sábado, setembro 07, 2024

Os humanos e a sua mania de contar o tempo...

Encontrado o calendário mais antigo do mundo. Um cometa está na sua origem

 

Pensa-se que as esculturas de Göbekli Tepe representam o calendário mais antigo do mundo

 

Com 12.000 anos, as gravações feitas num pilar de pedra em Göbekli Tepe, um complexo de templos antigos na Turquia, parecem indicar datas de um calendário solar, que seria o mais antigo do mundo.

A criação do registo foi feita como um memorial a uma colisão devastadora de um cometa, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo publicado na Time and Mind.

Os riscos foram feitos em forma de “V”, cada um deles a representar um dia. A interpretação revelou um calendário de 365 dias num dos pilares, com 12 meses lunares e 11 dias de sobra.

O solstício de verão aparecia como um dia especial, separado, representado pelo mesmo formato gravado à volta de uma criatura semelhante a um pássaro.

al pássaro seria uma representação da constelação do solstício de verão da época, e a marca em V no seu pescoço também aparece noutras estátuas próximas, provavelmente para representar deidades antigas.

 


 


 

Cometa na origem do calendário

Os ciclos tanto do Sol como da Lua estão representados no pilar turco, pelo que as gravações podem ser o calendário lunissolar mais antigo do mundo, quebrando o recorde por alguns milhares de anos.

Acredita-se que o registo tenha sido um esforço para assinalar a data de uma chuva de fragmentos de um cometa na Terra há 13.000 anos, em 10.850 a.C., mais especificamente.

Este impacto cósmico pode ter gerado, segundo a ciência, uma pequena Idade do Gelo com 1.200 anos de duração, e eliminado diversas espécies animais. Mudanças no estilo de vida e na adoção da agricultura podem ter sido causadas pelo evento, possivelmente, então, ligado ao nascimento da civilização pouco tempo depois, no que chamamos de Crescente Fértil, no oeste asiático, que compreende o atual estado da Palestina, Israel, Líbano, entre outros.

Outro pilar do sítio arqueológico parece representar a chuva de meteoros das Táuridas, possível origem dos fragmentos, que durou 27 dias e emanou luz a partir das constelações de aquário e peixes.

A descoberta também parece confirmar que os humanos antigos conseguiam registar datas tendo em conta a precessão, ou seja, a mudança no eixo da Terra que afeta o movimento das constelações no céu. Isto anteciparia a compreensão do fenómeno em 10.000 anos antes de Hiparco, anteriormente considerado o seu descobridor, em 150 a.C., na Grécia Antiga.

Os investigadores acreditam que o impacto dos cometas tenha sido importante para o povo de Göbekli Tepe por milénios, talvez até dando origem a um culto ou religião que influenciou o desenvolvimento da civilização.

 

in ZAP

 

Mais um avanço na microscopia eletrónica...

Novo microscópio é tão poderoso que consegue ver eletrões em movimento

 

 

Eis o microscópio mais rápido do mundo: funciona a uma velocidade tão espantosa que é o primeiro aparelho capaz de captar uma imagem nítida de eletrões em movimento.

Um novo microscópio usa impulsos de eletrões à velocidade de um attosecond - ou um quintilionésimo de segundo - para capturar “imagens congeladas” das partículas subatómicas, que viajam suficientemente depressa para dar a volta à Terra numa questão de segundos.

O microscópio foi desenvolvido por investigadores da Universidade do Arizona, e apresentado num artigo publicado no mês passado na revista Science.

Este avanço poderá permitir aos cientistas descobrir o que acontece aos eletrões durante interações ultra-rápidas, como a quebra de uma ligação química.

“Pela primeira vez, conseguimos obter uma resolução temporal de attossegundos com o nosso microscópio de transmissão eletrónica — e demos-lhe o nome de ‘atomicroscopia'”, explica Mohammed Hassan, professor associado de física e ciências óticas na U. Arizona e co-autor do estudo.

“Podemos ver pedaços do eletrão em movimento”, detalha Hassan, num comunicado da universidade.

Microscópios eletrónicos anteriores estiveram perto de alcançar esta proeza, atingindo velocidades de vários attosegundos em vez de apenas um.

Ainda assim, essa diferença é uma eternidade ao nível subatómico: sem uma “resolução temporal” mais elevada, os cientistas não conseguiam observar algumas das subtilezas das várias interações de um eletrão à medida que estas aconteciam.

Em termos de fotografia, os microscópios simplesmente não tinham uma velocidade de obturação suficientemente rápida, ou uma taxa de quadros suficientemente alta.

Para melhorar esses esforços, os investigadores do Arizona conceberam o seu “atomicroscópio” para dividir um laser num impulso de eletrões e em dois impulsos de luz. A forma como funcionam em conjunto é fundamental: não basta que o impulso de eletrões, que faz a imagem real, seja super-rápido.

O que acontece, então, é que o primeiro impulso de luz excita os eletrões alvo para os pôr em movimento, e este impulso é cuidadosamente sincronizado com um segundo impulso de luz, que prepara o impulso de eletrões para atingir o instante em que as partículas são postas em movimento, explica o Futurism.

A partir daí, as interações que se seguem entre os feixes de eletrões do microscópio e a amostra são captadas por um sensor e reunidas para formar uma imagem.

“Com este microscópio, esperamos que a comunidade científica possa compreender a física quântica subjacente à forma como um eletrão se comporta e como um eletrão se move”, conclui Hassan.

 

in ZAP

Buddy Holly nasceu há 88 anos...

     
Charles Hardin Holley (Lubbock, 7 de setembro de 1936Clear Lake, 3 de fevereiro de 1959), mais conhecido como Buddy Holly, foi um influente guitarrista, cantor e compositor dos Estados Unidos e pioneiro do rock and roll.
Embora o seu sucesso tenha durado apenas um ano e meio, antes da sua morte, num acidente aéreo em 1959, conhecido como O Dia em que a Música Morreu (The Day the Music Died), em que morreram também os cantores Ritchie Valens e J.P. Richardson, Holly é descrito pelos críticos como "a força criativa mais influente dos primórdios do rock". Os seus trabalhos e inovações inspiraram e influenciaram tanto seus contemporâneos quanto futuros músicos, notavelmente The Beatles, The Rolling Stones, Eric Clapton, Don McLean e Bob Dylan, exercendo uma contribuição significante na música pop.
O nome de Holly foi um dos primeiros a serem incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll quando da sua criação, em 1986. Em 2004, ele foi listado pela revista Rolling Stone no 13ª lugar entre os "Maiores Artistas de Todos os Tempos". Foi considerado o 80º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
    

 


Never can Say Goodbye...

Chrissie Hynde comemora hoje setenta e três anos

     
Christine Ellen Hynde (Akron, 7 de setembro de 1951), conhecida pelo nome artístico de Chrissie Hynde, é uma música dos Estados Unidos, conhecida especialmente como líder da banda The Pretenders. Ela é vocalista, compositora e guitarrista. Hynde foi a única pessoa permanente e em controle no decorrer da história da banda The Pretenders.
    
      

Hynde nasceu em Akron, Ohio, filha de uma secretária em tempo parcial e de um gerente da Páginas Amarelas. Ela estudou na Firestone High School em Akron, mas afirmou que "Nunca me interessei muito pelo ensino secundário. Quer dizer, nunca fui a um baile, nunca tive um encontro e nunca firmei um relacionamento. Isto se tornou muito mau para mim. Exceto, é claro, que eu pude ir ver bandas, e este foi o ponto forte. Eu costumava ir a Cleveland apenas para ver qualquer banda tocar. Então, eu estive apaixonada por muito tempo, principalmente por membros de bandas que eu nunca tinha conhecido. Para mim, saber que Brian Jones e Iggy Pop estavam por lá foi meio difícil para mim ficar interessada nos caras que estavam ao meu redor. Eu tinha coisas maiores em mente".

Hynde mudou-se para a cidade de Londres, Inglaterra, em 1973 e tornou-se famosa como repórter da revista NME (New Musical Express), especializada em bandas de rock. Ela esteve em vários projetos de rock, chegando a praticar com Mick Jones antes deste formar os The Clash, tendo participado em Masters of the Backside, de Malcolm McLaren, por volta de 1975, e tendo participado brevemente, em 1977, na notória banda punk The Moors Murderers.

Hynde formou a banda The Pretenders em 1978 juntamente com os músicos ingleses James Honeyman-Scott, Pete Farndon e Martin Chambers. Entre muitas desavenças, desencontros, mortes e etc., a cantora manteve a linha e liderança do grupo.

Hynde permanece uma raridade como mulher líder de um grupo com origem nos primórdios da história do movimento punk rock e new wave. Sempre assertiva, acabou obtendo o respeito de vultos da música e de críticos, e mesmo a admiração de milhares de mulheres que, inspiradas, seguiram os seus passos.

Nos últimos anos (2006) Chrissie Hynde tem se tornado mais e mais uma notável ativista e tenaz defensora dos direitos dos animais a um tratamento digno e ético por parte dos seres humanos.

Em 10 de setembro de 2014 Chrissie Hynde lançou o seu primeiro álbum a solo, "Stockholm".

  

 


A baronesa Karen Blixen, autora do livro África Minha, morreu há 62 anos

      
Karen Christence, baronesa de Blixen-Finecke, mais conhecida pelo pseudónimo de Isak Dinesen (Rungstdlund, 17 de abril de 1885 - Rungstedlund, 7 de setembro de 1962), foi uma escritora dinamarquesa.
   
Infância
O seu pai, Whihelm Dinesen, era um militar, e cometeu suicídio quando Karen tinha apenas dez anos de idade, atormentado por não conseguir resistir à pressão de sofrer de sífilis, enfermidade que naquela época estigmatizava. A sua mãe, Ingeborg Westenholz, ficou sozinha com cinco filhos para criar, e os pode manter graças à ajuda de familiares. Karen, como suas irmãs, estudou em prestigiadas escolas suíças.
    
Vida na África
Em 1914, Karen casou com um primo afastado, o barão sueco Bror von Blixen-Finecke, e foram viver no Quénia, onde iniciaram uma plantação de café. Porém, Bror era um mulherengo e passava longos períodos afastado de casa, em safáris e campanhas militares. Entre 1915 e 1916, Karen contraiu sífilis, provavelmente de Bror, embora alguns estudiosos acreditem que ela tenha herdado a doença de seu pai. Os Blixens separaram-se em 1921 e divorciaram-se em 1925.
Em Nairobi, Karen Blixen conheceu e apaixonou-se por Denys Finch Hatton, um piloto do exército britânico e caçador. Viveram juntos de 1926 a 1931. Mantiveram uma relação amorosa intensa, porém cheia de altos e baixos. Engravidou duas vezes, mas perdeu os bebés, provavelmente em consequência da sua saúde frágil. A relação terminou com a morte de Denys num acidente de avião, em 1931. Ao mesmo tempo, o fracasso da plantação de café forçou-a a abandonar as suas terras e retornar à Dinamarca.
   
Escritora
Antes do retorno à Dinamarca, Karen escreveu A vingança da verdade, publicado em 1926. Após o retorno, o seu primeiro livro foi Sete contos góticos, publicado em 1934 sob o pseudónimo de Isak Dinesen; o terceiro livro, o mais conhecido mundialmente, foi Den afrikanske Farm (A fazenda africana no Brasil ou África Minha em Portugal), publicado em 1937 e baseado no período em que ela viveu no continente africano. O sucesso alcançado com esta obra firmou a sua reputação como escritora, tendo sido premiada com o Tagea Brandt Rejselegat em 1939. Em 1985, o livro foi adaptado para o filme, com o nome de Out of Africa, sob a direção de Sydney Pollack e com Meryl Streep, Robert Redford e Klaus Maria Brandauer nos papéis principais.
Durante a segunda guerra mundial, Karen escreveu Contos de inverno, publicado em 1942, e o romance As vingadoras angélicas, sob o pseudónimo de Pierre Andrezel, e publicado em 1944. Escreveu também Ironias do destino, de 1958, e que inclui o conto A festa de Babette, também transformado num filme em 1987, e Sombras na pradaria, de 1960, entre outros.
Ele também participou de uma turnê nos Estados Unidos em 1959, durante o qual ela conheceu Arthur Miller, E. E. Cummings e Pearl Buck, que admiravam  a sua habilidade como escritora. Apesar de ser dinamarquesa, Blixen escreveu as suas histórias em inglês e depois traduziu-as para o dinamarquês.

Música adequada à data...

Buffon nasceu há 317 anos

   
Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon (Montbard, 7 de setembro de 1707 - Paris, 16 de abril de 1788) foi um naturalista, matemático e escritor francês. As suas teorias influenciaram duas gerações de naturalistas, entre os quais se contam Jean-Baptiste de Lamarck e Charles Darwin. A localidade de Buffon, na Côte-d'Or, foi o senhorio da família Leclerc.
Nasceu em Montbard, Côte-d'Or. O seu pai, Benjamin Leclerc, era o senhor de Dijon e Montbard. Frequentou o Colégio dos Jesuítas a partir da idade de dez e, em seguida, a Universidade de Angers. Começou por estudar Direito, mas logo começou a concentrar os seus interesses em matemática e ciências. Foi forçado a sair mais tarde da universidade, após se envolver num duelo, e a se lançar numa grande viagem pela Suíça, Itália e Inglaterra, na companhia do jovem Lorde Kingston. Em 1732, herdou uma considerável quantia em dinheiro que lhe possibilitou dedicar-se aos seus estudos científicos, retornando quando o novo casamento do seu pai ameaçou sua herança.
Produziu uma grande obra com 44 volumes - História Natural - (a sua meta eram 50 volumes). Nela se retrata um estudo comparativo das ciências, analisando os reinos animais, vegetal e humano, sob descrição científicas e considerações filosóficas, que o fez tão popular quanto Voltaire e Rousseau. Em 1776 o conde de Buffon disse que os animais precedem de outros animais.
Foi precursor de Lamarck e Darwin, com suas conceções filosóficas e o estudo das espécies, que foram ótimos pontos de partida para o progresso da biologia. É considerado um dos maiores biólogos do seu tempo, Buffon, segundo Darwin, foi um dos primeiros a estudar cientificamente a origem das espécies.
Georges-Louis Leclerc mudou-se para Paris, onde conheceu Voltaire e outros intelectuais. Ingressou na Academia Francesa de Ciências com 27 anos (1733). Tornou-se o encarregado do Jardin du Roi (depois Jardin des Plantes), em Paris, a partir de 1739, reunindo espécimes zoológicos e botânicos. Durante o seu período no cargo converteu o jardim real em museu e em centro de pesquisa, e o parque foi consideravelmente ampliado, com a plantação de muitas árvores e plantas de todo o mundo.
Na matemática, Georges de Buffon propôs o método estatístico, hoje reconhecido como um dos métodos de Método de Monte Carlo, para o cálculo de \pi. Tal método é conhecido como Agulha de Buffon, proposto pelo mesmo no século XVIII.
Foi o primeiro cientista a formular a teoria catastrófica para a formação do sistema solar; segundo ele, os planetas existentes teriam sido formados à custa de matéria separada do Sol, devido a uma colisão desta estrela com um cometa.
Na sua primeira publicação, com repercussões profundas no conhecimento de então, Épocas da Natureza, descreveu as suas ideias profundas sobre a formação do globo terrestre. Publicou o seu célebre livro História Natural (44 volumes) entre 1749 e 1789, e, postumamente, foi ainda publicada a História Natural dos Minerais (1789).
   
Brasão da Aliança de Buffon a Montbard