quarta-feira, fevereiro 14, 2018

Jacob do Bandolim nasceu há um século

(imagem daqui)

Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolim (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1918 - Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1969) foi um músico, compositor e bandolinista brasileiro de choro. Filho do capixaba Francisco Gomes Bittencourt e da judia polaca Raquel Pick, nascida na cidade de Łódź, morou durante a infância no bairro da Lapa, à Rua Joaquim Silva 97, no Rio de Janeiro.
São da sua autoria clássicos do choro como Vibrações, Doce de Coco, Noites Cariocas, Assanhado e Receita de Samba. Alcançou popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro no início da década de 60, que permanece em atividade até hoje.
Morava numa casa avarandada com jardim em Jacarepaguá (Rio de Janeiro), rodeado pelas rodas de choro e de grandes amigos chorões. Apesar de não ser um entusiasta do carnaval, gostava do frevo. Estudou em escolas tradicionais, como no Colégio Cruzeiro (escola referencial da comunidade alemã) e no Colégio Anglo-Americano e serviu no CPOR; trabalhou no arquivo do Ministério da Guerra, quando já tocava bandolim. Por fim, Jacob fez carreira como serventuário da justiça no Rio de janeiro, chegando a escrivão de uma das varas criminais da capital.
Em 1968 foi realizado um espetáculo no Teatro João Caetano (Rio de Janeiro) de apoio ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, com Jacob do Bandolim, A divina Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e o Época de Ouro. A apresentação de Jacob tocando a música Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) foi antológica. Foi lançado álbum com dois longplays (LP) da gravação original do espetáculo, em edição limitada. Foi "guru" de Sérgio Cabral (pai do governador do Estado do Rio de Janeiro,Sérgio Cabral Filho), Hermínio Bello de Carvalho, Ricardo Cravo Albin
Teve um casal de filhos, sendo que um deles, era o polémico jornalista (O Globo, Última Hora) e compositor Sérgio Bittencourt, que era hemofílico e faleceu com apenas 38 anos, em 1979. A sua filha Elena Bittencourt, cirurgiã dentista, que fundou e presidiu o Instituto Jacob do Bandolim, faleceu em 2011, por problemas cardíacos.
Passou a sua última tarde no bairro de Ramos, numa visita ao seu amigo compositor e maestro Pixinguinha. Ao chegar à varanda da sua casa, cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa Adília, já sem vida.
 
 

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