domingo, outubro 07, 2018

Thom Yorke - 50 anos!

Thomas Edward "Thom" Yorke (Wellingborough, 7 de outubro de 1968) é o vocalista e compositor da banda britânica de rock alternativo Radiohead. Geralmente, toca guitarra e piano. Atualmente, vive em Oxford com a sua companheira de longa data, a artista plástica, com um doutoramento em História de Arte, Rachel Owen. O casal tem dois filhos: Noah e Agnes.
Biografia
Nascido com o olho esquerdo paralisado, Thom Yorke submeteu-se a um total de cinco operações de correção nos seus primeiros cinco anos de vida, a última das quais foi mal-sucedida e quase lhe tirou toda a visão desse olho e, devido a isto, ficou com o seu característico "olho-caído". Os seus colegas de turma costumavam insultá-lo, pondo-lhe a alcunha de "Salamandra".
Thom Yorke ganhou a sua primeira guitarra aos sete anos de idade, ao ver a performance do guitarrista do Queen, Brian May na televisão. A primeira canção que ele escreveu chamava-se Mushroom Cloud sobre a formação de uma nuvem seguindo uma explosão nuclear. Ele formou a primeira banda aos onze anos de idade, quando frequentava a escola privada para rapazes Abingdon School, onde conheceu seus futuros companheiros de banda, Ed O'Brien, Colin Greenwood, o baterista Phil Selway e o irmão mais novo de Colin, Jonny Greenwood.
Inicialmente eles chamavam-se On a Friday ("Numa Sexta", em português), pois sexta-feira era o único dia em que eles podiam ensaiar. O irmão mais novo de Thom Yorke, Andy, formou vários grupos na mesma época de On a Friday, incluindo "The Illiterate Hands", da qual Jonny Greenwood era um membro antes de se juntar ao seu irmão em On a Friday. Os integrantes de On a Friday continuaram a praticar e escrever novos materiais, mesmo estudando em universidades diferentes. Quando estava na Universidade de Exeter, Thom Yorke foi um membro dos Headless Chickens, e trabalhou num hospital psiquiátrico, como assistente hospitalar. Em Exeter, ele conheceu Stanley Donwood, que mais tarde trabalharia na banda de 1994 até hoje.
A pedido da EMI, a banda mudou seu nome de On a Friday para Radiohead, e o nome foi inspirado numa música do álbum True Stories da banda americana Talking Heads.
Radiohead
Quando o grande sucesso do hit Creep (escrito num WC masculino do clube de estudantes The Lemmy, da Universidade de Exeter) conduziu a banda a escrevê-lo como o seu maior hit, uma sucessão de álbuns cada vez mais complexos fez dos Radiohead uma das bandas mais respeitadas do mundo, em parte devido aos temas de existencialismo urbano, maldade e amor nas letras de Yorke. Algumas das suas músicas tem mensagens políticas, o mais proeminente no álbum Hail to the Thief (Saudações ao Ladrão, em português) - o título é visto como uma referência direta à eleição para presidente dos Estados Unidos em 2002, quando George W. Bush foi acusado por seus críticos de ter "roubado" as eleições, mas isso tem sido repetidamente negado pela banda. Na época de 1997, OK Computer, as letras de Yorke foram notadas pela sua ambiguidade.
Tom Yorke e o vocalista do R.E.M, Michael Stipe, são amigos íntimos e frequentemente participam dos shows um do outro. Yorke disse que Stipe inspirou muitas de suas músicas e o ajudou a sair de um período de depressão depois da turnê de OK Computer e antes do lançamento de Kid A (2000). A música How to Disappear Completely, do último álbum, foi inspirada por Stipe, que aconselhou Yorke a falar para si mesmo, "I'm not here/this isn't happening" ("Eu não estou aqui/isto não está a acontecer") quando ele estava deprimido ou ansioso. Stipe notou que muitas das músicas dos Radiohead, como "A Wolf at the Door" e "There There", inspiraram-se na sua própria maneira de escrever.
Yorke explicou em várias entrevistas que ele não gosta da "mitologia", que sente ser endémica com o género rock, e odeia a obsessão dos media com celebridades. Parte da razão dele ter passado um período de depressão e de incapacidade de escrever depois de OK Computer foi por ter sentido que a música que os Radiohead criaram estava abafando as personalidades (particularmente a dele mesmo) e daqueles de trás dela.
Yorke é conhecido por seu falseto distinto (Fake Plastic Trees, How to Disappear Completely) e habilidade para achar, e sustentar notas elevadas (Creep, Exit Music (For a Film)). A sua voz é inspirada etem semelhanças vocais com a de Jeff Buckley. Durante as gravações de The Bends em 1994, a banda assistiu a um concerto de Buckley; Yorke disse depois que o concerto teve um efeito direto na sua prestação vocal em Fake Plastic Trees.
Enquanto Yorke não conseguia ler a música, ele teve de aprender a tocar baixo e bateria, por ocasião das gravações dos álbuns do Radiohead.
Yorke já disse que ele prefere computadores às guitarras, e pensa que programas como Pro Tools dão ao músico maior poder na direção de uma música do que instrumentos tradicionais.
   
Outros trabalhos
A personalidade enigmática de Yorke tornou-o uma figura de culto, mas também tem sido citado em várias questões políticas e sociais contemporâneas (apesar disso, disse que "deve se ter cuidado para não fazer sermões.") A banda leu No Logo, de Naomi Klein durante as sessões de Kid A, e Yorke é um fã declarado do trabalho de Noam Chomsky. Ele é amigo do escritor ecologista, académico e jornalista George Monbiot; Yorke emprestou uma declaração para figurar na capa do livro de Monbiot, Captive State: The Corporate Takeover of Britain. Tem chamado atenção como um ativista político fazendo campanha para várias causas, incluindo o comércio justo, movimentos antiguerra, como a Campanha para Desarmamento Nuclear, a Amnistia Internacional e, mais recentemente, a campanha "The Big Ask", dos Friends of the Earth. Ele tocou no concerto Free Tibet em 1999.
Questionado sobre o seu ativismo, Yorke disse que "a diferença entre mim e Bono Vox é que ele fica completamente feliz em elogiar pessoas para conseguir o que ele quer, e ele é muito bom nisso, mas eu simplesmente não posso fazer isso. Eu provavelmente acabaria dando um murro na cara deles em vez de apertar as suas mãos, mas isso é melhor do que ficar fora do caminho deles. Eu não posso simpatizar com esse nível de maluquices. É uma vergonha, é verdade, e na procura de um objectivo isso pode ajudar, se eu quiser, mas eu não consigo. Eu admiro o facto de Bono o conseguir fazer, e poder passar depois disso cheirando a rosas."
Além de seu extenso trabalho com os Radiohead, Yorke também colaborou com outros músicos; ele trabalhou com Björk, Beck, PJ Harvey, James Lavelle, The Flaming Lips, U.N.K.L.E. e DJ Shadow. Em dezembro de 2004, Tom Yorke e Jonny Greenwood contribuíram para o single de caridade Do They Know It's Christmas.
Foi lançado no ano de 2006 o primeiro trabalho a solo de Tom Yorke, o álbum "The Eraser", com nove músicas inéditas. Yorke negou qualquer intenção de abandonar a banda, dzendo tratar-se apenas de um trabalho que não se encaixa no perfil dos Radiohead.
  
Vida pessoal
Tom Yorke é vegan e é conhecido pelo seu ativismo político e defesa dos direitos humanos e movimentos anti-guerra.

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