Mostrar mensagens com a etiqueta Diário de Coimbra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Diário de Coimbra. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, maio 03, 2023

A Professora Doutora Ana Neiva morreu há quatro anos...


 

Ana Margarida Ribeiro Neiva

Desempenhou os seguintes cargos:

na Universidade de Coimbra – naturalista, 1964-1971 e técnico investigador, 1972 do Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; prof. auxiliar, 1972-1975 e 1976-1977; prof. associada, 1983-1985 e prof. catedrática definitiva desde 1985 da Faculdade de Ciências e Tecnologia; b) na Universidade de Brasília, Brasil – prof. adjunto, 1975-1976; c) na Universidade do Porto – prof. auxiliar, 1977-1979, prof. associada, 1979-1983.
Trabalhou no Depart. of Mineralogy and Petrology, Univ. Cambridge, U.K., 1966-1971, onde se doutorou, e posteriormente alguns meses em 1976, 1980 e 1981; b) no dept. of Geology, Univ. Manchester, U.K., alguns meses de 1971, 1972, 1974, 1979, 1982, 1984, 1988, 1992, 1994, 1996 e 1997 para obtenção de dados analíticos por fluorescência de raios-X e microsonda; c) no Dept. of Earth Sciences, Univ. Leeds, U.K., em setembro e outubro de 1988 para datar rochas e minerais por Rb-Sr; d) no Nuclear Reactor Centre, Imperial College, Ascot, U.K., algun meses de 1988, 1993 e 1994 para determinar terras raras de rochas graníticas; e) no Instituto Geológico e Mineiro, Porto, desde 1977.
Foi membro do International Working Group of IGCP project “Mineralization associated with acid magmatism” até 1980. É membro do Mica Subcommittee of the International Mineralogical Association.
Tem colaboração em trabalhos científicos com: Johns Hopkins Univ. (U.S.A.), Geological Survey of Malaysia, CNRS (França), Univ. London (U.K.), Thessaloniki Univ. (Grécia), Yamagate Univ. (Japão), Univ. of Science and Technology of China, Hefei, Univ. Manchester (U.K.) e Instituto de Geociências da UFRGS (Brasil) e Departamento de Geologia da UFRGN (Brasil).
Tem sido “referee” de trabalhos submetidos às publicações: Mineralogical magazine, Bulletin de Minéralogie, Geochemical Exploration, European Journal of Mineralogy, Lithos, Canadian Mineralogist e Applied geochemistry Journal of South America Earth Science.
Proferiu conferências nas Universidades de: a) Faculdade de Engenharia, Porto (1986); b) LNETI, Lisboa (1986); c) Reading, U.K. (1987); d) Thessaloniki, Grécia (1987); e) Nuclear reactor, Ascot, U.K. (1988); f) Science and Technology of China, Hefei (1991); g) Seoul National Univ., Seoul, Coréia do Sul (1992); h) Aveiro (1994); i)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997); j) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1997); k)Academia de Ciências de Lisboa (1997 e 1998).
Apresentou comunicações em 41 congressos internacionais e em 16 congressos portugueses.
Publicou um total de 66 trabalhos, sendo 36 em revistas internacionais, 4 em livros internacionais e 26 em revistas portuguesas.

 

in DCT

terça-feira, maio 03, 2022

A geóloga Doutora Ana Neiva morreu há três anos...


 

Ana Margarida Ribeiro Neiva

Desempenhou os seguintes cargos:

na Universidade de Coimbra – naturalista, 1964-1971 e técnico investigador, 1972 do Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; prof. auxiliar, 1972-1975 e 1976-1977; prof. associada, 1983-1985 e prof. catedrática definitiva desde 1985 da Faculdade de Ciências e Tecnologia; b) na Universidade de Brasília, Brasil – prof. adjunto, 1975-1976; c) na Universidade do Porto – prof. auxiliar, 1977-1979, prof. associada, 1979-1983.
Trabalhou no Depart. of Mineralogy and Petrology, Univ. Cambridge, U.K., 1966-1971, onde se doutorou, e posteriormente alguns meses em 1976, 1980 e 1981; b) no dept. of Geology, Univ. Manchester, U.K., alguns meses de 1971, 1972, 1974, 1979, 1982, 1984, 1988, 1992, 1994, 1996 e 1997 para obtenção de dados analíticos por fluorescência de raios-X e microsonda; c) no Dept. of Earth Sciences, Univ. Leeds, U.K., em setembro e outubro de 1988 para datar rochas e minerais por Rb-Sr; d) no Nuclear Reactor Centre, Imperial College, Ascot, U.K., algun meses de 1988, 1993 e 1994 para determinar terras raras de rochas graníticas; e) no Instituto Geológico e Mineiro, Porto, desde 1977.
Foi membro do International Working Group of IGCP project “Mineralization associated with acid magmatism” até 1980. É membro do Mica Subcommittee of the International Mineralogical Association.
Tem colaboração em trabalhos científicos com: Johns Hopkins Univ. (U.S.A.), Geological Survey of Malaysia, CNRS (França), Univ. London (U.K.), Thessaloniki Univ. (Grécia), Yamagate Univ. (Japão), Univ. of Science and Technology of China, Hefei, Univ. Manchester (U.K.) e Instituto de Geociências da UFRGS (Brasil) e Departamento de Geologia da UFRGN (Brasil).
Tem sido “referee” de trabalhos submetidos às publicações: Mineralogical magazine, Bulletin de Minéralogie, Geochemical Exploration, European Journal of Mineralogy, Lithos, Canadian Mineralogist e Applied geochemistry Journal of South America Earth Science.
Proferiu conferências nas Universidades de: a) Faculdade de Engenharia, Porto (1986); b) LNETI, Lisboa (1986); c) Reading, U.K. (1987); d) Thessaloniki, Grécia (1987); e) Nuclear reactor, Ascot, U.K. (1988); f) Science and Technology of China, Hefei (1991); g) Seoul National Univ., Seoul, Coréia do Sul (1992); h) Aveiro (1994); i)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997); j) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1997); k)Academia de Ciências de Lisboa (1997 e 1998).
Apresentou comunicações em 41 congressos internacionais e em 16 congressos portugueses.
Publicou um total de 66 trabalhos, sendo 36 em revistas internacionais, 4 em livros internacionais e 26 em revistas portuguesas.

 

in DCT

segunda-feira, maio 03, 2021

A Doutora Ana Neiva morreu há dois anos...

   
A Academia das Ciências de Lisboa lamenta profundamente o falecimento da Professora Ana M.R. Neiva, sócia correspondente da ACL e Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

3 de maio de 2019



 

 

sexta-feira, julho 31, 2009

Notícia no Diário de Coimbra - as imagens




Notícia no Diário de Coimbra

Aventura geológica pelas “catacumbas” da cidade

De impermeável vestido, galochas calçadas e capacete na cabeça, um grupo de aficionados pela geologia e hidrogeologia desceu às “catacumbas” da cidade à descoberta de túneis e canais que contam parte da história do abastecimento de água em Coimbra

A festa do 11.º aniversário está marcada para as 16h00. Mas, as comemorações começam bem cedo, com uma manhã de aventura e descobertas pela Coimbra subterrânea. Francisco mora na Rua Pedro Monteiro, mesmo ao lado da mina de água que abastece o Jardim Botânico. Diariamente, passa pelo pequeno portão com as iniciais “J.B.”, no entanto, nunca lhe tinha passado pela cabeça o que existe do lado de lá.

Ontem o dia foi de festa e a mãe fez-lhe a surpresa, oferecendo-lhe este presente especial. Capacete na cabeça e com a lanterna em punho, o portão abre-se para o Francisco e os restantes elementos do grupo.

Em fila indiana, todos se organizam, porque afinal de contas, tudo começa num túnel estreito e com cerca de 60 centímetros de altura. Portanto, mesmo para o Francisco, com os seus 11 anos, a ordem é para agachar.
De cócoras, começa a descoberta da mina, construída nos finais do século XVIII. «Cuidado. Quando forem andando, deixem espaço em relação à pessoa da frente», aconselha Lídia Catarino, um dos elementos desta organização conjunta do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e do Gabinete de Candidatura à Unesco, integrada no programa “Geologia no Verão 2009” da Ciência Viva.

Lá dentro, à medida que se caminha para o interior da mina, mais fácil se torna a circulação. Sempre com a água a correr debaixo dos pés, ali dispensa-se o uso de galochas de borracha, ao contrário da missão no túnel da Ribela, que se seguiria minutos mais tarde.

«Toca. É rijo», diz alguém, enquanto explora a mina do Jardim Botânico, que também deixou encantado o Bruno, igualmente de 11 anos, que vive em Inglaterra e está a passar férias em Coimbra.

Percorridos os primeiros metros, surge o primeiro poço, que, do exterior, se situa na Avenida Afonso Henriques. Aí, o grupo faz uma pausa e fica a saber que um dos buracos existente nas paredes se destinava a acolher uma figura “obrigatória” nestas zonas de espeleologia, a imagem de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros.

Aliás, noutros tempos, um barbeiro, com casa aberta junto à Pousada da Juventude, tantas vezes beneficiou da abundância de águas por baixo do chão. Bastava-lhe descer o balde, para conseguir litros e litros que tanta falta lhe faziam para o ofício.

Mais à frente, os pés que ainda se mantinham mais ou menos secos, estão literalmente na água, que atinge os 30 centímetros no segundo poço do percurso. Pelo meio, um ou outro insecto dão “as boas-vindas” aos visitantes. Terminado o percurso, é tempo de voltar para trás e enfrentar novamente o estreito túnel até à saída.

“Toupeiras humanas”

Durante cerca de meia hora, ninguém vê o sol que brilha lá fora. Os túneis e canais encantam miúdos e graúdos, para quem a claustrofobia não é um problema.

Margarida Viegas trabalha na Faculdade de Economia e todos os dias o seu percurso inclui a passagem pelo pequeno portão com as iniciais “J.B.”. Durante muitos anos, ouvia o barulho da água sem perceber o que afinal estava do lado de lá. Só há pouco tempo percebeu que se tratava de uma mina e só ontem teve a oportunidade de a explorar.

Enquanto, uns percorrem a mina do Jardim do Botânico, outros aventuram-se pelo túnel da Ribela, que serviu para abastecimento de água às propriedades agrícolas dos frades crúzios. Depois, invertem-se os papéis.

Entretanto, os dois grupos encontram-se no Jardim da Sereia e aproveitam para trocar algumas impressões. Como autênticas «toupeiras humanas», quem chega da Ribela acusa um maior cansaço. Afinal, a vários metros abaixo do solo, os canais subterrâneos exigem destreza.

«É muito agradável. Extraordinário, mas um bocadinho exigente. Dá para suar», conta ao Diário de Coimbra Pinto Monteiro, que viajou directamente de Aveiro para participar nesta aventura geológica. As galochas ajudam, mas as calças encharcadas são impossíveis de evitar.

A entrada faz-se pela tampa de saneamento junto às instalações da Polícia Municipal, na Avenida Sá da Bandeira. O desafio é descer 10 metros e depois percorrer os 500 metros das galerias e canais subterrâneos, que terminam no Jardim da Sereia.

Para o pequeno João, de sete anos e residente em Leiria, a Geologia faz parte do seu dia-a-dia. O pai é especialista na matéria, como tal, os tempos livres são passados a descobrir os mistérios das pedras e das águas. Se bem que às vezes preferisse que os pais o levassem a um parque de diversões, o João segue as “pisadas” da família, mas garante, que, quando crescer, não quer ser nada ligado à espeleologia. Antes dos passeios, o grupo junta-se na cisterna do Colégio de S. Jerónimo, onde são prestados alguns esclarecimentos aos participantes. «E as centopeias, onde estão?», pergunta de imediato o João.

Identificado há três anos, aquele espaço funcionou como reservatório de águas, mas acabou por se transformar numa espécie de «lixeira» dos Hospitais da Universidade de Coimbra, explica o geólogo Paulo Morgado, lembrando que a cisterna mais antiga conhecida na Universidade é a que foi descoberta no Pátio das Escolas, junto à estátua de D. João III, que datará da época romana, mas que se encontra «em perfeito estado de conservação».

Com capacidade para 115 metros cúbicos de água, a cisterna do Colégio de S. Jerónimo serviu de ponto de partida para uma aventura pela cidade desconhecida, com centenas de anos, e com potencialidades turísticas que, de futuro, poderão ser atractivo regular de quem visita ou vive em Coimbra.