domingo, outubro 14, 2018

Sebastião Alba morreu há dezoito anos

(imagem daqui)
  
Dinis Albano Carneiro Gonçalves, cujo pseudónimo é Sebastião Alba (Braga, 11 de março de 1940 - Braga, 14 de outubro de 2000 - 60 anos), foi um escritor português naturalizado moçambicano. Pertenceu à jovem vaga de autores moçambicanos que vingaram na literatura lusófona.
Nasceu em Braga, onde viveu durante alguns anos. Radicou-se, juntamente com a sua família, em 1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em 1984, voltando novamente para a «Cidade dos Arcebispos», Braga. Mas foi em Moçambique que se formou em jornalismo, lecionou em várias escolas e contraiu matrimónio, com uma moçambicana.
Publicou, em 1965, Poesias, inspirado na sua própria biografia. Um dos seus primeiros poemas foi Eu, a canção. Os seus três livros colocaram-no numa posição cimeira no ambiente cultural bracarense.
Faleceu com 60 anos, atropelado numa rodovia. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá».
Obras publicadas
  • Poesias, Quelimane, Edição do Autor, 1965.
  • O Ritmo do Presságio, Maputo, Livraria Académica, 1974.
  • O Ritmo do Presságio, Lisboa, Edições 70, 1981.
  • A Noite Dividida, Lisboa, Edições 70, 1982.
  • A Noite Dividida (O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano), Lisboa, Assírio e Alvim, 1996.
  • Uma Pedra Ao Lado Da Evidência, (Antologia: O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano + inédito), Porto, Campo das Letras, 2000.
  • Albas, Quasi Edições, 2003
   
in Wikipédia
  
Epílogo
  
  
Fui
hóspede desta mansão
na encruzilhada
dos meus sentidos.

O verso apenas é,
transversal e findo,
o poleiro evocativo
da ave do meu canto.
 
Essa ave em que o Outono
se perfila
e, cada vez mais exígua
no rumo e nas vigílias
do seu bando,
de súbito, espirala
até sumir-se
num país imaginário.

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