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terça-feira, março 13, 2012

Herschel descobriu o planeta Úrano há 231 anos

Sir William Herschel (Hanôver, 15 de novembro de 1738 - Slough, 25 de agosto de 1822) foi um astrónomo inglês nascido na Alemanha.
Filho de um músico da Guarda Hanoveriana - para a qual entrou aos quatorze anos - foi para a Inglaterra em 1757, onde começou a ganhar a vida como músico e organista.
Por volta de 1766, começou a estudar seriamente astronomia e matemática. Em 1781, mais precisamente no dia 13 de março, Herschel descobriu o planeta Úrano (que inicialmente tomou por um cometa). Pouco depois, foi nomeado astrónomo da corte. Em 1787 descobriu dois satélites de Úrano.
A primeira das mais importantes descobertas de Herschel em astronomia foi o movimento intrínseco do Sol através do espaço, em 1783. Observou cuidadosamente o movimento de sete estrelas e demonstrou que estas convergiam para um ponto fixo (que interpretou como sendo o ápex solar).
De 1782 a 1785, Herschel catalogou estrelas duplas e publicou extensos catálogos, no primeiro dos quais sugeriu que muitas delas poderiam estar em movimento orbital relativo. Em 1793, mediu novamente as posições relativas de muitas estrelas duplas, comprovando assim sua hipótese.
Desenvolveu também os primeiros conhecimentos sobre a constituição da Galáxia, além de ter descoberto a radiação infra-vermelha na luz do Sol e algumas notáveis conjecturas a respeito das propriedades dessa radiação.
Sua irmã, Caroline Lucretia Herschel, colaborou estreitamente em seu trabalho, descobrindo também cometas e organizando um catálogo de nebulosas. A tradição astronómica da família ainda continuaria com seu filho (John Herschel) e dois netos. Foi enterrado na Abadia de Westminster.


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sábado, março 03, 2012

Robert Hooke morreu há 309 anos

Robert Hooke (28 July [O.S. 18 July] 1635 – 3 March 1703) was an English natural philosopher, architect and polymath.
His adult life comprised three distinct periods: as a scientific inquirer lacking money; achieving great wealth and standing through his reputation for hard work and scrupulous honesty following the great fire of 1666, but eventually becoming ill and party to jealous intellectual disputes. These issues may have contributed to his relative historical obscurity.
He was at one time simultaneously the curator of experiments of the Royal Society and a member of its council, Gresham Professor of Geometry and a Surveyor to the City of London after the Great Fire of London, in which capacity he appears to have performed more than half of all the surveys after the fire. He was also an important architect of his time, though few of his buildings now survive and some of those are generally misattributed, and was instrumental in devising a set of planning controls for London whose influence remains today. Allan Chapman has characterised him as "England's Leonardo".
Hooke studied at Wadham College during the Protectorate where he became one of a tightly knit group of ardent Royalists centred around John Wilkins. Here he was employed as an assistant to Thomas Willis and to Robert Boyle, for whom he built the vacuum pumps used in Boyle's gas law experiments. He built some of the earliest Gregorian telescopes, observed the rotations of Mars and Jupiter and, based on his observations of fossils, was an early proponent of biological evolution. He investigated the phenomenon of refraction, deducing the wave theory of light, and was the first to suggest that matter expands when heated and that air is made of small particles separated by relatively large distances. He performed pioneering work in the field of surveying and map-making and was involved in the work that led to the first modern plan-form map, though his plan for London on a grid system was rejected in favour of rebuilding along the existing routes. He also came near to deducing that gravity follows an inverse square law, and that such a relation governs the motions of the planets, an idea which was subsequently developed by Newton. Much of Hooke's scientific work was conducted in his capacity as curator of experiments of the Royal Society, a post he held from 1662, or as part of the household of Robert Boyle.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Galileu Galilei nasceu há 448 anos

Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 - Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Galileu descobriu o maior satélite do Sistema Solar há 402 anos

Ganimedes é o principal satélite natural de Júpiter, o maior do Sistema Solar, sendo maior que o planeta Mercúrio em termos de tamanho (mas não de massa). Este gigantesco satélite orbita Júpiter a 1,070 milhões de quilómetros de distância.
Ganímedes foi descoberta em 1610 e é uma das quatro luas de Galileu, descobertas por Galileo Galilei na órbita de Júpiter, em suas observações feitas graças à invenção do telescópio. No entanto, Ganímedes é visível a olho nu, mas apenas em condições favoráveis e por aqueles com boa visão.

Mitologia
Tal como as outras três luas de Galileu, o nome de Ganímedes foi dado por Simon Marius com o nome de amores de Zeus (Júpiter para os romanos), sendo o único nome masculino das quatro.
Na mitologia, Ganímedes tinha como função servir néctar e ambrosia aos deuses. Antes de adquirir a imortalidade era um jovem famoso pela sua beleza. Zeus (Júpiter) apaixonou-se por ele e este transformou-se em águia para raptá-lo, e assim levou Ganímedes até aos céus nas suas garras.

Descoberta e exploração
Ganímedes foi descoberto a 11 de janeiro de 1610 por Galileu Galilei. Alguns vêem Simon Marius como o seu descobridor.
Os astrónomos, baseados em observações feitas a partir da superfície da Terra, tinham apenas poucas informações sobre Ganimedes, mesmo com o uso dos melhores telescópios de meados do século XX. Foi só quando as sondas Pioneer 10 e Pioneer 11 chegaram a Júpiter em 1973 e em 1974, respectivamente, que se conseguiu obter as primeiras imagens mais detalhadas das grandes luas de Júpiter.
As Pioneer conseguiram captar duas boas imagens de Ganímedes. Estas imagens mostravam pouca variação de cor, mas revelaram uma variação substancial de albedo.
Em 1979 as sondas Voyager alcançam Júpiter. As imagens da Voyager mostraram que Ganímedes tinha dois tipos de terrenos distintos: uma parte do globo é coberta por crateras, a outra por sulcos, o que revelou que a superfície gelada poderia sofrer processos tectónicos globais.
As Voyager foram as que descobriram que Ganímedes era, na verdade, o maior satélite do Sistema Solar, e não Titã em Saturno como se pensava até então. Isto só foi possível determinar quando as Voyager chegaram a Titã e descobriram que esta tinha uma atmosfera bastante densa que dava aspecto de ser maior.
Devido ao seu tamanho e características, Ganímedes também entra para os contos de ficção científica através da imaginação de vários autores; de destacar o livro (Farmer in the Sky) de Robert Heinlein, em que Ganímedes é terraformado e colonizado por seres humanos. Em (2061: Odisseia Três) de Arthur C. Clarke, Ganímedes é aquecido pelo novo sol Lúcifer e contém um grande lago equatorial e é o centro da colonização humana no sistema joviano.
Na década de 1980 uma equipe de astrónomos indianos e norte-americanos num observatório na Indonésia detectaram uma atmosfera ténue à volta de Ganímedes durante uma ocultação quando Júpiter passou em frente de uma estrela. Mais recentemente, o Telescópio Espacial Hubble, detectou que essa atmosfera era composta de oxigénio, tal como a atmosfera encontrada em Europa.
Em 7 de dezembro de 1995, a sonda Galileu chegou a Júpiter numa viagem contínua pelo planeta e suas luas durante oito anos. Logo na primeira aproximação a Ganímedes, a Galileu descobriu que Ganímedes tinha o seu próprio campo magnético imerso no campo magnético gigantesco de Júpiter.


Geologia planetária
Ganímedes possui um diâmetro médio de 5262,4 km; sendo um pouco maior que o planeta Mercúrio.
A densidade de Ganímedes é de 1,942 kg/m³. A baixa densidade deve-se à elevada percentagem de gelos com alguns silicatos de material primordial e de impacto proveniente do espaço.
Ganímedes é composto por rocha de silicatos e gelo de água, com a crusta de gelo flutuando sobre um manto lamacento que pode conter uma camada de água líquida. A sonda Galileu indicou que a estrutura de Ganímedes divide-se em três camadas: um pequeno núcleo de ferro ou de ferro e enxofre derretido rodeado por um manto rochoso de silicatos com uma capa de gelo por cima. Este núcleo metálico sugere um elevado grau de aquecimento no passado de Ganímedes do que se julgava. De facto, Ganímedes pode ser semelhante a Io, mas com uma capa externa adicional de gelo.
A crusta gelada divide-se em placas tectónicas. Estas características sugerem que o interior terá sido mais activo que hoje, com muito mais calor no manto.
O campo magnético de Ganímedes está inserido no campo magnético gigantesco de Júpiter. Provavelmente, este é criado como o da Terra, resultando do movimento de material condutor no seu interior. Pensa-se que este material condutor possa ser uma camada de água líquida com uma concentração elevada de sal, ou que possa ser originado no núcleo metálico de Ganímedes.

domingo, janeiro 08, 2012

Galileu Galilei morreu há 370 anos

Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

sábado, janeiro 07, 2012

Há 402 anos Galileu descobriu três satélites de Júpiter (Io, Europa e Ganimedes)

Há 402 anos Galileu descobriu três satélites de Júpiter (Io, Europa e Ganimedes)

Montage of Jupiter's four Galilean moons, in a composite image comparing their sizes and the size of Jupiter - from top to bottom: Io, Europa, Ganymede, Callisto

The Galilean moons are the four moons of Jupiter discovered by Galileo Galilei in January 1610. They are the largest of the many moons of Jupiter and derive their names from the lovers of Zeus: Io, Europa, Ganymede and Callisto. Ganymede, Europa and Io participate in a 1:2:4 orbital resonance. They are among the most massive objects in the Solar System outside the Sun and the eight planets, with radii larger than any of the dwarf planets.
The four moons were discovered sometime between 1609 and 1610 when Galileo made improvements to his telescope, which enabled him to observe celestial bodies more distinctly than had ever been possible before. Galileo’s discovery showed the importance of the telescope as a tool for astronomers by proving that there were objects in space that cannot be seen by the naked eye. More importantly, the incontrovertible discovery of celestial bodies orbiting something other than the Earth dealt a serious blow to the then-accepted Ptolemaic world system, or the geocentric theory in which everything orbits around the Earth.
Galileo initially named his discovery the Cosmica Sidera ("Cosimo's stars"), but names that eventually prevailed were chosen by Simon Marius. Marius claimed to have discovered the moons at the same time as Galileo, and gave them their present names in his Mundus Jovialis, published in 1614.

As a result of improvements Galileo Galilei made to the telescope, with a magnifying capability of 20×, he was able to see celestial bodies more distinctly than was ever possible before. This allowed Galilei to discover sometime between December 1609 and January 1610 what came to be known as the Galilean moons.
On January 7, 1610, Galileo wrote a letter containing the first mention of Jupiter’s moons. At the time, he saw only three of them, and he believed them to be fixed stars near Jupiter. He continued to observe these celestial orbs from January 8 to March 2, 1610. In these observations, he discovered a fourth body, and also observed that the four were not fixed stars, but rather were orbiting Jupiter.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Isaac Newton nasceu há 369 anos

Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 - Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.

NOTA: Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 em Woolsthorpe Manor, embora seu nascimento tivesse sido registado como no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois àquela época a Grã-Bretanha usava o calendário juliano. Seu nascimento foi prematuro, não tendo conhecido seu pai, um próspero fazendeiro que também se chamava Isaac Newton e morreu três meses antes de seu nascimento.

domingo, janeiro 01, 2012

Há 87 anos Edwin Hubble disse ao mundo que o Universo era gigantesco

The 100-inch (2.5 m) Hooker telescope at Mount Wilson Observatory that Hubble used to measure galaxy distances and a value for the rate of expansion of the universe.

Edwin Hubble's arrival at Mount Wilson, California, in 1919 coincided roughly with the completion of the 100-inch (2.5 m) Hooker Telescope, then the world's largest telescope. At that time, the prevailing view of the cosmos was that the universe consisted entirely of the Milky Way Galaxy. Using the Hooker Telescope at Mt. Wilson, Hubble identified Cepheid variables (a kind of star; see also standard candle) in several spiral nebulae, including the Andromeda Nebula and Triangulum. His observations, made in 1922–1923, proved conclusively that these nebulae were much too distant to be part of the Milky Way and were, in fact, entire galaxies outside our own. This idea had been opposed by many in the astronomy establishment of the time, in particular by the Harvard University-based Harlow Shapley. Despite the opposition, Hubble, then a thirty-five year old scientist, had his findings first published in The New York Times on November 23, 1924, and then more formally presented in the form of a paper at the January 1, 1925 meeting of the American Astronomical Society. Hubble's findings fundamentally changed the scientific view of the universe.

The Andromeda Galaxy

terça-feira, dezembro 27, 2011

Kepler nasceu há 440 anos

Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 - Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrónomo e matemático alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por formular as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificada por astrónomos posteriores com base em suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Elas também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Durante sua carreira, Kepler foi um professor de matemática em uma escola seminarista em Graz, Áustria, um assistente do astrónomo Tycho Brahe, o matemático imperial do imperador Rodolfo II e de seus dois sucessores, Matias I e Fernando II, um professor de matemática em Linz, Áustria e um assessor do general Wallenstein. Também fez um trabalho fundamental no campo da óptica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator (o telescópio de Kepler) e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileu Galilei.
Kepler viveu numa época em que não havia nenhuma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre a astronomia (um ramo da matemática dentro das artes liberais) e a física (um ramo da filosofia natural). Kepler também incorporou argumentos religiosos e o raciocínio em seu trabalho, motivado pela convicção religiosa de que Deus havia criado o mundo de acordo com um plano inteligível, que é acessível através da luz natural da razão. Kepler descreveu sua nova astronomia como "física celeste", como "uma excursão à metafísica de Aristóteles" e como "um suplemento de Sobre o Céu de Aristóteles", transformando a antiga tradição da cosmologia física ao tratar a astronomia como parte de uma física matemática universal.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Ciência e Prendas de Natal - republicação de post anterior sobre o LIDL

Recordamos que, recentemente, colocámos neste blog um post a informar que o LIDL está a vender excelentes produtos científicos, a preços bastante módicos, desde 19.12.2011 (2ª) e que vale a pena aqui abordar:

1. Telescópio Skylux (89.99 €)

  • Buscador de 6x25
  • 3 oculares (20/12/4 mm)
  • Lente Barlow de 1,5x
  • Inclui: Software e tripé em alumínio regulável em altura e outros acessórios
Mais informação técnica:
  • Distância focal: 900 mm
  • Ampliação: 45x - 337,5x (com Barlow 1,5x)
  • Objectiva: 70 mm de diâmetro
  • Oculares: 31,7 mm (1,25 polegadas) de diâmetro
NOTA: uma excelente luneta, com um bom tripé e material de qualidade, boa para principiantes.


2. Microscópio Escolar (69.99 €)

Descrição
  • 3 objetivas rotativas de elevada qualidade (4x, 10x e 40x)
  • Lente de Barlow 2x e 2 oculares de ângulo de visão largo (5x/16x)
  • Ampliação: 20x/1280x
  • Disco de filtro com 6 cores
  • Iluminação regulável através de reóstato
  • Possibilidade de iluminação LED
  • Ocular para ligação ao PC através de USB e software
  • Inclui mala e uma vasta gama de preparados e instrumentos

NOTA: trata-se de um pequeno grande microscópio, que muitas escolas têm adquirido para os seus laboratórios, pois é excelente em qualidade e preço; a possibilidade de tirar fotografias e fazer filmes através do computador, de projetar para todos alunos de uma turma, torna-o ainda mais interessante...! Sugere-se ainda a observação do vídeo sobre o mesmo: ver AQUI.


3. Telescópio Terrestre (39.99 €)

Descrição
  • Ampliação: zoom de 20x - 60x
  • Campo de visão: 29 m/1000 m (a 20x)
  • Foco próximo: 12 m (a 20x)
  • Inclui tripé, saco com alça de transporte e capa de proteção anexada
  • Zoom 20-60x
  • Rotação 360°
NOTA: bom para observações terrestres (aves, objectos fixos, etc.) mas complicado para observar astros, dado o tripé ser fraquinho.



4. Binóculos (19.99 €)

Descrição
  • Reprodução de imagem nítida e de grande contraste
  • Campo de visão de 60 m de largura e 1000 m de distância
  • Prisma de vidro BK7 de alta qualidade
  • Distância interocular regulável de 59-73 mm
  • Ampliação 10x-30x
NOTA: uns excelentes binóculos, bons para observações terrestres e, se usados com tripé e adaptador de binóculos a tripé, em Astronomia.


5. Livro "Astronomia - uma introdução ao universo das estrelas" (11.99 €)

Descrição
  • Introdução ao universo das estrelas
  • Capa rígida
  • Mais de 500 ilustrações

NOTA: já comprei o livro e, pese embora o facto de ter pequenas imprecisões e estar desatualizado nalguns aspetos (poucos...) vale bem a pena!

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Ciência e Prendas de Natal - algumas sugestões

Como sempre, a LIDL aproveita a época do ano para colocar nas suas prateleiras excelentes produtos científicos, a preços bastante módicos, desta vez a partir de 19.12.2011 (2ª) e que vale a pena aqui abordar:

1. Telescópio Skylux (89.99 €)

  • Buscador de 6x25
  • 3 oculares (20/12/4 mm)
  • Lente Barlow de 1,5x
  • Inclui: Software e tripé em alumínio regulável em altura e outros acessórios
Mais informação técnica:
  • Distância focal: 900 mm
  • Ampliação: 45x - 337,5x (com Barlow 1,5x)
  • Objectiva: 70 mm de diâmetro
  • Oculares: 31,7 mm (1,25 polegadas) de diâmetro
NOTA: uma excelente luneta, com um bom tripé e material de qualidade, boa para principiantes.


2. Microscópio Escolar (69.99 €)

Descrição
  • 3 objetivas rotativas de elevada qualidade (4x, 10x e 40x)
  • Lente de Barlow 2x e 2 oculares de ângulo de visão largo (5x/16x)
  • Ampliação: 20x/1280x
  • Disco de filtro com 6 cores
  • Iluminação regulável através de reóstato
  • Possibilidade de iluminação LED
  • Ocular para ligação ao PC através de USB e software
  • Inclui mala e uma vasta gama de preparados e instrumentos

NOTA: trata-se de um pequeno grande microscópio, que muitas escolas têm adquirido para os seus laboratórios, pois é excelente em qualidade e preço; a possibilidade de tirar fotografias e fazer filmes através do computador, de projetar para todos alunos de uma turma, torna-o ainda mais interessante...! Sugere-se ainda a observação do vídeo sobre o mesmo: ver AQUI.


3. Telescópio Terrestre (39.99 €)

Descrição
  • Ampliação: zoom de 20x - 60x
  • Campo de visão: 29 m/1000 m (a 20x)
  • Foco próximo: 12 m (a 20x)
  • Inclui tripé, saco com alça de transporte e capa de proteção anexada
  • Zoom 20-60x
  • Rotação 360°
NOTA: bom para observações terrestres (aves, objectos fixos, etc.) mas complicado para observar astros, dado o tripé ser fraquinho.



4. Binóculos (19.99 €)

Descrição
  • Reprodução de imagem nítida e de grande contraste
  • Campo de visão de 60 m de largura e 1000 m de distância
  • Prisma de vidro BK7 de alta qualidade
  • Distância interocular regulável de 59-73 mm
  • Ampliação 10x-30x
NOTA: uns excelentes binóculos, bons para observações terrestres e, se usados com tripé e adaptador de binóculos a tripé, em Astronomia.


5. Livro "Astronomia - uma introdução ao universo das estrelas" (11.99 €)

Descrição
  • Introdução ao universo das estrelas
  • Capa rígida
  • Mais de 500 ilustrações

NOTA: vou comprar o livro na 2ª e depois irei dizer aqui o acho dele...

terça-feira, novembro 15, 2011

Kepler morreu há 381 anos

Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 - Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrónomo, matemático e astrólogo alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por formular as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificada por astrónomos posteriores com base em suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Elas também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Durante sua carreira, Kepler foi um professor de matemática em uma escola seminarista em Graz, Áustria, um assistente do astrónomo Tycho Brahe, o matemático imperial do imperador Rodolfo II e de seus dois sucessores, Matias I e Fernando II, um professor de matemática em Linz, Áustria e um assessor do general Wallenstein. Também fez um trabalho fundamental no campo da ótica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator (o telescópio de Kepler) e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileu Galilei.
Kepler viveu numa época em que não havia nenhuma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre a astronomia (um ramo da matemática dentro das artes liberais) e a física (um ramo da filosofia natural). Kepler também incorporou argumentos religiosos e o raciocínio em seu trabalho, motivado pela convicção religiosa de que Deus havia criado o mundo de acordo com um plano inteligível, que é acessível através da luz natural da razão. Kepler descreveu sua nova astronomia como "física celeste", como "uma excursão à metafísica de Aristóteles" e como "um suplemento de Sobre o Céu de Aristóteles", transformando a antiga tradição da cosmologia física ao tratar a astronomia como parte de uma física matemática universal.

quarta-feira, setembro 28, 2011

O astrónomo Hubble morreu há 58 anos

Famoso por ter descoberto que as até então chamadas nebulosas eram na verdade galáxias fora da Via Láctea, e que estas afastam-se umas das outras a uma velocidade proporcional à distância que as separa.
Seu nome foi dado ao primeiro telescópio espacial, posto em órbita em 1990, para estudar o espaço sem as distorções causadas pela atmosfera.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Prendas de Natal científicas

Post conjunto dos Blogues AstroLeiria e Geopedrados:

Como noutros anos, este blog sugere algumas prendinhas de cariz científico, baratas e acessíveis na cadeia Lidl.


  • Ocular de 70 mm;
  • Buscador 6x25;
  • 3 oculares (20/12/4 mm) para observação de estrelas, galáxias, lua ou planetas;
  • Inclui: software Astro, manual de instruções e tripé em alumínio regulável em altura.
NOTA: Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu (exceto concelho de Lamego), Leiria, Portalegre, Santarém e concelhos de Anadia, Águeda, Estarreja, Esgueira, Mealhada, Oliveira do Bairro, Verdemilho e Vagos; Lisboa; Beja, Évora, Faro, Setúbal.


2. Microscópio Escolar Bresser (59 euros)


  • 3 objectivas rotativas de elevada qualidade (4x, 10x e 40x);
  • Lente de Barlow e 2 oculares de ângulo de visão largo (5x/16x);
  • Possibilidade de iluminação LED;
  • Ocular para ligação ao PC através de USB e software;
  • Com mais acessórios.

3. Binóculos Rocktrail (19,99 euros)


  • Reprodução de imagem nítida e de grande contraste;
  • Campo de visão de 60 m de largura e 1000 m de distância;
  • Prisma de vidro BK7 de alta qualidade;
  • Distância interocular regulável de 59-73 mm.

ADENDA: os artigos 1 e 2 já foram por nós testados, quanto ao terceiro, ainda não pudemos experimentar mas temos a certeza de que o Lidl o terá feito...

sábado, abril 24, 2010

A NASA lançou o Telescópio Hubble há 20 anos

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post:


Hoje o Google Doodle do dia mostra-nos uma imagem que remete para o lançamento, há 20 anos do HST (Hubble Space Telescope ou Telescópio Espacial Hubble - TEH - em português).

Clicando na figura central o buscador leva-nos para links de páginas sobre o Hubble, mas clicando fora acedemos ao Google Sky e ver as estrelas e outros astros a partir de determinados pontos da Terra.

Com a nova função, os usuários podem usar o Google para observar maravilhas astronómicas como a Nebulosa do Caranguejo (Crab Nebula), os restos em expansão de uma supernova que fica a cerca de 6,3 mil anos-luz da Terra.

Marcas nas fotos das estrelas condizem-nos a textos explicativos da Wikipedia. Sobreposições mostram constelações inteiras, ilustram as fases da Lua e mostram como os planetas visíveis da Terra orbitam ao longo de dois meses.

O acervo de imagens cobre 100 milhões de estrelas e 200 milhões de galáxias, segundo o Google. Embora muitas das imagens já estejam disponíveis on-line, o Google quer torná-las mais acessíveis pelo Google Earth, até então focado em imagens de satélite da Terra.

“Aproxime-se de galáxias a milhões de anos-luz de distância, explore constelações, veja os planetas em movimento, testemunhe supernovas; é como ter uma telescópio virtual gigante sob o seu comando - seu planetário pessoal”, escreveu Lior Ron, gerente de produtos do Google, no blog da equipa do Google Earth e Google Maps.

O Google Sky usa imagens em alta resolução de diversos observatórios espaciais, incluindo o Space Telescope Science Institute, o Sloan Digital Sky Survey, o Digital Sky Survey Consortium, o Palomar Observatory (da CalTech), o Astronomy Technology Center, no Reino Unido, o Anglo-Australian Observatory, além do Telescópio Espacial Hubble, da NASA.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Galileu descobriu os satélites de Júpiter há 400 anos!

Post conjunto com o Blog AstroLeiria:

Faz hoje 400 anos que Galileu Galilei se lembrou de apontar a sua fraca luneta para Júpiter e descobrir 3 (mais tarde quatro...) pequenas estrelinhas próximas - tinha descoberto os satélites ditos de Galileu.



Para ajudar, coloquei em cima facsimile do registo original (em cima e em italiano) do grande cientista e ainda uma foto actual, feita por uma sonda espacial, dos quatro satélites por si descobertos (em baixo, da esquerda para a direita, respectivamente - Io, Europa, Ganimedes e Calisto):

Curiosamente, embora fosse Galileu o autor da descoberta, não foi ele quem lhes deu o nome - a escolha deve-se a um obscuro astrónomo alemão...

terça-feira, agosto 25, 2009

Google Doodle do Dia - a apresentação pública da luneta de Galileu


Está giro - não está? O doutor Galileu Galilei teria adorado...

Faz hoje 400 anos que ocorreu o motivo porque comemoramos o Ano Internacional da Astronomia

Telescópio foi apresentado há 400 anos
Galileu Galilei: O homem que abriu a janela pela qual continuamos a olhar o universo
25.08.2009 - 09h33 Nicolau Ferreira

O conhecimento que Galileu proporcionou não se cansa de expandir

Se mais nada houvesse, as quatro luas de Júpiter descobertas em 1610 por Galileu Galilei teriam sido suficientes para deixá-lo célebre. A 7 de Janeiro desse ano, o cientista, original de Pisa, olhou através de um telescópio fabricado por si - com mais qualidade do que o que tinha apresentado ao Senado de Veneza meses antes - e viu quatro luzinhas que giravam à volta de Júpiter e que pareciam estrelas.

A descoberta, como sempre, não lhe bastou e Galileu passou a fazer observações cuidadosas noite após noite. Com registos, esquemas, rigor, persistência. "Com Galileu, cada facto extraordinário que ele descobria passava imediatamente a objecto de estudo sistemático. É isto que é genial nele", lembra Henrique Leitão, investigador em História da Ciência da Universidade de Lisboa.

O estudo produziu frutos: as luzes, afinal, eram os primeiros quatro dos mais de 60 satélites que estão amarrados ao planeta gigante. As implicações da descoberta não tardaram e a curiosidade de Galileu estava apenas a começar a abanar o mundo. Muito mais estava para vir.

Um ano antes, Galileu era apenas um professor menor da Universidade de Pádua, com 45 anos, amante da mecânica, com dificuldades financeiras por ter de sustentar a família, longe de imaginar que um objecto baseado em princípios ópticos fosse transformá-lo num revolucionário da Astronomia. Nessa altura, o telescópio começava a aparecer como curiosidade em algumas feiras na Europa, depois de ter sido inventado na Holanda, em Outubro de 1608.

O que se conta, ou pelo menos o que Galileu conta, é que ouviu rumores na Primavera seguinte sobre o objecto. "Galileu, segundo o próprio, começou a fabricar o telescópio apenas com essa informação", explica Henrique Leitão, acrescentando que o cientista era muito bom artesão. Rapidamente foi aperfeiçoando o telescópio através do polimento das lentes, uma técnica que os artesãos da região dominavam.

O telescópio que apresentou ao Senado de Veneza a 25 de Agosto era um simples tubo com uma lente côncava do lado da ocular e outra convexa na objectiva. Durante o Verão, o instrumento ainda era visto como um objecto militar que dava um novo significado à frase "Vê os teus inimigos antes que eles te vejam".

Galileu entrou em contacto com o Senado com o objectivo claro de melhorar a sua posição na universidade. Apesar de ter conseguido a recompensa, tudo indica que não ficou muito contente com o aumento de rendimentos. Mas já não tirou mais a mão do telescópio e, algures durante o Outono, decidiu finalmente utilizá-lo para olhar o céu. O primeiro objecto que focou foi o que estava mais perto, o mais fácil de todos, o que é irresistível de olhar. Foi logo à primeira, com a Lua, que Galileu começou a fazer estragos na mentalidade da época. "As observações da Lua têm um carácter sistemático e de rigor que permitem retirar conclusões que mais ninguém retirou. Ele repara que a Lua é feita de montanhas e vales, consegue fazer uma estimativa da altura das montanhas", descreve também o investigador português. "A Lua fica apresentada como um enorme rochedo" e torna-se muito mais semelhante à Terra.

Ainda segundo Henrique Leitão, os desenhos de Galileu da Lua tinham tanta qualidade que as pessoas conseguiam identificar os pormenores a olho nu. A matéria celestial, a quinta-essência, o sagrado começam a ser postos em causa.

Depois, vieram as luas de Júpiter. Mas foi quando apontou o telescópio para Vénus, viu as fases que o planeta tinha e só conseguiu justificá-las através da teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico - desenvolvida quase cem anos antes e publicada no ano da morte do polaco, em 1543, que diz que o Sol é o centro do universo e não a Terra - é que percebeu a prova que tinha na mão e finalmente pôs o mundo a questionar a teoria geocêntrica.

Henrique Leitão resume: "Em 1600, estima-se que existam 10 copernianos em todo o mundo, só os eruditos conhecem a teoria. Com Galileu, a hipótese de Copérnico ganha os fóruns, as regras do jogo vão mudar. [Galileu] vai transformar o debate de superespecialistas numa discussão para toda a gente".

Objecto revolucionário
Filósofos, cientistas, artistas, poetas, teólogos, discutiram sobre as observações de Galileu. Foi efervescente. Muitas pessoas tinham telescópios de má qualidade e Galileu tornou a sua casa numa fábrica de telescópios para assegurar aos interessados bons instrumentos que permitissem realizar as mesmas observações. Por outro lado, ao mesmo tempo que ia fazendo os seus registos, os astrónomos jesuítas confirmavam o que o cientista via.

Há um entusiasmo único, um fascínio que faz com que Galileu inicie estas investigações e apresente tantas ideias. "Muitos dos seus documentos têm uma retórica fantástica", assegura o investigador português. "Apesar de Galileu não provar que a Terra se movia, as suas contribuições tornaram muito mais fácil acreditar que sim", explica por e-mail ao P2 Owen Gingerich, professor de Astronomia do Instituto de Astrofísica da Universidade de Harvard. "Ele ajudou a mudar as regras da ciência. Hoje, a ciência funciona muito mais por persuasão, com explicações alargadas e coerentes, e menos por provas."

Nada disto teria sido possível sem o telescópio, que Henrique Leitão diz ser "absolutamente revolucionário". "Muda a carreira de Galileu - era um professor menor e torna-se do dia para a noite no cientista mais importante da Europa. Torna o debate sobre a teoria de Copérnico obrigatório. É preciso compreender o instrumento, toda a literatura da altura mostra o fascínio pelo telescópio." Talvez tão incrível como isso é que, para a Astronomia, o telescópio permanece actual. "Continua a ser a melhor ferramenta, embora com formas e alcances bem mais evoluídos, colocados na terra ou no espaço", diz, por e-mail, Máximo Ferreira, astrónomo e coordenador científico do Centro de Ciência Viva de Constância.

Desafios actuais
Sem telescópios, um dos maiores desafios actuais da Astronomia não se concretizará. "Neste momento, os astrónomos estão a tentar encontrar planetas parecidos com a Terra com assinaturas de vida. Isto poderá bem ser encontrado na próxima década", explica Owen Gingerich, acrescentando que este desafio é muito diferente de encontrar vida inteligente, "que provavelmente não acontecerá durante os nossos tempos de vida".

Para Máximo Ferreira, a grande questão, onde está envolvido um maior número de investigadores, "está relacionada com a expansão do universo e com a identificação e (eventual) detecção da matéria e energia escuras". O astrónomo aponta a descoberta da matéria invisível, que não emite radiação - mas que pode ser inferida pela força gravítica que tem na matéria visível - para "daqui a algumas décadas".

Seria com certeza mais um exemplo da capacidade de observação, procura e imaginação do homem - que, em simultâneo, o torna cada vez mais pequeno no meio do cosmos, tal e qual Galileu fez há 400 anos. A Astronomia é, para Owen Gingerich, "a ciência que nos traz mais surpresas e mudanças na forma como nos vemos no universo"; "tirou-nos certamente do mundo fechado da Idade Média para o vasto universo de hoje". Não pára. Talvez por isso seja a mais revolucionária de todas as ciências, onde apostamos a fé no que ainda nos pode revelar, mesmo quando não percebemos os conceitos, mesmo que fiquemos mais confundidos com ideias como o futuro, o passado, o tempo ou as distâncias.

O conhecimento que Galileu proporcionou não se cansa de expandir. "Vamos ver coisas extraordinárias", defende Henrique Leitão. Mais do que agradecer ao astrónomo que foi perseguido pelas suas descobertas pela "inteligência das coisas" que nos deu, como fez António Gedeão no seu Poema para Galileu, vale a pena celebrar a janela que abriu apenas com um instrumento e o seu génio. "O futuro vai fazer-nos surpreender como as pessoas do século XVII foram surpreendidas com Galileu; a ciência é hoje tão fascinante como em 1609."

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Palestra sobre Astronomia em Lisboa

Observatório Astronómico de Lisboa

Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa


O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) promove Palestras públicas mensais que têm lugar no Edifício Central, pelas 21.30 horas da última sexta-feira de cada mês.


A próxima sessão decorrerá no dia 27 de Fevereiro de 2009 e terá como tema:

"O Telescópio de Galileu em Portugal"

Doutor Henrique Leitão
(CIUHCT - Universidade de Lisboa)

Celebra-se neste ano de 2009 o Ano Internacional da Astronomia, que toma como tema principal as observações telescópicas levadas a cabo por Galileu Galileu há quatro séculos, em 1609. As observações de Galileu, como se sabe, lançariam a Europa num profundo debate científico e cultural.

Nesta palestra mostraremos como estes assuntos foram seguidos em Portugal e que impacto tiveram entre nós. Curiosamente, como se mostrará, Portugal participou muito estreitamente nestes acontecimentos, tendo desempenhado um papel fundamental na divulgação do telescópio e das novidades celestes. Trata-se de uma página fascinante da história científica do nosso país que convém conhecer um pouco melhor.



VIDEODIFUSÃO DA PALESTRA PÚBLICA

Como vem sendo hábito anunciamos que o OAL fará a transmissão da sua Palestra Mensal através da Internet.

No dia 27 de Fevereiro a partir das 21h30 visite o seguinte endereço:



A entrada na Tapada da Ajuda faz-se pelo portão da Calçada da Tapada, em frente ao Instituto Superior de Agronomia.

Para mais informações use o telefone 213 616 730, ou consulte:

http://www.oal.ul.pt/palestras


ADENDA
: é só para recordar que o poeta Augusto Gil (Batem leve, levemente...) morreu há 80 anos...