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sexta-feira, abril 12, 2024

Novidades de um asteroide estranho...

O estranho asteroide 3200 Phaeton acabou de ficar um pouco menos estranho

 

Asteroide 3200 Phaethon

 

Uma equipa de investigadores finlandeses descobriu a composição do 3200 Faetonte, o estranho asteroide que mais parece um cometa.

O asteroide 3200 Faetonte (3200 Phaethon, em inglês), que tem 5 km de diâmetro, há muito que intriga os investigadores.

Uma cauda semelhante à de um cometa é visível durante alguns dias, quando o asteroide passa mais perto do Sol durante a sua órbita.

No entanto, as caudas dos cometas são normalmente formadas pela vaporização de gelo e dióxido de carbono, o que não pode explicar esta cauda. A cauda deveria ser visível já à distância de Júpiter em torno do Sol.

Quando a camada superficial de um asteroide se quebra, o cascalho e a poeira desprendidos continuam a viajar na mesma órbita e dão origem a um enxame de estrelas cadentes quando encontram a Terra.

Faetonte provoca a chuva de meteoros das Geminídeas, que aparece nos céus todos os anos em meados de dezembro. Pelo menos de acordo com a hipótese prevalente, porque é nessa altura que a Terra atravessa o percurso do asteroide.

Até à data, as teorias sobre o que acontece à superfície de Faetonte, perto do Sol, permaneceram puramente hipotéticas. O que é que sai do asteroide? Como?

A resposta a este enigma foi encontrada através da compreensão da composição de Faetonte.

 

Um grupo raro de meteoritos

Num estudo recentemente publicado na revista Nature Astronomy por investigadores da Universidade de Helsínquia, o espetro infravermelho de Faetonte, anteriormente medido pelo telescópio espacial Spitzer da NASA, foi reanalisado e comparado com espetros infravermelhos de meteoritos medidos em laboratório.

Os investigadores descobriram que o espetro de Faetonte corresponde exatamente a um certo tipo de meteorito, o chamado condrito carbonáceo CY. Trata-se de um tipo de meteorito muito raro, do qual apenas se conhecem seis exemplares.

Os asteroides também podem ser estudados através da recolha de amostras no espaço, mas os meteoritos podem ser estudados sem missões espaciais dispendiosas. Os asteroides Ryugu e Bennu, alvos de recentes missões de recolha de amostras da JAXA e da NASA, pertencem aos meteoritos CI e CM.

Os três tipos de meteoritos têm origem no nascimento do Sistema Solar e assemelham-se parcialmente uns aos outros, mas apenas o grupo CY mostra sinais de secagem e decomposição térmica devido a um aquecimento recente.

Todos os três grupos mostram sinais de uma mudança que ocorreu durante a evolução inicial do Sistema Solar, onde a água se combina com outras moléculas para formar minerais de filossilicatos e carbonato.

No entanto, os meteoritos do tipo CY diferem dos outros devido ao seu elevado teor de sulfureto de ferro, o que sugere a sua própria origem.

 

Espetros dos condritos carbonáceos CY

A análise do espetro infravermelho de Faetonte mostrou que o asteroide era composto de pelo menos olivina, carbonatos, sulfuretos de ferro e minerais de óxido. Todos estes minerais apoiam a ligação aos meteoritos CY, especialmente o sulfureto de ferro.

Os carbonatos sugerem alterações no conteúdo de água que se enquadram na composição primitiva, enquanto a olivina é um produto da decomposição térmica de filossilicatos a temperaturas extremas.

Na investigação, foi possível mostrar com modelação térmica quais as temperaturas que prevalecem na superfície do asteroide e quando certos minerais se decompõem e libertam gases.

Quando Faetonte passa perto do Sol, a temperatura da sua superfície aumenta para cerca de 800°C. O grupo de meteoritos CY encaixa-se bem nesta situação.

A temperaturas semelhantes, os carbonatos produzem dióxido de carbono, os filossilicatos libertam vapor de água e os sulfuretos o gás enxofre.

 

 Eric MacLennan segura nas mãos um tipo muito raro de meteorito, o chamado condrito carbonáceo CY.

O investigador pós-doutoramento Eric MacLennan segura nas mãos um tipo muito raro de meteorito, o chamado condrito carbonáceo CY. Só se conhecem seis exemplares do mesmo tipo. A amostra foi emprestada pelo Museu de História Natural de Londres

 

 

De acordo com o estudo, todos os minerais identificados em Faetonte parecem corresponder aos minerais dos meteoritos do tipo CY. As únicas exceções foram os óxidos portlandita e brucita, que não foram detetados nos meteoritos.

No entanto, estes minerais podem formar-se quando os carbonatos são aquecidos e destruídos na presença de vapor de água.

 

Cauda e chuva de meteoros têm uma explicação

A composição e a temperatura do asteroide explicam a formação de gás perto do Sol, mas será que também explicam a poeira e o cascalho que formam os meteoros das Geminídeas? Será que o asteroide tinha pressão suficiente para levantar poeira e rocha da sua superfície?

Os investigadores utilizaram dados experimentais de outros estudos em conjunto com os seus modelos térmicos e, com base neles, estimaram que, quando o asteroide passa mais perto do Sol, é libertado gás da estrutura mineral do asteroide, o que pode provocar a desagregação da rocha.

Além disso, a pressão produzida pelo dióxido de carbono e pelo vapor de água é suficientemente elevada para levantar pequenas partículas de poeira da superfície do asteroide.

“A emissão de sódio pode explicar a fraca cauda que observamos perto do Sol, e a decomposição térmica pode explicar a forma como a poeira e o cascalho são libertados de Faetonte”, diz o autor principal do estudo, o investigador de pós-doutoramento Eric MacLennan, da Universidade de Helsínquia.

“Foi fantástico ver como cada um dos minerais descobertos parecia encaixar-se e também explicar o comportamento do asteroide”, resume o professor associado Mikael Granvik, da Universidade de Helsínquia.

 

in ZAP

sexta-feira, março 15, 2024

O meteorito de Alais, o primeiro a ser reconhecido pelos cientistas como tal, caiu há 218 anos

   
La météorite d'Alais est la première météorite de type chondrite carbonée identifiée. Elle est tombée en 1806 près d'Alès, en plusieurs fragments d'une masse totale de 6 kg, dont seulement 0,26 kg a été conservé jusqu'à aujourd'hui. La météorite contient un certain nombre d'éléments chimiques dans des proportions similaires au Système solaire dans son état primordial. Elle contient également des composés organiques et de l'eau. Elle s'est avérée être l'une des météorites les plus importantes découvertes en France. 
Le à 17 h, deux détonations se font entendre près d'Alès dans le Gard (France). Peu de temps après, deux pierres noires et légères sont découvertes sur les communes de Saint-Étienne-de-l'Olm et Valence, pesant respectivement 4 et 2 kg. Les fragments ont été collectés par des personnes qui ont observé l'impact et les ont remis à deux scientifiques locaux. La météorite a été analysée par Louis Jacques Thénard, qui a publié en 1807 une étude montrant qu'elle avait une forte teneur en carbone. Il a été initialement mis en doute que les fragments étaient d'origine non terrestre car ils étaient trop différents des météorites alors connues, puis on s'est rendu compte qu'il s'agissait d'un nouveau type de météorite, rare.  

Aperçu

La météorite d'Alais est l'une des météorites les plus importantes de France. Elle est noire avec une texture friable et lâche, et une faible densité, inférieure à 1,7 g/cm3. Initialement composée de fragments pesant au total 6 kg, elle a fait l'objet d'un examen scientifique approfondi et il n'en reste actuellement que 260 g. Un fragment de 39,3 g est détenu par le Muséum national d'histoire naturelle à Paris. 

 

Composition et classification

La météorite est l'une des cinq météorites connues appartenant au groupe des chondrites CI. Ce groupe est remarquable pour avoir une distribution élémentaire qui a la plus forte similitude avec celle de la nébuleuse solaire. À l'exception de certains éléments volatils, comme le carbone, l'hydrogène, l'oxygène, l'azote et les gaz rares, qui ne sont pas présents dans la météorite, les rapports des éléments sont très similaires. La météorite contient de la cubanite, de la dolomite, de la favorite, de la pyrrhotite et du zircon parmi d'autres minéraux. 

 

Controverse sur l'origine de la vie

La météorite a été au centre d'affirmations controversées sur une origine extraterrestre de la vie depuis la découverte de matière organique sur la météorite par Jöns Jacob Berzelius. Des composés organiques, des acides aminés et de l'eau ont été trouvés dans la météorite. Cependant, les études font la différence entre la matière organique et la matière biologique, cette dernière n'étant pas présente.

 

quarta-feira, março 15, 2023

O meteorito de Alais, o primeiro a ser reconhecido pelos cientistas como tal, caiu há 217 anos

   
La météorite d'Alais est la première météorite de type chondrite carbonée identifiée. Elle est tombée en 1806 près d'Alès, en plusieurs fragments d'une masse totale de 6 kg, dont seulement 0,26 kg a été conservé jusqu'à aujourd'hui. La météorite contient un certain nombre d'éléments chimiques dans des proportions similaires au Système solaire dans son état primordial. Elle contient également des composés organiques et de l'eau. Elle s'est avérée être l'une des météorites les plus importantes découvertes en France. 
Le à 17 h, deux détonations se font entendre près d'Alès dans le Gard (France). Peu de temps après, deux pierres noires et légères sont découvertes sur les communes de Saint-Étienne-de-l'Olm et Valence, pesant respectivement 4 et 2 kg. Les fragments ont été collectés par des personnes qui ont observé l'impact et les ont remis à deux scientifiques locaux. La météorite a été analysée par Louis Jacques Thénard, qui a publié en 1807 une étude montrant qu'elle avait une forte teneur en carbone. Il a été initialement mis en doute que les fragments étaient d'origine non terrestre car ils étaient trop différents des météorites alors connues, puis on s'est rendu compte qu'il s'agissait d'un nouveau type de météorite, rare.  

Aperçu

La météorite d'Alais est l'une des météorites les plus importantes de France. Elle est noire avec une texture friable et lâche, et une faible densité, inférieure à 1,7 g/cm3. Initialement composée de fragments pesant au total 6 kg, elle a fait l'objet d'un examen scientifique approfondi et il n'en reste actuellement que 260 g. Un fragment de 39,3 g est détenu par le Muséum national d'histoire naturelle à Paris. 

 

Composition et classification

La météorite est l'une des cinq météorites connues appartenant au groupe des chondrites CI. Ce groupe est remarquable pour avoir une distribution élémentaire qui a la plus forte similitude avec celle de la nébuleuse solaire. À l'exception de certains éléments volatils, comme le carbone, l'hydrogène, l'oxygène, l'azote et les gaz rares, qui ne sont pas présents dans la météorite, les rapports des éléments sont très similaires. La météorite contient de la cubanite, de la dolomite, de la favorite, de la pyrrhotite et du zircon parmi d'autres minéraux. 

 

Controverse sur l'origine de la vie

La météorite a été au centre d'affirmations controversées sur une origine extraterrestre de la vie depuis la découverte de matière organique sur la météorite par Jöns Jacob Berzelius. Des composés organiques, des acides aminés et de l'eau ont été trouvés dans la météorite. Cependant, les études font la différence entre la matière organique et la matière biologique, cette dernière n'étant pas présente.

 

domingo, fevereiro 26, 2023

Notícia interessante sobre meteoritos e a água da Terra

Meteorito reforça a tese de que a água da Terra veio do Espaço

   

Um dos fragmentos recuperados do meteorito Winchcombe

 

Um meteorito que caiu na cidade de Winchcombe, no sudeste da Inglaterra, no ano passado, continha água que correspondia quase perfeitamente com a existente na Terra.

Isso reforça a ideia de que rochas do Espaço podem ter trazido componentes químicos importantes, incluindo água, para o nosso planeta no início da sua história, há mil milhões de anos. Este meteorito é considerado o mais importante alguma vez recuperado no Reino Unido.

Os cientistas, que acabaram de publicar a primeira análise detalhada, dizem que o objeto rendeu informações fascinantes.

Mais de 500 gramas de detritos escuros foram recolhidos de jardins residenciais, calçadas e campos depois de uma bola de fogo gigante iluminar o céu noturno de Winchcombe.

Os restos fragmentados foram cuidadosamente catalogados no Museu de História Natural de Londres e depois emprestados a equipas de toda a Europa para serem investigados.

A água representava até 11% do peso do meteorito - e continha uma proporção muito semelhante de átomos de hidrogénio à da água na Terra.

Alguns cientistas dizem que quando a Terra era jovem era tão quente que teria expelido grande parte do seu conteúdo volátil, incluindo água.

O facto de a Terra ter tanta água hoje - 70% da sua superfície é coberta por oceanos - sugere que deve ter havido um acréscimo posterior.

Alguns afirmam que isso pode ser proveniente de um bombardeio de cometas gelados - mas a composição química deles não coincide tanto. Mas os condritos carbonáceos - meteoritos como o de Winchcombe — certamente coincidem. E o facto de ter sido recuperado menos de 12 horas após a queda significa que absorveu muito pouca água terrestre, ou até mesmo quaisquer contaminantes.

“Todos os outros meteoritos foram comprometidos de alguma forma pelo ambiente terrestre”, diz Ashley King, coautor principal do estudo, do Museu de História Natural de Londres, à BBC News. “Mas o de Winchcombe é diferente por causa da rapidez com que foi recolhido”.

“Isso significa que, quando analisamos (o meteorito), sabemos que a composição que estamos a ver leva-nos de volta à composição no início do Sistema Solar, há 4,6 mil milhões de anos”.

“Fora buscar amostras de rocha de um asteroide com uma nave espacial, não poderíamos ter um espécime mais intocado”.

 

Trajetória precisa

Os cientistas que examinaram os compostos orgânicos que continham carbono e azoto do meteorito, incluindo os seus aminoácidos, tiveram uma imagem igualmente nítida. É o tipo de química que poderia ter sido matéria-prima para a biologia começar nos primórdios da Terra. A nova análise também confirma a origem do meteorito.

As imagens dos vídeos da bola de fogo permitiram que os investigadores elaborassem uma trajetória muito precisa. Um cálculo retroativo indica que o meteorito veio da parte externa do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.

Outros estudos revelam que se desprendeu da parte superior de um asteroide maior possivelmente devido a uma colisão.

De seguida, levou apenas de 200 mil a 300 mil anos para chegar à Terra, conforme revela o número de átomos específicos, como o néon, criados na matéria do meteorito através da irradiação constante de partículas espaciais de alta velocidade, ou raios cósmicos.

“0,2 a 0,3 milhão de anos parece muito tempo - mas, do ponto de vista geológico, é realmente muito rápido”, explica Helena Bates, do Museu de História Natural de Londres.

“Os condritos carbonáceos precisam chegar rapidamente aqui ou não sobrevivem, porque são tão quebradiços, tão frágeis que simplesmente se desintegram”.

 

 “Mais segredos”

A primeira análise dos cientistas, publicada na edição desta semana da revista Science Advances, é apenas uma visão geral das propriedades do meteorito de Winchcombe.

Mais uma dúzia de artigos sobre temas mais específicos devem ser publicados em breve numa edição da revista Meteoritics & Planetary Science.

E não deve parar por aí.

“Os investigadores vão continuar a estudar este espécime nos próximos anos, desvendando mais segredos sobre as origens do nosso Sistema Solar”, afirmou Luke Daly, coautor do estudo, da Universidade de Glasgow, na Escócia.

 

in ZAP

terça-feira, março 15, 2022

O condrito carbonáceo de Alais, o primeiro meteorito a ser aceite como tal, caiu há 216 anos

   
Alais or Allais is the first carbonaceous chondrite meteorite identified. It fell near Alès in 1806 in multiple fragments which together weighed 6 kg, although only 0.26 kg remains. The meteorite contains a number of elements in similar proportions to the solar system in its primordial state. It also contains organic compounds and water. It has proved to be one of the most important meteorites discovered in France. 

 

segunda-feira, março 15, 2021

O condrito carbonáceo de Alais, o primeiro meteorito a ser identificado como tal, caiu há 215 anos

 
Alais or Allais is the first carbonaceous chondrite meteorite identified. It fell near Alès in 1806 in multiple fragments which together weighed 6 kg, although only 0.26 kg remains. The meteorite contains a number of elements in similar proportions to the solar system in its primordial state. It also contains organic compounds and water. It has proved to be one of the most important meteorites discovered in France. 

 

in Wikipédia

segunda-feira, agosto 31, 2020

Notícia interessante sobre meteoritos...

Meteorito colorido está a suscitar dúvidas sobre a origem da vida
    
    
Em abril de 2019, um meteoro colorido atingiu a Costa Rica. A rocha, que está a ser analisada por cientistas, destaca-se por pertencer a uma classe rara de condritos carbonáceos, e por conter uma possível presença de aminoácidos essenciais à construção da vida.
O meteoro que atingiu a Terra partiu-se mesmo antes de chegar ao solo. Os fragmentos acabaram por se espalhar nas aldeias de La Palmera e Aguas Zarcas, na Costa Rica. Para homenagear o local, foram batizados com o nome da aldeia: Aguas Zarcas.
Segundo a Space.com, embora haja meteoritos a colidir com a Terra um pouco por todo o lado, estes fragmentos parecem ser especiais. É que o asteroide que os gerou era um fragmento remanescente do início do sistema solar.
O meteorito pertence a uma classe rara chamada condritos carbonáceos, originados nas primeiras horas de vida do Sistema Solar. Este tipo de rocha espacial contém compostos de carbono complexos, que podem incluir aminoácidos – capazes de se unir para formar proteínas e ADN – e talvez outros elementos de construção da vida.
Enquanto outros pedaços rochosos do sistema solar acabam por se tornar partes de planetas, este permaneceu intacto. O meteorito apenas se alterou com o tempo, através de reações químicas impulsionadas pela luz solar. Estas mudanças estimularam a criação de compostos químicos cada vez mais complexos.
Em 1969, na Austrália, explodiu o meteoro Murchison, que apresenta características semelhantes. Num artigo para a Science, Joshua Sokol revela que a análise aos elementos químicos que compõe este tipo de meteoritos, pode ter ajudado a formar a ideia de que a vida teve origem no espaço. Tal como o meteorito Murchison, este fragmento de Aguas Zarcas contém poeira da antiga Via Láctea, antes do Sol se formar.
O jornalista explica que os estudos deste novo meteorito ainda estão incompletos. Contudo os investigadores estão entusiasmados com a possibilidade de o examinar através de técnicas mais modernas. A expectativa é encontrar, além dos aminoácidos, proteínas – o que seria um passo importante para entender como a vida surgiu.
Os fragmentos do novo meteoro podem oferecer as amostras mais puras do início do sistema solar e da nuvem de poeira pré-solar. “Esses restos de asteroides deverão ser realmente puros, pois podem nunca ter tocado na atmosfera ou ter-se instalado no solo”, escreveu Sokol.
Sokol espera que no futuro outras amostras originais possam ficar disponíveis para análise. A sonda japonesa Hayabusa2 – lançada em 2014 – tem o objetivo de analisar o asteroide Ryugu, uma amostra que pode conter condrito carbonáceo.
Também em 2023, a NASA irá retomar a análise das suas próprias amostras de um asteroide semelhante – o Bennu – que Sokol acredita estar relacionado com Aguas Zarcas.
Mas por enquanto, este fragmento é a melhor fonte disponível para análise.

in ZAP

sábado, fevereiro 08, 2014

O meteorito mais bem estudado da história caiu há 45 anos em Allende, México

Allende fragment

The Allende meteorite is the largest carbonaceous chondrite ever found on Earth. The fireball was witnessed at 01:05 on February 8, 1969, falling over the Mexican state of Chihuahua. After breaking up in the atmosphere, an extensive search for pieces was conducted and it is often described as "the best-studied meteorite in history". The Allende meteorite is notable for possessing abundant, large calcium-aluminium-rich inclusions, which are among the oldest objects formed in the Solar System.
Carbonaceous chondrites comprise about 4 percent of all meteorites observed to fall from space. Prior to 1969, the carbonaceous chondrite class was known from a small number of uncommon meteorites such as Orgueil, which fell in France in 1864. Meteorites similar to Allende were known, but many were small and poorly studied.
  
Fall
The original stone is believed to have been approximately the size of an automobile traveling towards the Earth at more than 10 miles per second. The fall occurred in the early morning hours of February 8, 1969. At 01:05 a huge, brilliant fireball approached from the southwest and lit the sky and ground for hundreds of miles. It exploded and broke up to produce thousands of fusion crusted individuals. This is typical of falls of large stones through the atmosphere and is due to the sudden braking effect of air resistance. The fall took place in northern Mexico, near the village of Pueblito de Allende in the state of Chihuahua. Allende stones became one of the most widely distributed meteorites and provided a large amount of material to study, far more than all of the previously known carbonaceous chondrite falls combined.

Path of the fireball and the area in northern Mexico where the meteorite pieces landed (the strewnfield)

Strewnfield
Stones were scattered over a huge area – one of the largest meteorite strewnfields known. This strewnfield measures approximately 8 by 50 kilometers. The region is desert, mostly flat, with sparse to moderate low vegetation. Hundreds of meteorites were collected shortly after the fall. Approximately 2 or 3 tonnes of specimens were collected over a period of more than 25 years. Some sources guess that an even larger amount was recovered (estimates as high as 5 tonnes can be found), but there is no way to make an accurate estimate. Even today, over 40 years later, specimens are still occasionally found. Fusion crusted individual Allende specimens ranged from 1 gram to 110 kilograms.
   
Study
Allende is often called "the best-studied meteorite in history." There are several reasons for this: Allende fell in early 1969, just months before the Apollo program was to return the first moon rocks. This was a time of great excitement and energy among planetary scientists. The field was attracting many new workers and laboratories were being improved. As a result, the scientific community was immediately ready to study the new meteorite. A number of museums launched expeditions to Mexico to collect samples, including the Smithsonian Institution and together they collected hundreds of kilograms of material with CAls. The CAls are billions of years old, and help to determine the age of the solar system. The CAls had very unusual isotopic compositions, with many being distinct from the Earth, Moon and other meteorites for a wide variety of isotopes. These "isotope anomalies" contain evidence for processes that occurred in other stars before the solar system formed.
Allende contains chondrules and CAls that are estimated to be 4.567 billion years old, the oldest known matter (other carbonaceous chondrites also contain these). This material is 30 million years older than the Earth and 287 million years older than the oldest rock known on Earth, Thus, the Allende meteorite has revealed information about conditions prevailing during the early formation of our solar system. Carbonaceous chondrites, including Allende, are the most primitive meteorites, and contain the most primitive known matter. They have undergone the least mixing and remelting since the early stages of solar system formation. Because of this, their age is frequently taken as the "age of the solar system."
   
Allende meteorite - image by Matteo Chinellato; cube = 1 cm
   
Structure
The meteorite was formed from nebular dust and gas during the early formation of the solar system. It is a "stone" meteorite, as opposed to an "iron," or "stony iron," the other two general classes of meteorite. Most Allende stones are covered, in part or in whole, by a black, shiny crust created as the stone descended at great speed through the atmosphere as it was falling towards the earth from space. This causes the exterior of the stone to become very hot, melting it, and forming a glassy "fusion crust."
When an Allende stone is sawed into two pieces and the surface is polished, the structure in the interior can be examined. This reveals a dark matrix embedded throughout with mm-sized, lighter-colored chondrules, tiny stony spherules found only in meteorites and not in earth rock (thus it is a chondritic meteorite). Also seen are white inclusions, up to several cm in size, ranging in shape from spherical to highly irregular or "amoeboidal." These are known as calcium-aluminum-rich inclusions or "CAls", so named because they are dominantly composed of calcium- and aluminum-rich silicate and oxide minerals. Like many chondrites, Allende is a breccia, and contains many dark-colored clasts or "dark inclusions" which have a chondritic structure that is distinct from the rest of the meteorite. Unlike many other chondrites, Allende is almost completely lacking in Fe-Ni metal.

Chondrules of Allende
   
Composition
The matrix and the chondrules consist of many different minerals, predominantly olivine and pyroxene. Allende is classified as a CV3 carbonaceous chondrite: the chemical composition, which is rich in refractory elements like calcium, aluminum, and titanium, and poor in relatively volatile elements like sodium and potassium, places it in the CV group, and the lack of secondary heating effects is consistent with petrologic type 3 (see meteorites classification). Like most carbonaceous chondrites and all CV chondrites, Allende is enriched in the oxygen isotope O-16 relative to the less abundant isotopes, O-17 and O-18. In June 2012, researchers announced the discovery of another inclusion dubbed panguite, a hitherto unknown type of titanium dioxide mineral.
There was found to be a small amount of carbon (including graphite and diamond), and many organic compounds, including amino acids, some not known on Earth. Iron, mostly combined, makes up about 24% of the meteorite.

Subsequent reserch
Close examination of the chondrules in 1971, by a team from Case Western Reserve University, revealed tiny black markings, up to 10 trillion per square centimeter, which were absent from the matrix and interpreted as evidence of radiation damage. Similar structures have turned up in lunar basalts but not in their terrestrial equivalent which would have been screened from cosmic radiation by the Earth's atmosphere and geomagnetic field. Thus it appears that the irradiation of the chondrules happened after they had solidified but before the cold accretion of matter that took place during the early stages of formation of the solar system, when the parent meteorite came together.
The discovery at California Institute of Technology in 1977 of new forms of the elements calcium, barium and neodymium in the meteorite was believed to show that those elements came from some source outside the early clouds of gas and dust that formed the solar system. This supports the theory that shockwaves from a supernova - the explosion of an aging star - may have triggered the formation of, or contributed to the formation of our solar system. As further evidence, the Caltech group said the meteorite contained Aluminum 26, a rare form of aluminum. This acts as a "clock" on the meteorite, dating the explosion of the supernova to within less than 2 million years before the solar system was formed. Subsequent studies have found isotopic ratios of krypton, xenon, nitrogen and other elements that are also unknown in our solar system. The conclusion, from many studies with similar findings, is that there were a lot of substances in the presolar disc that were introduced as fine "dust" from nearby stars, including novas, supernovas, and red giants. These specks persist to this day in meteorites like Allende, and are known as presolar grains.