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quinta-feira, janeiro 13, 2011

Querem poupar ou matar as Escolas?!?

Ministério da Educação quer suspender todos os projectos nas escolas

Todos os projectos desenvolvidos pelas escolas - do desporto escolar aos clubes, planos de acção e tutorias - podem desaparecer. A suspensão consta da proposta de despacho de organização do ano lectivo que o Ministério da Educação enviou a associações e sindicatos.

Ministério da Educação quer suspender todos os projectos nas escolas

"Qualquer atribuição de horas a agrupamentos ou escolas não agrupadas para dinamização de projectos, ainda que aprovados por serviços do Ministério da Educação, extingue-se com a entrada em vigor do presente despacho, carecendo de nova autorização do membro do Governo responsável pela área da Educação", lê-se na proposta de despacho de organização do ano lectivo (2011/2012) que o ME enviou a sindicatos e associações.

Mesmo sem a intenção declarada de suspensão, o diploma reduz "brutalmente" (alegam os professores) o crédito de horas das escolas e a redução da componente lectiva dos docentes pelo exercício de muitos cargos intermédios, o que já inviabiliza, por si, a continuidade dos projectos, garantem ao JN dirigentes sindicais e de associações de directores.

Se a proposta de despacho for aprovada em Conselho de Ministros sem alterações, a partir de Setembro, garantem directores e dirigentes sindicais ao JN, as escolas tornam-se estruturas "ingovernáveis" e regidas estritamente "por uma visão economicista em vez de pedagógica".

O Conselho de Escolas - órgão consultivo do ME - aprovou um parecer contra a proposta, por unanimidade. Os directores defendem que a proposta do Governo "desrespeita" princípios da Lei de Bases do Sistema Educativo, ao impedir as escolas, por redução de recursos humanos e dos créditos horários, de assegurarem projectos e apoios aos alunos.

"As propostas ora apresentadas comprometem o apoio educativo, a escola a tempo inteiro, as actividades (aulas) de substituição, o desporto escolar, o desenvolvimento de projectos educativos, o cumprimento das Metas de Aprendizagem, os objectivos a atingir até 2015 e, ainda, dificultam sobremaneira a gestão e administração da Escola Pública" - lê-se no parecer, aprovado dia 7.

in JN

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Efeitos secundários da propaganda PISA

O Relatório dos Testes Intermédios de 2010


Se o primeiro-ministro Sócrates (e a tropa que o acolita) não tivesse feito um aproveitamento demagógico/aldrabado do último relatório PISA (enfim, o homem não consegue escapar à sua identidade), não haveria lugar a fazer comparações, agora, entre esse e o dos Testes Intermédios (3º Ciclo e Secundário) de 2010. A comparação é desajustada, porque os dois relatórios tratam, em grande medida, de objectos diversos? É verdade, num sentido. Mas acontece que a inevitável comparação não é feita sobre aspectos neutralmente "técnicos" - é feita sobre um objecto já inquinado por Sócrates: como não podia deixar de ser tratando-se da personagem em causa, o Relatório PISA foi transformado num objecto de propaganda política - e da mais rasteira e grosseira que se possa conceber.
Esta maravilha (pode ser consultada aqui - passeiem pela Conclusão...) é ainda o resultado (mesmo que parcialmente) de anos de práticas criminosas - com origem não nas escolas, mas em orientações e opções políticas vindas de cima. Há já muito tempo que, "curiosamente", para além de os de Língua Portuguesa ou História, os professores de Biologia, de Matemática, de Física, de Química se vêm queixando das tremendas dificuldades experimentadas pelos alunos na interpretação de perguntas e problemas dos Exames do 12ºAno (!).
Durante anos (e essa tendência agravou-se nos últimos dois governos), procurou-se mais mascarar o "insucesso", do que combatê-lo de frente, resolvê-lo. Sempre através de mil e um artifícios mais ou menos burocráticos, respaldados na mais miserável propaganda demagógica, foi-se perseguindo, com uma rapidez artificial, desligada da natural dificuldade da coisa, um "sucesso" não correspondido na realidade. Com uma leviandade criminosa, foi-se substituindo um "sucesso" lento, esforçado, efectivo, por um arremedo de "sucesso" - mais rápido, vistoso, cosmético, simpático. Esta conversa já cansa, não é? Talvez, mas é indespedível: faz-se a respeito duma realidade que não muda e até se tem agravado.
Perante esta miséria, tem-se ensaiado um discurso para o público (por parte de antigos responsáveis, por exemplo) assente numa argumentação enviesada: na verdade, temos agora "jovens" dotados de outros "saberes" e "competências" que não aqueles que "nós" reputamos como importantes, etc, havendo, por isso, nestas matérias, um erro de focagem, etc. Esta litania faz sempre por esquecer que os "saberes" e as "competências" não são substituíveis e/ou equivalentes: acontece que há uns mais estruturantes do que outros. E a falta desses não se preenche com truques e pensos-rápidos.
Tem-se esquecido que a dificuldade e o constrangimento fertilizam as aprendizagens, não as impossibilitam.
in O Cachimbo de Magritte - post de Carlos Botelho

O Ministério da Educação e a Anarquia



Quadros interactivos podem ter de ser retirados das escolas



NOTA: A culpa não pode ser apenas da assumidamente anarquista Maria de Lurdes Rodrigues - é de quem lá colocou e a apoiou durante cinco longos anos...

quarta-feira, dezembro 29, 2010

this is the end...


Fica aqui para benefício (e choque) de todos aqueles que ainda não perceberam a bigorna que lhes vai cair em cima.




in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote


NOTA: pela parte que me toca, vou perder as horas lectivas do Desporto Escolar - sou professor de Xadrez há 13 anos. As Escolas vão perder, em média, 1 a 2 docentes de Educação Física (que é quem dá, basicamente, o Desporto Escolar, com grande sacrifício...). Só me falta dizerem que vão tirar os desdobramentos, para dar aulas práticas, de Ciências Naturais, para ser o fim do mundo.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Os maravilhosos resultados PISA 2009 - um contributo para a sua compreensão

(imagem daqui)

Exmos. Srs.: Jornalistas:
Cansada de ouvir elogios aos resultados do PISA 2009, transcrevo abaixo carta com aviso de recepção enviada aos serviços centrais do PISA em Bruxelas, que questiona a seleção aleatória de alunos que deveria ter acontecido, e que nunca mereceu qualquer resposta. Na altura tentei também fazer chegar esta minha preocupação aos media, sem sucesso.
Confrontada com os resultados agora divulgados estou firmemente convencida que houve manipulação dos alunos selecionados, ou seja, estando o Ministério da Educação na posse informatizada das classificações anteriores dos alunos, selecionou os que entendeu por melhor. Desafio os srs. jornalistas a ir junto das turmas e dos alunos selecionados no 10º ano, na Escola ****************, em ************, confirmarem que as amostras escolhidas para serem analisadas estão longe de aleatórias; e junto do Secretariado do PISA confirmar se alguma medida de fiscalização foi tomada.
Possuo ainda o aviso de recepção.
Obrigada pela vossa atenção
.
Eis a carta:
“Lisbon, May 25, 2009
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
Having sent the email below on May 7th, and getting no answer, I’ve decided to write you to make sure that some checking procedures were taken to evaluate whether or not, students were chosen by chance, on the 10th grade, to perform Pisa tests 2009 in Portugal.
The reason why I’m writing directly to you, and not through any Portuguese authorities, is that the person chosen to lead Pisa process in Portugal is the same which is been widely criticized, by teachers organizations in subjects such as maths, physics, and Portuguese, over the last two or three years, because of lack of quality – specially scientific level of questions asked (too low) – of Portuguese internal nacional tests performed by GAVE (the organism this person represents).
This organism has actively manipulated internal tests results, and might be preparing to do the same to external tests, such as Pisa. Although this might improve Portugal image externally, it’s irresponsible and leads to disaster in productivity results and general achievements of future generations.
Kind regards,
********************************
.

From: ***********************
Sent: Thursday, May 07, 2009 4:00 PM
To: edu.pisa@oecd.org
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
My name is ******************** and I’m a teacher in a secondary level scholl in Portugal, in a city called ******************. The scholl name is *****************************
I teach to three of the six 10th grade classes where students where pick to do the Pisa test on April 29th. When I was consulting the list of students invited to do the test, I was surprised by the fact that none of the students where low level students, and more, in fact best students in each of the three classes where always invited. This made me wonder wether or not portuguese autorities where in fact respecting the instructions and procedures regardind students selection.
Considering Pisa is the only precious external evaluation of its type taken by portuguese school system, I would appreciate if the Secretariat could check that in fact random criteria where taken, and not, for instance, school results in the last school year.
Kind regards

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

Lutar contra as aldrabices do Ministério da Educação

Reunião nacional marcada para 8 de Janeiro
Directores de escolas públicas unem-se contra "instabilidade criada pelo Governo"

Directores das escolas públicas estão a pressionar o Governo

Os presidentes das duas associações de directores escolares existentes no país uniram-se hoje para convocar todos os dirigentes de escolas públicas para uma reunião nacional, a 8 de Janeiro, a fim de decidirem “as medidas a tomar face à instabilidade criada pelo Governo nos estabelecimentos de ensino”, explicou um dos organizadores, Manuel Pereira.

O encontro, que se vai realizar em Coimbra, funciona como uma demonstração de força, no imediato, mas também como um ensaio para a fusão formal das duas associações, num futuro próximo. “O caminho que privilegiamos é sempre o do diálogo com a administração central e tenho muita esperança de que, até ao dia 8 de Janeiro, ele possa verificar-se. Se assim não for, lamento, mas teremos mesmo de, juntos, forçar a abertura de novos caminhos que permitam encontrar soluções…”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro da Fonseca.

Também em declarações ao PÚBLICO, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), sublinhou que a decisão de unir esforços surge “porque a situação se está a tornar insustentável”. “Compreendemos que é preciso fazer sacrifícios, mas o ministério não pode pedir sucesso escolar e ao mesmo tempo criar esta permanente instabilidade nas escolas. Pura e simplesmente não sabemos o que é o dia de amanhã", criticou, frisando que a opinião de quem dirige as escolas e conhece "de perto a sua realidade não é tida em conta".

Ambas as associações reclamam que antes da criação de novos agrupamentos de escolas sejam analisadas as vantagens e desvantagens dos já existentes, dos pontos de vista pedagógico e administrativo. Mostram-se também preocupadas com a diminuição do número elementos nas direcções e com a conflitualidade alegadamente criada pelo actual modelo de avaliação de desempenho dos professores. Contestam, ainda, a obrigatoriedade de recurso à Central de Compras, a partir de Janeiro, “e a carga burocrática que esse procedimento vai envolver”.

in Público - ler notícia

Volta - estás perdoado...!

O regresso do Estudo Acompanhado

Os leitores estarão lembrados: recentemente foi retirada do plano curricular do Ensino Básico (publicado ainda não há uma década) a área não disciplinar designada por Área de Projecto e, de seguida, a de Estudo Acompanhado.

Ora, ouvi no final da passada semana o próprio Primeiro Ministro, ufano com a subida dos resultados dos alunos portugueses no Pisa (2009), afirmar que o Estudo Acompanhado era para manter. Mais: imputava-lhe as virtudes, que cerca de um mês antes eram tidas por defeitos.


Devo dizer que as razões da inclusão destas áreas não disciplinares no currículo me parecem tão frágeis e algumas delas tão erradas quanto as da sua retirada, porém, mais do que a sua inclusão, retirada e nova inclusão, é a instabilidade curricular que me preocupa e que está longe de se ficar por este caso do Estudo Acompanhado: quando as escolas e, em especial, os professores começam a conhecer e a adaptar as decisões da tutela às necessidades de aprendizagem dos alunos, aos recursos que têm, etc., a tutela resolver tomar mais decisões, que, logo a seguir, retira, para mais adiante...

De notar, ainda, que neste caso do Estudo Acompanhado, a lógica que agora (e não antes) lhe foi atribuída pelo poder político já estava, de resto, a ser desenvolvida em muitas escolas: aprofundar o estudo de áreas disciplinares fundamentais, que acresce estarem em evidência em avaliações internacionais, como é o caso da Matemática, ou da Língua Portuguesa.

in De Rerum Natura - post de Helena Damião

segunda-feira, novembro 29, 2010

Não há almoços grátis...

(imagem daqui)
Parque Escolar vai cobrar 50 milhões em rendas em 2011


Em 2015, total das rendas rondará os 153 milhões de euros, 75% dos encargos anuais do TGV

As escolas secundárias intervencionadas pela Parque Escolar vão pagar em 2011 à empresa pública uma média anual de cerca de 500 mil euros de renda. Somadas as 105 escolas que já passaram para a sua dependência, a Parque Escolar encaixa quase 50 milhões de rendas, valor que triplicará daqui a cinco anos - aproximadamente 75% do que o Governo prevê gastar anualmente com o TGV - para quando está prevista a conclusão da intervenção em 330 secundárias.

Mas, já a partir de Janeiro, as 105 escolas que já foram remodeladas passam a pagar uma renda mensal de 1,6 euros por m2, que no final do ano ascenderá a uma média de 461 476 euros, acrescidos de IVA, por estabelecimento. Valores que serão transferidos para as escolas pelo Estado. Em Outubro, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução reservando já um total de 59,913 milhões de euros (mais IVA) para este fim, dos quais 11,458 milhões ainda para 2010, presumivelmente para pagamento de rendas retroactivas das escolas já sob a alçada da Parque Escolar. De acordo com os estatutos da empresa, esta passa a deter as escolas que intervenciona.

Os 48,5 milhões de euros para 2011 referem-se, segundo disse ao DN a empresa, a "uma estimativa máxima que depende da conclusão das obras e entrada em fase de operação das escolas e naturalmente das áreas das mesmas". Em causa estão 105 escolas, o que permite chegar ao tal número de mais de 461 mil euros por unidade. Também tendo em conta este valor indicativo, é possível prever que após 2015 - ano em está prevista a conclusão da intervenção em 330 secundárias - o total de encargos anuais com estas rendas rondará os 153 milhões de euros.

No caso da Parque Escolar, os contratos a celebrar com as escolas terão uma duração de 10 anos. As rendas servirão, explica a empresa, para duas componentes. A primeira, será cobrir "os custos operacionais respeitantes à manutenção preventiva e correctiva das escolas e demais equipamentos" e seguros que tem a obrigação de pagar. A outra, "o pagamento dos encargos com o serviço da dívida respeitante ao investimento não suportado pelo Estado ou Fundos Comunitários". Ou seja: as dívidas à banca. Em Maio deste ano, a empresa totalizava já 1,15 mil milhões de euros de empréstimos contraídos.

As rendas e os apoios directos do Estado não serão a única fonte de rendimento da empresa, já que esta passará a gerir e a arrecadar 50% dos alugueres de espaços escolares, como pavilhões.

Por outro lado, existe outra factura pública associada às intervenções, esta resultante da beneficiação das escolas com novos espaços: o aumento das despesas de manutenção.

in DN - ler notícia

terça-feira, novembro 16, 2010

Os professores que paguem a crise

(imagem daqui)
Sem vaselina

Em reunião do Ministério com Directores de escolas, o Ministério anunciou que está a preparar as seguintes medidas:
  • Cargos passam para a componente não-lectiva, incluindo cargo de Director de Turma. Ou seja, 22 horas efectivas para todos os professores.
  • Acabam as reduções de horário por antiguidade, mesmo para os professores que já as têm.
  • Fim de AP e EE (isto já se sabia).
  • Todos os professores que a partir de Setembro mudavam para o 3º, 5º e 7º escalões já não mudam com efeitos imediatos.
  • Fim das AEC’s (Câmara da Anadia já as devolveu ao Ministério, Câmara de Gaia prepara-se para entregar todas as escolas primárias ao Ministério).
Num Agrupamento com 1800 alunos, são na melhor das hipóteses 7 ou 8 horários a menos.

in Aventar - post de João José Cardoso

quarta-feira, novembro 03, 2010

Ministério da Anarquia e da Educação - III

Anarquia

Documentos contraditórios da DGRHE

Somos todos falíveis.
É uma condição do Homem.
Mas isto parece maldade.
Por ventura, má-fé.
Em primeiro, a declaração de interesses:
somos parciais.

A DGRHE, numa de corrigir situações mal avaliadas (e daqui não vem mal algum, parece-nos) vem distrair as bases com as circulares.

E manda corrigir com esta circular:
2. Contudo, importa destacar que o tempo de serviço docente remanescente prestado num anterior escalão da carreira docente não pode ser “transportado” para efeitos de progressão num novo escalão, uma vez que o que está em causa é meramente a progressão entre dois escalões já da nova estrutura da carreira docente. (nosso sublinhado)
Pois bem.
Trata-se de um roubo.
Será que não é como pagar a prestação ao banco?
Um ano depois, vêm dizer que o dinheiro com que pagámos a prestação é insuficiente.

Vamos aos documentos contraditórios:
A 23 de Dezembro de 2009, as escolas/ agrupamentos receberam orientações da DGRHE sobre o DL 270/2009 com este propósito (pág. 3):
"Observação:

Nos casos indicados em 2 e 3, deve ter-se em consideração, na próxima progressão, o tempo remanescente que os docentes possuíam aquando do ingresso no 3.º escalão, ou seja o tempo que vai além dos 4 anos actualmente exigidos para o 2.º escalão.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado a docentes que nas mesmas datas se encontravam posicionados nos 1.º e 3.º escalões." (nosso sublinhado)
O Paulo Guinote deu conta, em primeiro, desse documento neste post.
Disponibilizamo-lo aqui.

Num outro documento, da DREN, após orientações por parte da DGRHE (e sublinhamos que a DGRHE nem as DRE's respeita, pois não lhes responde), envia às escolas/ agrupamentos, documento com o seguinte texto sobre aplicação do DL 270/2009:
"Exemplo: Docente que, em 01-10-2009, se encontra no 2º escalão da categoria de professor, índice 188, com 4 anos 200 dias de serviço contados neste escalão para efeitos de progressão na carreira.

Caso o docente tenha obtido na avaliação de desempenho referente ao ciclo de avaliação de 2007-2009, a menção qualitativa mínima de Bom e que a última avaliação de desempenho efectuada nos termos do Decreto Regulamentar n.º 11/98, de 15 de Maio, tenha sido igual ou superior a Satisfaz, transita, em 01-10-2009, para o 3º escalão, da categoria de professor, índice 205, com 200 dias de serviço contados neste escalão para efeitos de progressão na carreira, efeitos remuneratórios a 01-11-2009. Note-se que esta transição só pode ocorrer após o resultado da avaliação correspondente ao biénio 2007-2009, reportando-se, no entanto, a 01-10-2009." (nosso sublinhado)
Disponibilizamos o documento aqui.

Trata-se de um congelamento camuflado.
O Tempo de Serviço é realizado e provavelmente por fetiche, desaparece da esfera jurídica do tempo considerado para progressão.
É, tratamento desigual.

O nosso TS, ainda anda "controlado", se não contarmos aquele que desapareceu com a transição prevista pelo DL 15/2007.
Também queremos ter uma empresa destas.
Que retira o prémio a quem cumpre.
Na verdade, não queremos.

Os acontecimentos recentes, preparam o terreno para a interpretação do novo ECD:
por ventura,
- Ex-categoria professor entre 4 e 5 anos transitam com zero dias e comprovam a Formação Contínua;
- Professores do 299 com mais de 6 anos no índice, transitam ao 340 com zero dias, e comprovam a Formação Contínua;
- e outras tais...

Segunda declaração de interesses:
A parte final deve ser entendida como pressão.

in Blog Ad duo

Ministério da Anarquia e da Educação - II

Anarquia

Carências
Pais obrigados a substituir funcionários nas escolas

Encarregados de educação vão à escola na hora de almoço para ajudar a vigiar as crianças. Pais acusam o Ministério da Educação de não contratar funcionários suficientes.

No agrupamento da Secundária D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, os pais vão à escola durante a hora de almoço para ajudar a vigiar os alunos do 5.º e 6.º anos que "têm de atravessar uma rua pedonal para irem almoçar à escola sede". A presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação deste agrupamento, Maria Graça Castro, explica ainda ao DN que esta foi a solução encontrada para colmatar a falta de auxiliares que se tem verificado desde o início das aulas.

Tal como nesta escola, a falta de auxiliares nas escolas está a ser colmatada pelos pais que vão à escola em determinados horários para ajudar a vigiar os alunos. De acordo com a CNIPE (Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação) a região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afectada pela falta de auxiliares. Ministério e autarquias ainda estão a trabalhar para resolver um problema que os pais denunciam desde o início do ano lectivo, há quase dois meses. Questionado sobre situações como a de S. João de Deus, o Ministério da Educação responde apenas que neste caso trata-se de actividades de enriquecimento curricular (AEC) que são promovidas pela autarquia em parceria com a associação de pais.

Estas denúncias levaram também o Bloco de Esquerda a questionar a tutela relativamente à falta de auxiliares. "O problema é que em muitos casos estamos a falar de crianças muito pequenas, do 1.º ciclo, que ficam muitas vezes sozinhas e não podem", refere a deputada Ana Drago.

Embora admitindo que a situação "já foi mais preocupante no início do ano lectivo do que é agora", Manuel Barata da CNIPE assume que continuam a existir situações em que os pais são chamados a desempenhar as funções do pessoal não docente. "Entretanto, a Câmara de Lisboa já voltou a repor o protocolo com o centro de emprego para contratar porteiros e isso libertou os poucos auxiliares para outras funções. Mas ainda há problemas", acrescenta.

Noutros casos, as juntas de freguesia estão a tentar ultrapassar a falta de auxiliares com parcerias com as associações de pais. "Numa escola do 1.º ciclo em Benfica, a junta está a tentar uma parceria com os pais, para que os próprios ou os avós dêem uma ajuda para acompanhar as refeições e as saídas da escola", conta o vice-presidente da concelhia de Lisboa da CNIPE.

Apesar de este ano a situação ter sido denunciada com mais frequência, os pais garantem que não é o primeiro ano em que são chamados a fazer o trabalho dos auxiliares. "Há dois ou três anos que a situação tem-se agravado porque o ministério deixou de contratar funcionários para o lugar daqueles que se reformaram ou saíram", diz Manuel Barata.

Um dos factores que acabou por piorar a situação neste ano lectivo é a reorganização dos agrupamentos. "A agregação de agrupamentos que diminuíram o rácio de funcionários por alunos", defende Maria José Viseu, presidente da CNIPE.

Este é o motivo também apresentado pelos pais da escola básica do 1.º Ciclo S. João de Deus, do agrupamento D. Filipa de Lencastre. "As nossas duas escolas foram completamente remodeladas pela Parque Escolar e este ano abriram o ano lectivo sem estarem acabados alguns pormenores finais, sem terem todo o material e, sobretudo, sem o número de funcionários necessário para garantir o seu normal funcionamento, nomeadamente a vigilância de todos os alunos (do 5.º ao 12.º anos)", justifica a presidente da associação de pais.

Nesta escola faltam auxiliares para vigiar os alunos que permanecem na escola depois das 16.00. Uma solução que acabou a ser financiada pelos pais.

in DN - ler notícia

Ministério da Anarquia e da Educação

Anarquia
Ministério lança caos nas escolas


Circular obriga escolas a confirmar todas as situações de professores promovidos nos últimos anos.

terça-feira, outubro 05, 2010

Uma notícia no Dia do Professor e das Inaugurações

Cada lixeira recebe um tipo de material/Divulgação
(imagem daqui)


Requalificação
Escolas têm de ir às 'sobras' buscar mobiliário

Desperdício de algumas escolas fornece material para outras. Parque Escolar acusada de deitar fora equipamento novo.


Enquanto o Governo inaugura hoje cem escolas por todo o País, e centenas estão receber obras de requalificação, outras têm de recorrer a mobiliário mandado fora para equipar as suas instalações. Em muitos casos, acusam pais, autarcas e sindicatos, os responsáveis pelas obras estão a desperdiçar milhares de euros gas- tos no últimos ano em equipamentos e móveis que estão a ser deitados para o lixo sem qualquer aproveitamento.

Em Viseu, a Escola Secundária Alves Martins, uma das que vai ser inaugurada, está a sofrer uma profunda remodelação, que inclui novas salas de aulas e equipamentos. A obra segue-se a uma outra, feita em 2003, através da qual a escola foi dotada de novos equipamentos e de um auditório. Portas, tectos, mobiliário, iluminação e informática foi tudo devorado pelas novas obras. Material "que envolveu um gasto superior aos cem mil euros, foi arrancado e enviado para o lixo", contou fonte da direcção da escola. Um desperdício que "chocou a direcção da escola, que procurou encaminhar algum deste material, quase novo e em bom estado, para outras escolas".

A menos de 500 metros, o desperdício da requalificação foi aproveitado pela Escola Infante D. Henrique, também em Viseu, que passou a dispor de um auditório que "de outro modo seria desperdiçado", precisou a fonte. Mas este é um dos poucos casos de aproveitamento existentes. Na mesma escola, "iluminação, equipamentos e mobiliários: foi tudo para o lixo", denuncia o delegado em Viseu do Sindicato dos Professores da Região Centro. Francisco Almeida adianta que "não há cuidado em aproveitar o que pode servir a outras escolas envoltas em tanta carência. Parece que somos um País rico, em que o desperdício é normal".

Mas não é só nas escolas de Viseu que há desperdícios. Depois de dois pedidos à Direcção Regional de Educação de Lisboa para substituir o material escolar, parte dele com vinte anos, os responsáveis da Escola EB 2/3 Prof. João Fernandes Pratas, em Samora Correia, acabaram por recorrer às sobras da renovada escola de Salvaterra de Magos para renovar o parque escolar (ver texto).

"Há vários exemplos em que escolas vizinhas aproveitam cadeiras, frigoríficos e até máquinas de cozinha que estavam destinados ao lixo", denuncia António José Ganhão, vice-presidente da Associação de Municípios, responsável pela educação.

in DN - ler notícia

sexta-feira, outubro 01, 2010

O Dia da Música e a (triste) situação do seu ensino em Portugal

Porque tenho um filho a aprender música e me apercebi da loucura que foi o mês de Agosto e Setembro para quem tenta ensinar (bem) música nas Escolas portuguesas, aqui fica o link para um corajoso texto publicado no Blog A Educação do meu Umbigo e feito por uma Associação de Pais e Encarregados de Educação de uma escola:

sábado, setembro 25, 2010

Tudo decorre normalmente…

(imagem daqui)

… o pessoal é que não é colocado para poupar um par de meses de salários…

Falta de funcionários deixa escolas em risco

Caos mantém-se no início das aulas

Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação confirma a falta de cerca de 1100 professores para preencherem horários sem candidatos.

Pais pagam papel higiénico a jardim-de-infância

Junta paga salário de auxiliares para abrir escola

Alunos do Monte da Caparica sem aulas em protesto

Cerca de 400 alunos do agrupamento de escolas da Rua Miradouro de Alfazima, no Monte da Caparica, faltaram hoje às aulas porque os encarregados de educação bloquearam as entradas na escola em protesto contra a falta de funcionários.
in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

terça-feira, setembro 21, 2010

Ministério da Educação: não há pão - comam brioches...

Lisboa: EB 23 da Pontinha tem 60 refeições para 600 alunos
Crianças impedidas de almoçar na escola

A Escola Básica de 2º e 3º ciclos da Pontinha, recentemente remodelada, está a servir apenas 60 refeições para mais de 600 alunos. "Há alunos que passam o dia na escola e não almoçam. A semana passada só vendiam 30 senhas de refeição, esta semana passou para 60", queixava-se ontem ao CM, à porta da escola, Fátima Romão, 34 anos, mãe de uma aluna do 5º ano. Também indignado estava Jorge Antunes, 47 anos: "tive de vir buscar o meu filho porque já não havia senha para ele almoçar. É uma vergonha".

As senhas são vendidas diariamente para o dia seguinte. "Venho deixar o meu filho às 08.30 e depois venho para a fila às 09.30 comprar a senha", contou outra encarregada de educação.

A direcção do agrupamento da Pontinha disse ao CM que o refeitório não está a funcionar porque a instalação de gás foi chumbada numa inspecção da Lisboagás pedida pela escola em Agosto. "As refeições são compradas a uma empresa de catering e subsidiadas pela DRELVT (Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo), que só autorizou primeiro 30 e depois 60 refeições. Agora já tivemos autorização para comprar 130 refeições", disse ao CM Amália Canelo, adjunta da direcção, acrescentando: "não podemos servir mais do que 130 por falta de mesas e cadeiras". Porém, a responsável considera que 130 refeições chegam.

Quanto às obras que são necessárias fazer na instalação de gás, a Câmara de Odivelas descarta responsabilidades, alegando que o contrato de transferência de competências assinado com o Ministério da Educação não abrange esta escola.

O CM confrontou a tutela, que se comprometeu a prestar esclarecimentos durante o dia de hoje.

in CM - ler notícia

quarta-feira, setembro 15, 2010

Os Zabelinhos d’Oiro na Blogosfera

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(imagem daqui)


Coisas de gado


Não é esta coisa uma ridicularia que envergonha mais do que "distingue"? Ir-se como um bovino premiado, abanando contente o badalo, até ao estrado mediático, para junto das criaturas que sempre lá se perfilam, para receber de um governante-parasita-da-Escola, risonho da propaganda grátis (e que nem pode ser enxotado como as moscas pelo quadrúpede agraciado), uma canga dourada - para brilhar na manada?

É o Ensino uma condição de bestas premiadas, como quem bem reproduz bacorinhos ou vitelos ou muita matéria para leitarias?

Para que serve esta porcaria, senão para providenciar mais um meio de propaganda para um governo? É apenas política no sentido bastardo: nada tem que ver com a Escola nem de nada lhe serve.

São concepções e práticas próprias dos seus autores e dos que as aproveitam. Há cavalgaduras a montante.

in O Cachimbo de Magritte - post de Carlos Botelho