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domingo, maio 17, 2020

Edward Jenner nasceu há 271 anos

   
Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, filho de um vigário anglicano. Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião da sua terra  natal e, mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à Medicina onde seria conhecido pela descoberta da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. 
   

segunda-feira, outubro 28, 2019

Jonas Salk, o homem que venceu a poliomielite, nasceu há 105 anos

Jonas Edward Salk (Nova Iorque, 28 de outubro de 1914 - La Jolla, 23 de junho de 1995) foi um médico, pesquisador, virologista e epidemiologista dos Estados Unidos da América, mais conhecido como o inventor da primeira vacina antipoliomielite (a epónima vacina Salk). Trabalhou em Nova Iorque, Michigan, Pittsburgh e Califórnia. Em 1960, fundou o Salk Institute for Biological Studies em La Jolla, California, que é atualmente um centro de pesquisas médicas e científicas.
Ao longo da vida científica, foi um dos milhares de pesquisadores a utilizar a herança de Henrietta Lacks, uma mulher americana que faleceu de cancro. A linhagem de células de Henrietta eram peculiares a ponto de se tornarem um dos maiores ícones da ciência até os dias atuais e ficaram conhecidas como HeLa. Foi a partir das células HeLa que Salk produziu a vacina contra poliomelite.
Nos últimos anos de vida, dedicou muita energia na tentativa de desenvolver uma vacina contra a SIDA.
Salk não buscava fama ou fortuna com as suas descobertas, e é citado como tendo dito: "A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você pode patentear o Sol?"
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite foi considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra nos Estados Unidos. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras no país. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história do país norte americano. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia, sendo a maioria das vítimas crianças. De acordo com um documentário da PBS em 2009, o segundo maior temor dos Estados Unidos, na época, foi a poliomielite, perdendo apenas para o medo de o país ser atacado por uma bomba atómica.
Consequentemente, cientistas iniciaram uma corrida frenética para encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Assim, segundo Denemberg, "Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por semana, durante anos..." para chegar à descoberta da vacina.
  

sexta-feira, maio 17, 2019

Edward Jenner, o criador das vacinas, nasceu há 270 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, filho de um vigário anglicano, Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião da sua terra  natal. Mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à medicina onde seria conhecido pela descoberta da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. 

sexta-feira, janeiro 26, 2018

Jenner, o criador das modernas vacinas, morreu há 195 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, Gloucestershire, reconhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. Afirma-se que os chineses teriam desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente a Jenner.
A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner.
 
(...)
 
Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina, ou bexiga vacum. Em 1796, resolveu pôr à prova a sabedoria popular que dizia que quem lidava com gado não contraía varíola. Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, então ele conduziu a sua primeira experiência com James Phipps, um menino de oito anos.
Jenner inoculou com o pus extraído de feridas de vacas contaminadas, recolhendo o líquido que saía destas feridas e passou-o em cima de arranhões que ele provocou no braço do garoto. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contacto com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.
No ano seguinte, ele relatou a sua experiência à Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido -, mas as provas que apresentou foram consideradas insuficientes. Realizou então novas inoculações em outras crianças, inclusive no seu próprio filho. Em 1798, o seu trabalho foi reconhecido e publicado. No entanto, os seus críticos procuravam ridicularizá-lo, denunciando como repulsivo o processo de infectar pessoas com material colhido em animais doentes. Mas as vantagens da vacinação, porém, logo se tornaram tão evidentes, pois estas tornavam os humanos imunes à varíola humana, uma das doenças epidémicas mais mortais da humanidade.
A varíola só seria erradicada na década de 80, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
 

quarta-feira, dezembro 27, 2017

Pasteur nasceu há 195 anos

Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822Marnes-la-Coquette, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês. As suas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina.
É lembrado pelas suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre os seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade e a criação da primeira vacina contra a raiva (antirrábica). As suas experiências deram fundamentos à teoria microbiológica da doença. Foi mais conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que o leite e o vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Ele é considerado um dos três principais fundadores da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch. Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. O seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris, num túmulo decorada com mosaicos em estilo bizantino que lembram os seus feitos.
 

terça-feira, outubro 28, 2014

Jonas Salk, o homem que venceu a poliomielite, nasceu há um século!

Jonas Edward Salk (Nova Iorque, 28 de outubro de 1914 - La Jolla, 23 de junho de 1995) foi um médico, pesquisador, virologista e epidemiologista dos Estados Unidos da América, mais conhecido como o inventor da primeira vacina antipoliomielite (a epónima vacina Salk). Trabalhou em Nova Iorque, Michigan, Pittsburgh e Califórnia. Em 1960, fundou o Salk Institute for Biological Studies em La Jolla, California, que é atualmente um centro de pesquisas médicas e científicas.
Ao longo da vida científica, foi um dos milhares de pesquisadores a utilizar a herança de Henrietta Lacks, uma mulher americana que faleceu de cancro. A linhagem de células de Henrietta eram peculiares a ponto de se tornarem um dos maiores ícones da ciência até os dias atuais e ficaram conhecidas como HeLa. Foi a partir das células HeLa que Salk produziu a vacina contra poliomelite.
Nos últimos anos de vida, dedicou muita energia na tentativa de desenvolver uma vacina contra a SIDA.
Salk não buscava fama ou fortuna com as suas descobertas, e é citado como tendo dito: "A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você pode patentear o Sol?"
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite foi considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra nos Estados Unidos. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras no país. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história do país norte americano. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia, sendo a maioria das vítimas crianças. De acordo com um documentário da PBS em 2009, o segundo maior temor dos Estados Unidos, na época, foi a poliomielite, perdendo apenas para o medo de o país ser atacado por uma bomba atómica.
Consequentemente, cientistas iniciaram uma corrida frenética para encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Assim, segundo Denemberg, "Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por semana, durante anos..." para chegar à descoberta da vacina.

sábado, maio 17, 2014

Edward Jenner, o pai das modernas vacinas, nasceu há 265 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, filho de um vigário anglicano, Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião da sua terra  natal. Mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à medicina onde seria conhecido pela descoberta da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. 

domingo, agosto 11, 2013

Há novidades na luta contra a malária...!

Nova vacina contra a malária protege humanos em ensaio clínico inicial

O Plasmodium falciparum irradiado entra no fígado e não se replica

Novo tratamento profiláctico foi 100% eficaz quando dado em cinco doses.
A primeira fase de ensaios em seres humanos de uma nova vacina da malária, que utiliza parasitas submetidos a radiação para ficarem enfraquecidos, foi bem sucedida. Seis pessoas receberam centenas de milhares de parasitas adormecidos, em cinco doses diferentes, e depois foram infectadas com o Plasmodium falciparum, mas nenhuma desenvolveu malária. A descoberta publicada hoje na edição impressa da revista Science é mais um passo para o combate desta doença, mas há muitos desafios a serem superados para que, um dia, esta vacina chegue às pessoas que vivem nas regiões endémicas da malária.
Nas últimas décadas, muitos investigadores tentaram produzir uma vacina contra este parasita, só que a desilusão seguiu-se aos primeiros resultados promissores, comprovando a complexidade de uma doença que, anualmente, continua a matar entre 650 mil e 1,2 milhões de pessoas no mundo. O último grande revés foi em 2012: os resultados da promissora vacina RTS,S/AS01 mostrava que, passados cinco meses desde a última dose, apenas 22% da população vacinada se mantinha imune contra a malária.
A nova vacina produzida pela equipa de Stephen Hoffman - investigador de doenças tropicais que criou a empresa norte-americana de biotecnologia Sanaria com esse objectivo específico - é única na forma como funciona. Ao contrário das vacinas à base de moléculas, estes cientistas utilizaram parasitas vivos para desencadear a imunidade à malária.
A ideia não é de hoje e já provou funcionar. Na década de 1970, investigadores dos Estados Unidos irradiaram o mosquito Anopheles gambiae, que transmite o Plasmodium falciparum, a espécie de parasita que provoca a malária mais agressiva. Os mosquitos irradiados serviram depois para picar soldados norte-americanos.
Na presença destes parasitas irradiados, os militares ganhavam imunidade ao Plasmodium e, quando eram picados por um insecto infectado, o seu sistema imunitário reagia contra o parasita, travando a doença.
Quando o parasita da malária é injectado por um mosquito num humano, dirige-se para o fígado, onde acaba por se instalar numa célula hepática. Aqui, replica-se milhares de vezes, ganha uma nova forma e sai do fígado para a corrente sanguínea. Então, ataca os glóbulos vermelhos, onde se multiplica mais algumas vezes. É quando os parasitas rebentam com milhares de glóbulos vermelhos ao mesmo tempo que as pessoas infectadas têm febres altas, sentem fortes dores de cabeça e dores corporais, e podem até morrer.
No caso dos mosquitos irradiados, como agora se fez, os parasitas deixaram de causar a doença: apesar de estarem vivos quando infectaram o organismo, e mesmo sendo capazes de se instalar numa célula do fígado, já não conseguiram multiplicar-se aí. Especula-se que esta paragem na infecção dê uma oportunidade ao sistema imunitário para "estudar" o Plasmodium e reconhecê-lo numa próxima vez que o organismo seja infectado pelo parasita na natureza.
A nova vacina replicou este processo aplicados nos anos de 1970, retirando os mosquitos da equação. Primeiro, esta equipa retirou das glândulas salivares do mosquito os esporozoítos (a fase do parasita que vai para o fígado) e depois, "pela primeira vez, conseguiu limpar os esporozoítos e criopreservá-los" vivos, explica ao PÚBLICO Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, que investiga a malária.
A equipa já tinha tentado realizar ensaios clínicos (em humanos) com este processo, mas a vacina era subcutânea ou intradérmica, como costumam ser dadas as vacinas. Dessa vez, não teve sucesso e as pessoas vacinadas não adquiriram imunidade à malária, por isso os cientistas experimentaram injectar a vacina directamente no sangue, algo que já tinha dado resultado em experiências semelhantes em primatas.
No total, 40 pessoas receberam a vacina, em doses diferentes, neste ensaio clínico de fase 1: 12 dos 15 voluntários vacinados com as doses mais altas ficaram imunizados.
Estes 15 voluntários estavam divididos em dois grupos. Nove pessoas receberam quatro doses da vacina, cada uma com 135 mil parasitas atenuados: neste grupo, três pessoas adoeceram. Mas no grupo dos seis participantes, que receberam cinco doses da vacina com a mesma quantidade de parasitas, todos ficaram imunizados. Não se sabe ainda qual é a razão para a dose extra fazer a diferença.
Mas como funcionará a vacina? A equipa especula que ela estimula o sistema imunitário a reconhecer mais de mil moléculas (antigénios) que estão à superfície do esporozoíto, dizem os autores no artigo da Science. A vacina RTS,S/AS01, que em 2012 se mostrou não funcionar, só provocava a imunidade a um destes antigénios do Plasmodium.
"Neste pequeno estudo, mostrou-se que a vacina é segura e bem tolerada, sem efeitos negativos sérios", diz por sua vez Robert Seder, um dos autores do trabalho, que pertence ao Centro de Investigação de Vacinas do Instituto Nacional para as Alergias e as Doenças Infecciosas, em Maryland, nos EUA. "Este estudo prova que o número de doses é crítica para a imunização e que conseguimos alcançar um grande nível de protecção", acrescenta, numa entrevista num podcast da Science.
Apesar de garantir que este desenvolvimento é "muito importante", Miguel Prudêncio defende que há vários "limitações" e "etapas a ultrapassar" para a vacina chegar a quem mais precisa. "Ter uma vacina que depende de cinco tomas é um problema", diz o cientista, acrescentando que é um desafio pensar em dar vacinas intravenosas a bebés nas populações das regiões afectadas.
Além disso, a preservação destes parasitas nas vacinas requer um sistema de refrigeração que em África, uma das regiões mais afectadas pela malária, é difícil de manter. O cientista português lembra ainda que a produção em massa tem de garantir que nenhum parasita irradiado está suficientemente saudável para causar a malária: "Não haverá uma vacina já amanhã."

in Público - ler notícia

sábado, julho 06, 2013

Há 128 anos um ser humano foi vacinado contra a raiva e salvou-se por causa disso

Meister, ainda criança

Joseph Meister (Steige, Alsácia, 21 de fevereiro de 1876 - Paris, 16 de junho de 1940) foi o primeiro ser humano imunizado contra a raiva, por Louis Pasteur, e a sobreviver à infecção da doença, em julho de 1885.
Mais tarde tornou-se funcionário do Instituto Pasteur de Paris, do qual foi seu concierge (porteiro). Suicidou-se após a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.
O ataque
No dia 4 de julho de 1885 Joseph, filho do padeiro Joseph Meister Anthony, como de costume vai à cervejaria Witz na vizinha vila de Maisonsgoutte, distante alguns quilómetros, a fim de comprar fermento.
O garoto, que contava então nove anos de idade, ao chegar à aldeia, foi atacado pelo cão raivoso de Theodore Vonne, um taberneiro, que também fora ferido levemente pelo animal; Joseph, contudo, sofreu mais cruelmente - tendo ao todo catorze mordidelas na sua perna e braço direito.
Segundo seu próprio relato:
"Passando pela povoação de Maisonsgoutte para ir à cervejaria, de repente vi um cão de caça grande, que eu conhecia bem, por entre duas casas, abaixando a cabeça e se atirando sobre mim. Eu estava segurando na mão uma taça de estanho, e os cães raivosos não gostam de nada que brilha. Ele mordeu a minha mão primeiro e, vindo sobre mim, derrubou-me e mordeu-me gravemente nas pernas, fazendo catorze ferimentos. Felizmente um serralheiro de Steige assistiu a cena de longe. Ele veio correndo com uma barra de ferro e bateu no cão. Enquanto isso o proprietário chegou. Pegou o animal pelo pescoço e o trancou num celeiro, mas também foi ferido no dedo."
Enquanto a filha do taberneiro lhe cosia as calças, alguns moradores lavaram-lhe os ferimentos. Meister foi depois, contudo, deixado sozinho para regressar a casa e, ferido, tinha que parar a cada dez metros, numa demorada jornada que preocupou os seus pais: a mãe, Marie Angelique, chegou a pensar que o garoto faltara à aula, já que depois de trazer o fermento deveria ir à escola. Mandam, então, alguém procurar o menino.
Vendo o estado dele, ficaram apavorados e sua mãe levou-o até o consultório do Dr. Weber, o médico da vila. Este procede à desinfecção das feridas com ácido carbólico mas, ante a gravidade e número das lesões, avisa que não há grandes expectativas, se fosse o caso de raiva.
Nesse momento, o proprietário do cão, vendo o seu estado agressivo, conduziu-o até Sélestat - distante cerca de 25 km, para que um veterinário o examine mas, no caminho, como o animal tentava atacar as pessoas, ele foi abatido por gendarmes; Vonne continua a viagem e o cão é autopsiado, sendo encontrados no seu estômago restos de palha, feno e madeira - constatando-se assim que estava realmente raivoso.
Vonne então, no caminho de volta, para num café onde relata o ocorrido; ali alguns presentes contam ter lido nos jornais sobre as experiências de um químico, o Sr. Pasteur, inoculando a vacina experimental em cães com sucesso; ele, então, retorna à vila e, procurando os pais do rapaz, relata-lhes o que soubera.
No dia seguinte o Sr. Vonne e a esposa do padeiro, conduzidos por um seu familiar, partem para Paris, enquanto o pai permanece na vila, cuidando dos negócios. Na capital francesa tiveram grande dificuldade para encontrar o endereço de Pasteur; sobre isso Meister relatou:
"O Sr. Pasteur tinha, naquela época, muitos inimigos, especialmente no mundo da medicina, e tínhamos muita dificuldade encontrá-lo. Nos hospitais onde o procuramos queriam que ficasse por lá, dizendo que ali eu teria cuidados iguais aos do Sr. Pasteur e que, além disso, ele não estava em Paris. Minha mãe, irritada, respondia que ela havia chegado muito longe para encontrá-lo e queria saber onde ele se achava. Uma vez que não lhe atendiam, sem dar-lhe o endereço dele, ela começou a chorar. Vendo a sua insistência, fomos enviados para o Hotel Dieu, onde nos encontramos com o seu diretor que finalmente nos deu o endereço: ele trabalhava na Escola Normal, na rua d'Ulm..."
No dia 6 de julho, enfim, levam Meister a Pasteur.
Pasteur assiste à inoculação da vacina em Joseph Meister
A vacina
Pasteur recebeu a visita inesperada; ele registou: "A morte da criança parecia inevitável. Decidi, não sem profunda angústia e ansiedade, como se pode imaginar, aplicar em Joseph Meister o método que eu havia experimentado com sucesso consistente nos cães"
Meister também falou sobre esse momento: "O Sr. Pasteur ficou muito emocionado quando nos viu chegar, mas mostrou-se relutante em iniciar o tratamento, afirmando que não podia se responsabilizar por mim, já que fizera seus experimentos apenas em animais, mas nunca em seres humanos. Minha mãe então pediu-lhe para que fizesse uma experiência, dizendo que eu já estava condenado, era melhor tentar o único tratamento que havia."
Pasteur queria, antes de iniciar o tratamento - e também porque, não sendo médico, este deveria ser feito por um profissional habilitado - consultar dois colegas, os doutores Vulpian e Grancher, que estão de acordo com a situação de morte certa do menino, bem como na realização do tratamento, que tem início naquela mesma noite, pelo médico Grancher; até o dia seguinte, conseguiram alojar os visitantes na própria École Normale, na sala de esgrima.
O tratamento durou até o dia 16, com doses crescentes da vacina sendo aplicada, num total de 21 sessões; exausto, Pasteur foi descansar na sua residência no Jura, recebendo de Gracher relatórios diários sobre o estado de saúde do rapaz, a quem se afeiçoara. A 27 de julho Meister e sua mãe terminam o tratamento e regressam à vila natal.
O sucesso daquela experiência pioneira marcou a primeira vitória contra a raiva em seres humanos na história.

sábado, janeiro 26, 2013

O pai das vacinas modernas morreu há 190 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia medicina em Berkeley, filho de um sacerdote anglicano, Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião de sua povoado natal. Mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à medicina, em que é reconhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. 

(...)

Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina, ou bexiga vacum. Em 1796, resolveu pôr à prova a sabedoria popular que dizia que quem lidava com gado não contraía varíola. Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, então ele conduziu sua primeira experiência com James Phipps, um menino de oito anos.
Jenner inoculou com o pus extraído de feridas de vacas contaminadas recolhendo o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço do garoto. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contacto com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.
No ano seguinte, ele relatou seu experimento à Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido -, mas as provas que ele apresentou foram consideradas insuficientes. Ele realizou então novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho. Em 1798, seu trabalho foi reconhecido e publicado. No entanto, seus críticos procuravam ridicularizá-lo, denunciando como repulsivo o processo de infectar gente com material colhido de animais doentes. Mas as vantagens da vacinação, porém, logo se tornaram tão evidentes tornando imune à varíola humana, uma das doenças epidémicas mais mortais da humanidade.
A varíola só seria erradicada na década de 1980, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Louis Pasteur nasceu há 190 anos

Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 - Marnes-la-Coquette, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês. As suas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina.
É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade por febre puerperal, e a criação da primeira vacina contra a raiva. As suas experiências fundamentaram a teoria microbiológica da doença. Foi mais conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Ele é considerado um dos três principais fundadores da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch. Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. O seu corpo está enterrado no Instituto Pasteur em Paris, em um mausoléu decorado por mosaicos em estilo bizantino que lembram as suas realizações.

domingo, outubro 28, 2012

O homem que derrotou a poliomelite nasceu há 98 anos

Jonas Edward Salk (Nova Iorque, 28 de outubro de 1914 - La Jolla, 23 de junho de 1995) foi um médico, pesquisador, virologista e epidemiologista estadunidense, mais conhecido como o inventor da primeira vacina antipoliomelite (a epónima vacina Salk).
Trabalhou em Nova Iorque, Michigan, Pittsburgh e Califórnia. Em 1960, ele fundou o Salk Institute for Biological Studies em La Jolla, California, que é atualmente um centro de pesquisas médicas e científicas.
Na última parte de sua vida, devotou muita energia na tentativa de desenvolver uma vacina contra a SIDA.
Salk não buscava fama ou fortuna através de suas descobertas, e é citado como tendo dito: "A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você pode patentear o sol?"
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite foi considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra norteamericano. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras no país. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história do país norte americano. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia, a maioria das vítimas foram crianças. De acordo com um documentário da PBS em 2009, o segundo maior temor dos Estados Unidos, na época, foi a poliomelite, perdendo apenas para o medo de o país ser atacado por uma bomba atómica.
Consequentemente, os cientistas iniciaram uma corrida frenética para encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Assim, segundo Denemberg, "Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por semana, durante anos..." para chegar à descoberta da vacina.


quinta-feira, maio 17, 2012

Jenner, o criador das modernas vacinas, nasceu há 263 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, Gloucestershire, conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente a Jenner.
A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner.

segunda-feira, maio 14, 2012

Edward Jenner aplicou uma vacina pela primeira vez há 216 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia medicina em Berkeley, Gloucestershire, conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente a Jenner. Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de um cano de bambu nas narinas das crianças. O sistema imunológico delas produzia uma reação contra o vírus morto e, quando expostas ao vírus vivo, o organismo já sabia como reagir, livrando os pequenos da doença.


Noting the common observation that milkmaids were generally immune to smallpox, Jenner postulated that the pus in the blisters that milkmaids received from cowpox (a disease similar to smallpox, but much less virulent) protected them from smallpox. He may already have heard of Benjamin Jesty's success.
On 14 May 1796, Jenner tested his hypothesis by inoculating James Phipps, a boy eight years old (the son of Jenner's gardener), with pus scraped from the cowpox blisters on the hands of Sarah Nelmes, a milkmaid who had caught cowpox from a cow called Blossom, whose hide now hangs on the wall of the St George's medical school library (now in Tooting). Phipps was the 17th case described in Jenner's first paper on vaccination.
Jenner inoculated Phipps in both arms that day, subsequently producing in Phipps a fever and some uneasiness but no full-blown infection. Later, he injected Phipps with variolous material, the routine method of immunization at that time. No disease followed. The boy was later challenged with variolous material and again showed no sign of infection.


quinta-feira, janeiro 26, 2012

Jenner, o inventor das vacinas, morreu há 189 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia medicina em Berkeley, Gloucestershire, e que ficou conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na História do ocidente. Afirma-se, sem provas evidentes, que os chineses terão sido os primeiros a desenvolver uma técnica de imunização antes de Jenner. Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de uma cana de bambu nas narinas das crianças. O sistema imunológico produzia uma reação contra o vírus morto e, quando exposto ao vírus vivo, o organismo já tinha anticorpos, livrando-o da doença.
A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner, como se verifica no seguinte texto:
"Depois de examinar as partes mais importantes do coração, sem encontrar nada que justificasse a morte súbita do paciente ou os sintomas que a precederam, eu estava fazendo um corte transverso próximo da base do coração, quando a faca se deparou com alguma coisa dura, como se fossem pequenas pedras. Lembro que olhei para o velho teto, pensando que algo tivesse caído de lá. Examinando melhor, a verdadeira causa apareceu: as coronárias tinham se transformado em canais ósseos."
Descoberta da vacina
Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina.
Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um criança. O menino teve febre baixa e algumas lesões dérmicas leves, fazendo uma rápida recuperação.
A partir daí, o cientista utilizou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs a criança à doença. Assim, ao ser infectado com o vírus da varíola, semanas depois, o rapaz passou incólume ao contacto com a doença. Estava assim descoberta a imunização e as vacinas.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Louis Pasteur nasceu há 189 anos

Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 - Marnes-la-Coquette, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês. A suas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina.
É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade por febre puerperal, e a criação da primeira vacina contra a raiva. As suas experiências deram fundamentação à teoria microbiológica da doença. Foi mais conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Ele é considerado um dos três principais fundadores da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch. Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. Seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris, em um mausoléu decorado por mosaicos em estilo bizantino que lembram suas realizações.
Louis Pasteur nasceu em Dole no dia 27 de dezembro de 1822. Seu pai foi sargento da Armada Napoleónica. Pasteur não foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na universidade. Quando era jovem, tinha um gosto especial pela pintura e fez diversos retratos de sua família. Aos dezanove anos abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, que perdurou por toda a sua vida. Em 1847 ele completou seus estudos de doutorados na escola de física e química em Paris.
Iniciou seus estudos no Colégio Royal em Besançon, transferindo-se para a Escola Normal Superior em 1843 de Paris estudando química, física e cristalografia. Foi na cristalogia que Pasteur fez suas primeiras descobertas. Descobriu em 1848 o dimorfismo do ácido tartárico, ao observar no microscópio que o ácido racémico apresentava dois tipos de cristais, com simetria inversa. Foi portanto o descobridor das formas dextrógiras e levógiras, comprovando que desviavam o plano de polarização da luz no mesmo ângulo porém em sentido contrário. Esta descoberta valeu ao jovem químico, com apenas 26 anos de idade, a concessão da "Légion d'Honneur" Francesa. Após licenciar-se e assistir às aulas do grande químico francês Jean-Baptiste Dumas, começou a se interessar pela química.
Exerceu o cargo de professor de química em Dijon e depois em Estrasburgo. Casou-se com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia. Em 1854 foi nomeado decano da Faculdade de Ciências na Universidade de Lille.
A pedido dos vinicultores e cervejeiros da região, começou a investigar a razão pela qual azedavam os vinhos e a cerveja. De novo, utilizando o microscópio, conseguiu identificar a bactéria responsável pelo processo. Propôs eliminar o problema aquecendo a bebida lentamente até alcançar 48° C, matando, deste modo, as bactérias, e encerrando o líquido posteriormente em cubas hermeticamente seladas para evitar uma nova contaminação. Este processo originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos. Demonstrou, desta forma, que todo processo de fermentação e decomposição orgânica ocorre devido à ação de organismos vivos.
Na Inglaterra, em 1865, o cirurgião Joseph Lister aplicou os conhecimentos de Pasteur para eliminar os micro-organismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Em 1871, o próprio Pasteur obrigou os médicos dos hospitais militares a ferver os instrumentos cirúrgicos e os pensos que seriam utilizados nos procedimentos médicos.
Expôs a "teoria germinal das enfermidades infecciosas", segundo a qual toda enfermidade infecciosa tem sua causa (etiologia) num micróbio com capacidade de propagar-se entre as pessoas. Deve-se buscar o micróbio responsável por cada enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo.
Pasteur passou a investigar os microscópicos agentes patogénicos, terminando por descobrir vacinas, em especial a anti-rábica. Fundou em 1888 o Instituto Pasteur, um dos mais famosos centros de pesquisa da atualidade.
Pasteur foi quem derrubou definitivamente a ideia da abiogénese, com a utilização material em vidro chamado pescoço de cisne. Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço curvo. Ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram, sob forma líquida, na sua curvatura inferior.
Como os frascos ficavam abertos, não se podia falar da impossibilidade da entrada do "princípio ativo" do ar. Com a curvatura do gargalo, os micro-organismos do ar ficavam retidos na superfície interna húmida e não alcançavam o caldo nutritivo. Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, permitindo o contacto do caldo existente dentro dele com o ar, constatou que o caldo se contaminou com os microrganismos provenientes do ar.
Morreu em Villeneuve-L'Etang no dia 28 de Setembro de 1895. Encontra-se sepultado no Instituto Pasteur, Ilha de França, Paris na França.

quarta-feira, julho 06, 2011

A vacina da raiva foi usada em humanos há 126 anos

Na segunda-feira, 6 de Julho de 1885, um pequeno garoto alsaciano chamado Joseph Meister deu entrada no laboratório de Pasteur, acompanhado de sua mãe. Ele tomara um atalho ao voltar da escola, e fora atacado e jogado ao chão por um cão ensandecido, dois dias antes. Meister contava, então, 9 anos de idade.

Ante a inevitabilidade do óbito, Pasteur decide aplicar a imunização já provada eficaz em coelhos e nos cães. Meister foi curado. No mesmo ano a vacina é ministrada em outro jovem - Jean-Baptiste Berger Jupille, que teve a cena de seu ataque pelo cão raivoso registrado numa escultura de Émile-Louis Truffot.