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sábado, julho 11, 2020

O Massacre de Srebrenica começou há 25 anos...

   
O Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de, pelo menos, 8.373 bósnios muçulmanos, variando, em idade, de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia, sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões".
Considerado um dos eventos mais terríveis da história recente, o massacre de Srebrenica é o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
Tudo começou quando tropas sérvias invadiram Srebrenica, e a população local procurou abrigo num complexo da ONU. Porém, dois dias depois, as forças neerlandesas da missão de paz da ONU, que estavam em menor número e não tiveram resposta quando pediram reforços à ONU, em Genebra, cederam às pressões das tropas de Mladic e forçaram milhares de famílias muçulmanas a deixar o local. Os invasores sérvios, então, organizaram os muçulmanos por género, enviando os homens para a execução. Cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos foram mortos. Também houve denúncias de violações, seguidos de assassinatos, de mulheres e crianças. Nas palavras do juiz Fouad Riad, em novembro de 1995, ao indiciar Ratko Mladić in absentia, por genocídio em Srebrenica, no tribunal de crimes de guerra de Haia, havia evidências de uma "inimaginável selvajaria: milhares de homens executados e enterrados em valas comuns, centenas de homens enterrados vivos, homens e mulheres mutilados e massacrados, crianças mortas diante das mães, um avô obrigado a comer o fígado de seu próprio neto". Os corpos eram deitados em valas comuns, feitas às pressas.
De acordo com o Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia - ICTY), ao tentar eliminar uma parte da população bósnia, as forças sérvias cometeram genocídio. Pretendiam o extermínio dos 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral. Os sérvios não aceitam a acusação de genocídio e afirmam que, no mesmo período, houve também, na região de Srebrenica, milhares de vítimas sérvias que são sistematicamente ignoradas pela comunidade internacional.
Em 6 de setembro de 2013, dezoito anos depois do massacre, o Suprema Tribunal dos Países Baixos decidiu que o país era responsável pelas mortes de três muçulmanos bósnios durante o massacre de 1995, embora as forças neerlandesas fizessem parte de uma missão de paz da ONU. A advogada de direitos humanos Liesbeth Zegveld, que representou as famílias bósnias, considerou a decisão como histórica, por estabelecer que países envolvidos em missões da ONU podem ser legalmente responsáveis por crimes, ou seja, abriu-se um precedente notável, no longo histórico de imunidade da organização. "[A decisão] estabelece que forças de paz (ou a ONU) não podem operar num vácuo legal, onde não existe prestação de contas ou reparação para as vítimas", como tinha sido até agora. Zegveld declarou que tem havido demasiada ocultação pelas Nações Unidas, graças ao "muro da imunidade". Segundo ela, a sentença "diz claramente que países envolvidos em missões da ONU podem ser responsabilizados por crimes" que nem sempre estarão "acobertados pela bandeira ONU".
Em 8 de julho de 2015, a Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que classificava o massacre de Srebrenica como genocídio. Durante a votação, China, Nigéria, Angola e Venezuela abstiveram-se, enquanto os restantes dez membros do Conselho mostraram-se favoráveis ao reconhecimento do massacre de Srebrenica como genocídio.
     
Exumações em Srebrenica, 1996
       
Mulheres bósnias junto ao monumento pelas vítimas do Massacre - julho de 1995 
         
in Wikipédia

quinta-feira, julho 11, 2019

O Massacre de Srebrenica começou há 24 anos

O Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de, pelo menos 8.373 bósnios muçulmanos, variando em idade de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões". Em várias ocasiões foram assassinadas crianças e mulheres.
  
Exumações em Srebrenica, 1996
 
Considerado um dos eventos mais terríveis da história recente, o massacre de Srebrenica é o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
De acordo com o Tribunal Criminal Internacional para a antiga Jugoslávia (International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia - ICTY), ao tentar eliminar uma parte da população bósnia, as forças sérvias cometeram genocídio. Elas pretenderam a extinção de 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral.
 
Mulheres bósnias junto ao monumento pelas vítimas do Massacre de Srebrenicade julho de 1995 
  
in Wikipédia

sexta-feira, junho 28, 2019

O Assassinato de Sarajevo, que deu origem à I Grande Guerra, foi há 105 anos

O Assassinato de Sarajevo foi o nome dado ao incidente que, em 28 de junho de 1914, vitimou o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e a sua esposa, a Duquesa Sofia de Hohenberg, em Sarajevo, capital da Bósnia. O atentado foi executado por Gavrilo Princip, membro da fação terrorista denominada Mão Negra - organização que tinha como objetivo o rompimento das províncias eslavas do sul com a Áustria-Hungria e a criação da Grande Sérvia – que teria contado com o apoio de militares sérvios. A motivação política para o assassinato era compatível com a ideologia do movimento que, mais tarde, ficaria conhecido como a Jovem Bósnia.
No comando dos conspiradores militares estava Dragutin Dimitrijević, chefe da espionagem sérvia, o seu braço direito, o major Vojislav Tankosić e o espião Rade Malobabić. Tankosić armou e treinou os executores do atentado e Malobabić deu-lhes acesso aos túneis secretos utilizados pelos agentes sérvios para infiltrar espiões e armamento na Áustria-Hungria.
Todos os envolvidos no atentado que ainda estavam vivos foram presos, julgados, condenados e punidos. Aqueles que foram presos na Bósnia foram julgados em Sarajevo, em outubro de 1914. Os demais conspiradores foram submetidos a um julgamento sérvio no front de Salónica – à época sob controle francês – entre 1916 e 1917, culminando com a execução dos três principais oficiais envolvidos. Muito do que se conhece sobre os assassinatos do arquiduque e de sua esposa teve origem nas informações obtidas nesses dois julgamentos.
A verdadeira responsabilidade sobre o atentado tornou-se fruto de grande controvérsia, porque o ataque levou à deflagração da Primeira Guerra Mundial, um mês depois.
  

sábado, junho 15, 2019

A Batalha do Kosovo, em que a Sérvia perdeu a sua independência, foi há 630 anos

A Batalha do Kosovo (ou Kôssovo Poljê, "Campo dos Melros") foi disputada em 15 de junho de 1389 no Kosovo, entre uma coligação de reinos cristãos eslavos, liderada pela Sérvia Morávia e tropas invasoras otomanas, lideradas pelo sultão Murad I. A derrota dos cristãos na batalha determinou os cinco séculos seguintes, de ocupação turca nos Balcãs.
A Batalha do Kosovo é considerada um marco histórico para a Sérvia e alegada como motivo simbólico principal para o país rejeitar a independência do Kosovo, considerada berço histórico da nação.
  

quarta-feira, julho 11, 2018

O Massacre de Srebrenica começou há 23 anos

O Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de, pelo menos 8.373 bósnios muçulmanos, variando em idade de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões". Em várias ocasiões foram assassinadas crianças e mulheres.

Exumações em Srebrenica, 1996

Considerado um dos eventos mais terríveis da história recente, o massacre de Srebrenica é o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
De acordo com o Tribunal Criminal Internacional para a antiga Jugoslávia (International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia - ICTY), ao tentar eliminar uma parte da população bósnia, as forças sérvias cometeram genocídio. Elas pretenderam a extinção de 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral.

Mulheres bósnias junto ao monumento pelas vítimas do Massacre - julho de 1995 
  
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sexta-feira, junho 29, 2018

A Segunda Guerra Balcânica, que antecedeu a I Grande Guerra, começou há um 105 anos

A Segunda Guerra Balcânica, também conhecida como Segunda Guerra dos Balcãs, ocorreu entre 29 de junho de 1913 e 10 de agosto de 1913 (no calendário gregoriano, mas de 16 de junho de 1913 a 18 de julho de 1913 no calendário juliano, que ainda vigorava nos países ortodoxos) e foi um conflito entre a Bulgária de um lado contra seus antigos aliados da Liga Balcânica - Sérvia, Grécia e Montenegro - somados à Roménia e ao Império Otomano de outro. O resultado desta guerra tornou a Sérvia, um importante aliado da Rússia, em uma potência regional dos Bálcãs, alarmando a Áustria-Hungria e indiretamente tornando-se mais uma causa para a Primeira Guerra Mundial.
Antecedentes
Durante a Primeira Guerra Balcânica, a Liga Balcânica (Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária) atacaram e conquistaram as províncias europeias remanescentes do combalido Império Otomano (Albânia, Macedónia e Trácia) deixando-o com o comando apenas das penínsulas de Chataldja e Gallipoli. O Tratado de Londres, assinado em 30 de maio de 1913, que pôs fim à guerra, reconheceu os ganhos dos estados balcânicos a leste da linha Enos-Medea e criou uma Albânia independente, em parte devido às pressões austro-húngaras para que as pretensões sérvias de acesso ao mar fossem derrubadas.
Entretanto, o tratado acabou por não satisfazer ninguém. Os estados balcânicos haviam feito um acordo preliminar de partilha dos territórios conquistados, especialmente no que dizia respeito à Macedónia, e a Conferência de Londres acabou apenas por reconhecer o status quo, mesmo que alguns territórios tivessem migrado para as respectivas potências ocupantes. A Bulgária sentiu que seu ganhos territoriais concedidos depois da guerra, particularmente na Macedônia, eram insuficientes, e passou a reclamar a importante cidade de Salônica, onde um regimento búlgaro já estava estacionado.
Grécia e Sérvia já estavam desgostosas ao terem de evacuar a Albânia, e responderam a isto entrando ofensivamente na conferência com o objetivo de prevenir uma grande expansão búlgara. Os dois países resolveram suas diferenças mútuas e assinaram um acordo para uma aliança militar em 1 de maio de 1913, seguido por um tratado de "amizade e proteção mútuas" em 19 de maio/1 de junho de 1913. Mais ao norte, uma outra disputa da Bulgária era com a Roménia, principalmente com a decisão desta de reclamar pela fortaleza búlgara de Silistra no rio Danúbio, como o preço da neutralidade do país durante a Primeira Guerra Balcânica.
A arbitragem russa, dada para o Tratado Sérvio-Búlgaro de 1912, progrediu muito lentamente, já que a Rússia não desejava perder nenhum dos seus aliados eslavos nos Bálcãs. Durante as negociações, disputas continuaram a ocorrer na Macedónia, principalmente entre tropas sérvias e búlgaras. Em 29 de junho, o Alto Comando búlgaro, sem notificar o governo, ordenou que as tropas búlgaras atacassem posições sérvias e gregas, e a declaração de guerra estava feita.
O Reino da Bulgária esperava adquirir toda a região conhecida como "Macedónia búlgara" e assim dominar os Balcãs, como estava prescrito no Tratado de San Stefano, enquanto a Sérvia e a Grécia esperavam tomar largas porções da Macedónia para impedir que a hegemonia búlgara se consolidasse.
Forças militares
O exército do Reino da Bulgária tinha 500.000 combatentes divididos em cinco exércitos e que se concentravam entre quinhentos quilómetros abaixo do rio Danúbio ao norte até o mar Egeu ao sul.
O exército do Reino da Sérvia contava 230.000 combatentes divididos em três exércitos, com as principais forças concentradas na frente Macedónia que seguia ao longo do rio Vardar e de Skopje. O exército do Reino da Grécia era composto por 120.000 soldados, com sua maioria concentrada em Salónica. O Reino de Montenegro enviou uma divisão de 12.000 homens para a frente da Macedónia.
O Reino da Roménia mobilizou 500.000 combatentes, que foram alocados em cinco divisões. O Império Otomano entrou na guerra com um exército de 255.000 homens.
Fim da Guerra
Apesar de ter conseguido estabilizar a frente na Macedónia, o governo búlgaro aceitou um armistício ao ser levado por eventos que ocorriam bem logo do coração dos Balcãs. A Roménia invadiu a Bulgária entre 27 de junho e 10 de julho, datas do calendário juliano, ocupando o sul de Dobruja, que estava sem defesas, e marchou pelo norte da Bulgária, tendo em vista uma invasão da capital, Sofia. O Império Otomano também tomou vantagem da situação para recuperar algumas possessões da Trácia que havia perdido na Primeira Guerra Balcânica, e ordenou que os seus exércitos marchassem para Yambol e a Trácia Ocidental. Como os exércitos búlgaros estavam completamente ocupados com os exércitos sérvios e gregos, as armadas dos otomanos e romenos não sofreram nenhum dado de combate, apesar de uma epidemia de cólera ter se espalhado entre os soldados.
Um armistício geral foi planeado entre 18 e 31 de julho de 1913 (datas segundo o calendário juliano, então em vigor nos estados ortodoxos), e os territórios foram redivididos sob os termos dos Tratados de Bucareste e de Constantinopla. A Bulgária acabou por perder a maior parte do território conquistado na Primeira Guerra Balcânica, incluindo a Dobrudja do sul (para a Roménia), boa parte da Macedónia e da Trácia Oriental para os turcos-otomanos. Ainda assim, os búlgaros conseguiram manter a Trácia Ocidental, o porto de Dedeagach e partes do litoral do mar Egeu sob seu domínio. A Sérvia ganhou territórios no norte da Macedónia, enquanto a Grécia recebeu a parte sul do território.
As fronteiras definidas nos tratados de Bucareste e Constantinopla foram apenas temporárias; dez meses depois elas começaram a mudar novamente, e uma nova guerra foi iniciada nos Balcãs, levada pelo início da Primeira Guerra Mundial.

segunda-feira, março 12, 2018

O genocida Ratko Mladic faz hoje 75 anos

Ratko Mladić (Božanovići, Kalinovik, 12 de março de 1943) é um ex-militar sérvio, chefe do Exército da República Sérvia durante a Guerra da Bósnia entre 1992-1995.
Mladić comandou diretamente o Massacre de Srebrenica em julho de 1995, que causou a morte de oito mil muçulmanos bósnios e o cerco de 43 meses a Sarajevo, onde milhares de civis foram mortos por fogo de artilharia e de franco-atiradores instalados nas colinas ao redor da cidade.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia manteve por mais de quinze anos uma ordem internacional de captura e detenção contra ele, baseada na sua regra 61, que considera o ex-general sérvio-bósnio como provável perpretador de crimes de guerra e crimes contra a Humanidade. A Sérvia e os Estados Unidos chegaram a oferecer cinco milhões de euros por informações que levassem à captura de Mladić. Em outubro de 2010, o governo sérvio intensificou os seus esforços pela captura do fugitivo, dobrando a recompensa por informações para €10 milhões. A prisão de Mladić era uma condição fundamental exigida pela União Europeia para possibilitar o ingresso da Sérvia nessa instituição.
Depois de desaparecido durante mais de uma década, Mladić foi finalmente preso na Sérvia em 26 de maio de 2011, com o anúncio da sua prisão feito em Belgrado pelo presidente do país, Boris Tadić, que declarou que a prisão do ex-general "removia um fardo pesado dos ombros da Sérvia e fechava uma página infeliz da história do país." Em 2017, foi condenado a prisão perpétua por crimes de guerra cometidos durante o conflito na Bósnia (1992–1995).

sábado, junho 28, 2014

O Assassinato de Sarajevo, que deu origem à I Grande Guerra, foi há um século

O Assassinato de Sarajevo foi o nome dado ao incidente que, em 28 de junho de 1914, vitimou o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e a sua esposa, a Duquesa Sofia de Hohenberg, em Sarajevo, capital da Bósnia. O atentado foi executado por Gavrilo Princip, membro da fação terrorista denominada Mão Negra - organização que tinha como objetivo o rompimento das províncias eslavas do sul com a Áustria-Hungria e a criação da Grande Sérvia – que teria contado com o apoio de militares sérvios. A motivação política para o assassinato era compatível com a ideologia do movimento que, mais tarde, ficaria conhecido como a Jovem Bósnia.
No comando dos conspiradores militares estava Dragutin Dimitrijević, chefe da espionagem sérvia, o seu braço direito, o major Vojislav Tankosić e o espião Rade Malobabić. Tankosić armou e treinou os executores do atentado e Malobabić deu-lhes acesso aos túneis secretos utilizados pelos agentes sérvios para infiltrar espiões e armamento na Áustria-Hungria.
Todos os envolvidos no atentado que ainda estavam vivos foram presos, julgados, condenados e punidos. Aqueles que foram presos na Bósnia foram julgados em Sarajevo, em outubro de 1914. Os demais conspiradores foram submetidos a um julgamento sérvio no front de Salónica – à época sob controle francês – entre 1916 e 1917, culminando com a execução dos três principais oficiais envolvidos. Muito do que se conhece sobre os assassinatos do arquiduque e de sua esposa teve origem nas informações obtidas nesses dois julgamentos.
A verdadeira responsabilidade sobre o atentado tornou-se fruto de grande controvérsia, porque o ataque levou à deflagração da Primeira Guerra Mundial, um mês depois.

domingo, junho 15, 2014

A Batalha do Kosovo, em que a Sérvia perdeu a sua independência, foi há 625 anos

A Batalha do Kosovo (ou Kôssovo Poljê, "Campo dos Melros") foi lutada em 15 de junho de 1389 no Kosovo entre uma coligação de reinos cristãos eslavos liderada pela Sérvia Morávia e tropas invasoras otomanas, lideradas pelo sultão Murad I. A derrota dos cristãos na batalha determinou os cinco séculos seguintes de ocupação turca nos Balcãs.
A Batalha do Kosovo é considerada um marco histórico para a Sérvia e alegada como motivo simbólico principal para o país rejeitar a independência do Kosovo, considerada berço histórico da nação.

quinta-feira, julho 11, 2013

O Massacre de Srebrenica começou há 18 anos

O Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de, pelo menos 8.373 bósnios muçulmanos, variando em idade de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões". Em várias ocasiões foram assassinadas crianças e mulheres.

Exumações em Srebrenica, 1996


Considerado um dos eventos mais terríveis da história recente, o massacre de Srebrenica é o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
De acordo com o Tribunal Criminal Internacional para a antiga Jugoslávia (International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia - ICTY), ao tentar eliminar uma parte da população bósnia, as forças sérvias cometeram genocídio. Elas pretenderam a extinção de 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral.

Mulheres bósnias junto ao monumento pelas vítimas do Massacre de Srebrenicade julho de 1995 

sábado, junho 29, 2013

A Segunda Guerra Balcânica, que antecedeu a I Grande Guerra, começou há um século

A Segunda Guerra Balcânica, também conhecida como Segunda Guerra dos Balcãs, ocorreu entre 29 de junho de 1913 e 10 de agosto de 1913 (no calendário gregoriano, mas de 16 de junho de 1913 a 18 de julho de 1913 no calendário juliano, que ainda vigorava nos países ortodoxos) e foi um conflito entre a Bulgária de um lado contra seus antigos aliados da Liga Balcânica - Sérvia, Grécia e Montenegro - somados à Roménia e ao Império Otomano de outro. O resultado desta guerra tornou a Sérvia, um importante aliado da Rússia, em uma potência regional dos Bálcãs, alarmando a Áustria-Hungria e indiretamente tornando-se mais uma causa para a Primeira Guerra Mundial.

Antecedentes
Durante a Primeira Guerra Balcânica, a Liga Balcânica (Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária) atacaram e conquistaram as províncias europeias remanescentes do combalido Império Otomano (Albânia, Macedónia e Trácia) deixando-o com o comando apenas das penínsulas de Chataldja e Gallipoli. O Tratado de Londres, assinado em 30 de maio de 1913, que pôs fim à guerra, reconheceu os ganhos dos estados balcânicos a leste da linha Enos-Medea e criou uma Albânia independente, em parte devido às pressões austro-húngaras para que as pretensões sérvias de acesso ao mar fossem derrubadas.
Entretanto, o tratado acabou por não satisfazer ninguém. Os estados balcânicos haviam feito um acordo preliminar de partilha dos territórios conquistados, especialmente no que dizia respeito à Macedónia, e a Conferência de Londres acabou apenas por reconhecer o status quo, mesmo que alguns territórios tivessem migrado para as respectivas potências ocupantes. A Bulgária sentiu que seu ganhos territoriais concedidos depois da guerra, particularmente na Macedônia, eram insuficientes, e passou a reclamar a importante cidade de Salônica, onde um regimento búlgaro já estava estacionado.
Grécia e Sérvia já estavam desgostosas ao terem de evacuar a Albânia, e responderam a isto entrando ofensivamente na conferência com o objetivo de prevenir uma grande expansão búlgara. Os dois países resolveram suas diferenças mútuas e assinaram um acordo para uma aliança militar em 1 de maio de 1913, seguido por um tratado de "amizade e proteção mútuas" em 19 de maio/1 de junho de 1913. Mais ao norte, uma outra disputa da Bulgária era com a Roménia, principalmente com a decisão desta de reclamar pela fortaleza búlgara de Silistra no rio Danúbio, como o preço da neutralidade do país durante a Primeira Guerra Balcânica.
A arbitragem russa, dada para o Tratado Sérvio-Búlgaro de 1912, progrediu muito lentamente, já que a Rússia não desejava perder nenhum dos seus aliados eslavos nos Bálcãs. Durante as negociações, disputas continuaram a ocorrer na Macedónia, principalmente entre tropas sérvias e búlgaras. Em 29 de junho, o Alto Comando búlgaro, sem notificar o governo, ordenou que as tropas búlgaras atacassem posições sérvias e gregas, e a declaração de guerra estava feita.
O Reino da Bulgária esperava adquirir toda a região conhecida como "Macedónia búlgara" e assim dominar os Balcãs, como estava prescrito no Tratado de San Stefano, enquanto a Sérvia e a Grécia esperavam tomar largas porções da Macedónia para impedir que a hegemonia búlgara se consolidasse.

Forças militares
O exército do Reino da Bulgária tinha 500.000 combatentes divididos em cinco exércitos e que se concentravam entre quinhentos quilómetros abaixo do rio Danúbio ao norte até o mar Egeu ao sul.
O exército do Reino da Sérvia contava 230.000 combatentes divididos em três exércitos, com as principais forças concentradas na frente Macedónia que seguia ao longo do rio Vardar e de Skopje. O exército do Reino da Grécia era composto por 120.000 soldados, com sua maioria concentrada em Salónica. O Reino de Montenegro enviou uma divisão de 12.000 homens para a frente da Macedónia.
O Reino da Roménia mobilizou 500.000 combatentes, que foram alocados em cinco divisões. O Império Otomano entrou na guerra com um exército de 255.000 homens.

Fim da Guerra
Apesar de ter conseguido estabilizar a frente na Macedónia, o governo búlgaro aceitou um armistício ao ser levado por eventos que ocorriam bem logo do coração dos Balcãs. A Roménia invadiu a Bulgária entre 27 de junho e 10 de julho, datas do calendário juliano, ocupando o sul de Dobruja, que estava sem defesas, e marchou pelo norte da Bulgária, tendo em vista uma invasão da capital, Sofia. O Império Otomano também tomou vantagem da situação para recuperar algumas possessões da Trácia que havia perdido na Primeira Guerra Balcânica, e ordenou que os seus exércitos marchassem para Yambol e a Trácia Ocidental. Como os exércitos búlgaros estavam completamente ocupados com os exércitos sérvios e gregos, as armadas dos otomanos e romenos não sofreram nenhum dado de combate, apesar de uma epidemia de cólera ter se espalhado entre os soldados.
Um armistício geral foi planeado entre 18 e 31 de julho de 1913 (datas segundo o calendário juliano, então em vigor nos estados ortodoxos), e os territórios foram redivididos sob os termos dos Tratados de Bucareste e de Constantinopla. A Bulgária acabou por perder a maior parte do território conquistado na Primeira Guerra Balcânica, incluindo a Dobrudja do sul (para a Roménia), boa parte da Macedónia e da Trácia Oriental para os turcos-otomanos. Ainda assim, os búlgaros conseguiram manter a Trácia Ocidental, o porto de Dedeagach e partes do litoral do mar Egeu sob seu domínio. A Sérvia ganhou territórios no norte da Macedónia, enquanto a Grécia recebeu a parte sul do território.
As fronteiras definidas nos tratados de Bucareste e Constantinopla foram apenas temporárias; dez meses depois elas começaram a mudar novamente, e uma nova guerra foi iniciada nos Balcãs, levada pelo início da Primeira Guerra Mundial.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

O Acordo de Dayton, que criou a Bósnia e Herzegovina, foi assinado há 16 anos



O Quadro Geral para a Paz na Bósnia e Herzegovina, também conhecido como Acordo de Dayton ou Protocolo de Paris é o acordo a que se chegou na Base Aérea Wright-Patterson, perto de Dayton, no estado norte-americano do Ohio, em Novembro de 1995 e formalmente assinado em Paris a 14 de Dezembro desse mesmo ano.
Este acordo pôs fim ao conflito de três anos e meio na Bósnia e Herzegovina. Alguns artigos chamam erroneamente "Tratado de Dayton" a este acordo.
Por intermédio dele, estipulou-se a formação de duas entidades territoriais na Bósnia, então devastada pela Guerra da Bósnia, tornando-a um Estado dividido. De uma lado, foi criada a Federação Bósnio-Croata ou Federação Muçulmano-Croata, controlada por bósnios muçulmanos e bósnios croatas e, de outro, a República Srpska (República da Sérvia ou República Sérvia da Bósnia), governada por sérvios.

Estabelecimento na Bósnia e Herzegovina da República Sérvia e da Federação da Bósnia e Herzegovina, segundo o acordo de Dayton

sábado, agosto 20, 2011

Slobodan Milosevic nasceu há 70 anos

Slobodan Milošević (Požarevac, 20 de Agosto de 1941 - Haia, 11 de Março de 2006) foi presidente da Sérvia de 1989 a 1997 e da República Federal da Jugoslávia de 1997 a 2000. Também foi o principal líder do Partido Socialista da Sérvia desde a sua fundação, em 1990.
Milošević renunciou à presidência jugoslava entre manifestações que se seguiram à concorrida eleição presidencial de 24 de Setembro de 2000. Foi preso pelas autoridades federais jugoslavas em 31 de Março do ano seguinte, sob suspeita de corrupção, abuso de poder e apropriação indevida. Foi também preso pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (TPII), um comité das Nações Unidas, sob a acusação de crimes contra a humanidade, de violar as leis e costumes de guerra, violações graves às Convenções de Genebra e genocídio, por seu papel durante as guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo. A investigação inicial a respeito de Milošević não foi adiante, por falta de evidências concretas, o que motivou o primeiro-ministro sérvio, Zoran Đinđić, a enviá-lo para Haia, Países Baixos, sede do Tribunal Penal Internacional, para ser julgado pelos crimes de guerra.
Milošević foi responsável por sua própria defesa; o julgamento terminou, no entanto, sem qualquer veredicto, já que ele acabou morrendo durante o seu decorrer, depois de quase cinco anos encarcerado na Prisão de Criminosos de Guerra, em Haia. Milošević sofria de doenças cardíacas e tinha hipertensão arterial, e morreu de um enfarte do miocárdio. O Tribunal negou qualquer responsabilidade sobre a morte de Milošević, alegando que ele se recusara a tomar os medicamentos que lhe foram receitados, e preferiu medicar-se por conta própria.
 
 

quarta-feira, novembro 03, 2010

Sismo da Sérvia em imagens

Sismograma - Geofone de Moravsky Beroun - República Checa:





Epicentro - CSEM/EMSC:

Pequeno sismo na Sérvia faz dois mortos

Sérvia: sismo faz dois mortos e dezenas de feridos
Terramoto de 5,6 graus na escala Richter foi registado na região central do país


Duas pessoas morreram num sismo de 5,6 graus na escala Richter registado na região central da Sérvia na madrugada desta quarta-feira, informou o ministro sérvio do Interior.
«Duas pessoas morreram em Grdica, perto de Kraljevo, durante o terramoto», disse o ministro Ivica Dacic, citado pela agência «France Press».
As vítimas, um casal com idade por volta dos 50 anos, morreram dentro da própria casa.
O tremor, que teve epicentro 10 km a Norte de Kraljevo (150 km a Sul de Belgrado), foi sentido em todo o país, incluindo a capital.
Dezenas de feridos foram atendidos na cidade de Kraljevo. A cidade sofreu grandes danos materiais, segundo Tanjug, e estava sem energia eléctrica e linhas de telefone. Também o sistema de fornecimento de água foi afectado.
in TVI24 - ler notícia