  


A missão

Acredita-se que o material recolhido pela sonda era antigo, de época anterior à existência do Sistema Solar e que também seja formado de grãos e de nuvens de poeira remanescentes da época da formação do Sistema Solar.

Para encontrar com o cometa Wild 2, a sonda teve que fazer três voltas em torno do Sol. Na segunda volta ocorreu a trajetória de interseção com o cometa. Durante este encontro, a sonda Stardust realizou uma série de tarefas como a contar o número de partículas com o instrumento científico denominado de Dust Flux Monitor (DFM) e em tempo real, analisar a composição destas partículas e substâncias voláteis pelo Comet and Interstellar Dust Analyzer (CIDA).

Utilizando uma substância denominada de Aerogel, a sonda Stardust consegue capturar e armazenar em segurança amostras do cometa, na sua longa jornada de volta para a Terra. Ela é constituída de silício, material que foi construído junto com a grade do coletor de aerogel, que é similar a uma grande raquete de ténis.

Estava previsto que em janeiro de 2006 a Stardust devia regressar e entregar a cápsula com as amostras dentro de um paraquedas, pesando aproximadamente 57 quilogramas.

Stardust foi a quarta missão da NASA do Programa Discovery, programa este que consiste na construção de pequenas naves espaciais de pesquisa espacial, que levem no máximo 36 meses para ficarem prontas e que custem menos de US$ 190 milhões de dólares em desenvolvimento e que o custo total da missão, seja inferior a US$ 299 milhões de dólares.

A missão Stardust veio depois das missões: Mars Pathfinder, Near Earth Asteroid Rendezvous ou (NEAR) e da Lunar Prospector.

Este é um programa de pesquisa espacial visa a obter dados científicos relevantes em missões de baixo custo, onde se emprega tecnologia de ponta, e cujas missões possam ser levadas adiante em um curto espaço de tempo.

  

Sucesso no retorno da cápsula

Em 15 de janeiro de 2006 a sonda Stardust teve sucesso, ao chegar à atmosfera terrestre, a cápsula contendo amostras do cometa e de poeira estelar, foi recolhida.

A cápsula de 45 kg pousou às 3 horas e 10 minutos, hora local, no deserto do Estado de Utah, no noroeste dos Estados Unidos.

Quando a cápsula se encontrava a 105.000 pés, um pequeno pára-quedas se abriu e estabilizou a cápsula. Quando foi atingido a altitude de 10.000 pés, o pára-quedas principal abriu e permitiu um pouso suave no deserto. Devido à escuridão da noite foram utilizados câmaras infravermelhas para monitorizar a descida da cápsula.

 

quarta-feira, janeiro 05, 2022

O astrónomo amador Thomas Bopp morreu há quatro anos

 
Thomas Bopp (Denver, 15 de outubro de 1949Phoenix, 5 de janeiro de 2018) foi o gerente de uma fábrica de materiais de construção e um astrónomo amador.

Foi co-responsável pela descoberta do cometa Hale-Bopp em 1995. Foi o primeiro cometa que observou.

Os cometas são vistos em muitas culturas como sinal de infortúnio. Á medida que o Hale-Bopp se aproximava do periélio, o seu irmão e cunhada faleceram num acidente de carro após fotografarem o cometa. "Esta foi a pior e a melhor semana da minha vida", disse Bopp.

Nasceu em Denver, Colorado, acabou o secundário na Youngstown Chaney High School em 1966, frequentou a Youngstown State University, no Ohio, e viveu em Phoenix, Arizona

Ele continuou a trabalhar como voluntário nos observatórios próximos de Phoenix, Arizona, quase até ao final da vida, falando do cometa Hale–Bopp. Morreu de insuficência hepática em 5 de janeiro de 2018, com 68 anos.

  

Cometa Hale–Bopp - o grande cometa do século XX

   

domingo, janeiro 02, 2022

A sonda espacial Stardust visitou um cometa há dezoito anos

  
A Stardust é uma sonda espacial da NASA, do Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA, na Califórnia. Foi lançada a 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade era a de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide 5535 Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Stardust foi a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre  para lá da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 a 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deveria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, com as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 
  
  

sexta-feira, julho 23, 2021

O Hale-Bopp, o grande cometa do século XX, foi descoberto há 26 anos

  
O Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exactidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate
    
     

domingo, julho 04, 2021

A sonda Deep Impact chocou propositadamente contra um cometa há dezasseis anos

Deep Impact.jpg
 Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo
    
Inspirando-se no filme americano Impacto Profundo, a NASA chamou de Deep Impact esta sonda espacial. O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact ou Impacto Profundo da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 ou simplesmente Tempel 1 que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e dela analisar os componentes químicos e físicos internos do cometa.
A sonda Deep Impact foi lançada em 12 de janeiro de 2005 pelo foguete Delta II (modelo 2925), do Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar e o impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
    
   
   
  
The spacecraft consists of two main sections, the 370-kg (815-lb) copper-core "Smart Impactor" that impacted the comet, and the "Flyby" section, which imaged the comet from a safe distance during the encounter with Tempel 1.
The Flyby spacecraft is about 3.2 meters (10.5 ft) long, 1.7 meters (5.6 ft) wide and 2.3 meters (7.5 ft) high. It includes two solar panels, a debris shield, and several science instruments for imaging, infrared spectroscopy, and optical navigation to its destination near the comet. The spacecraft also carried two cameras, the High Resolution Imager (HRI), and the Medium Resolution Imager (MRI). The HRI is an imaging device that combines a visible-light camera with a filter wheel, and an imaging infrared spectrometer called the "Spectral Imaging Module" or SIM that operates on a spectral band from 1.05 to 4.8 micrometres. It has been optimized for observing the comet's nucleus. The MRI is the backup device, and was used primarily for navigation during the final 10-day approach. It also has a filter wheel, with a slightly different set of filters.
The Impactor section of the spacecraft contains an instrument that is optically identical to the MRI, called the Impactor Targeting Sensor (ITS), but without the filter wheel. Its dual purpose was to sense the Impactor's trajectory, which could then be adjusted up to four times between release and impact, and to image the comet from close range. As the Impactor neared the comet's surface, this camera took high-resolution pictures of the nucleus (as good as 0.2 metre [7.9 in] per pixel) that were transmitted in real-time to the Flyby spacecraft before it and the Impactor were destroyed. The final image taken by the impactor was snapped only 3.7 seconds before impact.
The impactor's payload, dubbed the "Cratering Mass", was 100% copper (impactor 49% copper by mass) to reduce debris interfering with scientific measurements of the impact. Since copper was not expected to be found on a comet, scientists could eliminate copper from the spectrometer reading. Instead of using explosives, it was also cheaper to use copper as the payload.
The name of the mission is shared with the 1998 Deep Impact film, in which a comet strikes the Earth. This is coincidental, however, as the scientists behind the mission and the creators of the film devised the name independently of each other at around the same time.
    
    

sexta-feira, março 26, 2021

O suicídio coletivo da seita Heaven's Gate foi há 24 anos

   
Heaven's Gate foi o nome de uma seita/religião OVNI americana liderada por Marshall Applewhite e Bonnie Nettles. Em 26 de março de 1997, quando o cometa Hale-Bopp estava no seu brilho máximo, a polícia encontrou os corpos de 39 de seus membros que haviam cometido suicídio coletivo.
  
História
Em 1972, Marshall Applewhite conheceu Bonnie Nettles, uma enfermeira com interesse em teosofia e profecias e ambos tornaram-se amigos íntimos. Logo após, ele afirmou ter sentido que eles já se conheciam por um longo tempo e concluiu que eles haviam se conhecido em uma vida anterior. Ela disse a ele que o encontro dos dois já fora previsto por alienígenas, assim o persuadindo a acreditar que ele havia recebido uma tarefa divina.
  
Applewhite e Nettles estudaram a vida de São Francisco de Assis e leram todas as obras de autores como Helena Blavatsky, R. D. Laing e Richard Bach. Eles mantinham uma cópia da Bíblia do Rei Jaime com eles e estudaram várias passagens do Novo Testamento, focando nos ensinamentos sobre cristologia, ascetismo e escatologia. Applewhite também costumava ler livros de ficção científica, incluindo as obras de Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke. Em junho de 1974, as crenças de Applewhite e Nettles se solidificaram em algo uniforme. Eles concluíram que haviam sido escolhidos para cumprir profecias bíblicas e que haviam recebido mentes de nível superior às de outras pessoas. Eles escreveram um panfleto que descrevia a reencarnação de Jesus, como um texano, descrito em referência a Applewhite. Adiante, eles concluíram ser as duas testemunhas descritas no livro de Apocalipse e ocasionalmente visitaram igrejas ou outros grupos espirituais para falar de suas identidades, sempre referindo a si mesmos como "Os Dois", ou "A Dupla OVNI". Eles acreditavam que faleceriam e então restaurados à vida, à frente de outros e transportados para uma nave espacial. Este evento, o qual fora chamado de "a Demonstração", seria a prova concreta de todas as suas afirmativas. Para seu desânimo, essas ideias receberam uma recepção negativa.
  
Eventualmente, Applewhite e Nettles decidiram contactar extraterrestres e procuraram seguidores que pensassem da mesma forma. Eles publicaram propaganda para encontros, onde recrutaram discípulos, os quais chamavam de "tripulantes". Durante estes eventos, eles afirmavam representar seres de outro planeta, o Próximo Nível, que procuravam participantes para uma experiência. Eles também afirmavam que aqueles que concordassem em participar da experiência, ascenderiam a um nível evolucionário ainda maior.

Applewhite e Nettles usaram uma variedades de pseudónimos com o passar dos anos, como "Bo e Peep" e "Do e Ti". Assim como os fundadores, o grupo antes antes de adoptar o nome Heaven's Gate teve outros nomes, sendo anteriormente conhecidos como a "Metamorfose Humana Individual" e o mesmo se reinventou e mudou de nome várias vezes, além de contar com uma boa variedade de métodos de recrutamento. Applewhite acreditava que ele era um descendente direto de Jesus, o que significava que ele estava a um nível acima dos outros humanos.
  
Crenças
Todos os "tripulantes" da Heaven's Gate acreditavam que o planeta Terra estava prestes a ser reciclado (limpo, renovado e rejuvenescido) e o único meio de sobreviver, era deixando-o imediatamente. Enquanto o grupo anteriormente era contra o suicídio, eles redefiniram o sentido de "suicídio" no seu próprio contexto para significar "passar para o Próximo Nível quando estiver recebendo uma hipótese" e acreditavam que os seus corpos "humanos" eram apenas recipientes para ajudá-los na sua jornada. Numa conversa, quando se referiam a uma pessoa ou ao corpo de uma pessoa, eles usavam a palavra "veículo".
  
Adeptos da seita adicionavam os nomes que adotaram antes do nome de nascimento aos nomes próprios, isso os definia como "filhos do Próximo Nível" e foi mencionado no último vídeo de Applewhite, filmado entre 19 e 20 de março de 1997, alguns dias antes dos suicídios.
  
Eles acreditavam que "para se qualificar para ser um membro do Próximo Nível, os humanos deveriam se livrar de qualquer coisa que os vinculassem ao planeta". Isso significava que todos os membros deveriam desistir de todas as suas características humanas, como as suas famílias, amigos, sexualidade, individualidade, empregos, dinheiro e posses.
  
Estes básicos de crenças do grupo se mantiveram consistentes com o passar dos anos; no entanto, os "detalhes da suas ideologias eram flexíveis o suficiente para passar por modificações." Há exemplos do grupo adicionando ou mudando suas crenças com o passar do tempo, como modificar a forma de que uma pessoa poderia aceder ao Próximo Nível, mudando a forma de como eles se descreviam, colocando mais ênfase na ideia de Satanás e adicionando vários outros conceitos New Age.
  
Um conceito de crença New Age que Applewhite e Nettles adotaram era a hipótese do astronauta ancião. O termo "astronauta ancião" é usado para se referir a várias formas do conceito de que "ovináutas" visitaram o nosso planta em um passado distante. Applewhite e Nettles adotaram esse conceito e adaptaram a crença de que "alienígenas plantaram as sementes da humanidade atual há milhões de anos atrás e estariam voltando para colher o resultado do seu trabalho em forma de indivíduos evoluídos espiritualmente que ficariam à frente dos futuros cosmonautas. Apenas alguns  indivíduos selecionados da humanidade seriam escolhidos para ascender até este nível. O resto seria deixado a morrer na atmosfera tóxica de um mundo corrupto. Apenas os indivíduos que decidissem participar da Heaven's Gate, seguissem as crenças de Applewhite e Nettle e fizessem os sacrifícios requeridos para que se tornassem membros, seria permitido para deixar o sofrimento humano.
  
Estrutura
Membros desistiram de suas posses materiais e viveram uma vida livre de muitas indulgências. Eles viviam muito próximos e tudo era compartilhado em comunidade. Oito dos membros do sexo masculino do grupo, incluindo Applewhite, passaram voluntariamente por um processo de castração no México, a fim de manter o seu estilo de vida livre de sexualidade.
  
A Heaven's Gate obtinha lucros desenvolvendo websites profissionais para clientes pagantes sob o nome de "Fonte Maior".
  
Suicídio em massa e legado
Nos dias 19 e 20 de março, Marshall Applewhite filmou-se a si mesmo falando sobre suicídio em massa e afirmou que "este seria o único meio de evacuar esta Terra". Após afirmar que uma nave espacial estava a seguir o cometa Hale–Bopp, Applewhite persuadiu 38 membros a cometer suicídio, assim suas almas poderiam subir a bordo. Applewhite afirmou que após as suas mortes, um objeto voador não identificado (OVNI) tomaria as suas almas para outro "nível de existência acima do humano", o qual ele descreveu ser ambos físico e espiritual. Isto e outras crenças baseadas em OVNIs mantidas pelo grupo levou a alguns observadores a caracterizar o grupo como algum tipo de religião OVNI. Em outubro de 1996, o grupo comprou seguros de abdução alienígena para cobrir a vida de cinquenta membros pelo o custo de $10.000.
  
Em seguida, o grupo alugou uma mansão de aproximadamente 850 m², localizada em 18341 Colina Norte (mais tarde com o nome trocado para Paseo Victoria) numa comunidade fechada de casas na área do Rancho Santa Fe, em San Diego, de Sam Koutchesfahani, pagando a quantia de $7.000 por mês em dinheiro. Trinta e oito membros do Heaven's Gate, mais o líder Applewhite, foram encontrados mortos na casa no dia 26 de março de 1997. No calor da primavera Californiana, muitos dos corpos já estavam a decompor-se quando foram descobertos e, logo, os corpos foram cremados.
  
Eles tomaram fenobarbital misturado com sumo de maçã e vodka. Adicionamente, eles tinham sacolas plásticas nas suas cabeças após ingerir a mistura, a fim de induzir a asfixia. As autoridades encontraram os corpos estirados nos seus próprios beliches, faces e tórax cobertos por um pedaço de tecido roxo. Cada membro carregava uma nota de cinco dólares e três moedas de vinte e cinco centavos em seus bolsos: a nota de cinco dólares era para cobrir multas de ociosidade enquanto os membros estavam ausentes de seus trabalhos, enquanto as moedas seriam para fazer ligações telefónicas. Eles mantiveram isso nos bolsos no momento da morte como forma de humor negro. Todos os 39 estavam vestidos com camisas pretas, calças de ginástica, ténis novos da marca Nike e autocolantes nos ombros com a frase "Heaven's Gate Away Team" (uma espécie de referência à série Star Trek). Os adeptos, com idades entre 26 e 72 anos, devem ter morrido em três grupos, durante três dias consecutivos, com os participantes restantes limpando tudo após a morte dos grupos anteriores. Quinze membros faleceram no dia 24 de março, mais quinze no dia 25 de março e nove no dia 26. O líder Applewhite foi o antepenúltimo membro a falecer; duas mulheres continuaram após a sua morte e foram as únicas encontradas sem sacolas plásticas nas cabeças. Entre os mortos, estava Thomas Nichols, irmão da atriz Nichelle Nichols, que é conhecida pelo o seu papel de Uhura na série original de televisão Star Trek.
  
Apenas um dos membros do grupo, Rio DiAngelo/Richard Ford, não cometeu suicídio. Ele filmou toda a mansão em Rancho Santa Fe; no entanto, a fita não foi mostrada à polícia até 2002, cinco anos após o evento.
  
A morte em massa do grupo Heaven's Gate foi divulgada amplamente nos media como exemplo de suicídio em massa.
  
Dois ex-membros do Heaven's Gate, Wayne Cooke e Charlie Humphreys, mais tarde cometeram suicídio de forma similar. Humphreys sobreviveu a um pacto suicida com Cooke, em maio de 1997, mas acabou se matando em fevereiro de 1998.
  

sexta-feira, janeiro 15, 2021

A sonda espacial Stardust voltou com amostras do espaço há quinze anos


A Stardust era uma nave espacial da NASA, gerida pelo Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA na Califórnia. Foi lançada em 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade é o de investigar o cometaWild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.

Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para explorar um cometa com a finalidade de trazer material extraterrestre, fora da órbita da Lua.

A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.

Adicionalmente a sonda Stardust devia trazer amostras de poeira interestelar que foi recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de Sagitário.

A sonda Stardust chegou a 15 de janeiro de 2006 à Terra, para entregar as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 

  


A missão

Acredita-se que o material recolhido pela sonda era antigo, de época anterior à existência do Sistema Solar e que também seja formado de grãos e de nuvens de poeira remanescentes da época da formação do Sistema Solar.

Para encontrar com o cometa Wild 2, a sonda teve que fazer três voltas em torno do Sol. Na segunda volta ocorreu a trajetória de interseção com o cometa. Durante este encontro, a sonda Stardust realizou uma série de tarefas como a contar o número de partículas com o instrumento científico denominado de Dust Flux Monitor (DFM) e em tempo real, analisar a composição destas partículas e substâncias voláteis pelo Comet and Interstellar Dust Analyzer (CIDA).

Utilizando uma substância denominada de Aerogel, a sonda Stardust consegue capturar e armazenar em segurança amostras do cometa, na sua longa jornada de volta para a Terra. Ela é constituída de silício, material que foi construído junto com a grade do coletor de aerogel, que é similar a uma grande raquete de ténis.

Estava previsto que em janeiro de 2006 a Stardust devia regressar e entregar a cápsula com as amostras dentro de um paraquedas, pesando aproximadamente 57 quilogramas.

Stardust foi a quarta missão da NASA do Programa Discovery, programa este que consiste na construção de pequenas naves espaciais de pesquisa espacial, que levem no máximo 36 meses para ficarem prontas e que custem menos de US$ 190 milhões de dólares em desenvolvimento e que o custo total da missão, seja inferior a US$ 299 milhões de dólares.

A missão Stardust veio depois das missões: Mars Pathfinder, Near Earth Asteroid Rendezvous ou (NEAR) e da Lunar Prospector.

Este é um programa de pesquisa espacial visa a obter dados científicos relevantes em missões de baixo custo, onde se emprega tecnologia de ponta, e cujas missões possam ser levadas adiante em um curto espaço de tempo.

  

Sucesso no retorno da cápsula

Em 15 de janeiro de 2006 a sonda Stardust teve sucesso, ao chegar à atmosfera terrestre, a cápsula contendo amostras do cometa e de poeira estelar, foi recolhida.

A cápsula de 45 kg pousou às 3 horas e 10 minutos, hora local, no deserto do Estado de Utah, no noroeste dos Estados Unidos.

Quando a cápsula se encontrava a 105.000 pés, um pequeno pára-quedas se abriu e estabilizou a cápsula. Quando foi atingido a altitude de 10.000 pés, o pára-quedas principal abriu e permitiu um pouso suave no deserto. Devido à escuridão da noite foram utilizados câmaras infravermelhas para monitorizar a descida da cápsula.

 

in Wikipédia

terça-feira, janeiro 05, 2021

O astrónomo amador Thomas Bopp morreu há três anos

 
Thomas Bopp (Denver, 15 de outubro de 1949Phoenix, 5 de janeiro de 2018) foi o gerente de uma fábrica de materiais de construção e um astrónomo amador.

Foi co-responsável pela descoberta do cometa Hale-Bopp em 1995. Foi o primeiro cometa que observou.

Os cometas são vistos em muitas culturas como sinal de infortúnio. à medida que o Hale-Bopp se aproximava do ponto mais brilhante periélio, o seu irmão e cunhada faleceram num acidente de carro após fotografarem o cometa. "Esta foi a pior e a melhor semana da minha vida", disse Bopp.

Nasceu em Denver, Colorado, acabou o secundário na Youngstown Chaney High School em 1966, frequentou a Youngstown State University no Ohio, e viveu em Phoenix, Arizona

  

Cometa Hale–Bopp - o cometa do século

   

in Wikipédia

sábado, janeiro 02, 2021

A sonda Stardust visitou o cometa Wild 2 há dezassete anos

  
A Stardust é uma sonda espacial da NASA, do Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA, na Califórnia. Foi lançada a 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade era a de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Stardust foi a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre, fora da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 a 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deveria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou a 15 de janeiro de 2006 à Terra com as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 
  
  

quinta-feira, julho 23, 2020

O Hale-Bopp foi descoberto há 25 anos


O Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exactidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate
   
   

sábado, julho 04, 2020

A sonda Deep Impact chocou propositadamente contra um cometa há quinze anos

Deep Impact.jpg
 Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo
   
Inspirando-se no filme americano Impacto Profundo, a NASA chamou de Deep Impact esta sonda espacial. O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact ou Impacto Profundo da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 ou simplesmente Tempel 1 que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e dela analisar os componentes químicos e físicos internos do cometa.
A sonda Deep Impact foi lançada em 12 de janeiro de 2005 pelo foguete Delta II (modelo 2925), do Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar e o impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
   
   
The spacecraft consists of two main sections, the 370-kg (815-lb) copper-core "Smart Impactor" that impacted the comet, and the "Flyby" section, which imaged the comet from a safe distance during the encounter with Tempel 1.
The Flyby spacecraft is about 3.2 meters (10.5 ft) long, 1.7 meters (5.6 ft) wide and 2.3 meters (7.5 ft) high. It includes two solar panels, a debris shield, and several science instruments for imaging, infrared spectroscopy, and optical navigation to its destination near the comet. The spacecraft also carried two cameras, the High Resolution Imager (HRI), and the Medium Resolution Imager (MRI). The HRI is an imaging device that combines a visible-light camera with a filter wheel, and an imaging infrared spectrometer called the "Spectral Imaging Module" or SIM that operates on a spectral band from 1.05 to 4.8 micrometres. It has been optimized for observing the comet's nucleus. The MRI is the backup device, and was used primarily for navigation during the final 10-day approach. It also has a filter wheel, with a slightly different set of filters.
The Impactor section of the spacecraft contains an instrument that is optically identical to the MRI, called the Impactor Targeting Sensor (ITS), but without the filter wheel. Its dual purpose was to sense the Impactor's trajectory, which could then be adjusted up to four times between release and impact, and to image the comet from close range. As the Impactor neared the comet's surface, this camera took high-resolution pictures of the nucleus (as good as 0.2 metre [7.9 in] per pixel) that were transmitted in real-time to the Flyby spacecraft before it and the Impactor were destroyed. The final image taken by the impactor was snapped only 3.7 seconds before impact.
The impactor's payload, dubbed the "Cratering Mass", was 100% copper (impactor 49% copper by mass) to reduce debris interfering with scientific measurements of the impact. Since copper was not expected to be found on a comet, scientists could eliminate copper from the spectrometer reading. Instead of using explosives, it was also cheaper to use copper as the payload.
The name of the mission is shared with the 1998 Deep Impact film, in which a comet strikes the Earth. This is coincidental, however, as the scientists behind the mission and the creators of the film devised the name independently of each other at around the same time.
   
Filme (gif animado) do High Resolution Imager (HRI) na sonda Deep Impact do impacto
    

quinta-feira, julho 04, 2019

A sonda Deep Impact chocou propositadamente contra um cometa há catorze anos

Deep Impact.jpg
 Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo
Inspirando-se no filme americano Impacto Profundo, a NASA chamou de Deep Impact a esta sonda espacial. O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact, ou Impacto Profundo, da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 ou simplesmente Tempel 1 que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e a partir dela analisar os componentes químicos e físicos internos do cometa.
A sonda Deep Impact foi lançada em 12 de janeiro de 2005 pelo foguete Delta II (modelo 2925), do Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar e o impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
  
   
The spacecraft consists of two main sections, the 370-kg (815-lb) copper-core "Smart Impactor" that impacted the comet, and the "Flyby" section, which imaged the comet from a safe distance during the encounter with Tempel 1.
The Flyby spacecraft is about 3.2 meters (10.5 ft) long, 1.7 meters (5.6 ft) wide and 2.3 meters (7.5 ft) high. It includes two solar panels, a debris shield, and several science instruments for imaging, infrared spectroscopy, and optical navigation to its destination near the comet. The spacecraft also carried two cameras, the High Resolution Imager (HRI), and the Medium Resolution Imager (MRI). The HRI is an imaging device that combines a visible-light camera with a filter wheel, and an imaging infrared spectrometer called the "Spectral Imaging Module" or SIM that operates on a spectral band from 1.05 to 4.8 micrometres. It has been optimized for observing the comet's nucleus. The MRI is the backup device, and was used primarily for navigation during the final 10-day approach. It also has a filter wheel, with a slightly different set of filters.
The Impactor section of the spacecraft contains an instrument that is optically identical to the MRI, called the Impactor Targeting Sensor (ITS), but without the filter wheel. Its dual purpose was to sense the Impactor's trajectory, which could then be adjusted up to four times between release and impact, and to image the comet from close range. As the Impactor neared the comet's surface, this camera took high-resolution pictures of the nucleus (as good as 0.2 metre [7.9 in] per pixel) that were transmitted in real-time to the Flyby spacecraft before it and the Impactor were destroyed. The final image taken by the impactor was snapped only 3.7 seconds before impact.
The impactor's payload, dubbed the "Cratering Mass", was 100% copper (impactor 49% copper by mass) to reduce debris interfering with scientific measurements of the impact. Since copper was not expected to be found on a comet, scientists could eliminate copper from the spectrometer reading. Instead of using explosives, it was also cheaper to use copper as the payload.
The name of the mission is shared with the 1998 Deep Impact film, in which a comet strikes the Earth. This is coincidental, however, as the scientists behind the mission and the creators of the film devised the name independently of each other at around the same time.
Filme do High Resolution Imager (HRI) na sonda Deep Impact do impacto
  

quarta-feira, janeiro 02, 2019

Há quinze anos a sonda Stardust aproximou-se do cometa Wild 2

A Stardust é uma sonda espacial da NASA, do Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA, na Califórnia. Foi lançada a 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade era a de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Stardust foi a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre, fora da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 a 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deveria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou a 15 de janeiro de 2006 à Terra com as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 

sábado, agosto 11, 2018

Amanhã é noite de Perseidas

Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
 
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejectadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem actualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.

Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajectória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afectado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a actividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
      
  
NOTA: este ano  irei observar o fenómeno com a Asteriscos (há anos em que o faço em Leiria, na Senhora do Monte, perto de Cortes). Provavelmente irei três noite - hoje, amanhã e segunda-feira, pouco depois das Antenas, na Sª do Monte.
É fácil de observar - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
(imagem daqui - clicar para aumentar)

sábado, junho 30, 2018

O Evento de Tunguska foi há 110 anos

Árvores caídas após a explosão (foto tirada durante a expedição de Kulik, em 1927)
  
O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulativas sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteorito ou fragmento de cometa a uma altitude de 5 a 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatons e 30 megatons de TNT, com 10–15 megatons sendo o valor mais provável. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima na segunda guerra mundial e aproximadamente um terço da Bomba Csar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão teria sido suficiente para destruir uma grande área metropolitana. A explosão derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilómetros quadrados e estima-se que tenha provocado um terramoto 5,0 na escala de Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitorização global por satélite nas décadas de 60 e 70.
Localização aproximada do evento de Tunguska, na Sibéria

  
A natureza do objeto que se chocou com a terra, meteoróide ou cometária, foi objeto de pesquisa ao longo do século XX e ainda é assunto de debate. Em 1930, o astrónomo F. J. W. Whipple sugeriu que o impacto teria sido com um pequeno cometa, um objeto composto primariamente de poeira e gelo, que teria sido completamente vaporizado na atmosfera, não deixando traços óbvios. Essa hipótese recebeu suporte a partir da observação de brilhos noturnos no céu da Europa por muitas noites após o evento, que poderiam ser explicados pela luz do sol refletida no gelo e poeira dispersada pela cauda do cometa na alta atmosfera.
Em 1978, o astrónomo Lubor Kresák sugeriu que o corpo fosse um fragmento do cometa Encke, responsável pela chuva de meteoros anual conhecida como beta taurídeos. O evento coincidiu com um pico de atividade dessa chuva de meteoros e a trajetória estimada para o objeto que causou a explosão de Tunguska é consistente com o que seria esperado de um fragmento desse cometa. Sabe-se que objetos dessa natureza explodem com frequência na alta atmosfera. Tais explosões são observadas por satélites militares há décadas.
Em 1983, o astrónomo Zdeněk Sekanina publicou artigos criticando a hipótese cometária. Ele apontou que um corpo composto de material cometário seguindo a trajetória observada teria sido desintegrado em grandes altitudes, enquanto é sabido que o objeto de Tunguska atingiu a baixa atmosfera antes de desintegrar. Sekanina argumentou que as evidências conhecidas apontavam para um objeto denso, feito de rocha, provavelmente um fragmento de asteroide. Essa hipótese foi ainda suportada em 2001, quando Farinella, Foschini, et al. divulgaram seu estudo sugerindo que a trajetória do objeto é consistente com uma origem no cinturão de asteroides.
Proponentes da teoria cometária sugeriram que o objeto poderia ser um cometa extinto com um manto rochoso que o teria protegido até atingir a baixa atmosfera.
A principal dificuldade com a hipótese do asteroide é que um objeto rochoso teria produzido uma grande cratera num impacto tão energético, e nenhuma cratera foi encontrada. Hipóteses foram feitas, e posteriormente corroboradas por modelos de Christopher Chyba e outros pesquisadores, de que é possível que a passagem do asteroide pela atmosfera teria provocado pressões e temperaturas tão altas que ele tenha sido completamente desintegrado, a energia do impacto toda liberada na atmosfera e o material espalhado na alta atmosfera explicaria a luminosidade noturna observada na Europa.
Durante os anos 90, pesquisadores italianos extraíram resina das árvores recolhidas na área do impacto e encontraram altas taxas de materiais commumente encontrados em asteroides e raramente encontrados em cometas.