(imagem daqui)
António Victor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 - Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta português e desenhador.
Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por
questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema
"Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro, «O Grito
Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Fez parte do MUD Juvenil.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.
in Wikipédia
Para um amigo tenho sempre
Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
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