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domingo, agosto 11, 2024

Amanhã é noite de chuva de estrelas - as Perseidas...


Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
 
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.

Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
      
  
NOTA: este ano  provavelmente não irei observar o fenómeno (há anos em que o faço na Senhora do Monte, perto de Cortes, em Leiria, sempre que posso). É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
  
(imagem daqui - clicar para aumentar)

terça-feira, julho 23, 2024

O Hale-Bopp, o grande cometa do século XX, foi descoberto há 29 anos

      
O Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exatidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate
  

quinta-feira, julho 04, 2024

A sonda Deep Impact chocou contra o cometa 9P/Tempel 1 há dezanove anos

 Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo

    
Inspirando-se no filme americano Impacto Profundo, a NASA chamou de Deep Impact a esta sonda espacial. O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact ou Impacto Profundo da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 (ou simplesmente Tempel 1) que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e dela analisar os componentes químicos e físicos internos do cometa.
 
Filmagem HRI do impacto
 
A sonda Deep Impact foi lançada em 12 de janeiro de 2005 pelo foguete Delta II (modelo 2925), do Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar e o impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
    
O momento do impacto, como exibido na NASA TV 
 

sexta-feira, junho 21, 2024

Notícia interessante sobre um cometa promissor...

Este novo cometa está a aproximar-se e poderá ser visível até mesmo durante o dia

 

https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BB1nMMqQ.img?w=768&h=509&m=6

 

Nos últimos anos, cometas despertaram interesse, mas eram difíceis de observar sem um telescópio sob um céu perfeitamente escuro. No entanto, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), descoberta em fevereiro de 2023 pelo sistema de alerta ATLAS na África do Sul, pode mudar isso. 

Este cometa, inicialmente confundida com um asteroide, foi identificado graças a imagens feitas pelo observatório da Montanha Púrpura na China. Durante a sua descoberta, estava além da órbita de Júpiter, mas se aproximará do Sol, a apenas 58 milhões de quilómetros em setembro, e passará a 71 milhões de quilómetros da Terra em outubro.

Se as condições forem favoráveis, este cometa pode brilhar até a magnitude 1 ou 2, tornando-se visível a olho nu e exibindo uma cauda espetacular.

Neste verão, apenas os observadores do hemisfério sul poderão acompanhar a cometa. O seu acompanhamento irá dar-nos informações sobre a sua progressão. Uma variável pode influenciar seu brilho: a "dispersão frontal" da luz solar pela poeira da cometa, aumentando sua luminosidade por volta de 8 de outubro.

Este fenómeno ocorre quando a luz do Sol, ao passar pelas partículas de poeira ejetadas pelo cometa, é dispersa para a frente em direção à Terra. Esse processo é chamado de "dispersão frontal" (ou "forward scattering" em inglês). Devido a essa dispersão, a luz solar é amplificada, tornando a cometa excecionalmente brilhante quando está corretamente posicionada entre o Sol e a Terra. Este aumento de brilho pode tornar o cometa visível a olho nu, de forma muito espetacular.

 

https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BB1nMWtT.img?w=768&h=512&m=6

 

Se o cometa seguir os passos de Skjellerup-Maristany (1927) e McNaught (2007), ele pode tornar-se tão brilhante quanto Vénus, visível até mesmo durante o dia. Deve estar bem posicionada para observações no céu do hemisfério norte até metade de outubro.

No entanto, não há garantias. Às vezes, cometas promissores dececionam, como o Kohoutek em 1973-74. Por outro lado, cometas inesperados podem surpreender, como NEOWISE em 2020. Esperamos que o Tsuchinshan-ATLAS nos ofereça um espetáculo digno desse nome.

 

O que é um cometa?

Um cometa é um pequeno corpo celeste do Sistema Solar constituído principalmente de gelo, poeira e gás. Quando uma cometa se aproxima do Sol, o calor solar provoca a sublimação de seus gelos, formando uma atmosfera brilhante chamada coma, e frequentemente uma ou mais caudas que se estendem por milhões de quilómetros.

Estas caudas são criadas pela interação do vento solar com o núcleo do cometa, liberando gás e poeira. Os cometas geralmente provêm de duas regiões principais: a cintura de Kuiper e a nuvem de Oort, situados nos confins do Sistema Solar. Elas são frequentemente consideradas relíquias primitivas, preservando materiais inalterados desde a formação do Sistema Solar há cerca de 4,6 mil milhões de anos.

 

in Techno-Science

segunda-feira, abril 01, 2024

O cometa Hale-Bopp atingiu o seu periélio há vinte e sete anos

  
O cometa Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exatidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio, a 1 de abril de 1997. Foi denominado de Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a algumas preocupações e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características há várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate.

  
 
Em astronomia, o periélio, que vem de peri (à volta, perto) e hélio (Sol), é o ponto da órbita de um corpo, seja ele planeta, planeta anão, asteroide ou cometa, que está mais próximo do Sol. Quando um corpo se encontra no periélio, ele tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita. Quando o corpo em questão estiver a orbitar qualquer outro objeto celeste que não o Sol, utiliza-se o nome genérico periastro para identificar esse ponto.

terça-feira, março 26, 2024

O suicídio coletivo da seita Heaven's Gate foi há 27 anos...

   
Heaven's Gate foi o nome de uma seita/religião OVNI americana liderada por Marshall Applewhite e Bonnie Nettles. Em 26 de março de 1997, quando o cometa Hale-Bopp estava no seu brilho máximo, a polícia encontrou os corpos de 39 de seus membros que haviam cometido suicídio coletivo.
  
   
(...)

Nos dias 19 e 20 de março, Marshall Applewhite filmou a si mesmo falando sobre suicídio em massa e afirmou que "este seria o único meio de evacuar esta Terra". Após afirmar que uma nave espacial estava seguindo o cometa Hale–Bopp, Applewhite persuadiu 38 membros a cometer suicídio, pois assim as suas almas poderiam subir a bordo. Applewhite afirmou que após as suas mortes, um objeto voador não identificado (OVNI) tomaria as suas almas para outro "nível de existência acima do humano", o qual ele descreveu ser ambos físico e espiritual. Isto e outras crenças baseadas em OVNIs mantidas pelo grupo levou a alguns observadores a caracterizar o grupo como algum tipo de religião OVNI. Em outubro de 1996, o grupo comprou seguros de abdução alienígena para cobrir a vida de cinquenta membros pelo custo de $ 10.000.

Em seguida, o grupo alugou uma mansão de aproximadamente 850 m², localizada próximo ao 18 341 Colina Norte (mais tarde com o nome trocado para Paseo Victoria) em uma comunidade fechada de casas na área do Rancho Santa Fe em San Diego de Sam Koutchesfahani, pagando a quantia de $ 7 000 por mês em dinheiro. Trinta e oito membros do Heaven's Gate, mais o líder Applewhite, foram encontrados mortos na casa no dia 26 de março de 1997. No calor da primavera californiana, muitos dos corpos já estavam se decompondo quando foram descobertos. Logo, os corpos foram cremados.

Eles tomaram fenobarbital misturado com suco de maçã e vodka. Adicionalmente, eles tinham sacolas plásticas em suas cabeças após ingerir a mistura, a fim de induzir a asfixia. As autoridades encontraram os corpos estirados em seus próprios beliches, faces e tórax cobertos por um pedaço de tecido roxo. Cada membro carregava uma nota de cinco dólares e três moedas de vinte e cinco centavos em seus bolsos: a nota de cinco dólares era para cobrir multas de ociosidade enquanto os membros estavam ausentes de seus trabalhos, enquanto as moedas seriam para fazer ligações telefônicas. Eles mantiveram isso nos bolsos no momento da morte como forma de humor negro. Todos os 39 estavam vestidos com camisas pretas, calças de ginástica, ténis novos da marca Nike e patches nos ombros com os dizeres "Heaven's Gate Away Team" (uma espécie de referência à série Star Trek). Os adeptos, com idades entre 26 e 72 anos, podem ter morrido em três grupos durante três dias consecutivos, com os participantes restantes limpando tudo após a morte dos grupos anteriores. Quinze membros faleceram no dia 24 de março, mais quinze no dia 25 de março e nove no dia 26. O líder Applewhite foi o antepenúltimo membro a falecer; duas mulheres continuaram após sua morte e foram as únicas encontradas sem sacolas plásticas nas cabeças. Entre os mortos, estava Thomas Nichols, irmão da atriz Nichelle Nichols, que é conhecida pelo seu papel de Uhura na série original para televisão de Star Trek.

Apenas um dos membros do grupo, Rio DiAngelo/Richard Ford, não cometeu suicídio. Ele filmou toda a mansão em Rancho Santa Fe; no entanto, a fita não foi mostrada a polícia até 2002, cinco anos após o evento.

A morte em massa do grupo Heaven's Gate foi divulgada amplamente nos media como exemplo de suicídio em massa.

segunda-feira, janeiro 15, 2024

A sonda espacial Stardust voltou para a Terra, com amostras, há dezoito anos


A Stardust era uma nave espacial da NASA, gerida pelo Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA na Califórnia. Foi lançada em 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade é o de investigar o cometaWild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.

Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para explorar um cometa com a finalidade de trazer material extraterrestre, para lá da órbita da Lua.

A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.

Adicionalmente a sonda Stardust devia trazer amostras de poeira interestelar que foi recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de Sagitário.

A sonda Stardust regressou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, para entregar as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 

  


A missão

Acredita-se que o material recolhido pela sonda era antigo, de época anterior à existência do Sistema Solar e que também seja formado de grãos e de nuvens de poeira remanescentes da época da formação do Sistema Solar.

Para encontrar com o cometa Wild 2, a sonda teve que fazer três voltas em torno do Sol. Na segunda volta ocorreu a trajetória de interseção com o cometa. Durante este encontro, a sonda Stardust realizou uma série de tarefas como a contar o número de partículas com o instrumento científico denominado de Dust Flux Monitor (DFM) e em tempo real, analisar a composição destas partículas e substâncias voláteis pelo Comet and Interstellar Dust Analyzer (CIDA).

Utilizando uma substância denominada de Aerogel, a sonda Stardust consegue capturar e armazenar em segurança amostras do cometa, na sua longa jornada de volta para a Terra. Ela é constituída de silício, material que foi construído junto com a grade do coletor de aerogel, que é similar a uma grande raquete de ténis.

Estava previsto que em janeiro de 2006 a Stardust devia regressar e entregar a cápsula com as amostras dentro de um paraquedas, pesando aproximadamente 57 quilogramas.

Stardust foi a quarta missão da NASA do Programa Discovery, programa este que consiste na construção de pequenas naves espaciais de pesquisa espacial, que levem no máximo 36 meses para ficarem prontas e que custem menos de US$ 190 milhões de dólares em desenvolvimento e que o custo total da missão, seja inferior a US$ 299 milhões de dólares.

A missão Stardust veio depois das missões: Mars Pathfinder, Near Earth Asteroid Rendezvous ou (NEAR) e da Lunar Prospector.

Este é um programa de pesquisa espacial visa a obter dados científicos relevantes em missões de baixo custo, onde se emprega tecnologia de ponta, e cujas missões possam ser levadas adiante em um curto espaço de tempo.

  

Sucesso no retorno da cápsula

Em 15 de janeiro de 2006 a sonda Stardust teve sucesso regressou e, ao chegar à atmosfera terrestre, a cápsula contendo amostras do cometa e de poeira estelar, foi recolhida.

A cápsula de 45 kg pousou às 3 horas e 10 minutos, hora local, no deserto do Estado de Utah, no noroeste dos Estados Unidos.

Quando a cápsula se encontrava a 105.000 pés, um pequeno pára-quedas se abriu e estabilizou a cápsula. Quando foi atingido a altitude de 10.000 pés, o pára-quedas principal abriu e permitiu um pouso suave no deserto. Devido à escuridão da noite foram utilizados câmaras infravermelhas para monitorizar a descida da cápsula.

 

sexta-feira, janeiro 05, 2024

O astrónomo amador Thomas Bopp morreu há seis anos

 
Thomas Bopp (Denver, 15 de outubro de 1949Phoenix, 5 de janeiro de 2018) foi o gerente de uma fábrica de materiais de construção e um astrónomo amador.

Foi co-responsável pela descoberta do cometa Hale-Bopp em 1995. Foi o primeiro cometa que observou.

Os cometas são vistos em muitas culturas como sinal de infortúnio. À medida que o Hale-Bopp se aproximava do periélio, o seu irmão e cunhada faleceram, num acidente de carro, após fotografarem o cometa. "Esta foi a pior e a melhor semana da minha vida", disse Bopp.

Nasceu em Denver, Colorado, acabou o secundário na Youngstown Chaney High School em 1966, frequentou a Youngstown State University, no Ohio, e viveu em Phoenix, Arizona

Ele continuou a trabalhar como voluntário nos observatórios próximos de Phoenix, Arizona, quase até ao final da vida, falando do cometa Hale–Bopp. Morreu, de insuficiência hepática, a 5 de janeiro de 2018, com 68 anos.

  

Cometa Hale–Bopp - o grande cometa do século XX

   

terça-feira, janeiro 02, 2024

A sonda Stardust visitou um cometa há vinte anos

  
A Stardust é uma sonda espacial da NASA, do Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA, na Califórnia. Foi lançada a 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade era a de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide 5535 Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Stardust foi a primeira missão norte-americana dedicada, única e exclusivamente, a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre  para lá da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 no dia 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deveria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, com as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 
  
  

domingo, agosto 13, 2023

Notícia sobre um cometa disfarçado de asteroide - ou vice-versa...

O estranho asteroide 3200 Phaethon acabou de ficar ainda mais estranho

  

 

3200 Phaethon

 

Uma nova descoberta sobre o asteroide 3200 Phaethon - que mais parece um cometa - acabou de o tornar ainda mais estranho do que já era.

O asteroide 3200 Phaethon tem cerca de 5,4 quilómetros de largura e destaca-se por ter características pouco habituais, comportando-se mais como um cometa e menos como um asteroide. Os cientistas pensavam que isto acontecia devido à poeira que escapou do asteroide quando impactado pelo Sol.

No entanto, um novo estudo revelou que a cauda do asteroide é feita de sódio em gás e não é empoeirada como se acreditava, escreve o site Interesting Engineering.

“A nossa análise mostra que a atividade semelhante a um cometa de Phaethon não pode ser explicada por nenhum tipo de poeira”, disse Qicheng Zhang, autor principal do estudo, em comunicado.

Os asteroides, que são fundamentalmente rochosos, não costumam formar caudas quando se aproximam do Sol. Os cometas, no entanto, são uma mistura de gelo e rocha, e normalmente formam caudas quando o Sol vaporiza o seu gelo.

Quando os astrónomos descobriram Phaethon em 1983, perceberam que a órbita do asteroide correspondia à dos meteoros Geminídeos. Phaethon era a fonte da chuva anual de meteoros, embora fosse um asteróide e não um cometa, explica a NASA.

“Os cometas normalmente brilham intensamente por emissão de sódio quando muito perto do Sol, então suspeitamos que o sódio também poderia ter um papel fundamental no brilho de Phaethon”, disse Zhang.

As recentes observações dos cientistas mostraram que a cauda do asteroide apareceu brilhante apenas no filtro que detetou sódio e não no que detetou poeira. Além disso, a cauda mudou de forma e intensidade quando Phaethon passou pelo Sol. Isto foi de encontro àquilo que os peritos esperavam caso fosse feita de sódio.

Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista científica Planetary Science Journal.

A equipa realça que os resultados deitam por terra “14 anos de pensamento sobre um objeto bem examinado”. Ainda assim, realça o Interesting Engineering, resta uma pergunta importante: se Phaethon não liberta muita poeira, como é que o asteroide fornece o material para a chuva de meteoros que vemos anualmente?

 

in ZAP

sexta-feira, agosto 11, 2023

Amanhã é noite de Perseidas...


Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
 
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.

Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
      
  
NOTA: este ano  não irei observar o fenómeno (há anos em que o faço em Leiria, na Senhora do Monte, perto de Cortes, sempre que posso). É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
  
(imagem daqui - clicar para aumentar)

domingo, julho 23, 2023

O Hale-Bopp, o grande cometa do século XX, foi descoberto há 28 anos

      
O Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exatidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate
  

terça-feira, julho 04, 2023

A sonda Deep Impact chocou contra o cometa 9P/Tempel 1 há dezoito anos

 

 Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo

    
Inspirando-se no filme americano Impacto Profundo, a NASA chamou de Deep Impact a esta sonda espacial. O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact ou Impacto Profundo da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 ou simplesmente Tempel 1 que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e dela analisar os componentes químicos e físicos internos do cometa.
A sonda Deep Impact foi lançada em 12 de janeiro de 2005 pelo foguete Delta II (modelo 2925), do Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar e o impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
    

sábado, abril 01, 2023

O cometa Hale-Bopp atingiu o seu periélio há vinte e seis anos

  
O cometa Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exatidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado de Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a algumas preocupações e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características há várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate.

  
 
Em astronomia, o periélio, que vem de peri (à volta, perto) e hélio (Sol), é o ponto da órbita de um corpo, seja ele planeta, planeta anão, asteroide ou cometa, que está mais próximo do Sol. Quando um corpo se encontra no periélio, ele tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita. Quando o corpo em questão estiver a orbitar qualquer outro objeto celeste que não o Sol, utiliza-se o nome genérico periastro para identificar esse ponto.

domingo, março 26, 2023

O suicídio coletivo da seita Heaven's Gate foi há 26 anos...

   
Heaven's Gate foi o nome de uma seita/religião OVNI americana liderada por Marshall Applewhite e Bonnie Nettles. Em 26 de março de 1997, quando o cometa Hale-Bopp estava no seu brilho máximo, a polícia encontrou os corpos de 39 de seus membros que haviam cometido suicídio coletivo.
  

quinta-feira, fevereiro 09, 2023

Notícia sobre o cometa atualmente visível...

A mais fantástica fotografia do “cometa verde dos Neandertais” foi captada por um português

  

Fotografia do cometa C/2022 E3 (ZTF) captada por Miguel Claro

   

O raro cometa verde C/2022 E3 (ZTF) que por estes dias está a passar pela Terra foi captado numa imagem esplendorosa pelo astrofotógrafo português Miguel Claro.

O cometa C/2022 E3 (ZTF), que não era visto desde os tempos dos Neandertais, está de visita ao nosso planeta desde o mês de janeiro.

A 1 de fevereiro passou no ponto mais próximo da Terra, a 45 milhões de quilómetros de distância, e continua agora a sua viagem a caminho da constelação Auriga. Na terceira semana de janeiro, foi visível a olho nu.

Foi nessa semana, na noite do dia 22, que o astrofotógrafo português Miguel Claro captou uma das mais espetaculares fotografias do cometa verde — um incrível close-up desta “Bola de Neve Cósmica”, com a sua bela cauda esverdeada, rodeada de estrelas coloridas.

A imagem revela também um detalhe raro: a anti-cauda do cometa, ou seja, uma cauda na direção do Sol. Este efeito de perspectiva, raramente observado, é causado por partículas ejetadas do núcleo que não são arrastadas pelo vento solar.

Segundo explica Miguel Claro ao Space.com, foi possível capturar a anti-cauda porque a Terra se encontrava na altura a atravessar o plano orbital do cometa.

A fotografia foi captada durante a noite, quando o cometa se encontrava a 67 milhões de quilómetros de distância, a partir do observatório Dark Sky Alqueva, no Alentejo - cujo parque é o primeiro “Destino Turístico de Astronomia” do mundo.

Nascido em Lisboa e radicado no Alentejo, Miguel Claro é fotógrafo profissional especializado em astrofotografia. Também autor e comunicador de astronomia, procura juntar nos seus trabalhos elementos do céu noturno e da Terra.

  

 

Miguel Claro é fotógrafo profissional, autor, comunicador, astrofotógrafo do Dark Sky Alqueva e Photo Ambassador do ESO

   

A última vez que o C/2022 E3 passou pela Terra foi há 50 mil anos, durante a Idade da Pedra, quando os Homo sapiens partilhavam o planeta com os Neandertais - e, de acordo com os astrónomos, nunca mais vai voltar a acenar-nos do céu.

Fica assim registada a sua última passagem pelo nosso planeta com as esplendorosas imagens  captadas pelo astrofotógrafo português.


   

 in ZAP

domingo, janeiro 15, 2023

A sonda espacial Stardust voltou a casa, com amostras, há dezassete anos


A Stardust era uma nave espacial da NASA, gerida pelo Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA na Califórnia. Foi lançada em 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade é o de investigar o cometaWild 2 e o asteroide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.

Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para explorar um cometa com a finalidade de trazer material extraterrestre, para lá da órbita da Lua.

A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.

Adicionalmente a sonda Stardust devia trazer amostras de poeira interestelar que foi recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de Sagitário.

A sonda Stardust regressou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, para entregar as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 

  


A missão

Acredita-se que o material recolhido pela sonda era antigo, de época anterior à existência do Sistema Solar e que também seja formado de grãos e de nuvens de poeira remanescentes da época da formação do Sistema Solar.

Para encontrar com o cometa Wild 2, a sonda teve que fazer três voltas em torno do Sol. Na segunda volta ocorreu a trajetória de interseção com o cometa. Durante este encontro, a sonda Stardust realizou uma série de tarefas como a contar o número de partículas com o instrumento científico denominado de Dust Flux Monitor (DFM) e em tempo real, analisar a composição destas partículas e substâncias voláteis pelo Comet and Interstellar Dust Analyzer (CIDA).

Utilizando uma substância denominada de Aerogel, a sonda Stardust consegue capturar e armazenar em segurança amostras do cometa, na sua longa jornada de volta para a Terra. Ela é constituída de silício, material que foi construído junto com a grade do coletor de aerogel, que é similar a uma grande raquete de ténis.

Estava previsto que em janeiro de 2006 a Stardust devia regressar e entregar a cápsula com as amostras dentro de um paraquedas, pesando aproximadamente 57 quilogramas.

Stardust foi a quarta missão da NASA do Programa Discovery, programa este que consiste na construção de pequenas naves espaciais de pesquisa espacial, que levem no máximo 36 meses para ficarem prontas e que custem menos de US$ 190 milhões de dólares em desenvolvimento e que o custo total da missão, seja inferior a US$ 299 milhões de dólares.

A missão Stardust veio depois das missões: Mars Pathfinder, Near Earth Asteroid Rendezvous ou (NEAR) e da Lunar Prospector.

Este é um programa de pesquisa espacial visa a obter dados científicos relevantes em missões de baixo custo, onde se emprega tecnologia de ponta, e cujas missões possam ser levadas adiante em um curto espaço de tempo.

  

Sucesso no retorno da cápsula

Em 15 de janeiro de 2006 a sonda Stardust teve sucesso regressou e, ao chegar à atmosfera terrestre, a cápsula contendo amostras do cometa e de poeira estelar, foi recolhida.

A cápsula de 45 kg pousou às 3 horas e 10 minutos, hora local, no deserto do Estado de Utah, no noroeste dos Estados Unidos.

Quando a cápsula se encontrava a 105.000 pés, um pequeno pára-quedas se abriu e estabilizou a cápsula. Quando foi atingido a altitude de 10.000 pés, o pára-quedas principal abriu e permitiu um pouso suave no deserto. Devido à escuridão da noite foram utilizados câmaras infravermelhas para monitorizar a descida da cápsula.

 

quinta-feira, janeiro 05, 2023

O astrónomo amador Thomas Bopp morreu há cinco anos

 
Thomas Bopp (Denver, 15 de outubro de 1949Phoenix, 5 de janeiro de 2018) foi o gerente de uma fábrica de materiais de construção e um astrónomo amador.

Foi co-responsável pela descoberta do cometa Hale-Bopp em 1995. Foi o primeiro cometa que observou.

Os cometas são vistos em muitas culturas como sinal de infortúnio. À medida que o Hale-Bopp se aproximava do periélio, o seu irmão e cunhada faleceram, num acidente de carro, após fotografarem o cometa. "Esta foi a pior e a melhor semana da minha vida", disse Bopp.

Nasceu em Denver, Colorado, acabou o secundário na Youngstown Chaney High School em 1966, frequentou a Youngstown State University, no Ohio, e viveu em Phoenix, Arizona

Ele continuou a trabalhar como voluntário nos observatórios próximos de Phoenix, Arizona, quase até ao final da vida, falando do cometa Hale–Bopp. Morreu, de insuficiência hepática, a 5 de janeiro de 2018, com 68 anos.

  

Cometa Hale–Bopp - o grande cometa do século XX

   

segunda-feira, janeiro 02, 2023

A Stardust visitou um cometa há dezanove anos

  
A Stardust é uma sonda espacial da NASA, do Laboratório de Propulsão a Jato, (JPL) da NASA, na Califórnia. Foi lançada a 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade era a de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide 5535 Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Stardust foi a primeira missão norte-americana dedicada, única e exclusivamente, a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre  para lá da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 a 2 de janeiro de 2004, após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deveria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, com as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula. 
  
  

sábado, julho 23, 2022

O Hale-Bopp, o grande cometa do século XX, foi descoberto há 27 anos

      
O Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exactidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate